E se fosse diferente...? escrita por Klara Valdez


Capítulo 13
Capítulo 11 parte 2


Notas iniciais do capítulo

CHEGUEI PRA ALEGRIA DE TODOS...
Talvez não .-. Enfim, postando de madrugada msm pq pra mim o final de semana ainda nao acabou e nao estou atrasada ok?
Boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/722721/chapter/13

— Você tá melhor? — Malcolm continua alisando meu cabelo.
Suspiro tentando controlar um pouco minha respiração.
— Eu tô... só preciso pensar melhor. Entender bem o que aconteceu.
— Se você quiser falar... — ele é interrompido por batidas leves na porta — Quer que eu veja quem é?
— Aham — respondo abaixando a cabeça e deixando uma cortina loira cobrir meu rosto. Seja lá quem for não quero que me veja assim.
Ele levanta e vai até a porta, enquanto isso me encolho na cama.
Ele pergunta quem é, mas ninguém responde. Ele abre uma brecha na porta.
— Sai! — Lila aparece empurrando Malcolm pro lado e passando pela porta.
Ela corre até mim e sobe na cama.
Lila se aproxima de mim devagar e afasta meu cabelo do meu rosto o colocando atrás da minha orelha.
— Anna, você tá cholando? — ela passa a mãozinha na minha bochecha.
Limpo meu rosto com as mãos e sorrio para ela.
— Eu tô bem bebê.
— Foi Per que te deixou assim? Ele fez você chola? — ela põe as mãos na cintura e faz cara de durona — Que que eu bata nele?
Eu a puxo para o meu colo e a abraço. Ela agarra meu braço e apoia a cabeça no meu peito.
Malcolm se senta na ponta do beliche ao lado olhando curioso para nós.
— Vocês bligalam né? — ela olha pra mim.
— A gente discutiu sim...
— Vocês não vão mais fica juntos?
— Eu não sei bebê. É algo meio complicado... Ele mentiu para nós...
— É... Eu quelia ter sabido que ele é meu pai de vedade antes... Mas tá tudo bem pla mim, pla mim ele já ela meu pai — ela sorri.
— Como assim Lila?
— Vocês são tão legais comigo, vocês cuidam de mim como pais cuidam de um filho... — ela mexe inquieta nos seus dedos.
Sorrio e meus olhos marejam.
— Perdoa o papai, po favo — ela junta as mãozinhas.
— Lila, eu não posso, eu... Você sabe o que ele fez.
— Pelo o que eu entendi, Per ficou com outa mulher e fez eu, e você não sabia. Mas ele também não sabia de eu, só ficou sabendo à dois meses, que foi quando eu cheguei.
Abro a boca meio surpresa, ela era mais inteligente do que eu pensei.
— É isso mesmo bebê — eu olho para baixo lembrando da nossa discussão.
— Você não plecisa fica chateada com o que ele fez. Só se...
— Se... — a incentivo a continuar.
— Só se você não gostar de mim — seus olhinhos ficam com um ar triste.
— Não pense isso bebê! — eu a abraço com força — Eu amo você.
Eu não conseguia mais ver a minha vida sem aquela monstrinha me infernizando. Assim como eu não conseguia ver minha vida sem Percy...
Ela me abraça de volta e fala com a voz abafada.
— Você não pode deixa papai, porque... porque... Hm...
Faço ela olhar pra mim e tem lágrimas saindo dos seus olhinhos verdes.
— Você não pode porque, se você fize isso, eu vou perde minha mamãe de novo.
Ela funga e esfrega os olhos me abraçando com força depois. Eu demorei uns segundos até perceber que ela tinha me chamado me "mamãe".
— Você me chamou de que? — eu sorrio a afastando de mim.
— Você cuidou mais de mim em dois meses do que minha mãe de vedade cuidou em cinco anos. E... Não me deixa não — ela agarra minha cintura.
Eu a abraço e acaricio sua cabeça.
— Eu não vou deixar você.
— Não?
— Não, eu prometi que ia cuidar de você, lembra?
— Lemblo — ela ri.
Escuto alguém fungando perto da gente e vejo Malcolm enxugando o olho.
— Tá chorando é? — pergunto provocando.
