Damon e Elena - Casamento de Mentirinha escrita por Emma Salvatore


Capítulo 5
O começo da farsa


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!!
Como o prometido, aqui está mais um cap da fic!!!
Este é o cap onde Damon e Elena se casam.
Espero que gostem!!!



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— Elena, o que é isso? – Caroline perguntou apontando para o envelope que estava na minha mão.

— É o convite do casamento – respondi irritada.

— Mas eu pensei que vocês só fossem assinar os papéis. E não fazer um casamento de verdade – Caroline falou em voz baixa para que Bonnie não escutasse.

— E é justamente isso que eu vou resolver agora! – levantei-me e fui até a sala de Damon.

— O que é isso? – perguntei irritada, entrando na sala e jogando o convite em sua mesa.

Calmamente, ele levou os olhos para o papel e respondeu, sem olhar para mim:

— O convite do nosso casamento, como você pode ver.

— Damon! Eu pensei que nós só iríamos casar no papel e que não iríamos fazer essa festa toda! – exclamei irritada.

— É claro que vamos fazer festa, Elena. É o meu casamento. Precisa ter festa – ele explicou com a voz distante.

— Damon, olhe para mim! – pedi irritada e, a contragosto, ele obedeceu. – Tem coisas que eu valorizo e, aparentemente, você não! O casamento é uma delas! Eu realmente espero me casar com alguém que eu ame e que seja para valer, até o resto da minha vida. Aceitei me casar com você para salvar a minha irmã. Você não é o amor da minha vida e está bem longe de ser.

— E o que isso tem a ver com a festa? – ele perguntou, entediado.

— Damon, isso não é um casamento de verdade. Você sabe disso! Eu não quero essa festa! Quero guardar esse momento para quando realmente for para valer. Quero que seja especial – expliquei, meio hesitante. Não queria compartilhar mais uma de minhas particularidades com Damon.

— Você e suas manias de coisas especiais – ele comentou com secura.

— Podem ser manias, bobagens, besteiras, mas são coisas que eu me importo. E eu gostaria que você tivesse um pouco de consideração – falei firme.

Damon revirou os olhos, pegou o convite a sua frente e rasgou-o.

— Satisfeita? – ele perguntou, sarcástico.

— Muito – respondi no mesmo tom.

— O nosso casamento será no Cartório como você quer, mas preciso chamar o meu tio e você deve chamar a Srta. Forbes e a Srta. Bennett. Depois, posso marcar uma reserva naquele restaurante que fomos semana passada para uma pequena comemoração – ele avisou. – O meu tio precisa pensar que é real.

— Certo. E quanto a Stefan? Você não vai chamá-lo? – perguntei um tanto receosa.

Stefan e Damon não se falavam desde a fatídica noite do noivado. Damon não perdoara o primo por ter compartilhado seu segredo tão pessoal comigo. E agora – mesmo que Stefan garantisse que eu estava errada – sentia como isso fosse minha culpa. Stefan era tudo que Damon tinha, a pessoa em que ele mais confiava e talvez a única pessoa que realmente gostasse dele. E eu tinha feito os dois se separarem.

— Stefan está morto para mim. Você deveria saber disso – ele falou convicto, olhando firmemente para mim.

— Damon, por quanto tempo mais você vai continuar sem falar com ele? Stefan é seu melhor amigo! Você não pode deixar uma coisa assim afastar vocês – falei calmamente, esperando que ele me escutasse.

— Eu não tenho amigos. E nem preciso. Eu não preciso de ninguém! – ele exclamou.

— Precisa sim! – rebati-o. – Por qual outro motivo seu pai colocaria aquela cláusula no testamento?

— Não ouse tocar no nome do meu pai! – exclamou, levantando-se. Dava para ver a raiva crescendo em seus olhos.

Mas dessa vez não me intimidei.

— Ouso sim! Porque, apesar de você ser essa pessoa fria, dura e incapaz de qualquer emoção, eu me importo com você! Damon, deixa de ser cabeça dura e orgulhoso e vá atrás do seu amigo. Você precisa dele!

Damon agarrou o meu braço com força, olhou no fundo dos meus olhos e falou entredentes, consumido pela raiva:

— Eu já disse uma vez e vou repetir, eu não preciso da sua piedade, Elena.

Com esforço, soltei meu braço do seu aperto e falei irritada:

— Isso não é piedade, Damon. É consideração.

