Heart Attack escrita por Ciin Smoak


Capítulo 15
POV Dimitri


Notas iniciais do capítulo

Cheguei gente e dessa vez com um POV do nosso russo...
Leiam as notas finais por favor!



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Ela havia aceitado meu pedido, finalmente estávamos namorando e agora eu tinha minha Roza só pra mim. Andar de mãos dadas com ela foi uma das sensações mais incríveis da minha vida e finalmente saber que a partir de agora poderia beija-la sem medo me deixava extasiado.

Eu teria que me controlar pra não agarra-la pelos cantos, a situação de hoje foi à prova de como o meu autocontrole some quando ela está por perto, Rose tem um corpo perfeito e uma pele tão macia, se a mãe dela não tivesse chegado naquele exato momento não sei o que teria acontecido, eu não conseguia parar.

E por falar na mãe dela, Janine é uma pessoa incrível, fico feliz que ela me aprovou e fiquei mais feliz ainda com a sua atitude de tentar me agradar fazendo um prato russo, que estava uma delicia, diga-se de passagem.

—Pensando em certa morena, irmãozinho? –Levei um susto ao ouvir a voz da minha irmã, estava tão distraído com meus pensamentos que nem percebi que já havia chegado em casa. Pensei em negar, mas resolvi provoca-la. –Talvez, devido aos acontecimentos de hoje. –Disse isso e subi rapidamente para o meu quarto, escutei passos apressados pelo corredor e sorri.

—Dimitri Belikov você não pode jogar uma dessas pra cima de mim e sair andando, que acontecimentos? Eu quero saber de tudo agora! –Vikka entrou correndo no meu quarto e pulou em cima de mim, logo a joguei na cama e comecei a fazer cócegas nela, minha irmã ria descontroladamente e logo notei uma sombra na porta.

—O que estão fazendo crianças? Achei que estavam tentando matar um ao outro. –Minha mãe se divertia vendo nossa cena e logo Vikka pulou da cama e a puxou pra se sentar com a gente. –Sabe o que é mama, aconteceu alguma coisa entre o Dimka e a Rose e ele não quer me contar. –Olhei feio pra minha irmã, eu sabia que ela usaria essa tática, agora eu teria que contar.

—Eu nem vou mandar você sair do quarto Viktória, porque sei que você vai ficar ouvindo atrás da porta. –Minha irmã deu um sorriso mostrando todos os dentes confirmando o que eu havia acabado de dizer e eu apenas revirei os olhos. –Aconteceu algo mesmo filho? É algo bom? –Sorri pra minha mãe e ela segurou minha mão. –Sim mama, Rose e eu estamos namorando. –Ok, eu não estava preparado pro que viria a seguir, minha irmã soltou um grito histérico e minha mãe tapou os ouvidos, ela logo começou a pular na cama freneticamente.

—Finalmente, finalmente, finalmente jesuuuuuuuuuuus. Vocês deixaram de ser dois idiotas e decidiram se resolver, ai meu Deus tenho que mandar fazer uma camiseta escrita “team Romitri”. –Vikka falava sem parar enquanto minha mãe dava risada, esperamos alguns minutos pra ela se acalmar e quando finalmente ela pareceu ter acabado com a sua comemoração se sentou novamente e me olhou ansiosa, ela queria detalhes.

—Nós finalmente nos declaramos um para o outro mama e quando fomos na sorveteria eu comprei um anel doce e a pedi em namoro. Eu também conheci a mãe dela e jantei lá, você acredita que a Janine fez frango a Kiev pra mim? –Minha mãe tinha os olhos marejados e logo avançou sobre mim e me deu um abraço apertado. –Ah Dimka fico tão feliz por isso, posso ver em seus olhos o quanto você ama essa garota e fico mais feliz ainda que a mãe dela tenha te aprovado e tentado te agradar. Você não tem ideia do quanto uma mãe fica feliz quando cuidam do filho dela. –Minha mãe se afastou e Vikka pulou em cima de mim. –Irmãozinho, temos que trazer a Rose aqui, ela precisa conhecer a mamãe. –Minha mãe sorriu em aprovação. –Sim meu filho, quero conhece-la e retribuir a gentileza, quero que a mãe dela saiba que também cuidaremos bem dela, traga-a pra jantar amanhã. Você sabe qual é o prato favorito dela? –Sorri pra minha mãe e vi o quanto ela estava feliz com meu namoro, bem eu também estava. – O prato preferido dela é Fried Chicken* e ela simplesmente ama sorvete, mais do que qualquer outra coisa.