— Não, claro que não! É... coceira, é uma coceira — Lila ri.
— Bobão.
— Annie, olha ela! — Mal aponta pra Lila como uma criança.
— Porque vocês brigam tanto? — pergunto sorrindo.
— Poque ele é bobão ué — Lila da de ombros, eu e Malcolm rimos.
— Você vai conversa com ele? — Lila pergunta a mim.
— Pode ser bebê — mordo o lábio inferior.
— Então espela aqui — ela sai do chalé correndo.
— Melhor você esperar, eu não teria certeza do que essa menina é capaz — diz Malcolm assustado, provavelmente lembrando do dia que Lila o fez de cavalinho escravo. Longa história...
***
Lila tinha voltado depois de uns quinze minutos e me arrastou pra fora do chalé e agora segurava minha mão e corria na minha frente. Eu precisava me curvar para conseguir acompanhar sua velocidade e sua altura.
— Devagar Lila!
— Não dá pla espela — ela continua correndo.
Chegamos no chalé 3 e ela bate na porta com um tipo de código.
— Entra — diz a voz lá dentro.
Lila abre a porta e nós entramos. Percy olha pra mim como se quisesse falar um monte de coisa, mas Lila faz sinal de silêncio colocando o dedo na frente da boca.
— Sentem ali — ela aponta para a cama de Percy.
Sentamos e ela nega com a cabeça.
— De flente plo outo né! — nós nos viramos.
— Annabeth eu...
— Só eu posso fala aqui! — Lila interrompe Percy. Eu e Percy rimos.
— Annabeth, — olho para ela surpresa, ela nunca tinha me chamado assim — Percy tem que te falar uma coisa — Percy olha pra ela confuso e ela bate no braço dele.
— Ai!... — ele olha feio para ela e depois olha para mim — Me perdoa, por favor Annie. Eu fui bem idiota por ter feito aquilo... Eu me arrependo por ter sido fraco... — ele olha direto nos meus olhos e não consigo desviar o olhar.
— É "Annie", pedoa ele — Lila interrompe— Ele errou, mas todo mundo erra e olha o que ele fez — ela aponta para si mesma — Pelo menos, saiu uma coisa legal disso tudo — ela fala rindo. A olho com uma sobrancelha levantada.
— Nem é convencida — digo negando com a cabeça.
— Vocês não podem fala sem eu deixar! — ela põe as mãos na cintura.
— Sim, senhora — Percy faz uma saudação como um soldado, me fazendo rir.
— Agora... — ela pega uma mão minha com sua mão esquerda e uma mão de Percy com a sua outra mão — Eu sei que eu não consigo entende essas coisas de adulto dileito, — ela revira os olhos — mas de uma coisa eu sei bem — ela junta a minha mão com a de Percy me fazendo olhar para ele e ele faz o mesmo — Sei que vocês gostam um do outro, gostam muitão. E eu não sei porque os adultos complicam tanto as coisas... Eu não quelo que vocês se sepalem, não quelo pede minha nova família — ela passa a mão no nariz e funga.
Nós dois olhamos para ela e nos olhamos. Uma coisa que eu não posso negar é o amor que eu sinto pelo moreno que está na minha frente. Ele aperta a minha mão e a seguro com mais firmeza. Sorrio e ele parece entender sorrindo também, não precisamos falar nada pra sabermos a força do amor que sentimos um pelo outro.
Puxo Lila para o meu colo e ela agarra o meu pescoço.
— Não me deixa não mamãe — sinto ela chorar no meu ombro.
Puxo Percy pela mão e ele abraça nos duas. Apoio a cabeça em seu ombro.
— Ela não vai te deixa pequena — ele faz carinho na sua cabeça.
— A gente não vai se separar bebê, foi só... um desentendimento — olho pra Percy — Eu amo muito seu pai.
— Não vão? — ela levanta a cabeça sorrindo e enxuga as lágrimas com as mãozinhas — Eu consegui — ela levanta os braço nos fazendo rir.
Percy me dá um selinho.
Tenho que admitir que não gostava da ideia de Percy ter tido uma filha com uma mortal qualquer, acho que qualquer um no meu lugar não gostaria, mas só de olhar para Lila, eu ignorava totalmente esse sentimento.
