Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 1
Quando um bolo acerta minha amiga


Notas iniciais do capítulo

Primeira fanfic PJ



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Eu estava com sérios problemas, me encontrava no pior lugar da face da terra, colégio. Por todos os lados via pessoas organizando a formatura. Pelo jeito só eu não ligava, bem não só eu, Clara olhava tudo com desprezo como se fossem um bando de selvagens, fazendo coisas banais. Eu até que estava animada, conseguindo me formar na oitava série, sempre tive muitos problemas, quase rodei, mas passava só na recuperação, mas eu era boa em música, artes e nas aulas de mitologia grega. Tenho certeza que era por minha dislexia, tinha dificuldade para ler e não compreendia as matérias, mas me esforçava queria passar de ano para dar orgulho para minha mãe. Por mais que ela fosse desligada, era a única pessoa que eu tinha, além do meu padrasto. Isso era algo que dividia com a Clara, nenhuma de nós pode conhecer o pai, lembro que esse foi o primeiro assunto quando conversamos na quinta série.

Achei uma mesa com dificuldade e me sentei junto com a Clara, não eram muitas pessoas que gostavam da gente. Ao lado, uma menina, acredito que do primeiro ano, afinal o primeiro ano era encarregado de ajudar o pessoal da oitava com a formatura por causa da “integração”, ela estava tranquilamente pendurando um cartaz, quando um menino parecia novo, mas com certeza era mais velho que nós se aproximou e sentou na nossa mesa.

 

- Olá. – disse sorrindo, ele tinha os cabelos negros e os olhos eram de um verde profundo e transpareciam calma, como um dia sem ressaca no mar.

 

- Oi – respondi um pouco feliz por falarem comigo.

 

- Sou Percy – falou simpaticamente.

 

- Lola e essa é a Clara – apontei pra ela.

 

- O que ela disse. – falou a mesma que ouvia música no seu Ipod.   

 

- Hm... legal, bem eu queria saber se vocês podiam me acompanhar... – nesse instante a coisa mais estranha aconteceu.

 

A menina que pendurava o cartaz, enfiou a mão no meu lanche, que por sinal era um bolinho, e jogou por cima da cabeça do Percy, que agilmente abaixou a cabeça. Isso desencadeou uma guerra de comida generalizada, o refeitório já estava imundo, quando ele fala.

 

- Temos que sair daqui! – falou para nós – Eu sabia... isso sempre acontece. – falou agora para si mesmo murmurando, mas pude ouvir pela proximidade que estávamos.

 

Segui ele cuidando para não ser atingida, arrastando a Clara junto que mexia no seu Ipod freneticamente. Resisti a minha vontade de revirar os olhos, só ela conseguia se desligar do mundo com um simples fone de ouvido. Assim que saímos do refeitório, ele começou a andar em direção a saída e nós, obviamente, fomos atrás ou melhor eu fui a Clara nem ligou muito. Estávamos alcançando a saída facilmente, até que se ouve um grito agudo e brutal atrás de nós. Era... Era... Era o quê?

 

- Equidna. – ouvi Percy sussurrando.

 

- Como? – perguntei ao mesmo tempo em que observava que a coisa vestia-se exatamente igual a veterana, que havia começado a guerra de comida. Só podia estar sonhando.

 

- Equidna, é o nome disso que você vê, uma garota ou mulher como prefere, que tem uma cauda de cobra no lugar dos membros. – me situou

 

- Você também a vê da mesma forma que eu? – saiu como um sussurro involuntário.

 

- Sim, a vejo... e a sua amiga também, mas pelo jeito não parece muito preocupada. – e não estava, a Clara continuava a mexer em seu Ipod.

 

O grito se repetiu como se buscasse a nossa atenção, e obteve quase toda. Clara continuava ignorando a situação que nos apresentávamos, ela pareceu notar isso, pelo menos sua atitude me indicou isso. Ela ainda tinha em suas mãos um bolinho, que foi atirado comicamente em direção a Clara. Assim que ela reparou o bolinho grudento tinha atingido o seu cabelo, ela retirou os fones, colocou o Ipod de qualquer jeito no bolso do casaco.