—Muito bem, amanhã jantaremos Fried Chicken e teremos sorvete de sobremesa, espero que ela goste.

—É claro que vai gostar mama e também tenho certeza que você vai amar a Rose. –Vikka me abraçou de lado e olhou pra nossa mãe. –Rose é incrível, eu gosto dela mama. –Dona Olena sorriu e se levantou. –Se é assim, tenho certeza que gostarei dela também, estou ansiosa pra conhecê-la amanha. Vou dormir agora, boa noite crianças.

Nossa mãe deu um beijo em nossas testas e saiu do quarto, reviramos os olhos por essa mania que ela ainda tem de nos chamar de crianças. Vikka e eu nos deitamos na cama e ficamos em silencio encarando o teto por algum tempo.

—Falando sério Dimka fico feliz por você, nós nos preocupávamos por você nunca ter achado ninguém na Rússia, mas agora vejo que a sua felicidade estava aqui na América. –Sorri diante das palavras da minha irmã e apertei sua mão, ela retribui o aperto e mesmo sem olha-la podia sentir que ela também sorria. –Sabe, talvez a minha felicidade também esteja aqui. –Me virei curioso pra ela. –Como assim? Você conheceu alguém? –Vikka suspirou e me olhou. –Talvez. Mas você não vai saber de nada agora, até porque eu nem tenho certeza de nada, caso as coisas avancem prometo que você será o primeiro a saber irmãozinho. –Olhei reprovador pra minha irmã. –Não, nem adianta querer me fazer mudar de assunto, quero saber sobre você e a Rose. –Eu estava confuso agora, eu já não tinha falado que estávamos namorando? –Mas eu já contei tudo pra vocês. –Minha irmã negou com a cabeça e vi que seu olhar trazia algo malicioso. –Eu não sou burra Dimka, quero saber o que aconteceu e você não contou pra mamãe, os detalhes sórdidos sabe?

Senti meu rosto ficando totalmente vermelho e Vikka começou a rir sem parar, em minha defesa eu não estava esperando por isso, mas eu deveria saber que da minha irmã devo esperar por qualquer coisa.

—Não se preocupe maninho eu tô brincando, mas pela sua cara aposto que rolou uma super pegação em? Só usem camisinha, sou muito nova pra ser tia. Boa noite Dimka. –Vikka disse tudo isso rapidamente e saiu do quarto às pressas, fechei os olhos e uma risada escapou pelos meus lábios, minha irmã era um pequeno furacão, pobre do garoto que decidisse conquista-la.

Eu me sentia feliz, como há muito tempo não me sentia. Adormeci com a roupa que estava e tive um sono profundo e sem sonhos.

...

Estacionei o carro e olhei em volta, ela ainda não havia chegado.

O café da manhã tinha sido agitado, minha mãe fazia uma pequena lista de compras com tudo o que precisava pra fazer o jantar e Vikka falava sem parar, eu me divertia vendo a animação das duas e estava ansioso pra convidar Rose, por isso saí de casa mais cedo e dirigi rapidamente até a escola, finalmente o meu carro havia chegado.

Estava mexendo no controle do carro quando escutei duas batidas no vidro, me virei e vi Rose sorrindo. Saí do carro rapidamente e quase babei, ela estava linda, os cabelos estavam presos em uma trança lateral e o perfume que exalava dela era simplesmente maravilhoso. Me aproximei e abracei sua cintura a trazendo pra perto de mim, logo Rose passou a mão pelo meu pescoço e entrelaçou os dedos em meu cabelo.

—Oi namorado. –Rose estava radiante e eu não estava muito diferente. –Oi namorada. –Sorrimos um para o outro e aproximamos nossas cabeças até estarmos com as testas grudadas, sentia Rose ficando na ponta dos pés pra poder me alcançar e decidi ajudar a erguendo um pouco, a morena deu risada e beijou meu nariz em agradecimento. –Então, você vai fazer algo hoje à noite? –Rose apenas negou com a cabeça e eu respirei aliviado. –Bom, minha mãe te chamou pra jantar lá em casa, ela queria te conhecer. –Ela prendeu a respiração e me olhou apreensiva. –Mas, e se ela não gostar de mim? –Dei risada e abracei um pouco mais forte. –Rose, ela já gosta de você sem te conhecer, fez uma lista de compras enorme hoje cedo pra poder fazer as suas duas coisas favoritas no jantar, ela e Vikka estão totalmente empolgadas.

