Just The Destiny escrita por Giii_Poynter


Capítulo 9
Capítulo 9




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- Eu não acredito que Dean é o meu próprio namorado e eu não sabia. – Sentei, pasma.

- Idem. – Zack estava exatamente pasmo como eu.

Ficamos nos encarando por uns segundos e então, começamos a rir desesperadamente.

- Meu Deus, que coincidência! – Exclamei.

- Não existem coincidências, apenas o destino. – Ele sorriu me dando um beijo rápido.

- Mas, Zack em um mês de namoro, porque você nunca me contou que gostava de Supernatural e que morava na Austrália? – Perguntei, olhando seus olhos verdes e sentindo um pouquinho de inveja por ter olhos castanhos-claros.

- Não sei... – Ele abaixou o olhar.

- Namorados precisam se conhecer bem, Zack.

- Pois é... Hm, quer me conhecer melhor? – Ele perguntou.

- Claro... – Estranhei.

- Então, depois que sairmos daqui vamos à casa da minha vó que é onde estou “morando” e eu te conto tudo.

- Ótimo. – Sorri e lhe dei vários beijos.

Depois de batermos bastante papo, meu anel acabou caindo no chafariz.

Tentei procurar, mas aparentemente o chafariz era mais fundo do que pensávamos.

Na minha procura, acabei caindo no chafariz e puxando Zack junto.

Voltamos à superfície rindo da situação com a água batendo um pouco acima da cintura.

Aproveitei que já estava ali e continuei a procurar meu anel.

- Achei! – Dei pulinhos de alegria.

- Esse anel é tão importante assim por que? É de um ex-namorado? – Ele perguntou. Zack às vezes me impressionava com suas absurdidades.

O olhei como se estivesse doido.

- Claro que não. É da minha mãe. Ela me deu antes de morrer. – Falei, olhando o lindo anel com uma pedra de esmeralda.

- Ah, desculpe. – Ele pediu, envergonhado.

- Não se preocupe. – O beijei.

Ficamos ali naquele chafariz durante um bom tempo beijando, brincando, conversando, etc.

Até que senti alguém me cutucar.

Virei para trás e era um policial.

- Com licença. Mas, o casalzinho aí não pode ficar dentro do chafariz. – Ele advertiu.

- Ah, nos perdoe, policial. – Zack foi educado.

- Claro, claro. Aceitam uma carona para irem para casa?

Assentimos e saímos do chafariz extremamente molhados.

 

O policial nos deixou na casa da avó de Zack.

Era uma casa confortável de dois andares com a fachada pintada de vermelho.

Zack abriu a porta e me assustei com a cena que vi.

A avó de Zack (que aparentava ter uns 70 anos) estava vestida em uma roupa de motoqueiro preta, dançando loucamente enquanto ouvia Guns n’ Roses.

Fiquei ali paralisada e boquiaberta.

Zack tentava gritar a vó, mas o som alto não a deixava escutar. Por isso, ele caminhou até o som e o desligou.

- Pô, cara! Qual é? – Ela disse, me deixando mais assustada ainda.

- Vó! Aja normalmente, por favor? Você está assustando a garota. – Zack apontou para mim que ainda não conseguia falar nada.

- Quem é a menina, Zack? – Ela perguntou.

- Minha namorada, né vó! Você fala como se eu trouxesse garotas pra cá toda hora...

- Ih Zack, deixa de ser irritante. – Ela reclamou.

- Irritante? Olha quem fala... Num enche, né. – Zack falou.

Eu não acreditava no que estava vendo. Um adolescente e uma idosa discutindo como se fossem irmãos.

- Pois bem. Muito prazer querida, meu nome é Charlotte. – Ela estendeu a mão para me cumprimentar.

Charlotte era linda que nem o neto. Não possuía quase nenhuma ruga, tinha o cabelo pintado de vermelho - que um dia devia ter sido loiro que nem o de Zack – comprido até a cintura, mas com um corte muito maneiro fazendo uma franja comprida e olhos azuis, sua única diferença de Zack.

