O bebê Dragão escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 14
O Feitiço


Notas iniciais do capítulo

John Newman-Love Me Again
https://youtu.be/mph8nTron7E

https://youtu.be/KqLRRE-wImo



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P.O.V. Jane.

Só Deus sabe o que ela vai fazer comigo.

—Vai doer?

—Um pouco. Vamos nessa.

Logo estávamos todos reunidos em volta de uma mesa onde estava um livro.

—O que é isso?

—É o meu grimório.

—Um Gri... o que?

Alec Respondeu:

—É um livro mágico de feitiços. idiota.

—Agora Jane, preciso da sua posse mais valiosa.

Eu entreguei a ela o meu colar.

—Porque precisa do meu colar?

—É um talismã! Como eu não posso usar você de corpo e alma o seu colar vai fazer esse papel. Agora mãos sob a mesa, palmas pra cima.

Ela pegou a minha mão com força e a cortou com uma faca. Uma faca cortou a minha pele? Bom, o sangue pingou no colar.

Ela perguntou ironicamente:

—Desculpe amor, doeu?

Isobel cortou as mãos de todos os vampiros fazendo uma poça de sangue no colar e começou a recitar palavras numa língua desconhecida.

O celular dela tocou e ela atendeu.

—Alô?

—Eu liguei pra te alertar. E pra dizer que a Tia Bonnie está dizendo Adeus.

—Do que está falando pai, eu to fazendo o feitiço.

—Seu tio Klaus está morrendo, Isobel.

—Não! Tenho que desligar.

Ela desligou.

—Tenho que me apressar, eu não tenho muito tempo.

Ela recomeçou a recitar o feitiço cada vez mais rápido e mais rápido e logo o colar pegou fogo.

—Consegui.

O nariz dela começou a sangrar e os pulsos se abriram sozinhos.

—Isobel!

—Não me transformem. Alterar o tempo de vida de alguém foi o que começou toda essa bagunça pra começo de conversa, eu aprendi a minha lição, eu não vou me salvar. Eu venci. Klaus se foi e Jane é a âncora para o outro lado. O verdadeiro amor prevalece e vocês Volturi que se fodam.

—Isobel! Isobel! Não morra eu preciso de você.

Disse Alec e de repente as feridas começaram a cicatrizar e ela se levantou.

—Era só o que eu queria. Não se preocupe Jane, você não é a âncora para o outro lado e o meu Tio Klaus ainda está bem vivo. Eu não acredito que vocês caíram nessa.

—O que?

—Eu fiz um feitiço, mas não um de troca de âncora. Fiz um feitiço do glamour, nada do que aconteceu aqui foi real, não cortei suas mãos, não sangrei. Foi só um teste e Alec foi o único que passou.

Ela saiu e foi para os jardins.

P.O.V. Alec.

Eu tinha que perguntar. Então fui atrás dela.

—Porque você fez aquilo?

Ela olhou pra mim e ficou chocada.

—Nossa! Eu já tinha esquecido.

—Esquecido o que?

—Que isso acontece quando vocês saem no sol. E respondendo á sua pergunta eu precisava saber se algum de vocês podia ser salvo.

—Como assim?

—Eu sei que você me ama e qualquer um capaz de amar, é capaz de ser salvo. Ainda tem uma parte de você que é humana.

Ela se deitou na grama.

—Como você pode pensar assim?

Ela se sentou, olhou pra mim e disse:

—Porque eu vi. Entranhada nessa sua fachada de Volturi malvado tem uma alma humana.

Isobel se levantou, olhou bem no fundo dos meus olhos e sorriu.

—Caramba! Eles brilham como rubis. Você não tem obrigação de ser malvado, tem a obrigação de ser feliz.

Ela se limpou e saiu cantando e dançando. Então vi-a saindo pelo portão da frente.

—Onde pensa que vai?

—Dar uma volta. Eu não sou prisioneira e posso caminhar no sol sem ser detectada. E você também.

Ela me estendeu um anel.

—Um anel?

—Só, põe o anel.

Eu coloquei e parei de brilhar na hora.

—Como?

—Sou metade bruxa lembra? É um feitiço. Agora, vai se arrumar e vê se coloca uma roupa normal.

—E como você define uma roupa normal?

—Me leve até o seu quarto.