Vi os olhos de Rose brilhando e ela pareceu relaxar. –Minhas duas coisas favoritas? –Ela parecia confusa, mas logo seu rosto ganhou um ar de reconhecimento e ela sorriu abertamente. –Não acredito, Fried Chicken e sorvete? –Apenas assenti e ela soltou um gritinho animado.

Aproximei minha boca da sua e a vi lambendo os lábios em expectativa, demos incontáveis selinhos até que eu decidi pedir passagem com a língua e ela cedeu, Rose começou a arranhar o meu pescoço enquanto eu apertava sua cintura, logo a virei e a coloquei contra o carro, ela pareceu gostar de ter apoio e soltou um leve gemido de satisfação, nossas línguas se moviam rudemente e a boca dela era tão saborosa que eu desejava nunca parar de beija-la.

—Ai meu Deus, finalmente. –Nos afastamos ofegantes e sorrimos pra Mia que pulava freneticamente sem sair do lugar, ela correu e nos abraçou. –Estou tão feliz por vocês dois. –Rose abraçou Mia mais uma vez e logo segurou minha mão, aproximei meu corpo do seu e dei um suave beijo sem seus cabelos enquanto via Mia soltar um alto “Owwwwwwwwwwwwwwwn”.

—Espera aí, eu realmente estou vendo isso ou é uma alucinação? –Christian parecia estar se divertindo, enquanto Lissa, Eddie e Tasha nos encaravam confusos. –Qual é gente, vocês são cegos mesmo ou eu que tô ficando maluco? Rose isso é sério mesmo? –Minha morena se limitou a um dar de ombros e logo a senti dando um beijo em meu pescoço bem no ponto onde ela havia deixado uma marca ontem. O gesto e a marca roxa não passaram despercebidos pelos outros.

—Ai meu Deeeeeeeeeus. –Lissa soltou um gritinho histérico e correu pra abraçar Rose, logo todos estavam nos dando abraços e parabéns, mas quando levantei a cabeça não vi Tasha, acho que ela havia ficado chateada, mas o que eu poderia fazer?

—Ok ok, vamos entrar que o sino toca daqui a pouco, meninos cuidem do Dimitri, nós e a Rose vamos pra aula de economia fofocar um pouco. –Mia estava animada e saiu puxando Rose e Lissa, a morena me lançou um beijo por cima dos ombros e os rapazes deram risada. –Quem diria, Belikov foi pego pelo furação Hathaway. –Revirei os olhos pra Christian e começamos a caminhar.

As aulas foram tranquilas, mas eu fiquei chateado por não conseguir ver Rose no intervalo, ela estava ocupada com algum trabalho de geografia e logo quando terminou foi embora, então também não a vi na saída.

Estava estacionando o carro na garagem de casa quando escutei o bip do celular.

“Oi amor desculpa ter sumido, tive que resolver as coisas do trabalho e depois buscar uns documentos no cartório pra minha mãe. Que horas tenho que estar na sua casa hoje à noite?”

Sorri pro celular, era a primeira vez que ela me chamava de amor e acho que nem se dava conta disso.

“Oito horas pode ser? “

Logo recebi a resposta.

“Combinado então, até as oito.”

Bloqueei o aparelho e saí do carro, estava totalmente ansioso pra hoje à noite. Entrei em casa e vi que a mesma estava vazia, minha mãe deve ter ido buscar a Vikka e há essa hora as duas estão como loucas no supermercado, ri comigo mesmo e notei o quanto a chegada de Rose havia feito bem não só a mim, mas também a minha família.

Subi pro quarto e fui tomar um banho, tive aula de educação física hoje e estava completamente suado. Assim que terminei desci as escadas rapidamente em direção à cozinha, eu estava morto de fome e dei graças a Deus quando vi uma quentinha dentro do forno, minha mãe lembrara-se de comprar comida no restaurante aqui perto pra mim.

Depois de comer e arrumar a bagunça decidi tirar um cochilo, subi para o quarto e me joguei na cama, seriam alguns poucos minutos e depois eu iria arrumar algo pra fazer.

...

—Dimka acorda...Dimka...Dimkaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! –Levantei com um pulo da cama e dei de cara com minha irmã. –Nossa Vikka, pra que gritar? –Ela apenas arqueou a sobrancelha. –Eu te chamei varias vezes e nada de você acordar, mamãe está fazendo o jantar e pediu pra que arrumássemos a casa.

Jantar?

