A filha de Juventas - A escolhida de Urano escrita por Luana Cajui


Capítulo 6
Ela não pode ir!


Notas iniciais do capítulo

Opá, capitulo novoooo.
Não é novidade que eu sempre demoro para postar capitulos, mas tentem me entender, eu quero fazer uma historia que vocês entendam, que tenha desenvolvimento de personagens um enredo daora com uns plots twist mucho locos, e não uma historia que atualiza rápido mas não tem pé nem cabeça.
Mas eu tenho uma noticia boa, tenho dois capitulos com a minha Beta para correção ou seja, logo vocês terão mais dessa turminha do barulho.
Tenham uma boa leitura e cuidado com os monstros.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723244/chapter/6

Capitulo 5 – Ela não pode ir!

Mirage se encontrava sentada a frente do Sr.D. Ele a encarava raivoso, querendo fulminar ela com os olhos. Travis estava em pé ao lado de Mirage com uma das mãos no ombro esquerdo da garota.
  - Então, estão querendo me dizer que essa "Profecia" -o deus do vinho fez aspas com os dedos - apareceu misteriosamente escrita num caderno que até três dias atrás estava completamente em branco? - Questionou irritado.
  Mirage confirmou com a cabeça.
  - Inacreditável...estamos perto de uma Guerra e recebemos outra "Grande Profecia" que sabe-sei-lá quanto tempo levará para se cumprir.
  - Não seria em 10 dias, senhor? -Travis perguntou incerto, mas logo se arrependeu ao receber um olhar cortante do deus que só não o fulminou definitivamente, pois uma voz vinda da porta o impediu, era Quiron em sua habitual cadeira de rodas.
  - É difícil saber, um dia para uma profecia pode ser um século ou mais. Ninguém sabe ao certo. -Quiron entrou no local.
  - Ah que ótimo! Estupendo! -Dionísio disse em tom de Ironia - O que virá agora? As Titãnides se voltarão contra nós? Bem, me admira elas não terem feito isso, ainda, elas têm motivos suficientes para isso e nós nem poderíamos ter o direito de reclamar.
  "Por que ele está mencionando isso?" Pensou a menina encarando o Sr.D e Quiron.
  - Sr.D creio que temos outro assunto a tratar, no momento informaremos à Zeus sobre esse acontecimento mais tarde, temos uma solicitação de missão, Srta.Granor, Sr.Stolls já está quase na hora do jantar.
  - Vamos Mirage, estão nós expulsando...- Travis esperou que ela levantasse e a puxou para fora dali.

                           ----------------l----------------l----------------

Daiana descia silenciosamente as escadas do porão da Casa Grande, de onde estava, ela conseguia ouvir a voz do Sr.D enquanto falava com Travis e Mirage.

—E então? – Perguntou Quiron a ela.

— A Oráculo me deu uma profecia. –disse com certa dúvida na voz.

O centauro ficou pensativo por alguns instantes.

—Pode me ajudar a descer as escadas? -Perguntou por fim fazendo Daiana rir, ela segurou uma das mãos do centauro e o auxiliou na descida.

Quando os dois estavam no térreo, Quiron voltou a sua cadeira de rodas e foi imediatamente para o escritório do Sr.D enquanto a ruiva ficou ali, parada, pensativa, ela viu Mirage e Travis saírem de lá, o que a fez arquear uma sobrancelha para o olhar perdido de Mirage.

“O que aconteceu ali? ’’

Foi quando Mirage olhou para trás a encarando. Daiana sorriu entrando no escritório, fechando a porta atrás de si.

—O que a beldade ruiva trouxe para nós hoje? – Ironizou o deus, enquanto Daiana simplesmente lhe mandou um sorriso amigável.                                                                                                     

—Ah, nada de mais, só uma nova profecia e uma missão, nada que você não possa lidar.

—Iris me mandou uma M.I., ela estava muito aflita. -Disse Quiron- Aparentemente os cristais dela, aqueles que estabilizam e impedem que a névoa se rompa, foram roubados e em dez dias a névoa se romperá e os mortais vão ser capaz de ver tudo aquilo que a névoa esconde.

