Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 13
Três falharão


Notas iniciais do capítulo

mais um capítulo pela ausencia do nyah!



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O elevador subiu em alta velocidade, tocava uma música que não identifiquei, reparei onde estava quando o elevador parou e abriu as portas.

 

Por mais que lá fora fosse dia, ali estava escuro. Alguns ambientes estavam iluminados outros totalmente escuros, mas o caminho que nos levaria era iluminado a cada cinco, seis metros por tochas de fogo grego. Era lindo, mágico, tão organizado, tão limpo... Era um lugar de honra, só aqueles que mereciam deveriam ficar naquele lugar. Andei, junto com os outros um pouco receosa, não sabia o que esperar. Nos aproximamos de uma porta, uma discussão lá dentro era perceptível, alta e barulhenta. Sem que encostássemos ou que nos mexêssemos a porta se abriu, lá dentro estavam os treze. Engoli em seco. Eram enormes tinham lá seus metros de altura. Não havia reparado a nossa chegada.

 

- Olá meio-sangues. – sorriu amigavelmente Lady Ártemis. Pelo pouco que estudei de mitologia grega conseguia identificá-los. – Por favor, chega! – virou-se para os outros que discutiam.

 

Eles demoraram a perceber nossa chegada. Porém assim que nos viram, se sentaram.

 

- Então... – iniciou Zeus.

 

Nos abaixamos e ficamos em nossos joelhos.

 

- Que seja, agora me expliquem o que fazem aqui. – pediu Zeus.

 

- A profecia. Viemos por causa dela. – falou Flávia, ela parecia à única bem para falar.

 

- Apollo nos falou dela. – disse Athena, calma. - Isso não é um assunto para vocês.

 

- Senhora, com todo respeito, é algo em que estamos envolvidos, alguns diretamente outros indiretamente. – tentei soar o mais educada possível.

 

- Acredito que estamos dispostos a ouvi-los. Sem garantias. – falou sabiamente a deusa.

 

- Agradecemos a oportunidade. – falou Liam.

 

- Posso pedir algo? – falou Poseidon.

 

Apenas assentimos.

 

- Um apenas fala. Não estamos testando vocês, nem vendo o quão boa é a sua voz. – disse seco.

 

Olhamos todos para Clara, afinal era ela quem estava diretamente envolvida. Ela estava calma sabia que tudo daria certo, seu pai tinha a mesma impressão, os dois por piores que fossem, nos passavam serenidade.

 

- Eu sei quem sou. – iniciou. – E gostaria de saber que motivos serão usados contra mim. Afinal tenho direito a defesa não?

 

Hades parecia orgulhoso por mais que não mostrasse isso, Zeus e Poseidon tinham a ira estampada, os outros estavam indiferentes.

 

- COMO OUSA? – exaltou-se Zeus. – VOCÊ DEVE GOSTAR MESMO DA MORTE! – raios soaram.

 

- Criança, você não deveria existir... isso é um ótimo argumento, quer outro? Você sabe por que não. Mais uns que tal? Você gosta da morte. Não deveria existir e não existirá. – Poseidon parecia sarcástico.

 

- Senhores, os dois cometeram deslizes assim como o meu pai. Ele poderia parecer o mais justo anteriormente, mas acredito que nem ele sabia de minha existência, minha mãe não contara a ninguém sobre minha existência. – falou. – Se vocês podem por que ele não poderia? Por ele ser o deus dos mortos? Por ser associado com algo ruim, maldade? Poupem-me, tanto eu quanto vocês sabem que isso é preconceito. Tudo bem ele gostou disso, ajudou a construir esse preconceito, mas acho que a nossa família é a que menos deveria ter preconceito com a gente, muito menos deixar esse preconceito envolver-se em nossas atitudes. – ele me convencera. Mas convenceu eles? – Além do mais, vocês mataram Percy e Thalia?

 

- Dou inicio a votação, sem réplica nem tréplica. Zeus? – começou Athena.

 

- Não acredito que poderia votar. Serei falho em minha decisão. Minha mente diz não, mas meus ouvidos dizem para deixá-la viva. – disse o deus do céu. – Não teria coragem de matar Thalia.

 

- Claro. Poseidon? – continuou Athena.

 

- O que mais me irrita é Hades ter cantado de todo poderoso para cima de nós! O que posso dizer, não deixem que matasse Percy! – e cruzou os braços. Ele vestia uma roupa de pescador... nenhum deles estava vestido para guerra.

 

- Hades?

 

- Sem comentários. – ele usava uma jaqueta de couro assim como a minha amiga. A dele era mais surrada e estava aberta onde era possível ver uma camiseta do AC/DC.

 

- Deméter? – falou Athena.

 

- A garota destruirá a vida de minha filha! Pobre Perséfone, mas se ela não tivesse comido a maldita romã! – ralhou – Dêem um fim nela, não importa qual. Na meio-sangue , não na Perséfone!

 

Um placar eletrônico zunia na minha cabeça 1x0. Deméter parecia gostar dos princípios gregos, suas vestes era típicas, assim como a das deusas primaveris.

 

- Hera?

 

- Por que existem meio-sangues? É só mais uma maneira de acabarem com a minha família perfeita- lamuriou-se – Quanto menos melhor. – e assim encerrou o seu dizer.

 

2x0, é não estava favorável para nós, mas muitos ainda não tinham votado, tudo poderia mudar ao menos eu tinha esperança.

 

- Ártemis?

 

- Lady Athena, só tu sabes o melhor a se fazer. Seguirei meu coração, aquilo que consigo reger, deixe a menina viva, ela não nos causa problemas e nem há profecia alguma sobre ela. – sua voz era calma e serena. Usava um vestido prata e lembrava constante mente a lua.

