Jogo da Morte escrita por Gaby Uchiha


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁÁÁ!!!
Antes que alguém lance uma tocha na minha direção por estar burlando as regras, eu me defendo: NÃO DEU PRA TERMINAR! MAS VOU TERMINAR!

Ufa! Depois dessa voltei ao normal hahahah Bom gente, como vocês bem sabem, está rolando em janeiro com algumas autoras de fics, o desafio Sasuke Barbie. As profissões foram escolhidas para cada uma através de sorteio "televisionado" (nós não somos fracas não hahahaha sacanagem...). Bom, e por acaso eu fiquei com o mangaká! Sim cara, MANGAKÁ!!!
Eu não sabia bem o que escrever, mas fui fortemente influenciada (coagida sob sessões de tortura) por séries e doramas policiais. Sim cara, até supernatural tá na lista das séries que eu assisti pra ver se vinha a inspiração!

Obrigada meninas por todo o apoio *---* Vocês são lindas e muito importantes para mim!
Aqui está o início do Sasuke Mangaká!



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O flash iluminou a pele pálida e já sem vida da garota estirada sobre o colchão daquele albergue tão afastado do centro urbano.

O cheiro pútrido de carne em processo de decomposição em conjunto ao sangue seco encrustado no lençol pardo – infestado por ácaros – era a causa de náuseas nos desavisados, enquanto para aqueles homens de roupas especiais e tão estéreis, era o cheiro do seu rotineiro trabalho.

— Pobre garota. Mais uma jovem desavisada que foi enganada por um maníaco virtual – um dos peritos, o mais experiente entre eles, comentou com leve pesar ao mesmo tempo que o flash da sua câmera capturava a imagem do rosto jovem retorcido em um grito já silenciado. O grito dos mortos. O grito que permanece sussurrando através do silêncio em um pedido por ajuda que nunca a alcançou...

— Me pergunto porque essas garotas aceitam fugir com caras desconhecidos. Por Kami, é tão óbvio o desfecho desses casos – o mais novo naquele ofício falou com repulsa, não compreendendo a tolice dos humanos.

— Respeite-a garoto! – O primeiro foi incisivo na repreensão. – Essa garota provavelmente tinha pais, irmãos, amigos. Respeite os corpos das vítimas como você gostaria que respeitassem seus próprios familiares!

— Hai hai – o mais jovem aceitou a repressão com a cabeça baixa diante do homem mais experiente que si; diante do seu mais novo sensei naquele árduo ofício que levava à desesperança as mentes mais frágeis.

O que aqueles peritos não sabiam é que não estavam sozinhos naquela cena de crime de tantos dias. Em um canto escuro, próximo à porta, a sombra de um homem se misturava à penumbra do quarto iluminado por lanternas vermelhas.

Ele não dizia nada e nem se movia, mas seus olhos negros, escondidos sob a aba do chapéu baixo, estavam fixos no rosto retorcido pelo terror.

Diferente dos peritos que fotografavam a cena e colocavam fitas de isolamento, o homem soturno e completamente coberto pelas roupas pretas e um pesado casaco escuro, não pensava de forma tão leviana.

Sim, ele não negava que aquele raciocínio era o senso comum, mas para um investigador acostumado a estudar tantos casos da Divisão de Homicídios, o ceticismo era o seu melhor amigo.

— Deixo para você a tarefa de informar à família sobre o paradeiro da garota – não foi um dos peritos que havia dito aquilo, muito menos o investigador camuflado nas sombras, mas sim a mulher elegante em suas roupas de trabalho exibindo o distintivo na altura do seu quadril.

Itachi não se surpreendeu, apenas desviou seu olhar para Izumi, a sua superiora de olhos fixos no corpo e nos peritos que se sentiam intimidados diante daquela mulher.

— Acabou os papeis do seu escritório? – Ele perguntou com descaso e informalidade, não se intimidando com olhar negro e duro advindo da mulher.

Ele sorriu de canto em resposta, da forma que a intimidade de anos permitia a ele.

— Não preciso justificar o fato de ter enviado esse caso para você – ela reiniciou a fala, ignorando o questionamento anterior do investigador ao mesmo tempo que colocava as mãos nos bolsos do seu sobretudo. – Aparentemente mais um caso de rotina...

— Mas com grandes inconsistências – ele completou vendo sua chefe assentir de acordo.

Poderia ser inconsistente usar aquilo como desculpa, mas Itachi sabia que o instinto de Izumi a havia feito agir de forma incomum dando-lhe um caso tão simples aos olhos desavisados, mas se havia um instinto que ele confiava, era no daquela mulher e não se surpreendeu ao chegar no local e encontrar tantas inconsistências.

Câmeras em manutenção... um quarto não visitado por camareiras durante dias... um pedido de socorro não escutado por ninguém... sangue pela cama e a marca de cinto na garganta da garota seminua...

Tantos detalhes. Tantos erros. E mesmo assim, sem um suspeito, um rosto ou um rastro.

Não se surpreenderia se dissessem que não havia digitais ou que as amostras de DNA eram só dela.

A presença das vestes íntimas era a confirmação que não houve estupro, mas sim um homicídio.

Um alguém apenas queria matar a garota sem deixar rastros para trás. Um crime brutal que interrompeu a vida de alguém tão jovem...

Itachi estreitou seu olhar para as marcas roxas nos pulsos e tornozelos antes de perceber a mulher bufando ao seu lado pois algum problema havia acontecido no departamento e ela já se afastava para atender a uma chamada.

O homem deu uma última olhada para a cena do crime – sendo conhecedor de que ao amanhecer aquelas imagens estariam sobre sua mesa junto com todos os outros homicídios que ele tinha que solucionar – antes de dar as costas e sair do ambiente abafado para o frio do entardecer que assolava o Japão naquela época.