Caminhei em direção à porta e, antes de sair, comuniquei-o:

— Eu vou chamar Stefan. Ele é o meu amigo e é o meu casamento também.

— Faça o que quiser, não me importo – ele sussurrou, sentando-se em sua cadeira.

Assenti, saindo da sala. Voltando para a minha mesa, eu me toquei do que tinha dito há pouco.

Eu me importava com Damon? Desde quando?

Eu precisava realmente tirar uma semana de folga para poder botar no lugar tudo que estava se passando em minha cabeça.

*

— Elena, você está tão linda! – Caroline exclamou admirada.

— Obrigada, Care – agradeci com um sorriso.

— Eu francamente não entendo porque você e Damon não vão fazer um casamento grande. Afinal, não era o seu sonho? – Bonnie perguntou, ajeitando o próprio vestido.

— Damon não queria – menti. – Você sabe como ele é teimoso.

— Pensei que com você ele fosse mais relaxado – minha amiga comentou inocentemente.

— Às vezes – falei vagamente.

— Então, o que estamos esperando para irmos até o cartório? – Caroline perguntou, ansiosa.

— A limusine – respondi.

— Vamos de limusine? – Bonnie perguntou, impressionada.

— Claro que sim! Bonnie, o noivo dela é Damon Salvatore! – Caroline falou como se fosso óbvio.

— É, eu deveria ter percebido – Bonnie concordou.

Elas riram e olhei-me no espelho mais uma vez.

Eu realmente estava linda. Meu vestido era tomara que caia e tinha desenhos bonitos nas bordas. Meus cabelos estavam soltos e bem cacheados, caindo sobre meus ombros. Não usava véu, apenas uma pequena tiara e, no pescoço, eu usava um colar que pertencera à mãe de Damon. Não era meu. Ele deixou claro. Era apenas para que Zach visse o tamanho do suposto amor dele. Mesmo assim, o colar era lindo.

— Srta. Elena – uma empregada chamou, entrando no quarto. – A limusine chegou.

Respirei fundo e caminhei até a porta. Caroline e Bonnie me seguiram.

Quando entrei na limusine, o nervosismo tomou conta. Eu iria me casar com Damon Salvatore! E iria morar com ele por um ano! Oh meu Deus! O que eu estava fazendo?!

Caroline segurou minha mão e sorriu de forma solidária. Estava bem claro que seu olhar dizia que eu não estava sozinha.

Bonnie não percebeu esse momento, porque estava completamente encantada pela limusine.

— Incrível! – ela exclamou. – Elena, você tem que me chamar para passeios assim mais vezes!

— Com certeza, Bon – respondi tentando me entusiasmar com a empolgação dela.

Não deu muito certo. A ideia de passar um ano convivendo sob o mesmo teto que Damon continuava a me aterrorizar.

Continuei perdida em pensamentos e não reparei quando chegamos ao cartório.

Caroline e Bonnie deixaram a limusine primeiro e eu fui logo atrás.

Respirei fundo e entrei no local onde assinaria minha prisão de um ano.

Assim que entrei, sorri. Damon estava à frente da mesa onde assinaríamos os papéis conversando com Stefan. A conversa dos dois deixava claro que todos os problemas foram deixados para trás.

Afastado deles estava Zach. Ele não conseguia esconder a raiva que em seu rosto.

— Elena! – Stefan exclamou assim que me viu.

Ele veio ao meu encontro, dando-me um abraço.

— Você está linda! – elogiou.

— Obrigada, Stefan – agradeci.

Depois, percebi que o olhar de Stefan parou em Caroline.

— Você também, Caroline. Você está deslumbrante!

Minha amiga sorriu encabulada e murmurou um tímido "obrigada".

Meus olhos pararam em Damon. Ele me observava com fervor, examinando cada parte do meu corpo. Corei.

— Agora que a noiva chegou, já podemos acabar logo com essa palhaçada! – Zach exclamou, irritado.

— Sem dúvidas, tio. Já podemos começar o casamento – Damon falou com voz polida. – Não vejo a hora de fazer de Elena minha esposa.

Ele sorriu falsamente para mim e eu retribuí.

O juiz de paz chegou e começamos a cerimônia.

Andei lentamente até Damon com um sorriso que demonstrava a minha falsa alegria. Ele fazia o mesmo. Cheguei até ele e o juiz começou.

— Estou impressionado! Você conseguiu tirar uma nota dez hoje – Damon sussurrou em meu ouvido.

Sorri, tímida.

