Just The Destiny escrita por Giii_Poynter


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem do capítulo.



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- Vocês têm certeza disso? – Perguntou a delegada. – Essa é uma acusação muito séria.

- Temos total certeza. E temos prova também se a senhora quiser ver. – Meu irmão, o comandante da nossa operação V.C.F.M, falou enquanto entregava o DVD com a gravação das câmeras para a delegada.

Ela pôs o DVD em seu computador e começou a ver as gravações. Seu rosto não tinha nenhuma expressão, por isso eu estava começando a ter um certo medo dela.

- Pois bem. – Ela falou quando terminou de ver a gravação. – Isso comprova o que vocês disseram, mas eu vou precisar que a Jenny dê um depoimento.

Zack apertou minha mão, me reconfortando.

Eu assenti e sentei na cadeira a sua frente. Todos saíram da sala me deixando sozinha com aquela mulher sinistra.

 

- E aí? – Zack me abraçou quando eu saí da sala da delegada.

- Bom... Ela só me fez dizê-la tudo o que aconteceu com Brad desde que minha mãe morreu. – Falei.

- E agora? – Collin perguntou atrás de mim.

- Agora é que a diversão começa. Eles já conseguiram um mandato de prisão para o Brad e nós podemos acompanhar a polícia nesse processo. – Sorri.

A polícia nos levou até minha casa e, lá, Brad atendeu á porta carrancudo.

- O senhor está preso. - O policial falou.

- O QUE? CLARO QUE NÃO! SAIAM DA MINHA CASA AGORA! VOCÊS NÃO TÊM O DIREITO DE ME PRENDER! – Ele resmungava. Quando os policiais o ignoraram e colocaram as algemas nele, ele gritou mais ainda: - QUE ISSO? ME SOLTEM! SEUS IDIOTAS! FILHOS DA MÃE! ME LARGUEM AGORA!

- Agora o senhor ganhou mais um motivo para ser preso. – Disse o policial. – Desacato à autoridade.

Vi a ira transbordar nos olhos de Brad e meu sorriso se estendeu mais ainda.

 

Enquanto Brad dava seu depoimento e sofria na cadeia, eu dormi na casa de Collin. Para meu irmão, o nosso caso já estava ganho por causa de todas aquelas provas, então ele me convenceu a levar pelo menos a maioria das minhas coisas e de Meg para a casa dele, que vou lhe dizer, era linda.

Era perto da casa de Zack e tinha 3 quartos, ou seja, finalmente eu teria meu próprio quarto. Meg pulava de alegria com o papel de parede rosa do seu quarto e com os brinquedos que havia ganho da Andressa.

Na segunda-feira, a delegada me ligou dizendo que o julgamento seria no sábado e que era preciso a presença de todos que testemunharam Brad e seus atos terríveis.

Eu mal conseguia me agüentar de tanto nervosismo e ansiedade.

 

No sábado...

Eu, Matt, Collin, Andressa, Meg e Zack chegamos bem cedo ao julgamento.

Ninguém sabia onde estava Marcela. Ela era a maior testemunha de todas, pois me conhecia desde pequena, então sempre soube do que acontecia naquela casa.

Quando o julgamento começou, fiquei espantada com a quantidade de gente que foi lá para assistir. Não sabia que aquilo chegaria a esse ponto.

Zack viu meu nervosismo e beijou minha mão, me acalmando.

- Bom... O que temos aqui? – A juíza começou. – O senhor Brad Davis é acusado de bater nas vítimas Meg e Jennifer Johnson e ainda obrigá-las a fazer trabalho escravo em sua loja e em casa. O advogado do acusado tem algo a dizer em sua defesa?

- Bem, o meu cliente alega que após sua esposa falecer, Meg e Jennifer começaram a ficar rebeldes com ele. Elas não queriam ir para a escola e toda hora quebravam coisas dentro de casa. Sua enteada Jennifer ficou pior quando conheceu seu atual namorado, Zachary, que sempre discutia com o meu cliente. Após isso, ela começou a fugir de casa. Foi aí que ele começou a gritar com ela, pois ele não queria que Jennifer fosse para um mal-caminho. Então, ele teve a ideia de colocá-la para trabalhar em sua doceria para mantê-la afastada das pessoas que poderiam lhe dar uma má influência. Isso é tudo o que eu tenho a dizer.

- O QUÊ? – Gritei, irritada com todas aquelas mentiras.

Zack apertou mais minha mão automaticamente.

- Agora eu quero ouvir as vitímas. Primeira vítima: Jennifer Johnson. – A juíza falou.