—Então a Srta. Rainbow dash “encomendou” uma missão -concluiu Dionisio- por que ela não   escolheu um dos filhos dela? – ele deu uma forte ênfase nos na última parte com raiva e continuou.- Nãaaaaoooo, ela quer que a aberração ruiva lidere uma missão que talvez nem tenha sucesso e ainda tem aquela...

Dionisio continuou o discurso de reclamações dele, Daiana farta daquilo, respirou fundo e se manifestou.

—Escuta aqui, cara do vinho -ela estava alterada, sua voz estava mais alta – o fato é, eu fui escolhida para liderar uma missão e é isso que vou fazer, você querendo ou não.

O deus a olhou, quase chocado.

—Eu posso fulminá-la aqui e agora, você sabe disso Daiane. -Ameaçou.

—Não, você não pode, se fizer isso estará usando seus poderes, se usar, Zeus vai querer saber o porquê e ai você vai se fuder pois vai ter que dar explicações ao vô do raio.

Ele a olhou furioso, com os olhos brilhando de raiva, porém não disse nada, sabia que ela estava certa, mas não diminuía a raiva que sentia dela. O deus se levantou passando pela ruiva e parando na soleira da porta.

—Faça os preparativos da missão, Quiron, e diga a garota para convocar um dos seus.

O deus saiu finalmente do escritório deixando o centauro e a garota sozinhos.

—Ele está com raiva – comentou ela segurando o riso. Daiana adorava provocar os imortais sem medo da morte, o que Quiron considerava muita burrice e coragem.

—Bastante -concordou o centauro, mas ele logo mudou de assunto e olhou para ela sério -Então, o que o Oráculo lhe disse?

Daiana se sentou numa das cadeiras do escritório, pensativa.

Os sete devem encontrar,

Pois, ajuda divina terão.

O filho do Sol e da diplomacia,

Ao lado da deusa devem ficar.

A criança o último encontrar.

No caminho do monte dois vão encontrar.

E no Olimpo os sete devem entregar.

O centauro ouviu atentamente as palavras da jovem.

—Tem em mente, quem você levará? - Perguntou, ela assentiu com a cabeça lentamente.

—Tenho sim, vou ir falar com eles agora, se me permitir.

—Muito bem, seja breve, vocês têm que ir amanhã cedo.

A semideusa sorriu se levantando e saiu caminhando para a saída da Casa Grande com um brilho nos olhos.

                        ----------------l----------------l----------------

—Não!

—Ah, qual é Thomaz, por favor. - Suplicou Daiana.

Daiana estava no chalé de Ares, Clarisse a deixou entrar para falar com o vice conselheiro. O chalé era decorado por lanças, espadas, fuzis nas paredes e muitos, muitos beliches.

Thomaz estava deitado num dos beliches, somente de calça e com o tronco desnudo, apesar das cicatrizes em seu corpo e rosto, ele era muito bonito. Essa beleza o fazia receber alguns olhares maliciosos por parte de outros semideuses de ambos os sexos, incluindo alguns de seus irmãos e irmãs.

—Já disse que não, ruivinha. Peça a outro dos meus irmãos ou irmãs, aposto que iriam adorar ir com você.

Daiana suspirou e pensou em alguma alternativa para convence-lo, enquanto Clarisse se aproximou e se sentou ao lado do irmão.

—O torneio de lutas é daqui três dias, e ele quer continuar invicto. - explicou.

—Sério isso? Sério mesmo, Thomaz? - A ruiva olhou o filho de Ares inconformada.

— E ser for? - ele a olhou com raiva, seus olhos castanhos pareciam chamas -Vai fazer o que?

Daiana suspirou novamente.

—Tu pode ficar aqui, ganhar o torneio que ocorre todo ano e continuar invicto ou tu pode sair em missão comigo e Mirage que você que você não foi muito com a cara, mas ela é um amorzinho -Daiana se interrompeu bruscamente ao perceber que estava mudando de assunto – foco...enfim, você pode se tornar um campeão esse ano ou ser um dos motivos para Ares se gabar no Olimpo.

—Ruiva...-tentou dizer.

—Olha, não precisa me responder agora, você tem até o jantar para decidir.

Daiana se levantou da cama e caminhou até a porta para sair, mas antes ela se virou.