O som de policiais correndo para todos os lados para conter os curiosos e os giroflex tingindo o ambiente de vermelho e azul era comum aos olhos daquele investigador, dando-lhe até uma sensação de nostalgia apesar do prenúncio de tragédia que aqueles exemplares traziam.

Ele viu Izumi entrar em uma grande SUV negra e partir sem se despedir de si. Não se incomodou e nem estranhou, mas a chegada de outro carro oficial de onde saia uma das melhores integrantes do seu time o fez estranhar, ainda mais pela preocupação estampada na face de boneca da loira de rabo de cavalo alto andando sobre seus saltos em sua direção.

— Senhor! Descobri algo sobre o Caso Nakamo – Ino disse imediatamente deixando em evidência toda a sua apreensão em sua fala.

Itachi estreitou o olhar para sua hacker que quase nunca saia em campo, mas que descobria tudo invadindo sistemas do seu computador no Departamento de Homicídios.

— Já estava voltando para o departamento, Ino – comentou com cautela ao mesmo tempo que se lembrava do estranho homicídio que ocorrera com um casal de idosos em Nakamo.

— O senhor não está entendendo! – Ela foi enfática. – Encontrei algo também em relação aos casos de Kita, os dois de Adachi, de Toshima, os três de Suginami...

— Uma inter-relação? – Questionou súbito interrompendo a listagem que Ino lia em seu tablet.

— Sim!

— Impossível – sussurrou cético não crendo que havia alguma interligação entre tantos casos diferentes que haviam acontecido nos últimos meses e que ele ainda não havia solucionado. – Como isso é possível?

— Pode parecer uma grande tolice ao senhor o que eu vou lhe dizer – Ino começou temerosa não sabendo como aquele importante investigador reagiria diante da sua descoberta feita por um motivo tão particular de recreação – mas preciso que me deixe mostrar tudo – mordeu com força o seu lábio inferior.

— Estou na escuta – foi sucinto desconfiando do fato dela estar tão receosa de mostrar provas que em normalidade ela diria de forma direta.

— A interligação é um mangá – revelou de uma só vez fazendo Itachi se questionar se havia escutado certo.

— Como?

— São cenas idênticas ao de um mangá em publicação! – Virou o tablet para que Itachi visse com os próprios olhos as comparações entre os quadros preto e branco de um mangá e as fotos que os peritos da polícia haviam tirado.

Não havia dúvidas ou uma forma de negar. Dentre tantas imagens dos peritos, sempre havia uma imagem perfeitamente idêntica à mostrada nos quadrinhos.

— Comparei as datas de publicação com a dos casos e em todas as comparações o capítulo do mangá já havia sido publicado antes de ocorrer o homicídio.

Itachi ainda surpreso com as informações, mudava as imagens continuamente vendo tantos casos sendo interligados até chegar no fim da apresentação em slides. Foi com a mente à mil que ele se voltou para a entrada do quarto tendo uma ideia em relação ao corpo da jovem que a polícia havia encontrado.

— Venha Ino! Preciso que veja uma coisa – ele conduziu a mulher para a porta do quarto isolado com saída para o estacionamento.

A loira logo ficou nauseada com a cena brutal que estava acostumada apenas a ver pela tela do seu computador.

— Olhe com atenção. Você viu essa cena enquanto analisava o mangá? – Itachi insistiu com a mulher que tampava o nariz e não conseguia olhar para a cena.

Ino sabia que era importante e por isso, lutando contra o enjoo que a dominava, tentou se concentrar, mas assim que viu a cena, empalideceu descrente.

— Por Kami! Não pode ser! – Seus olhos azuis sob as lanternas vermelhas demonstraram o horror de uma descoberta para o investigador. – Capítulo 330, página 4, o Assassinato da Jovem Sonhadora – falou como se estivesse em transe.

Itachi entendeu o que aquilo significava. Aquele crime também tinha interligação com o estranho mangá ainda em publicação.

— Ino, qual o nome desse mangá? Qual o nome do mangaká? – Questionou não podendo perder mais tempo, principalmente agora que as peças se encaixavam e talvez outro crime estivesse próximo a ocorrer.

— O nome é Death's Game. O mangaká usa um codinome, Sahachi – comentou com prontidão, deixando claro o seu conhecimento sobre o mangá, além de acompanhá-lo há tanto tempo. – Ele nunca mostrou seu rosto em eventos. Ninguém sabe quem ele é, mas tentarei invadir o sistema da editora até encontrar por qual e-mail ele envia seu trabalho – tentou mostrar calma, já maquinando o que faria. Havia muitas possibilidades e só o fato de ter que rastrear o seu mangaká preferido já a deixava fora de órbita, mas sua tagarelice estancou assim que viu o rosto incrédulo de Itachi e nunca Ino havia visto tanta tensão no rosto do seu chefe.

— Não será preciso, Ino – Itachi disse em um fio de voz tentando manter a compostura após ouvir o codinome do mangaká por mais que por dentro ele não conseguisse aceitar aquela coincidência.

Sua mão enxugou sua tez onde proliferava uma camada de suor.

Ele recompôs a postura antes de anunciar para sua colega de trabalho tão atenta às suas palavras:

— Eu conheço esse mangaká. Ele é meu irmão.


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Notas finais do capítulo

Esse não é o meu gênero de escrita, mas vamos ver no que vai dar né gente hahahaha
Obrigada por lerem! Volto em breve!

OBS: Ressalto que é short fic curta! Igual como foi W A N T E D que na verdade era pra ser uma one só que se dividiu em 3 capítulos.


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