Just The Destiny escrita por Giii_Poynter
- Eu não acredito que Dean é o meu próprio namorado e eu não sabia. – Sentei, pasma.
- Idem. – Zack estava exatamente pasmo como eu.
Ficamos nos encarando por uns segundos e então, começamos a rir desesperadamente.
- Meu Deus, que coincidência! – Exclamei.
- Não existem coincidências, apenas o destino. – Ele sorriu me dando um beijo rápido.
- Mas, Zack em um mês de namoro, porque você nunca me contou que gostava de Supernatural e que morava na Austrália? – Perguntei, olhando seus olhos verdes e sentindo um pouquinho de inveja por ter olhos castanhos-claros.
- Não sei... – Ele abaixou o olhar.
- Namorados precisam se conhecer bem, Zack.
- Pois é... Hm, quer me conhecer melhor? – Ele perguntou.
- Claro... – Estranhei.
- Então, depois que sairmos daqui vamos à casa da minha vó que é onde estou “morando” e eu te conto tudo.
- Ótimo. – Sorri e lhe dei vários beijos.
Depois de batermos bastante papo, meu anel acabou caindo no chafariz.
Tentei procurar, mas aparentemente o chafariz era mais fundo do que pensávamos.
Na minha procura, acabei caindo no chafariz e puxando Zack junto.
Voltamos à superfície rindo da situação com a água batendo um pouco acima da cintura.
Aproveitei que já estava ali e continuei a procurar meu anel.
- Achei! – Dei pulinhos de alegria.
- Esse anel é tão importante assim por que? É de um ex-namorado? – Ele perguntou. Zack às vezes me impressionava com suas absurdidades.
O olhei como se estivesse doido.
- Claro que não. É da minha mãe. Ela me deu antes de morrer. – Falei, olhando o lindo anel com uma pedra de esmeralda.
- Ah, desculpe. – Ele pediu, envergonhado.
- Não se preocupe. – O beijei.
Ficamos ali naquele chafariz durante um bom tempo beijando, brincando, conversando, etc.
Até que senti alguém me cutucar.
Virei para trás e era um policial.
- Com licença. Mas, o casalzinho aí não pode ficar dentro do chafariz. – Ele advertiu.
- Ah, nos perdoe, policial. – Zack foi educado.
- Claro, claro. Aceitam uma carona para irem para casa?
Assentimos e saímos do chafariz extremamente molhados.
O policial nos deixou na casa da avó de Zack.
Era uma casa confortável de dois andares com a fachada pintada de vermelho.
Zack abriu a porta e me assustei com a cena que vi.
A avó de Zack (que aparentava ter uns 70 anos) estava vestida em uma roupa de motoqueiro preta, dançando loucamente enquanto ouvia Guns n’ Roses.
Fiquei ali paralisada e boquiaberta.
Zack tentava gritar a vó, mas o som alto não a deixava escutar. Por isso, ele caminhou até o som e o desligou.
- Pô, cara! Qual é? – Ela disse, me deixando mais assustada ainda.
- Vó! Aja normalmente, por favor? Você está assustando a garota. – Zack apontou para mim que ainda não conseguia falar nada.
- Quem é a menina, Zack? – Ela perguntou.
- Minha namorada, né vó! Você fala como se eu trouxesse garotas pra cá toda hora...
- Ih Zack, deixa de ser irritante. – Ela reclamou.
- Irritante? Olha quem fala... Num enche, né. – Zack falou.
Eu não acreditava no que estava vendo. Um adolescente e uma idosa discutindo como se fossem irmãos.
- Pois bem. Muito prazer querida, meu nome é Charlotte. – Ela estendeu a mão para me cumprimentar.
Charlotte era linda que nem o neto. Não possuía quase nenhuma ruga, tinha o cabelo pintado de vermelho - que um dia devia ter sido loiro que nem o de Zack – comprido até a cintura, mas com um corte muito maneiro fazendo uma franja comprida e olhos azuis, sua única diferença de Zack.
Olhei sua mão e sacudi a cabeça para sair daquele transe.
Apertei sua mão e falei, simpaticamente:
- Muito prazer, sou Jenny.
Ela sorriu e falou:
- Lindo nome, Jenny. Me desculpe a discussão com esse pentelho e o som alto, mas é que eu acabei de voltar do CAR e quando eu volto de lá, fico meio agitada. Mas não se preocupe, sou uma avó normal, também costuro.
- CAR? – Perguntei.
- Clube das Avós Roqueiras. – Zack revirou os olhos.
Eu ri.
Minha vida não poderia ficar mais bizarra.
- Bom, vou buscar um lanchinho que eu preparei. – Ela falou, indo para a cozinha.
- Ela é sinistra. – Zack disse, me agarrando pela cintura.
- Eu adorei a sua vó, ok?
- Sério? – Ele perguntou, estranhando.
- Claro. – Sorri.
- ZACK! Vem cá me ajudar. – Charlotte gritou da cozinha.
- Humpf. – Ele resmungou, indo à cozinha.
Sentei em um sofá perto da cozinha, esperando.
- Querido, você tem bom gosto... Ela é linda! E o que são aquelas ondas ruivas?! São naturais? – Ouvi Charlotte perguntar da cozinha.
Me ajeitei para poder ouvir melhor a conversa. Não sou fofoqueira nem nada, mas eles estavam falando de mim.
- Claro né, vó. Da para perceber quando um cabelo ruivo é falso. – Ele falou.
- Onde você conheceu a Jenny?
- Na doceria do padrasto dela.
- Doceria??
- Aham. Er... Vó, não sei se você percebeu, mas ela consegue nos escutar daqui. – Zack falou.
Ouvi os passos deles se aproximando e me coloquei na posição normal, como se não estivesse escutando nada.
- Eu havia feito mini-sanduíches para mim e Zack, mas como eu sempre faço tudo em uma grande quantidade, acho que tem o suficiente para nós três. – Charlotte disse, colocando uma bandeja na mesa.
Comemos e conversamos bastante.
Charlotte me contou como Zack era quando pequeno o que o fez ruborizar bastante.
Quando ela terminou de lavar a louça, sentou no sofá em frente ao que eu estava sentada no colo de Zack, o beijando.
Zack passou a mão pela minha perna então, ouvimos Charlotte suspirar. Viramos para ela e ela se explicou, olhando Zack:
- Saudades do seu avô. E dos velhos tempos em que ele não me apalpava em frente à vó dele.
Logo saí do colo de Zack, me sentindo envergonhada.
- Fica tranqüila, Jenny. Não tem nada demais nisso. – Ela disse. – Só estou dizendo que antigamente na frente dos pais, nosso namoro era de mão dadas.
- Que coisa sem graça! – Zack reclamou. Lhe dei um tapa no ombro e falei:
- Shh, respeite sua vó.
- Aprenda com sua namorada, Zack. – Ela sorriu.
Olhei para o relógio e já eram quase 22:00hs.
- Meu Deus, já está muito tarde. Tenho que ir para casa. – Disse, me levantando.
- Ei, não tem como você ficar mais um pouco? – Zack perguntou.
- Não... – Lamentei.
- Por que você não dorme aqui? Creio que tem bastante espaço no quarto de Zack. – Charlotte sugeriu, dando um brilho nos olhos de Zack e fazendo-o sorrir bem forte.
Fiquei indecisa. Sabia que Brad me mataria se eu passasse a noite fora sem avisar nada a ele, mas a felicidade do meu namorado era muito mais importante.
- Claro. – Falei fazendo Zack sorrir que nem uma criança que tinha acabado de ganhar uma cesta de doces.
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