Olhei sua mão e sacudi a cabeça para sair daquele transe.

Apertei sua mão e falei, simpaticamente:

- Muito prazer, sou Jenny.

Ela sorriu e falou:

- Lindo nome, Jenny. Me desculpe a discussão com esse pentelho e o som alto, mas é que eu acabei de voltar do CAR e quando eu volto de lá, fico meio agitada. Mas não se preocupe, sou uma avó normal, também costuro.

- CAR? – Perguntei.

- Clube das Avós Roqueiras. – Zack revirou os olhos.

Eu ri.

Minha vida não poderia ficar mais bizarra.

- Bom, vou buscar um lanchinho que eu preparei. – Ela falou, indo para a cozinha.

- Ela é sinistra. – Zack disse, me agarrando pela cintura.

- Eu adorei a sua vó, ok?

- Sério? – Ele perguntou, estranhando.

- Claro. – Sorri.

- ZACK! Vem cá me ajudar. – Charlotte gritou da cozinha.

- Humpf. – Ele resmungou, indo à cozinha.

Sentei em um sofá perto da cozinha, esperando.

- Querido, você tem bom gosto... Ela é linda! E o que são aquelas ondas ruivas?! São naturais? – Ouvi Charlotte perguntar da cozinha.

Me ajeitei para poder ouvir melhor a conversa. Não sou fofoqueira nem nada, mas eles estavam falando de mim.

- Claro né, vó. Da para perceber quando um cabelo ruivo é falso. – Ele falou.

- Onde você conheceu a Jenny?

- Na doceria do padrasto dela.

- Doceria??

- Aham. Er... Vó, não sei se você percebeu, mas ela consegue nos escutar daqui. – Zack falou.

Ouvi os passos deles se aproximando e me coloquei na posição normal, como se não estivesse escutando nada.

- Eu havia feito mini-sanduíches para mim e Zack, mas como eu sempre faço tudo em uma grande quantidade, acho que tem o suficiente para nós três. – Charlotte disse, colocando uma bandeja na mesa.

Comemos e conversamos bastante.

Charlotte me contou como Zack era quando pequeno o que o fez ruborizar bastante.

Quando ela terminou de lavar a louça, sentou no sofá em frente ao que eu estava sentada no colo de Zack, o beijando.

Zack passou a mão pela minha perna então, ouvimos Charlotte suspirar. Viramos para ela e ela se explicou, olhando Zack:

- Saudades do seu avô. E dos velhos tempos em que ele não me apalpava em frente à vó dele.

Logo saí do colo de Zack, me sentindo envergonhada.

- Fica tranqüila, Jenny. Não tem nada demais nisso. – Ela disse. – Só estou dizendo que antigamente na frente dos pais, nosso namoro era de mão dadas.

- Que coisa sem graça! – Zack reclamou. Lhe dei um tapa no ombro e falei:

- Shh, respeite sua vó.

- Aprenda com sua namorada, Zack. – Ela sorriu.

Olhei para o relógio e já eram quase 22:00hs.

- Meu Deus, já está muito tarde. Tenho que ir para casa. – Disse, me levantando.

- Ei, não tem como você ficar mais um pouco? – Zack perguntou.

- Não... – Lamentei.

- Por que você não dorme aqui? Creio que tem bastante espaço no quarto de Zack. – Charlotte sugeriu, dando um brilho nos olhos de Zack e fazendo-o sorrir bem forte.

Fiquei indecisa. Sabia que Brad me mataria se eu passasse a noite fora sem avisar nada a ele, mas a felicidade do meu namorado era muito mais importante.

- Claro. – Falei fazendo Zack sorrir que nem uma criança que tinha acabado de ganhar uma cesta de doces.

 


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Notas finais do capítulo

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