Obliviate - Dramione escrita por Bruna Fernandes


Capítulo 9
É verdade?


Notas iniciais do capítulo

Oiie de novo!
Poxa, tem tanta gente acompanhando e quase ninguém comentando... Eu sei que dá uma preguiça de comentar... Mas eu escrevo todo o dia e também fico com preguiça. Mas penso que quanto mais eu escrever, mas eu vou ler comentários maravilhosos! Eu realmente quero saber o que vocês estão achando da história. Então, por favorzinho, conversem comigo! Vamos jogar a preguiça fora!



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— Eu fiz o exame! – Exclamou Rony se levantando para encarar a médica. A doutora apenas balançou a cabeça em sinal de exaustão.

— Eu sei, senhor. Mas não podemos fazer a transfusão com o senhor. Precisamos do pai biológico da paciente! – Ela continuou se esforçando para manter a tranquilidade.

— Merda! A senhora não está entendendo! Vocês não têm a capacidade de fazer a droga de um exame direito? – Gritou Rony atraindo a atenção de algumas pessoas que atravessavam o corredor.

Hermione se permitiu encolher-se na cadeira. Ela sabia do que a médica estava falando, mas se recusava a aceitar. O exame não estava errado, ele só provava algo que tinha chances de acontecer: Rosa não era filha do Rony.

— Senhor, peço que diminua o tom. O Senhor tem que entender que a paciente não pode receber sangue A, e eu já falei sobre isso com sua esposa. O senhor é A+, assim como sua esposa, e a senhorita Rosa é B+. Logo, vou repetir, eu preciso do pai para a doação.

Rony deu um passo para trás se afastando da médica. Hermione se encolheu ainda mais na cadeira.

— Isso não é verdade. Não é ? – Ele gritou se virando bruscamente na direção de Hermione. Seu rosto havia adotado um tom avermelhado, sua testa estava franzida, seus olhos semicerrados e sua respiração cada vez mais pesada!

— Fala alguma coisa, merda! – Ele continuava gritando. Todos paravam para observar, a médica se afastou.

Harry levantou-se rapidamente indo na direção do amigo, pôs a mão no peito do ruivo, como se o impedisse de continuar.

— Vamos conversar com calma! – Harry exclamou com um tom calmo. Rony não parecia querer conversar.

Hermione somente observava a cena, não havia se preparado para isso. Deus, o que iria falar para Rony? Preferia o deixar gritar, descontar nela! Ela merecia isso, merecia o repudio dele. Como iria contar pra filha?

— Vamos esfriar a cabeça – Harry tentou continuar. Rony pegou a mão do amigo com brutalidade o afastando.

— Eu não preciso esfriar a cabeça! Eu preciso da verdade! Me diz, Hermione! Merda, fala alguma coisa! – Ele gritava andando de um lado para o outro do corredor do hospital. Hermione deixou escapar lagrimas de angustia. Não sabia o que dizer.

— Fala que é mentira! Fala! – Ele continuava se aproximando dela. A segurou com força pelo cotovelo a levantando. Hermione sentiu uma pontada onde ele segurava. Rony a sacudiu sem piedade.

— Fala! – Ele gritou novamente, antes que Harry o afastasse com as mãos. Não se arriscaria fazer um feitiço em um hospital trouxa. Bem... somente não se arriscaria se Ron parasse.

­— Chega, Rony! As crianças estão aqui! – Gina gritou para o irmão antes de pedir que os meninos fossem para outro lugar. Alvo e Escórpio se negaram a sair.

— Eu sinto muito, Rony! – Hermione gritou entre soluços se deixando desabar no chão. Gina foi até ela a ajudando a levantar.

— Sente muito? Então é verdade? – Rony perguntou entre gritos. Harry ainda o proibia, com a varinha escondida no casaco, de se aproximar de Hermione.

Hermione afirmou com a cabeça deixando mais lagrimas escorrerem pelo seu rosto. Em o que havia se metido! Se ela tivesse contado antes para ele, quando Gina plantou a semente da dúvida. Mas será que ele aceitaria se fosse alguns dias antes? Será que a perdoaria?

— Por que não me contou antes? Sabe o que você é? – Os gritos de Rony foram interrompidos pelo o de Gina.

— Cala a sua boca, Ronald!

Rony se afastou de Harry bruscamente deixando o corredor e todo o drama para trás. Hermione se sentou tampando o rosto com as mãos. Seu peito doía devido a respiração bloqueada pelos soluços. Todo seu corpo doía.

Harry e Gina se aproximaram dela, um de cada lado.

— Vai ficar tudo bem – Gina garantiu abraçando a amiga – Rony só precisa esfriar a cabeça. Ele vai te perdoar.

— Você sabia disso antes, Mione? – Harry perguntou calmamente pegando a mão da amiga.

— Não, até retirar o feitiço...- Hermione contou ainda sem olhar para os amigos, as lagrimas não permitiam.

— O feitiço? Então foi isso que você lembrou? – Harry perguntou intrigado. Hermione fechou os olhos.

— Amor. Ela não sabia que a Rosa não era filha do Rony, só sabia que havia uma pequena chance – Gina contou percebendo que iria doer para a amiga falar.

­— Mas, por que ela não contou antes?

— Por que não sabia como fazer!

