Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 36
Por que nunca é como a gente quer?


Notas iniciais do capítulo

HEEY EU VIIM ANTES :)))
depois de tanto peeedirem e tanto mee matareem. AQUI ESTÁ. O TÃO ESPERADO MOMENTO, NUM CAP GRANDINHO ATÉ.



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Não posso dizer ao certo, o que acontecia sempre que voltava de uma missão para o acampamento. Posso dizer que nunca isso se parecia com uma simples chegada qualquer. Ainda mais quando sua família, vulgo irmãos, acreditam ou são forçados a acreditar que você morrera. E que sua capacidade para realizar uma missão não fora bem sucedida. 

 

Assim que subíamos a colina do acampamento, me forcei a parar quando atingi o ponto, em que estávamos ao lado do pinheiro e do dragão.

 

- Algum problema, Lola? – Flávia virou-se.

 

- Nenhum. – disse colocando minha mochila no chão e abrindo um de seus fechos. Retirei o delicado medalhão que continha dois “L’s” e prendi em meu pescoço – Agora é hora de distrações. – falei para mim mesma, mesmo sabendo que as garotas podiam ouvir.

 

- É isso. – Luiza falou enquanto descíamos a colina e víamos o acampamento vazio. – Estamos em casa. – disse sorridente.

 

- Onde estão todos? – Miranda parecia ter notado a pouco a ausência de todos.

 

Antes de Clara responder, esta olhou no relógio como se para confirmar suas suspeitas.

 

- Hora do café da manhã. É cedo ainda. Saímos daquele café às sete horas. São nove a recém. – disse sorridente.

 

- Então garotas venham comigo, vamos tomar um banho rápido trocar de roupa e iremos até o refeitório. – disse Flávia.

 

Foi exatamente isso que fizemos, tomamos banho com calma, por que graças aos deuses tudo estava vazio. Eu optei por um mini short jeans e uma regata branca, além de uma rasteirinha. Miranda estava de saia e uma blusa de estampa fofa. A Flávia estava de mini vestido, Luiza e Clara estavam de jeans e uma blusa qualquer.

 

- É isso, no momento em que saímos daqui éramos sete, no momento em que chegamos somos cinco. – comentei. – Será que seremos cinco para sempre?

 

- Ai deuses! Cala a boca, Lô! – reclamou Flá. – Sabe o que ta acontecendo? Você anda demais com a Clara. – disse enquanto caminhávamos para o refeitório.

 

Mas assim que entramos não havia uma alma viva por ali. Isso me pareceu confuso. Olhei para as meninas como se esperasse uma resposta.

 

- Vamos para o anfiteatro. – sugeriu Miranda.

Fizemos aquilo que ela mandou. Estávamos no topo mas ninguém parecia nos ver. Lá tinham algumas mortalhas, duas de linho branco com detalhes em dourado e um sol no meio. Uma toda em preto, onde havia uma chama em vermelho bordada. Assim, como uma quarta era rosa com um coração em pink, e por fim mas não menos bizarra uma toda branca com espadas cruzadas.

 

- Eles acham que morremos. – comentou minha irmã. – Olhe Paul e Benjamim. – disse apontando para os dois.

 

Eles tinham os olhos vermelhos e pareciam estar sem lágrimas de tanto chorar. Me deu vontade de ir correndo e os abraçar.

 

- Olhem o Nico! – Clara parecia se divertir com a situação, o irmão parecia abatido mas não chorava.

 

- Se quererem rir. – falou Luiza. – Olhem as filhas de Afrodite.

 

As irmãs de Flávia choravam e soluçavam, mas mesmo assim não tinham deixado os decotes grandes e os saltos altos de fora, da maneira que pareciam que a nova coleção da Gucci tinha sido cancelada.

 

- Certo, vamos ficar vendo eles sofrerem ou vamos ir lá, antes que queimem aquilo? – falei apontando as coisas que pareciam esperar para serem queimadas.

 

- Vamos até lá. – Clara apontou para uma escada lateral que dava no palco do anfiteatro. Ela era cercada por paredes altas, de forma com que não nos veriam.

 

Corremos, por aquela escada com a esperança de chegar a tempo antes que as mortalhas fossem queimadas. Assim que chegávamos lá em baixo Quíron se posicionou para falar. E Clara levantou a mão para que esperássemos. Todos ali estavam em total ou completo silêncio. Dali era possível ver Liam e Daniel, que estavam logo nas primeiras fileiras, os dois tinham os olhos vermelhos e choravam, as olheiras embaixo de seus olhos eram profundas e Liam tinha na mão algo que eu não conseguia ver, por que estava preso em sua mão como uma bolinha de papel.