—Ah esqueci de te dizer, o Leon vai com a gente, conversei com ele agora a pouco, sabe eu sei que você não perderia a oportunidade de ficar perto dele.

Ela saiu desesperadamente do chalé, a tempo de não ser atingida por uma lança. Dentro do chalé Clarisse riu da expressão de pura raiva do irmão, ela sabia que Thomaz tinha um grande abismo pelo filho de Apolo e Daiana, de algum jeito, descobriu o segredo que o moreno escondia.

                        ----------------l----------------l----------------

Mirage estava quieta desde que voltou ao chalé de Hermes, todos os olhares estavam voltados a ela e aos líderes do chalé, Connor e Travis. Os dois discutiam em um canto do chalé, tudo ficou em silêncio quando Daiana entrou no local e caminhou até Mirage.

—Novidades! – Cantarolou a ruiva

—Quais? - Perguntou Mirage em voz alta, pela primeira vez todos do chalé a ouviram claramente sem ser gritando.

—Vamos embora do Acampamento amanhã.

Ao dizer isso, todos que estavam no chalé olharam para a ruiva incrédulos.

—Porque? -Perguntou Connor.

—Missão -ela deu de ombros- Mirage, eu, Leon e talvez Thomaz.

O outro gêmeo olhou para a ruiva inconformado.

—Você está louca, Daiana? Levar ela seria o mesmo que assinar uma sentença de morte, provavelmente ela não tem treinamento com nenhum tipo de arma, aposto cinquenta dólares que ela nem sabe segurar uma espada.

Lentamente, Daiana se virou para encara-lo, enquanto Mirage arqueou uma sobrancelha.

—Perdão? – perguntou, levantando o dedo indicador, fazendo um gesto com a mão, indignada. -Foi você que passou dois anos estudando com ela em Westover Hall? Não, fui eu. Por esse motivo ela está muito bem qualificada a ir em uma missão.

—Mesmo ass...- ele tentou interrompê-la, mas a ruiva lhe lançou um olhar de corta-lhe a alma que o fez parar de falar.

—Esgrima, natação e algumas artes marciais e não me venha falar de idade, pois Percy Jackson tinha menos de treze anos quando foi a uma missão para recuperar o Raio Mestre.

—Daiana, a sua palavra não quer dizer nada, mesmo que ela tenha essas habilidades que você disse, isso não quer dizer que ela está pronta para enfrentar monstros que normalmente tem mais de três metros. Ela não pode ir, você não pode leva-la.

—Pode sim! -Mirage se manifestou na discussão pela primeira vez e pelo seu tom de voz ela não estava nenhum pouco feliz – Eu vou com a Daiana e você não vai me impedir!

—Eu posso muito bem falar com o Sr.D e com Quiron..

—COMO SE ELES FOSSEM TE OUVIR! — Daiana gritou. A potência de seu grito foi tamanha que todo o chalé de Hermes estremeceu, poeira que se acumulava nas vigas de sustentação do teto caíram no chão. Todos olharam a ruiva assustados, menos Mirage que já parecia acostumada com os surtos repentinos da outra.

A cornucópia anunciando o jantar tocou no momento exato, os filhos e filhas de Hermes (e não filhos dele) formavam fila, Daiana saiu do chalé arrastando Mirage pelo braço, ninguém nem mesmo Travis ousou dizer alguma coisa, a ruiva parecia preste a explodir de raiva. Mirage a seguia com certa dificuldade, enquanto era obrigada a ouvir as reclamações até o refeitório.

Quando chegaram ao local, ele ainda estava vazio, contando apenas com algumas ninfas e sátiros que estavam colocando pratos e taças nas mesas. Alguns acenavam para a ruiva que sorria e acenava em educação. Logo Daiana foi se acalmando, enquanto ela explicava algumas coisas a Mirage. Segundo ela, no Acampamento Meio-Sangue, os semideuses antes de comer fazem oferendas aos deuses, queimando algo de seu prato numa pira, o que não interessou muito Mirage que apenas ignorou esse fato.

Logo o refeitório foi se enchendo, a mesa de Hermes era a mais lotada de todas, os semideuses se espremiam para sentar no banco. Daiana tinha preferido sentar-se num canto no chão perto de uma pilastra junto com Mirage, afinal era melhor do que correr um risco de desenvolver claustrofobia naquele aperto.