—Não tá muito cedo pra ela já estar fazendo o jantar? –Vikka olhou incrédula pra mim e depois começou a rir. –Você dormiu demais irmãozinho, já são seis e meia. Temos uma hora e meia pra arrumar a casa e nos arrumarmos antes da Rose chegar.

—дерьмо! Как я мог спать так много?*

—Para de reclamar e vamos logo Dimitri. –Descemos as escadas e começamos a arrumar a sala e a cozinha, minha mãe ditava o que tínhamos que fazer e tentávamos arrumar tudo o mais depressa possível sem deixar nada desajeitado.

Foi uma correria e tanto e quando terminamos, vi o relógio marcando 19:35 hrs e corri pra me arrumar, Vikka fez a mesma coisa.

De banho tomado, decidi colocar uma calça jeans clara e uma camiseta social azul escura, calcei um tênis preto e baguncei os cabelos do jeito que eu sabia que Rose gostava. Assim que terminei saí do quarto ao mesmo tempo em que minha irmã saía do seu, Vikka estava linda com um vestido rosa e sapatilhas, ela havia prendido os cabelos em um rabo de cavalo.

—Vamos descer? Mamãe está se arrumando, nos pediu pra receber a Rose enquanto ela não fica pronta.

Descemos as escadas e quando pisamos o pé na sala a campainha tocou, corri pra atender.

Rose estava linda com uma calça jeans justa  e uma blusa de renda bege, ela ainda usava um sapato de salto da mesma cor da blusa, o que lhe dava uma altura considerável embora ela ainda continuasse bem menor que eu.

A puxei pela cintura e depositei um suave beijo em seus lábios, ela correspondeu avidamente, mas antes de podermos aprofundar aquele contato escutamos um pigarreio.

—Pombinhos, vocês terão tempo pra isso depois. Deixa a menina entrar Dimka. –Sorri envergonhado e puxei Rose pra dentro, ela logo correu pra abraçar Vikka. Desde quando as duas tinham essa intimidade toda? –É, desculpe a pergunta, mas desde quando vocês ficaram tão amigas? –Elas olharam uma pra outra e disseram ao mesmo tempo. –Longa história.

—Ai Rose, a mama vai amar você. Ficamos ansiosas pra esse jantar. –Roza sorriu tímida pra minha irmã. –Fico feliz com isso Vikka, tenho certeza que eu irei gostar muito dela também. –Sorri diante da cena, mas não pude deixar de perceber que Rose se referiu a minha irmã pelo apelido, desde quando isso aconteceu? Aliás, o que diabos aconteceu pras duas estarem tão próximas? Até onde eu sei elas só se viram uma vez.

Quando pensei em expor os meus pensamentos, escutei um barulho vindo da escada. Minha mãe estava linda com um vestido bege e os cabelos presos em um coque, ela logo se aproximou de Rose e a abraçou.

—Querida, é um prazer conhece-la finalmente.

—Digo o mesmo senhora Belikov.

Fui distraído da conversa das duas pelo bip do meu celular, era uma mensagem da Tasha.

“Dimka, precisamos conversar.” 

 

 

*O Fried Chicken é uma deliciosa comida americana e consiste em deliciosos pedaços de frango especialmente temperados e fritos. Tradicionalmente, o prato  é servido com batata frita ou outros acompanhamentos, tais como a salada de repolho, milho cozido, feijão estilo americano (baked beans) ou purê de batata (mashed potato).

Normalmente este prato está associado com os estados do sul dos Estados Unidos. 

 

*Merda, como eu pude dormir tanto?


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Notas finais do capítulo

Como será esse jantar com a família Belikov em? Será que o clima entre a Rose e o Dimitri vai esquentar? E o que será que a Tasha quer com o nosso russo?
Gente, vamos falar sério agora. A fic está em reta final e eu realmente estou feliz com o andamento dela, mas fico triste em ver o numero de comentários caindo, gente que comentava em todo capitulo simplesmente sumiu e ainda por cima temos os leitores fantasmas né, a fic está com 56 acompanhamentos e o ultimo capitulo teve apenas oito comentários. Assim não dá né pessoal? Caso não estejam gostando de algo, me avisem , mas não deixem de comentar, isso desestimula o escritor e vocês não tem ideia do sacrifício que eu faço pra poder postar os capítulos o mais rápido que eu consigo.
Então galera, vamos comentar, favoritar e RECOMENDAR, isso ajuda na divulgação da fic e estimula outras pessoas a quererem ler.
Até o próximo capitulo,
Beijooooooooooos!!!



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