 

- QUEM FOI? QUEM FOI? PODE IR FALANDO OU EU HACKEIO O COMPUTADOR DE TODO MUNDO. – eu ri e ela me olhou como se me mandasse calar a boca, os seus olhos caramelo agora ferviam de raiva, parecia que tinham pegado fogo.

 

Eu percebi que a coisa saiu em nossa direção, nisso o Percy tirou uma caneta do bolso.

 

- Vai matar aquilo com uma caneta? – zombou Clara

 

Assim que ele destampou a caneta, ela deu lugar ao uma espada. A Clara no mesmo instante pegou a espada da mão dele.

 

- Eu mato! – falou – Ela atirou bolo no meu cabelo, ela mato eu!

 

- Er... não pode, nem tem treinamento deixa isso comigo.

 

Enquanto os dois brigavam eu corria de um lado para o outro, o porque? Bem não me pergunte eu estava assustada e sou jovem demais para morrer! Bom a Equidna atacou e investiu nos dois, a Clara pegou a espada mesmo e começou a lutar com ela, e lutava bem, fiquei chocada, nunca tinha visto a minha amiga daquela forma. Percy a ajudava, com apoio moral de vez em quando e era ouvido bufadas dela a cada comentário dele. Acho que de tão irritada que ela ficou pegou a espada com as duas mãos e cravou no peito da criatura, que se desfez em areia. Entregou a espada para o dono com um sorriso presunçoso.

 

- Eu lutei esgrima – e deu uma piscadela, retomando os fones no ouvido, só que dessa vez o volume era alto e podia se ouvir o rock que ela escutava, curiosamente era Highway to Hell.

 

- Bom legal, vamos sair daqui antes que mais apareçam – falou Percy nos empurrando pra saída.

 

Virou em um beco e assoviou. Chegaram três cavalos alados.

 

 

 

                                                           *-*-*-*-*-*-*-*-*

 

Assim que saímos de cima das nuvens, pude ver uma colina. Os pegasus, pararam ao lado de um pinheiro, achei meio... caótico, não sei ao certo, uma arvore sozinha no topo de uma colina. Começamos a descer a colina, tranquilamente, exceto pelo fato de eu perceber tardiamente o dragão ao lado do pinheiro.

Já ao pé da colina observei coisas que não eram comum em meu cotidiano, como centauros, sátiros, ninfas e adolescentes andando de um lado para o outro, alguns utilizavam armaduras, outros empunhavam espadas. Aquilo parecia normal para eles, tanto o fato das espadas como o fato de novas pessoas ali, alguns sorriam abertamente para nós. A Clara já havia tirado os seus fones e olhava tudo surpresa como eu. Seguimos Percy em direção a uma casa maior que as outras doze que estavam distribuídas em forma de “U”. Ele bateu em uma porta e entrou, lá estava um centauro de cabelos rebeldes e cor bem amadeirada, um adulto relativamente gordo, usando roupas tigradas e cabelos encaracolados segurando uma Diet Coke, perto da mesa. Já sentados em um sofá, na parede da porta, notei uma moça de cabelos claros e olhos acinzentados, acredito que namorada do Percy, pois ele se sentou de um lado dela e pegou-lhe a mão. Ao outro lado dela estavam também outro casal relativamente diferentes, ela era linda, cabelos castanhos claros e de um rosto e corpo magnífico usava uma mini saia e uma blusa justíssima , já o rapaz tinha um ar jovial que o deixava com uma cara de malandro e trajava roupas esportivas. A clara sentou do lado do Percy e agora só agora percebi o que usávamos. Ela estava usando uma calça jeans escura e a sua jaqueta de couro estava fechada, seus cabelos loiros na altura dos ombros estavam indo para todos os lados de acordo com o corte. Eu usava um vestido que ia pouco abaixo das minhas coxas com notas musicais desenhados, lembrei que no próximo período de aula teríamos apresentações na aula de música, enquanto me sentava tentava abaixar meus cabelos, que tinham esvoaçado pelo vento.

Não demorou muito e um sátiro entrou com um menino, este porem estava com uma camiseta em um tom de vinho com um tigre desenhado, não infantil mas de uma forma diferente. Seus cabelos eram negros e encaracolados e seus olhos bem... em um tom de preto mais claro. Se isso era possível, já o sátiro tinha os cabelos ruivos rebeldes.