Enquanto comiam, Mirage ficava observando cada centímetro do local.

—Porque algumas mesas estão mais lotadas do que outras? -Perguntou ela de repente enquanto colocava uma pimenta na boca. -

—Não te contei? -perguntou a ruiva - As mesas são que nem os chalés, representam os deuses, alguns estão vazios por que não tem filhos.

—Hermes é moh coelho. –comentou a morena.

Daiana gargalhou quase se engasgando.

—Não, nem todo mundo que está no chalé de Hermes é filho dele, ele mesmo tem só uns sete filhos.

—Sete? E os outros?

—Olha, me admira você não ter sacado ainda. Hermes é o deus dos mensageiros e dos viajantes, todo semideus novo que chega, sem o pai ou mãe, eles ficam lá, como nós. Como não existe um chalé para os indeterminados ou para os filhos de deuses menores, todos ficam naquele chalé.

—Isso é tão...triste...? -Comentou ela hesitando.

—É, é sim, digamos que os deuses menores não têm tanta relevância assim...para o Olimpo.

A expressão no rosto da ruiva mudou, o que antes demonstrava calma passou a ser algo melancólico, ela ficou um silêncio por alguns instantes.

—Você está bem, Daiana? -Mirage perguntou preocupada com a tristeza repentina da mais velha.

—Estou ótima – Ela lhe sorriu -Melhor impossível!

Desacreditando a amiga, Mira estava preste a questioná-la novamente, mas a voz de Quiron, vinda da mesa principal acabaram quebrando sua linha de raciocínio.

O centauro se levantou, todos no refeitório ficaram em silêncio como forma de respeito enquanto o encaravam.

—Semideuses, como bem vocês sabem, há três dias, um incêndio atingiu a Colina meio sangue, anunciando a volta de uma das nossas irmãs, Daiana Meioh. –várias vozes começaram a cochichar entre si e aplaudir nas mesas, enquanto a ruiva se colocava em pé, a única mesa que não fez questão alguma de fazer algo, foi a mesa onde estavam várias meninas em sua maioria, Quiron prosseguiu. -Nesta tarde, recebemos uma nova profecia ao pedido de Iris para uma missão, ela escolheu Daiana para liderá-la e com ela devem ir mais três campistas de sua escolha.

Daiana sorriu ao ter a atenção voltada para ela, seus olhos brilharam de maneira sombria.

—Eu escolhi os melhores dos piores de vocês para irem numa missão que provavelmente irá matá-los. Se morrerem, e algo sair errado eu colocarei a culpa em vocês...

Mirage se afastou um pouco da ruiva, temerosa, ela nunca viu a amiga falando daquela maneira.

porra não é esquadrão suicida, ruiva –  Gritou alguém da mesa de Apolo.

—Dá licença!? Eu to fazendo meus dramas, não estraga não, filho da puta, acabou o clima!

—Daiana, calma -pediu Mirage segurando uma risada.

—Calma o caralho, não nasci para ser calma! -bufou ela – Como eu estava dizendo antes de ser interrompida, os escolhidos para irem nessa missão comigo, são Leon Gonçalvez...

A mesa de Apolo virou uma festa enquanto o campista escolhido se levantava. Discretamente Daiana olhou para a mesa de Ares e poder ver Thomaz a encarando carrancudo, a garota sorriu.

—Thomaz Ramires... – A mesa de Ares se fez em berros e bate pratos enquanto o moreno se levantava. – E por fim e mais importante, Mirage Granor. -Silêncio. O refeitório ficou em silêncio. -Gente, pode aplaudir, ela não é que nem eu não, ela é legal.

Ao invés de aplausos, uma mão se ergueu da mesa de Hermes e uma expressão de raiva tomou o rosto de Daiana. Travis se levantou encarando a ruiva de maneira convencida, Mirage também havia se levantado e estava a olhar junto com os outros dois (Leon e Thomaz) o que o filho de Hermes faria.