— Eu amo você — Percy sussurra no meu ouvido enquanto Lila pulava como um canguru pelo chalé repetindo "eu consegui".
***
Na hora do jantar fomos nós três para o pavilhão. Lila falava a cada segundo como estava feliz e que queria um coelho de estimação, porque ela gostava muito do coelho branco de Alice no País das Maravilhas.
A felicidade dela era contagiante e eu e Percy não parávamos rir vendo aquela garotinha pular enquanto andava.
Sentamos na mesa de Poseidon e fomos comer. Eu passei a comer com Percy e Lila depois que ela chegou e ninguém se opôs.
Percebo que Malcolm olhava para mim da mesa de Atena meio preocupado. Sorrio pra ele mostrando que está tudo bem e ele sorri de volta logo depois.
Depois do jantar Lila foi brincar com umas meninas de uns 10 anos perto da fogueira e iria para o chalé depois.
Percy me levou para a praia e sentamos na areia. Ele passa um braço pelos meus ombros e me puxa para si.
Eu observava o mar, ele estava calmo e o barulho das ondas eram como uma canção de ninar pra mim naquele momento.
— Como Lila fez isso? — ele pergunta rindo.
— Isso o que?
— Se dependesse de nós dois, estaríamos sem nos falar até o ano que vem, no mínimo.
— Sim... — pensar em ficar longe de Percy por tanto tempo me deixou angustiada. Já ficamos anos sem se falar e foi horrível, não queria passar por isso de novo.
— Acho que ela é tipo a nossa colinha de emergência — falo sem pensar.
— É sim — ele ri.
Ficamos num silêncio confortável por um tempo.
— Eu andei pensando ultimamente...
— Meus deuses, você estava pensando! — provoco o interrompendo e ele faz careta.
— Eu estava pensando no futuro — ele olha pro céu meio sonhador.
Era tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo no presente que eu nem cheguei a pensar no futuro, tanta coisa que poderia acontecer...
— No que estava pensando exatamente? — pergunto.
— Em Nova Roma — ele olha pra mim sorrindo — seria bom um futuro lá. Poderíamos fazer uma faculdade, Lila poderia continuar a escola e poderíamos ter um apartamento.
— Seria legal... — digo pensando seriamente na ideia.
— Sério? Você acha mesmo? — ele se vira pra mim surpreso olhando nos meus olhos.
— Claro! Eu já vi aquele lugar, seria perfeito!
Ele sorri e me dá um selinho. Parecia muito feliz por eu pensar daquela maneira.
— Fora que eu não iria conseguir viver em paz sabendo que Lila pode ser atacada sem nós estarmos por perto — continuo — Lá é muito mais seguro.
— Annie — ele segura minha mão — Eu ia falar isso com você depois, mas... Nesse futuro, eu queria que não estivéssemos mais namorando.
Eu o olho confusa e ele sorri. Eu ia começar a discutir com ele, mas ele continua falando ignorando minha indignação.
— Você é a mulher que eu mais amo, sabidinha. A pessoa com quem eu quero passar o resto da minha vida, e você sabe de tudo isso. Então eu te pergunto, você quer casar comigo?
Minha mão vai até a boca involuntariamente e olho pra ele sorrindo, ele sabia minha resposta e sorria também.
Eu abraço seu pescoço e ele põe os braços envolta da minha cintura.
— Sim, Percy. Você sabe que sim!
Ele me puxa para um beijo, no começo meio desesperado, mas depois mais calmo. Eu massageava seu cabelo o puxando mais pra perto e ele passava as mãos pelas minhas costas. Paramos ofegantes e ele cola sua testa na minha.
— Lila deve estar te esperando no chalé — falo com intenção de me afastar.
— Ela sabe se virar — Percy volta a me beijar.
Ficamos nessa por um bom tempo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ownt *-* Nao morram de fofura, a fic ainda nao acabou... Mas ta acabando ;-; Sinto dizer q o ultimo cap já estara aqui semana que vem... Segurem o choro pfv!... Acho q vcs tao nem ai, mas eu to triste ;-;
Ate semana que vem ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "E se fosse diferente...?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.