 

- Hoje presenciamos que o mundo não é justo. Que nem sempre aquilo que queríamos acontece. Alguns dias atrás estávamos diante de outros dois falecimentos. Agora de uma forma brutal nos despedimos de cinco talentosas garotas. Assim como a maioria de vocês sofre, elas sofreram também, mas digo que não era do feitio delas a vingança, encarem isso como uma mensagem. Acho que agora devo falar de cada uma de uma forma individual.

 

“Miranda, - nisso houve uma pausa. – Uma menina fantástica, doce e de sonhos inocentes. Por inúmeras vezes, presenciei momentos, em que ela abria sua mente fantástica e contava seus majestosos sonhos. Acredito que desta vez, seu maior sonho, não pode ser realizado. Sinto informá-los, que o sonho dela era poder viver uma vida, esquecendo de sua origem, e ela foi tirada de nós por causa de sua origem.

 

Luiza, não nego que de muitos problemas e disputas realizadas dentro deste acampamento, tinha dedo dela. Desde seus onze anos ela esteve presente neste acampamento e desde sempre se mostrou fantástica em tarefas em que exigiam uma espada e luta.

 

Flávia, sem dúvida essa menina que passara tão pouco tempo conosco, se mostrou tão essencial para conosco. Ela poderia convencer qualquer um de nós que estávamos errados com um piscar de olhos, como podia nos convencer a fazer aquilo que ela queria.

 

Lola, tão única. Sua alegria que se assemelha ao sol, sua cordialidade e sua inteligência, se mostraram suas maiores virtudes. Assim como sua força de vontade, e seu bom humor, tornaram tudo tão simples para ela.

 

Por fim, mas não menos importante Clara, quem a olhava com olhos preconceituosos logo a tinha como alguém pequena demais e talvez sem capacidade. Mas aqueles olhos obscuros, assim como sua habilidade com qualquer coisa que ferisse, nisso incluo seu sarcasmo e ironia, eram únicos.

 

Assim, eu vos digo. Que se essas meninas estivessem aqui conosco ainda fariam um acampamento muito melhor para nós, assim como todos vocês fazem falta quando estão longe, imaginem tamanha falta que fariam se estivessem longe para sempre de nossos aposentos. Assim é como nos sentimos hoje. Como se parte de nossa alma olimpiana tivesse sido roubada de uma forma irreparável”

 

Clara caminhou em direção as escadas e atingindo o primeiro degrau fez sinal para que continuassem.

 

- Sigam a minha deixa. – sussurrou para nós.

 

Subiu mais um degrau.

 

- Então, - falou alto agora. – que a alma olimpiana de vocês tenha sido roubada, eu não nego.

 

- Mas de uma forma irreparável. – continuei – ah! Eu nego com certeza.

 

- Obrigada pelos elogios, Quíron. – foi a vez de Flávia.

 

- Mas acredito, na verdade acreditamos que não serão necessários neste momento, com tal intenção. – Miranda disse.

 

- Além do mais, esperávamos que fossem mais confiantes em nossa missão. E aí Sr. D? – falou para o senhor gordinho que estava sentado em uma cadeira perto da fogueira, assim que nos aproximávamos de Quíron.

 

- Oh deuses obrigado! – disse Quíron. – Acredito que toda essa reunião não teve propósito algum.

 

- Acredito que não – respondi. – Falando nisso, completamos nossa missão com sucesso. Mesmo contando com alguns imprevistos.

 

- Ta legal, ninguém vem me abraçar não? – sim isso veio da boca da minha irmã.

 

Benjamim seguido de Paul, desceram aquelas escadas com tamanha rapidez, que eu já estava até vendo eles caírem.

 

- Você está viva! – Paul me abraçou me pegando no colo.

 

- Pois é, você não vai se livrar de mim tão cedo. – negaceei com a cabeça ainda abraçada a ele. – É tão bom te ver, cabeção. – disse sorrindo enquanto ele bagunçava o meu cabelo.

 

- Lola! – isso veio do meu outro irmão, não sei se você se lembra. O nome dele é Benjamim, meio tímido sabe? Quieto e tal.

 

- Ben! – disse o abraçado. – Ai seu chato! Nem pra confiar em mim e dizer que eu tava viva, não você tinha que chorar e achar que eu tinha fracassado.

 

- Er... você sabe, todo mundo dizendo que o pior aconteceu. É quase uma lavagem cerebral. – disse envergonhado.