—Quiron – começou ele- Daiana não pode levar Mirage numa missão, ela não tem experiência nenhuma em combate ou em treino, se ela sair daqui, será um alvo fácil. - O centauro pareceu levar em conta o que o filho de Hermes disse, mas não satisfeito ele resolveu continuar. -Ela chegou aqui quase morta a exatos três dias com Daiana, ainda está ferida, ela sucumbiria ao primeiro ataque de monstros que surgisse.

Com certeza ele teria continuado com o discurso de como Mirage não poderia ir numa missão no estado atual, mas ele foi interrompido quando uma faca voou em sua direção e passou raspando sua bochecha deixando um corte que começou a sangrar quase que imediatamente.

O filho de Hermes se virou para a ruiva pronto para ir na direção dela e começar uma discussão pior da que eles tiveram dentro do chalé, quando outra faca veio em sua direção, se não fosse por seus reflexos o filho de Hermes teria sido atingido desta vez no ombro esquerdo.

Mirage carregava um sorriso no rosto e uma outra faca de mesa nas mãos, ela recebeu alguns olhares chocados.

—Você é louca! -disse ele chocado - Poderia ter me acertado!

—Eu não te acertei por que não quis, do contrário você já teria uma faca cravada no ombro e outra no músculo da mandíbula. -Mirage se portou de maneira fria e sem humor algum na voz -Você fala de mim como se eu não estivesse aqui ou não estivesse ouvindo, mas olha que novidade, eu não sou surda! Você não me conhece, nem sabe do que sou capaz, Daiana sim! Ela não seria louca de me colocar em risco qualquer ele que fosse, além disso você não tem absolutamente nada a ver com esta missão, ou seja, você só está bancando o intrometido!

Daiana se colocou na frente de Mirage, impedindo que Travis avançasse pra cima da menor.

—Já chega! -Gritou o Sr.D  -Todos os conselheiros e os escolhidos para as missões, Arena, agora, os demais continuam aqui.

                        ----------------l----------------l----------------

Nas arquibancadas da Arena, dezessete figuras observavam os dois espadachins de lados opostos.

O filho de Hermes tinha em mãos uma espada de bronze celestial de lamina curta, Travis fazia questão de sempre mantê-la afiada, Mirage teria problemas se fosse atingida, observou o filho de Hefesto Beckendorf. A arma dela parecia inofensiva comparada a espada do oponente. Em suas mãos a menina tinha um florete, sim um florete francês de lâmina media e fina, não cortava a cabeça de um homem como a de Travis, mas se usada da maneira certa ela poderia fazer muito estrago com aquela arma que cabia com perfeição nas mãos dela.

Travis fez o primeiro movimento. Ele avançou na direção da morena, tentando desferir um golpe em sua mão direita afim de desarmá-la, mas Mirage conseguiu desviar a lamina dele e arisca um movimento rápido, ela tentou atingi-lo na lateral do outro braço, no entanto ele girou seu corpo e bloqueio o golpe com o punho da espada.

A luta se extendeu por longos minutos, Travis atacava a menor sem piedade e conforme o tempo passava, ele parecia ficar mais irritado com a persistência da garota. Não se tinha nenhuma abertura na postura do garoto, se tinha Mira não percebeu, tudo que ela poderia fazer era bloquear os ataques dele com o florete, até que um chute foi desferido na perna da menor, um grito indignado veio da arquibancada, era Daiana. A visão de Mira escureceu por alguns instantes e quando ela voltou a clarear, Travis estava caído no chão, semiconsciente com Mirage em pé a sua frente com o florete pressionando a garganta e seu pé direito sob o peitoral dele. Ele tinha um corte profundo num dos braços e sua espada estava caída ao lado de seu corpo.

Mirage ficou ali atônita por alguns instantes, tentado relembrar de como ela conseguiu derrubar seu adversário, mas logo tais pensamentos foram interrompidos por um braço que a tirou de perto do filho de Hermes, a colocando no chão novamente somente perto da arquibancada. O garoto que a segurou, voltou correndo paro o meio da arena indo até Travis, eles iriam leva-lo a enfermaria pela maca improvisada.

“O que foi que eu fiz?”

Ao final do Jantar o conselho foi unanime quanto a Mirage ir a missão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu espero que vocês tenham gostado, por favor não deixe de comentar, por que só a minha beta me apoiando é foda ;-;