A cerimônia prosseguiu de maneira rápida e logo já estávamos trocando alianças. Para encerrar, beijamo-nos com um pouco de calma.

Quando nos separamos, Stefan foi o primeiro a vir nos cumprimentar.

— Parabéns! Felicidades!

Ele apertou a mão de Damon e me deu um abraço.

— Desejo realmente que sejam felizes por bem mais de um ano – sussurrou no meu ouvido.

Sorri para ele. Sabia que isso não aconteceria.

Caroline veio logo em seguida, me dando um abraço de urso.

— Você consegue sobreviver a isso, amiga – ela sussurrou com um leve sorriso.

Sorri de volta, querendo realmente acreditar em suas palavras.

Bonnie aproximou-se, tímida. Ela me deu um abraço desejando-me felicidades e, meio hesitante, apertou a mão de Damon.

Zach foi o próximo.

— Vamos ver quanto tempo isso vai dar – ele comentou, maldoso.

— Tio Zach, apesar de você não acreditar no meu casamento, sinta-se convidado para o jantar de comemoração que iremos ter agora mesmo – Damon falou sem se abalar, segurando minha cintura perto dele.

— Não. Dispenso. Para mim, isso já deu – o Salvatore mais velho resmungou, desaparecendo das nossas vistas.

— Então, acredito que não precise mais do jantar – sussurrei para Damon, esperançosa.

— Ainda precisamos dos paparazzis – ele avisou.

Suspirei.

*

Bonnie, Caroline e Stefan foram conosco na limusine até o restaurante. Durante todo o caminho, Damon estava segurando minha mão.

Assim que chegamos ao nosso destino, fomos surpreendidos por milhões de flashes.

Damon agarrou minha cintura e sussurrou no meu ouvido:

— Sorria.

Fiz o que ele mandou. Botei o meu melhor sorriso enquanto flashes invadiam o meu olho.

— Será que não é o bastante? – perguntei a Damon, quando meu olho começou a me incomodar.

— Senhores, eu e minha esposa realmente precisamos entrar. Nossos amigos estão nos esperando – Damon falou, afastando os paparazzis da nossa frente.

Conseguimos entrar no restaurante e eu me senti aliviada.

— Por favor, não me diga que isso vai ser uma rotina – pedi suplicante.

— Claro que sim – ele falou indiferente. – Ora, Elena, você é uma Salvatore agora. Estará sempre nas mídias. Até mesmo depois do divórcio.

Salvatore.

Elena Salvatore.

Só agora tinha me dito conta do meu novo nome. Eu havia insistido a Damon para não usar seu nome, mas como precisávamos manter as aparências, eu tinha que usar o Salvatore.

Damon me levou até uma ala reservada, onde Caroline, Bonnie e Stefan eram servidos em uma grande mesa.

Sentamo-nos com eles e um garçom abriu um champanhe. Ele serviu nossas taças e Damon brindou:

— Ao nosso futuro! – e me puxou para um beijo.

Quando nos separamos, eu tomei minha taça em um gole só.

Acho que eu estava precisando disso. Servi-me de mais e percebi que Damon fazia o mesmo.

Seria uma longa noite.

*

Damon e eu chegamos à casa dele aos tropeços. Tínhamos bebido demais no jantar e acabamos caindo no chão da sala, próximo ao sofá.

Rimos.

— Então, casamos – falei distante, olhando para o teto.

— É – Damon respondeu e virou-se para mim. – Você vai me chamar para o seu casamento de verdade, Elena?

— Talvez – murmurei. – E você? Vai me chamar para o seu?

Damon voltou a olhar para o teto e respondeu um pouco distante:

— Não pretendo me casar de verdade.

— Talvez, sabe, apareça alguém que você possa amar de verdade. Essas coisas são imprevisíveis – falei, virando-me para ele.

— Não acredito no amor, Elena – ele falou com a mesma voz distante e eu pude sentir um pouco de tristeza. – Se eu não tive o amor do meu próprio pai, como eu posso acreditar que outra pessoa vá me amar?

Não falei mais nada. Não sabia exatamente o que falar. Sentia-me triste por ele, mas sabia que ia passar. Amanhã, provavelmente nós dois só lembraríamos termos bebido bastante e pegado no sono. Essa conversa nunca existiria.

Sem que eu percebesse, adormeci. E minha cabeça apoiou-se no ombro de Damon.


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Notas finais do capítulo

E o que acharam??
Será q Stefan tem razão???
Comentem o q estão achando!!!



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