A profecia esquecida - Harry Potter Universe escrita por Sr Mokona


Capítulo 1
A vinda do ministro


Notas iniciais do capítulo

Primeira parte de três



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— ISLÂNDIA – 1997

                Edgar estava fumando seu habitual calabash enquanto esperava à hora de alimentar sua pequena criação de cabras e ovelhas em sua pequena fazenda, quando, pela janela,viu cinco pessoas aparatar um pouco distante de suas terras, indo em direção a sua casa. Quando chegaram mais perto, percebeu se tratar de Pio Thicknesse, embora não tenha conhecido os outros quatro. Edgar correu para abrir a porta e cumprimentou seus visitantes.

                - Boa tarde senhor. Achei que o ministério não tivesse mais nada a tratar comigo.

                - Edgar Morris, suponho. Não vim para tratar do caso do ataque do dragão a suas ovelhas, embora gostaria bastante de ouvir essa grande historia de como o senhor subjugou um sozinho um dragão.       

                - Eu já dei meu testemunho ao ministério sobre o caso, mas se o senhor quiser saber, já adianto que não derrotei o dragão, apenas defendi meus animais até que meus vizinhos, também bruxos, espantaram ele. Mas se o assunto é outro, por favor, entre.

                - Não começamos muito bem, deixe eu me apresentar: sou Pio Thicknesse, o novo ministro. Já deve saber que Rufus Scrimgeour foi lamentavelmente assassinado – disse Pio enquanto entrava.

                - Não sabia. Eu tenho tido poucas noticias. Ando sempre ocupado cuidando dos meus animais.

                Edgar teve que pegar cadeiras e banquinhos de outros cômodos para que todos pudessem sentar.

                - Esses são os aurores: Oliver, Oscar, Ethan e Phoebe – apresentou o ministro.

                - Tudo bem senhor ministro, o que quer de mim?

                - Leve-me para conhecer seus animais – disse Pio com um sorriso, mas com os olhos semicerrados.

                Edgar aceitou. Tudo aquilo estava muito estranho para ele, mas não havia motivos para não aceitar. Caminharam então juntos até o pequeno celeiro. O tempo estava frio e ventava bastante. A barba de Edgar estava desgrenhada enquanto o homem ao seu lado estava totalmente alinhado. Os dois pararam e Pio começou:

                - Como deve saber, o ministério está uma bagunça, por isso eu não posso demorar muito tempo aqui, então vou falar sem rodeios: você foi conhecidamente um dos mais poderosos servos do lorde das trevas, queremos você no ministério – seus olhos semicerrados brilhavam.

                Aquilo pegou Edgar de surpresa, parecia que falava de uma outra pessoa ou no mínimo de uma de suas vidas passadas. Não havia como escapar daquilo, então Edgar falou: - Não nego que já fui um comensal da morte, isso é sabido. Fui julgado e inocentado perante o ministério, não devo mais nada a ninguém – disse com um semblante sombrio.

                - Você diz que não deve a ninguém, mas e tudo que você causou contra as pessoas? E o que você deve ao lorde das trevas? – disse encarando Edgar. – Você o abandonou quando ele caiu, não saiu a sua procura quando ele desapareceu e fugiu quando teve a chance.

                Edgar reconheceu o brilho verde nos olhos do ministro enquanto ele falava. Não precisava pensar bastante para saber o que estava acontecendo no Reino Unido e mesmo assim, não entendia porque o próprio ministro tinha vindo recrutá-lo. Sem respostas, Pio continuou.

                - O que aconteceu com o dragão prova o seu valor. Se você está preocupado com sua criação, podemos indenizá-lo ou podemos contratar alguém que cuide dela enquanto você estiver fora. Precisamos de você.

                Edgar continuou sem falar nada, apenas pensando no que faria. Até que disse: - Senhor ministro, é uma honra, mas não posso tomar uma decisão assim tão rapidamente e como o senhor está bem ocupado, peço que volte para o ministério e dentro de poucos dias eu lhe procuro com a minha decisão.

                Foi a vez de Pio Thicknesse ficar calado, Ele passou a mão pelo cabelo e disse: - Tudo bem, mas saiba que estamos em guerra e se o senhor não me procurar para nos ajudar, meus aurores voltarão para trazê-lo à mim.

                Os dois ficaram se encarando, até que decidiram voltar para a casa. Pio se despediu de Edgar e desaparatou com os quatro aurores.

                Edgar voltou para sua cadeira e pensou no que deveria fazer agora que Dumbledore estava morto e o ministério havia caído nas mãos de Voldemort. Pensou no amigo Régulo e de como ele o alertou para as atrocidades de Voldemort. Sabia que Régulo havia morrido, mas não sabia como. Será que ele demonstrou seu descontentamento para outra pessoa que não fosse o Edgar e foi traído? Ele se perguntava isso durante todos esses anos.

                Já tinha passado da hora de alimentar os animais. Quando Edgar lembrou, correu para alimentá-los. Enquanto alimentava as ovelhas, Ólafur se aproximou e disse:

                - Os homens que vieram procurá-lo hoje cedo pareciam importantes. É devido ao acidente do dragão? – Ólafur era um homem corpulento, ainda mais quando usava vestes de lã grossa. Ele era o vizinho de Edgar, um antigo estudante de Durmstrang.

                - Sim, ainda é devido ao acidente do dragão. Ólafur, o que você acha de cuidar da minha fazenda por uns meses? Você ficaria com o lucro que ela der e eu só iria querê-la do mesmo jeito quando voltar.

                Edgar convenceu Ólafur depois de uma longa conversa. Ólafur cuidaria de sua fazenda até ele voltar. Ele planejava ir logo no dia seguinte. Conseguiu uma coruja com Ólafur e mandou uma carta para o ministério. Edgar sempre guardou uma chave de portal em seu armário achando que um dia , ele teria que usar, mas dessa vez ele teria que aparatar e para outro lugar. Lembrou que Ólafur lhe disse: “Mais de quinze anos. Mais de quinze anos que eu te conheço e essa é a primeira vez que vieram te visitar”.  Ele nunca havia se convencido de sua paz, sabendo o que ele havia feito no passado.


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