—Com prazer.

—Pare de babaquice, bebêzão. Eu só quero ver o seu closet.

Eu peguei ela no colo e corri até o quarto.

—Não precisava fazer isso. Eu posso correr tão rápido quanto você.

—Eu sei.

—Olha, mais que sem vergonha.

Disse ela em tom de brincadeira.

—Vamos ver o que temos aqui.

Ela abriu todos os meus armários e ficou indignada.

—Jesus da Cruz! Você só tem roupa de velho! Tem cartão de crédito?

—Tenho.

—E qual é o limite?

—Sem limite.

—Ótimo. Tá pensando o que eu to pensando?

—Provavelmente não.

—Compras! Vamos.

Ela me puxou pela mão e nós saímos do Castelo. Fomos em lojas nas quais eu nunca tinha entrado.

E eu vi uma variedade de cores, estampas, opções, acessórios a um preço baixíssimo.

—Como achou essa loja?

—Estamos numa loja de departamentos Alec. Tem isso em todo lugar.

Acho que eu nunca experimentei tanta roupa de uma vez. Depois fomos a uma sapataria e eu comprei uma variedade de tênis, botas e ela comprou pra ela mesma uma bota de couro italiano de salto alto e bico fino, brincos, camisetas e um monte de outras coisas.

Ela pagou com o cartão dela.

—Pronto. Que tal tomar um sorvete?

—Sabe que eu não como certo?

—Oh! É, eu esqueci.

Fomos á sorveteria e ela pediu uma casquinha de chocolate, estávamos saindo quando entra um homem e ela para.

—O que foi?

—Fique quieto. Não se mova.

—Atenção! Isso é um assalto.

—Segura o meu sorvete.

—Porque?

—Porque ele é um bandido que abusou de uma menininha de sete anos e bate na esposa.

Eu segurei o sorvete.

—Prepare-se pra fugir.

Ela deu um sorriso e então correu e avançou sob o pescoço do ladrão. Ela o matou em cinco segundos.

—Pronto. Um homem malvado á menos no mundo.

Nenhum dos humanos viu o que aconteceu, o bandido se quer deu um disparo.

—Me dá o sorvete.

Estendi o sorvete pra ela, ainda em choque. E ela deu uma lambida.

—Vamos embora.

P.O.V. Isobel.

Eu tive que arrastá-lo para fora da sorveteria e já no Castelo perguntei:

—Porque essa reação? Já viu tanta gente morrendo de formas piores e vai ficar de picuinha agora?

—Você o matou. Você.

—É. Ele era um babaca, teria matado todo mundo na sorveteria.

—Como pode saber?

—Ver o futuro tem suas vantagens.

Outra lambida.

—O que mais você faz?

—Os seus poderes tem limites, os meus não. Eu vou te dar outro presente.

—Que presente?

Ela sorriu pra mim e de repente eu senti uma felicidade tão grande, uma calma e uma paz. Era como estar no céu. Então passou.

—O que foi isso?

—O meu presente. Mas, e agora que o efeito passou, se sente diferente? Pior? Se sente melhor, percebe a diferença?

—Percebo. Porque está fazendo isso?

—Isso o que?

—Isso. Me trouxe para fazer as compras, tomar sorvete etc. Porque?

—Porque é o que eu faço. Eu ajudo as pessoas.

Quando chegamos ao Castelo o Mestre Aro ficou bravo porque saí sem permissão.

—Espera ai, ele é seu empregado, não sua propriedade. Se ele quiser sair, ele pode sair.

—O que disse?

—Ele não é seu prisioneiro e nem sua propriedade, se ele quiser sair, ele pode sair. Ele não é seu filho, nem seu enteado, nem seu irmão e nem nada seu, o cara tem quatrocentos anos. Ele é crescidinho e sabe cuidar de si mesmo, ele sai quando ele quiser, vai aonde ele quiser e com quem ele quiser. Sacou?

P.O.V. Caius.

Ela enfrentou Aro e defendeu Alec.

—Quer saber? Ela tá certa. Não sou seu prisioneiro ou sou?

—Não, meu querido, é claro que não.

—Então tá tudo esclarecido.

—Nem tudo.

—E o que falta Caius?

—Como ele saiu no sol sem ser detectado?

—Foi um presente. Um presente meu.

 


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