 

O palco do anfiteatro já estava lotado de alguns conhecidos. Aqueles que nem nos conheciam já tinham saído até do anfiteatro sobrara apenas alguns conhecidos e amigos.

 

- LOLA! – gritou Dan.

 

- DAN! – disse correndo até ele e o abraçando.

 

- Sua idiota! – ele me xingou – Achei que tu tinhas morrido, me matei chorando. E para piorar as coisas tive que aguentar o retardado do Liam se culpando. Acho que você tem que aprender a escolher namorados! – engoli em seco.

 

- Daniel Wings! Seu retardado! – reprimiu Flá. – Se não sabe o que falar fica quieto, valeu? – ela me abraçou. – Lô, acho que você tem que falar com ele. – ele estava ali perto.

 

Suas mãos estavam dentro do bolso do jeans. Ele usava uma camisa preta. Seus cachos escuros que eu tanto gostava, estavam maiores. Seus olhos como havia dito estavam um pouco menos vermelhos, mas ainda tinha olheiras profundas, porém eu ainda via seu tom característico arroxeado. Mas por sinal tinha uma essência de sorriso no rosto, o que me fez sorrir imediatamente.

 

- Pode me acompanhar? – ele pediu.

 

Olhei para Flávia que assentiu.

 

- Posso. – respondi.

 

Ele caminhou em direção a praia onde demos o nosso primeiro beijo. Lá se sentou na areia e deu leves tapas ao lado de onde estava sentado. Caminhei até lá com os braços cruzados, e só os descruzei quando sentei ao seu lado.

 

- Como você pode? – sua voz era interrogativa.

 

- Desculpe? Que tal começar do principio para que nós, seres humanos, compreendam o que você fala. – disse ríspida.

 

- Por que me trair? Não era melhor pedir um tempo? – perguntou ainda sem me olhar.

 

- Para o mundo que eu quero descer! Como? – disse ainda irritada.

 

- Não se faça de inocente. – disse sério.

 

- Não se faça de inocente? Que tal você explicar a história do começo? – me pus em pé rapidamente.

 

- Simples Lola, minha irmã, disse que você quando me deixou essa porcaria de bilhete. – ele jogou o bilhete em mim, era aquele que eu tinha deixado antes de partir. – Você estava aos beijos com um tal de Felipe.

 

Legal o Felipe, filho de Athena, garoto o qual eu sempre achei perfeito para CLARA! Ele era inteligente, parecia ser centrado no mundo, e era legal.

 

- UM MINUTO! – gritei – VOCÊ ESTÁ DESCONFIANDO DE MIM... POR QUE A VAD... – respirei fundo – por que a SUA IRMÃ, pessoa que provavelmente MAL tu conhecias, disse? A Liam me poupe! – disse me retirando.

 

- Você nega? – ele disse mais calmo.

 

- Nego! Nego! E nego de novo! – respondi – Quem sabe quando tu fores maduro o suficiente, para ver o que acontece diante dos teus olhos a gente conversa. – meus olhos já ardiam.

 

- Como assim? Lola você está chorando? – disse preocupado.

 

- Pelo simples fato, de que eu sou apaixonada por ti desde o momento em que eu te vi entrar por aquela maldita sala. Que só vai aumentando o que eu sinto. Que quando tu sorri, tenho que sorri, que quando tu fala comigo meu coração acelera. E que eu sou uma estúpida por acreditar que tu me amavas! – agora lagrimas grossas e pesadas já escorriam pelo meu rosto.

 

Limpei-as com brutalidade. Mexi com dificuldades no fecho do medalhão, mas consegui tirá-lo.

 

- Quando tu perceber isso, ou lembrar quem tu ama. Tu entrega isso para essa pessoa. – coloquei na mão dele. – Mas lembra, que ninguém merece sofrer, e que tu podias ser mais cuidadoso antes de acusar alguém.

 

Sai dali, correndo, mesmo com ele me chamando não ia ouvir desaforos de graça. Entrei no meu chalé e a Miranda já estava ali.

 

- Falou com a sua mãe? – ela perguntou.

 

- Um minuto. – disse pegando o celular. – Acho que uma vez não faz mal né?- ela negaceou com a cabeça.

 

Disquei o número da minha mãe e rezei para que desse sinal.

 

- Alô? – a voz da minha mãe falou de um lado da linha.

 

- Hm... mãe? – chamei.

 

- Oh! Lola é você? Só Deus sabe o quanto esperei por essa ligação!

 

- Bem... queria saber, se da pra eu ir passar o Natal aí em casa?

 

- Claro que dá. Peter vai buscá-la! Seu avô vai ficar tão animado, ele não para de perguntar por você.