Caminhei até aquela cadeira estranha ao lado da juíza. Eu tremia de medo.

Fiz o juramento de que iria falar somente a verdade e vi o advogado de Brad vindo me interrogar.

- Jenny é o seu apelido, certo?

Afirmei com a cabeça.

- Jenny, você poderia me contar tudo o que aconteceu naquela casa desde que a sua mãe faleceu?

- Bom... – Comecei. – Quando a minha mãe faleceu, o Brad mudou de um cara muito legal para uma víbora. Ele começou a mandar a gente limpar a casa e fazer comida para ele. Foi por isso que o Collin ficou irritado e foi embora aos 18 anos. Então, sozinhas, eu e Meg passamos a sofrer mais ainda na mão dele. O Brad me tratava como empregada, sujava as coisas de propósito só para me fazer limpar depois, ele chamava várias prostituas para lá, toda noite. Ele batia na Meg toda hora, não comprava comida, eu que tinha que ir ao supermercado para comprar alimentos com o pouco dinheiro da poupança que minha mãe havia deixado para mim, limpar a casa, fazer comida para todos nós, cuidar de Meg e ainda estudar. Foi quando ele achou que deveria piorar a minha situação e me mandou trabalhar na sua doceria sem ganhar salário, enquanto ele trabalhava em uma empresa.

- E o seu namorado Zack? Aonde ele entra nessa história?

- Bom, a minha história com o Zack não tem nada a ver com que o Brad falou. Eu conheci ele na doceria do Brad e, só por ele ser neto da dona da doceria concorrente, Brad nunca aceitou que namorássemos. – Falei.

- Tudo bem. Acho que isso é só o que eu tenho para perguntar. Agora, eu gostaria de interrogar a pequena Meg. – O advogado pediu.

- Mas, a Meg é só uma criança. – Argumentei.

- Só uma criança que presenciou tudo o que você diz que o meu cliente fez.

Bufei e assenti.

Meg levou seu ursinho de pelúcia junto com ela.

Repetiu o julgamento e o advogado começou:

- Meg, você poderia nos contar o que o seu pai Brad fazia depois que sua mãe faleceu?

Meg me encarou, com medo e eu sorri, incentivando-a a responder.

- O Brad é muito mau. – Ela disse. – Ele batia em mim e na Jenny e levava umas mulheres estranhas lá pra casa.

- Só isso?

- Não, ele também mandava a Jenny trabalhar muito e quebrava minhas bonecas. – Ela falou, triste.

- Tudo bem. É só o que eu preciso, pode voltar Meg.

Eles interrogaram também Collin, Zack e Matt que concordaram com tudo o que nós falamos.

- Agora iremos analisar as provas. Temos uma gravação que mostra o acusado batendo na vítima Jennifer. Acho que não temos mais nada, certo? – A juíza perguntou.

Antes de alguém responder, ouvimos gritos vindos de fora da sala.

- ME LARGA! DEPOIS VOCÊ ME PRENDE POR DESACATO À AUTORIDADE, MAS ANTES EU TENHO QUE ENTREGAR ISSO! COM LICENÇA, MEU SENHOR! VOCÊ ESTÁ ATRAPALHANDO A MINHA ENTRADA ESPETACULAR!

De repente, as portas se abriram violentamente e Marcela apareceu correndo com um caderno nas mãos.

- Com licença, senhora juíza. Eu tenho mais uma prova a entregar. – Ela sorriu e levou aquele caderno á juíza.

Assustada, percebi que aquele era meu diário.

A juíza analisou tudo enquanto Marcela vinha se sentar ao lado de Matt.

- Mesmo que eu esteja apavorada por uma juíza estar lendo o meu diário, obrigada. – Agradeci à Marcela.

- Bom, acho que temos tudo o que precisávamos. – A juíza falou. – O acusado é culpado. Tempo de prisão: 10 anos.

Todos nós começamos a pular. Abracei meus amigos com todas as minhas forças e beijei Zack.

- Finalmente estamos livres, Meg. – Falei para minha irmã.

Observei o olhar furioso de Brad sobre mim enquanto era levado para a cadeia.

Saí daquele julgamento com um sorriso de orelha a orelha.

Agora finalmente, tudo na minha vida ia dar certo.

 


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Notas finais do capítulo

Adorei escrever esse capítulo. Viram? Legalmente Loira ajuda às vezes. Recomendo muito para vocês esse filme. E gente, como eu estou entrando em semana de provas agora, só vou poder postar na semana que vem. Me desejem sorte nessas provas :)