 

- Bom, a partir de hoje vocês se tornam campistas. – falou o centauro. – Eu sou Quíron, o diretor de atividades do acampamento, este é o Sr. D o diretor geral do acampamento. Bem Percy e Annabeth, fizeram um bom trabalho, por favor se retirem, juntamente com o senhor Underwood.  – o Senhor D era o adulto, Annabeth, a garota loira de olhos cinzentos e Grover, quem eu achei simpático, era o sátiro. – Vou ser breve por que bem, vocês são os que entraram mais tardiamente no acampamento então devem compreender melhor. Vocês todos tem conhecimento de mitologia grega certo? – todos assentimos – Bom de vez em quando os deuses descem a terra e se relacionam com mortais, eles tem filhos que são vocês, meio-sangues. Eles não podem manter contato com vocês, para que monstros da mitologia não os ataquem... Mas numa certa idade isso tende a acontecer então vocês são encaminhados para cá. Um pedido do Percy Jackson com consentimento de todos os doze deuses olimpianos, falou que todos os deuses tem que reclamar os seus filhos, para que possam viver no chalé de seus pais.

 

- Certo, mas quando vamos descobrir isso? – perguntei assim que terminei de digerir tudo.

 

- Agora. – falou o mesmo – Mas antes posso saber os seus nomes?

 

- Clara Wyrda. – falou minha amiga.

 

- Flávia Guess – disse a outra menina.

 

- Daniel Wings – respondeu o namorado da Flávia.

 

- Liam Winer. – falou o outro menino.

 

- Lola Lutz. – respondi assim que vi que era a ultima.

 

- Certo vamos até o refeitório, onde temos o fogo celestial e blá blá blá – falou o Sr. D.

 

Saímos da casa grande e fomos até o refeitório onde tinha uma pira com fogo queimando.

 

- Aqui os deuses podem reclamar vocês com mais facilidade – explicou Quíron. – Peguem um pedaço da lasanha joguem no fogo e mandem para o seu pai, apenas pensem nisso, depois é com eles.  

 

 

Esperamos alguns minutos e o primeiro a ir foi o Liam, depois de alguns minutos de espera, em cima da sua cabeça brilhou um cacho de uva, resplendendo a mesma cor.

 

- Dionísio – falou o Quíron, um pouco surpreso.

 

Logo em seguida a Flávia se desprendeu da mão do namorado e fez a mesma coisa. A diferença foi que em sua cabeça um coração brilhou, e resplandecia uma luz rosa.

 

- Afrodite – sorri com a idéia, ela era mesmo bonita e tinha total característica para ser filha de tal deusa.

 

Daniel pareceu curioso e foi logo em seguida. Um caduceu brilhou em sua cabeça, pelos conhecimentos não vastos, que possuía de mitologia... ele deveria ser filho de Hermes.

 

- Hermes. – concluiu Quíron.

 

Fui depois, não queria ficar para ultima dessa vez. Peguei um pedaço da lasanha, cheguei até a pira e despejei no fogo pensando. ‘para o meu pai, seja você quem for.’  Esperei desacreditada, para mim, eu estava no lugar errado, fiquei esperando para ver como todos reagiriam ao ver a intrusa que eu era. Mas surpreendentemente uma luz amarela brilhou em minha cabeça, apenas isso, sem desenho ou objeto. Todos pareciam confusos mas Quíron parecia saber o que eu era.

 

- Filha de Apollo. – respondeu, isso explicava a luz.

 

 

Quíron olhava curiosamente para a Clara, que estava calmamente comendo lasanha ao lado do Senhor D pelo visto eles já tinham comido metade do que restou da lasanha, todos ficaram extasiados com a situação, ela era a única que não ligava a mínima para saber quem era o seu pai. Mas isso não pareceu intimidá-lo, uma imagem que para mim de fácil interpretação era, brilhou em cima de sua cabeça, enquanto ela comia freneticamente a sua lasanha.


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Notas finais do capítulo

Minusculo mas é só o primeiro... bjbj