 

- Ares?

 

- Isso fará uma guerra entre todos aqui... eu gosto disso. Hasta la vista Clara. – e deu uma piscadela... ridículo.

- Hefesto?

 

- Estou farto de traições no Olimpo! Grande coisa que isso nos faz mais humanos, mas sejam traídos e vejam o como é bom... acredito que já saibam meu voto. – ele mexia em um besouro metálico.

 

Certo estava 4x1 péssimo, isto era péssimo!

 

- Afrodite? – Athena deu continuidade, ela era tão imparcial, tentava ver pelas suas reações o que ela votaria mas não era possível.

 

- Faça amor e não faça guerra. – mostrou os dois dedinhos clássicos. – Deixem tudo como está! É bem a cara de vocês resolver tudo com guerra e brigas, que coisa mais clichê! 

 

- Hermes?

 

- Nada contra a meio-sangues, e continuo com essa mentalidade, eles tem muito com o que se preocupar... Brigas de família acontecem no mundo normal... mas ninguém morre! Poderíamos ser assim! – os deuses deixavam os seus votos subentendidos.

 

4x3 esse era o placar. Faltavam três votos. Dionísio, Athena e ele.

 

- Dionísio. – pediu Athena.

 

- Sabe com menos meio-sangues meu trabalho fica mais fácil. – sorri maldoso. – Mais fácil com nenhum dos três grandes lá! Já basta o Peter Jason não vou tolerar a Carla. – não levava o Dionísio a sério... afinal ele pensava no seu próprio bem mas era um cara legal. Wow, Lola... você só pensa isso por causa do filho dele! Reprimi-me.

 

- Apollo.

 

Ele não havia me olhando até então e não fizera isso nem quando pode. Senti-me quando Perséfone disse que eu era humana, talvez fosse isso, confundiram a pessoa.

 

- Agradeço por não dar o último voto. Sempre sou culpado de erros. – eu seria um erro? – Então agora não serei culpado. Sinceramente acredito que devemos deixá-la viva, se acontecer algo teremos poder o suficiente para deter... – revirou os olhos e cruzou os braços. – Athena?

 

 

- Minhas palavras serão breves. Clara vive, não há motivos para matá-la. -  6x4 pode parecer amplo, mas foi apertado. Um voto que saísse para o outro lado empataria a questão.

 

17 pares de olhos caíram sobre Zeus, todos esperavam o seu veredicto. A votação era apenas fachada ele poderia mudar tudo se quisesse.

 

- O quê? Por que me olham? O veredicto foi dado. A garota vive. Deixarei tudo como está, mas caso acredite que estamos com problemas, chamarei esse conselho novamente, seja quando for... e sem meio-sangues. – disse se levantando. – Se quiserem falar com seus filhos fiquem a vontade, eu estou saindo. – virou-se. – Ninguém respeita nada aqui mesmo. – murmurou para si.

 

- Senhor? – chamei-o receosa. Ele ergueu uma das sobrancelhas esperando que continuasse. – Poderia esperar meus amigos do lado de fora? – Ártemis me olhou chocada.

 

- Faça o que quiser desde que não me perturbe. – e saiu.

 

Assim como ele sai da sala sabendo que todos me olhavam. Apollo tinha fechados os olhos quando eu falara aquilo e não deveria ter mudado. Andei até o inicio do caminho e sentei me escorando no muro. Não percebi antes, mas estava chorando, lagrimas caiam dos meus olhos copiosamente, eu demonstrara fraqueza. Mesmo ali sozinha aquilo era o fim para mim. Chorava, por que não sabia quem era o meu pai, era uma mera humana, havia tomado a minha decisão. Ouvi a porta se abrindo e passos vindo em minha direção, sequei bruscamente as lagrimas e a vi sentando ao meu lado. Tirou a cortina negra dos meus cabelos e os colocou depois de minha orelha. Ela sorria. Seus cabelos castanhos maravilhosos estavam ali e sua aparência era perfeita.

 

- Não suje minha blusa com lagrimas e muito menos essa calça! – brincou, mesmo assim tentei levantar. – Hey era brincadeira, pode ficar, mas me diz o que está havendo? Faz dois dias que você chora e não brinca mais! – seu olhar era de suplicia.

 

- Nada, não ta acontecendo nada.

 

- Seus sentimentos estão confusos isso é perceptível, fale se abra, por que não quis falar com o seu pai? – perguntou.

 

- Flá, ele não é meu pai. Sou humana como a Perséfone disse. Já me decidi assim que chegar ao acampamento pego as minhas coisas e vou para casa. Adoraria viver nesse mundo mágico, mas não temos lugar para dois oráculos ou qualquer outra coisa que eu poderia fazer. – respirei.

 

- Como tem tanta certeza que és humana? – era uma pergunta que eu adoraria fazer.

 

- Sempre achei isso, desde o dia da seleção... estava no lugar errado. A Perséfone... – ela me interrompeu.

 

- Você não vai acreditar naquela recalcada né? – indignou-se.

 

- Ela só me alertou, e bem você viu como o meu “pai” me tratou – fiz aspas.

 

- Quem é seu pai então? Já sabe? – parecia curiosa.

 

- Deve ser um qualquer, minha mãe sempre gostou de festas e badalações, ou até mesmo o Peter. – desdenhei.

 

Ela deixou tudo assim como estava, não disse mais nenhuma palavra eu gostei disso. Foi simples. Esperamos os outros e voltamos para o acampamento, dessa vez sem nenhum imprevisto, exceto o meu humor bipolar.


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Notas finais do capítulo

bjbj comentem