 

- É que bom, tem uma amiga minha, mais precisamente minha irmã, e bem eu gostaria de saber se ela pode ir junto? – disse meio receosa.

 

- Irmã? – ela parecia meio incerta – Ah! Filha de seu pai.

 

- Sim.

 

- Tudo bem, Peter passa para pegar vocês duas em uma hora. – não pensei que ela aceitaria tão bem. – Vou junto, temos que fazer as compras de Natal. Você sabe que sua avó é uma tragédia no supermercado...

 

- Mãe?

 

- Sim, querida?

 

- De quantos meses você está? – eu passei um tempo se falar com ela que mal sabia de qualquer coisa.

 

-Oito, por quê?

 

- É uma menina ou um menino? – perguntei receosa.

 

- É menina. Julieta. Peter que escolheu. – justificou.

 

- Oh! Certo. Até mais. – e desliguei o telefone.

 

Eu deveria estar com uma cara confusa, por que Miranda me abraçou e perguntou:

 

- Algum problema? – disse preocupada.

 

- Não. – negaceei com a cabeça. – Temos uma hora para pegar nossas coisas e nos despedir. Vamos passar o Natal na casa da vovó. – disse sorrindo.

 

- Não foi só isso Lola. – ela continuou.

 

- Minha mãe está grávida, não sei se já tinha comentado. Ela acabou de me dizer que é uma menina. – disse ainda meio afetada.

 

- Ela não vai substituir o seu lugar. – disse confiante – Você é única, exatamente como o Quíron disse. – a abracei.

 

- Você é perfeita. – murmurei.

 

Separei-me dela e olhei a bagunça que as nossas camas estavam.

 

- Sabe, vamos voltar depois do Ano Novo... Ou antes. Não precisa levar tudo. – falei.

 

- Oh minhas malas já estão prontas. – apontou para duas malas lilás. – Isso fica.

 

- Só por curiosidade? Ah quanto tempo você está no acampamento? – disse receosa.

- Desde os doze. Tenho dezesseis agora. Mas se quer saber, só tenho o meu pai, minha mãe quando descobriu o que eu era, digamos que me renegou da família. – disse sorrindo, nada a abalava mesmo. – Mas não ligo, estou melhor sem ela.

 

Pegamos o que precisávamos e pedimos ajuda a Argos para colocasse as nossas malas no topo da colina. Encaminhei-me para o dormitório de Afrodite, enquanto Miranda se despedia de outras amigas.

 

- Hey já está indo? – Flávia virou-se para mim enquanto colocava algumas coisas na mala.

 

- Ainda não comprei meus presentes. – disse culpada.

 

- Oh! Os meus foram todos comprados por telefone ou Internet. Bem mais prático, do que a bagunça costumeira de ultima hora que acaba com as minhas roupas. – disse balançando a cabeça.

 

- Certo, vim dar tchau. – ela me abraçou.

 

- Se cuida. – disse sorrindo. – Além do mais como anda o garoto do vinho?

 

- Na dele, sabia que o cara de pau disse que eu tava traindo ele? – disse furiosa.

 

- Hm... com quem? – disse presunçosa.

 

- Flávia!

 

- O quê? – disse com a cara mais inocente possível.

 

- Com o Felipe. – disse meio contrariada.

 

- Cara! Sempre o achei a cara da Clara. – começamos a rir.

 

- Bom to indo. – disse abrindo a porta. – Nos vemos outra hora. Hey, você volta para o Ano Novo? – perguntei receosa.

 

- Não sei. Será avisada. – e piscou marotamente.

 

Assenti e sai dali. Caminhei até o chalé de Hades, onde a Clara estava sentada na frente, como sempre.

 

- Hey, little person. – disse sorrindo.

 

- Está indo? – disse olhando para mim, assenti. – Tchau então. – balançou a cabeça.

 

Dado isso, a abracei forte.

 

- LOLA! SOCORRO! SEM CONTATO FISICO! PELOS DEUSES! – reclamou irritada.

 

- Own. – disse a soltado. – Abraços fazem bem.

 

Levantei-me e fui em direção da colina. Lá em cima estava o namorado da minha melhor amiga, conjuntamente com o ... o... vocês sabem.

 

- Até mais Dan. – disse o dando um beijo na bochecha. – Vamos para casa até que em fim, saio desse acampamento, sem uma profecia nas minhas costas. – disse sorrindo.

 

- Tchau, Lolita. – disse animado o que me fez revirar os olhos. – Nós vamos também. Mal passamos tempo aqui no acampamento, quando estávamos de férias tínhamos missão e agora só viemos para aproveitar um pouco das férias. – respondeu.