— Quem é o pai dela? – Harry perguntou ainda mais intrigado. Hermione balançou a cabeça em sinal de proibição para a Gina. A ruiva balançou a cabeça.

— Não posso dizer – obedeceu.

— Mione! Você pode me contar! Eu vou falar com o Rony, tudo vai ficar bem. Mas você precisa contar tudo, de um jeito ou de outro vamos descobrir.

Hermione o olhou com os olhos encharcados. Não queria dizer. Não ia dizer.

— Ele vai ter que doar o sangue. Ele sabe? – Harry perguntou mais para Gina do que para Hermione.

— Não – Gina respondeu pela amiga. Hermione deixou mais lagrimas escaparem. Droga, ela nunca foi de chorar! O que está acontecendo com ela?

— Então você precisa contar! – Harry disse como se fosse a própria consciência de Hermione. Gina passou a mão de leve pelas costas da amiga.

— Ele tem razão, Mione. – Gina disse com toda a calma – Pense que não será pior do que o Rony.

— Tem certeza? – Perguntou Hermione subindo o olhar. Sua voz mal saia de sua boca.

— Certeza eu não tenho, mas acho que não há nada pior do que a reação do Rony. – Ela comentou tentando abrir um sorriso de encorajamento.

— Poderia ser pior se ele pudesse usar magia. – Harry disse se arrependendo segundos depois – Talvez seja melhor você ir atrás do pai da Rosa agora mesmo. Antes do Rony saber que você saiu. Ele não faria nada com você, mas com o pai... É bem provável.

Hermione levantou o rosto. Gina limpou as lagrimas da amiga com toda a delicadeza. Harry apertou a mão de Hermione para mostrar que ele ainda estava lá, ela agradeceu. Os meninos continuavam sentados do outro lado do corredor. Fingiam estar tão distraídos com o celular que não viram a cena que ocorrera na frente dele, mas todos sabiam que sim.

Eles levantaram o olhar assim que Hermione passou por eles. Seus olhares diziam que tudo ia ficar bem. Mesmo se metendo em mais confusões do que era possível para adolescentes, Hermione sabia que eram crianças – Sim, crianças! – excelentes, justas e amáveis. Ela pôde abrir um sorriso que se desmanchou em seguida.

O que Escórpio iria pensar? Deus! Não tinha pensado nisso até aquele momento! No ano passado, Rosa a havia contado que o menino gostava dela. Hermione havia rido. Era tão bonitinho um amor puro e infantil. Contara a menina como o pai de Escórpio a odiava quando tinham aquela idade e como a vida era engraçada de fazer o menino gostar de Rosa.

Deus! Olha onde estavam agora!

Ainda com aquele pensamento, Hermione aparatou em uma área um pouco deserta do hospital.

Draco, do outro lado da cidade, trabalhava em uns documentos de uma das empresas da família. Quando o pai foi preso, tudo que era dele passou para o filho: As empresas na Inglaterra bruxa, na Inglaterra trouxa, e diversas espalhadas por todo o mundo.

Já se passara dois dias e Escórpio ainda continuava no hospital. Draco daria tudo para ver como Hermione estava naquele momento. Ficou imaginando se ele estivesse no lugar dela, se seu filho estivesse internado. O que ele faria? Deus! Queria poder abraça-la naquele momento e dizer que tudo ficaria bem.

— Senhor Malfoy – uma empregada entrou em seu escritório. Draco deixou-se afastar dos pensamentos.

— Sim? – Ele respondeu com os olhos ainda nos documentos. Era a terceira vez que tentava ler, mas os pensamentos tinham mais a sua atenção.

— Tem uma mulher lá em baixo, disse que precisa falar com o senhor com urgência. Parece muito abalada, senhor Malfoy, - a empregada começou a contar atraindo a atenção do patrão.

— Ela se identificou? – Perguntou olhando para a empregada pela primeira vez desde que ela entrou na sala.

— Não, senhor. Mas é branquinha, cabelos castanhos. Bem bonita, na verdade. Os olhos também são castanhos, mas estavam tão avermelhados pobrezinha – Enquanto ela contava Draco se levantou rapidamente deixando alguns papeis voarem.

Era muito cruel imaginar que fosse Hermione? Mas o que ela estaria fazendo ali enquanto sua filha estava no hospital?

Não se permitiu pensar por muito tempo e correu pelas escadas até a encontrar em pé no meio da sala de estar. Caminhou lentamente em sua direção não acreditando ser real, nunca a imaginou vindo até sua casa novamente.

Assim que ela se virou, Draco pode notar seus olhos avermelhados. Sem nem pensar, sem medir as consequências, a abraçou. Ela retribuiu.

Era tão bom tê-la em seus braços novamente, e para ela era um conforto que precisava naquele momento. Mas não podia se deixar acomodar! Ela tinha ido até lá por um motivo.

— Draco... – Ela suspirou se afastando do abraço. – Eu preciso te contar uma coisa...


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Notas finais do capítulo

Me deu uma agonia escrever essa reação do Rony, eu prendia o ar escrevendo ( e eu sou asmática kkkk). Só de pensar que ainda terá um monte de cenas assim... Socorro!!!!
O que acharam? Quero saber tudo! Lembrando das outras notas: Conversem comigo, eu sou um amorzinho kkk ( bem, eu acho né kkk, mas eu não mordo, prometo!)
Beijão e até amanhã!!!



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