 

- Até Liam. – disse seca e fui até onde Miranda estava.

 

Dado alguns minutos, um Audi novo entrou no nosso campo de visão.

 

- É de vocês? – virei para os garotos. Que apenas negacearam.

 

- É seu? – Dan perguntou.

 

- Peter sempre gostou de esbanjar. – disse revirando os olhos e pegando as malas.

 

Descemos a colina em silencio. Peter tinha descido do carro e deixei as malas (da Miranda, afinal eu não levava nada) simplesmente perto da porta malas para que ele guardasse, essa seria a nossa eterna relação. Minha mãe nos esperava do outro lado da porta. Sorri e a abracei.

 

- Garota! Quanto tempo. – disse me prensando contra a barriga enorme.

 

- Esse é do Peter mesmo? – sussurrei no seu ouvido, fazendo-a rir.

 

- Com certeza!

 

- Ufa – passei a mão pela testa em claro sinal de drama. – Oh! Desculpe. Miranda essa é minha mãe. Mãe essa é Miranda. – sinalizei.

 

- Prazer Senhora Lutz. – disse apertando a mão da minha mãe.

 

- Por favor. Apenas Alice. – respondeu a minha mãe. – Vamos para dentro. Temos que fazer compras. – disse sorrindo.

 

 

O caminho até o shopping foi silencioso, salvo alguma troca de sussurros ou sinais entre mim e Miranda, e a conversa obviamente ininterrupta entre a minha mãe e meu padrasto. Graças a Deus não demoramos a chegar ao shopping, que estava irritantemente lotado e impossível de qualquer compra.

 

- Bem... vamos lá. Primeiro o presente de seus avós. – disse entrando em uma loja de eletroeletrônicos. E sendo atendida por um atendente simpático.

 

E assim foi à tarde. Uma televisão nova para os meus avós. Vale presentes de livrarias e algumas lojas para os meus tios. Algumas lembranças para os colegas de trabalho da mamãe e por fim podemos ir às lojas que eu e a Miranda queríamos.

 

- Lola, você se importa se eu não for com você? – minha mãe tinha as mãos nas costas.

 

- Obvio que não! – ela nunca me acompanhava em muitas coisas mesmo.

 

- Certo, vamos ficar na praça de alimentação. Às sete horas, eu espero te ver lá também. – disse, assenti e fomos a uma loja de roupas ali perto.

 

- Olá, posso ajudá-las?- perguntou simpática.

 

- Sim. – respondi.

 

Comprado o presente da Flávia e o da Luiza. As que no mínimo me matariam se eu não comprasse algo para elas. Aproveitei que o cartão era de Peter e comprei grande parte das coisas mais caras da loja que era de marca. Segui para uma loja de Cd’s. Onde comprei o presente da Clara e da Miranda, sim, ela pediu um Cd lá, que eu nem prestei atenção apenas assenti e disse que tudo bem. Miranda também comprou algumas coisas os presentes dela, segundo ela mesma a mãe não gostando dela o vô sempre deu muito apoio e lhe sustentava. Por fim comprei uma camisa de algum time espanhol para o Dan e para o Liam foi sem duvida o mais difícil, optei por voltar à loja de livros e comprar o segundo do que tinha na mesa de cabeceira dele.

 

Encontramos minha mãe na praça de alimentação tomando um sorvete. E um Peter tentando comer uma porção de batatas frita.

 

- Hey, Peter, dá pra comprar uma pra mim e pra Miranda? – pedi.

 

Ele assentiu e foi até a fila quilométrica.

 

- Você é má com ele, você sabe que ele te adora né? – minha mãe disse.

 

- Sei, sei que também não custa nada ele fazer algo por mim. – disse sorrindo inocentemente.

 

Ela revirou os olhos e começou a falar do dia de amanhã.

 

- Nós vamos acordar e tomas café. Sairemos para almoçar com a família do Peter, isso inclui seus primos.

 

- Primos emprestados – corrigi.

 

- Que seja. À tarde iremos até a sua avó.

 

- Na casa ou na fazenda? – perguntei.

 

- Casa. – respondeu – O ano novo será na fazenda. Lá passaremos a tarde decorando a casa e tudo mais e a noite cearemos, iremos dormir e no dia seguinte pela manhã se toma café. Abre os presentes e se faz o almoço. Fim. – disse contende consigo por ter feito um planejamento quilométrico.

 

- Uhul! – disse sarcástica.

 

- Aqui estão, garotas. – Peter falou colocando um prato enorme de batatas frita na nossa frente.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
beijos