Sete Dias escrita por TheEpic


Capítulo 8
Sétimo Dia


Notas iniciais do capítulo

Oi!!

Eu prometi o capítulo para Abril, mas não consegui finalizá-lo naquele mês! :( Me desculpem pela irresponsabilidade.

Eu queria agradecer ao Shika pela recomendação maravilhosa! Prometo que vou responder apropriadamente à sua atenção muito em breve, e você não sabe o quão imensamente eu estou grata. Obrigada de verdade, este capítulo é pra você. ♥

Enfim, aqui está o último dia da jornada dos nossos dois queridos. Espero que tenham uma boa leitura! ♥



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O sol poente coloria Konoha de laranja, despedindo-se da vila em conjunto aos ninjas visitantes de Sunagakure. Tsunade, Shizune e Naruto estavam nos portões para encerrar a recepção de Gaara e seus diplomatas. No entanto, a mente do jovem Kage estava vagando para lugares distantes, respondendo aos discursos diplomáticos de Shizune de forma mecânica.

Sakura estava trabalhando naquela tarde, seria idiotice da parte dele achar que ela iria se despedir dele. Mesmo assim, algo o dizia que ele deveria ficar na vila por mais um tempo, mesmo que os seus homens estivessem mostrando em seus rostos a impaciência com as falas de Shizune e Tsunade. Eles, com toda a certeza, estavam desejando que ele simplesmente se despedisse logo e fosse embora.

— Espero que na sua próxima visita, o Kage que te recepcionar seja eu! — Ele foi desperto pela voz calorosa de Naruto, que colocava a mão em seu ombro. — Vamos fazer a maior aliança entre vilas que o mundo ninja já viu! Você vai ver, vamos ficar na história por mudarmos o sistema shinobi com a nossa... Ei, Gaara, o que foi?

Naruto deixou a cabeça cair para o lado ao reparar nos olhos azuis brilharem, focando em um ponto além dele. Quando se virou para trás para encontrar o que atraía a atenção do amigo, não se surpreendeu ao ver Sakura indo até eles, andando daquele jeito engraçado dela que mostrava que ela estava correndo há puco tempo e tentando disfarçar isso.

A kunoichi paru ao lado de sua Shishou, tentando ignorar o sorriso discreto que esta lhe dava.

— É uma falta de educação da minha parte não me despedir do meu hóspede — começou com um pequeno sorriso fixo nos lábios. Ela estendeu sua mão. — Obrigada por sua visita, Gaara, espero que sua estadia tenha sido agradável.

Ele aceitou a mão de Sakura, o aperto supostamente formal durando mais que o necessário e escondendo experiências, sentimentos e desejos nos olhos de ambos. O contato visual mostrava uma intensidade tão grande que poderiam ter se perdido um no outro por horas, porém foi cortado após alguns segundos.

— Obrigado, Sakura. Espero te ver em breve e vou esperar pelo dia do nosso reencontro.

Sakura caiu em silêncio, acompanhada pelas demais pessoas nos portões. Gaara não parecia se importar com a presença de seu conselho, seus irmãos, seu amigo e uma Kage. Ela sorriu mais abertamente com o significado oculto naquelas palavras. Gaara queria continuar com o que eles tinham.

— Eu também. Venha nos visitar em breve, certo?

— Igualmente. A Areia sempre está pronta para receber convidados.

As mãos se soltaram do aperto e Tsunade encerrou o seu discurso como se nada tivesse acontecido, porém Sakura estava consciente o suficiente dos olhares que ela recebia. Até mesmo Temari, que costumava não ligar para a vida dos outros, levantou uma sobrancelha com um sorriso desdenhoso para ela.

E Naruto, bem... Ele não olharia mais na cara dela até que ela o pagasse uma tigela de ramen no Ichiraku.

Menos de dois minutos depois da sua chegada, Gaara e seus companheiros já estavam atravessando os enormes portões. Ele olhou para trás uma última vez, deu para Sakura um de seus raros sorrisos e caminhou para sua vila sem olhar para trás novamente.

Com trabalho a ser feito no hospital – Tsunade a mataria se sonhasse que ela deixou papelada esperando por ela em seu consultório –, a moça se despediu dos demais que restaram com ela e caminhou, dessa vez com mais calma, até o seu trabalho. Na cabeça, o único pensamento que ficou é que ela sentiria mais falta de Gaara do que ela imaginou de início.

#

— Eu não acredito que você passou uma semana com o Kazekage na sua casa e não fez questão de tirar pelo menos meia hora do seu tempo para vir me contar sobre os detalhes!

Durante a noite, Sakura saiu com Ino para beberem um pouco e conversar sobre as coisas boas e ruins da vida, como sempre faziam. Ela precisava da presença da sua melhor amiga depois daqueles sete dias tão estranhos e, mesmo que Ino a desse nos nervos de vez em quando, sua companhia sempre era apreciada e recebida de bom grado.

— Ah, bem... Eu não quis te falar nada antes porque eu sei que você acha o Gaara muito bonito e iria me empurrar para ele. Eu precisava manter minha sanidade intacta durante esse tempo — ela respondeu a loira, desviando o olhar para qualquer lugar que não fosse o rosto dela.

Bonito? Seus eufemismos me fazem querer vomitar, Sakura. Aquele homem é um pedaço de mal caminho! Se eu estivesse sob o mesmo teto que ele durante uma semana e sem mais ninguém por perto para incomodar, ah, meu Deus, eu teria feito cada coisa com ele que ele voltaria para Suna... — Ino se interrompeu ao encontrar o olhar reprovador e cheio de ciúmes de Sakura. — Ah, ok. Desculpa. Me exaltei. Enfim... me conta, linda, você deu um jeitinho no Kazekage?

O vermelho aparecendo no rosto de Sakura já era resposta o suficiente para Ino, que sorriu maliciosamente.

— Essa é a minha garota! E aí, ele foi embora querendo mais? E o sexo, ele transa bem? — Ino perguntou, rindo discretamente ao observar o misto de sentimentos no rosto de Sakura enquanto a cor dele aumentava um tom de vermelho.

— Ino, nós não fizemos nada disso...!

— Ah, por favor, lindinha. Está escrito nessa sua testona que vocês fizeram sexo e que você adorou. Já fazia um tempo que você não tinha algum tipo de ação na sua vida, já era hora! O último foi quem? O Kiba, não é? — O sorriso de Ino se expandiu. Sakura odiava que ela a lembrasse de suas experiências passadas.

— Porca! Pensei que tínhamos feito um trato de não falarmos sobre o que aconteceu com o Kiba! — Sakura disse, ignorando o “eu nunca garanti que tínhamos um trato” da amiga. Desviou os olhos verdes para a parede, que parecia mais interessante do que nunca, e cruzou os braços. — Certo, eu e o Gaara tivemos duas noites incríveis e sim, ele e eu queremos que se repita. Eu também não sei como um homem lindo e forte como ele se interessou por mim, mas espero que continue assim por um tempo.

— Você está se apaixonando, Sakura? — a outra questionou, dessa vez com tom leve.

— Não sei. Eu acho que sim. Não é todo dia que se encontra alguém igual ao Gaara. — A iryou-nin se surpreendeu com a sua própria franqueza sobre o assunto, encolhendo os ombros com tal conhecimento.

— E se ele estiver sentindo o mesmo, como vocês vão fazer? Afinal, um Kage não é lá muito disponível e ele mora em outra vila.

— Não sei. Bem, dizem que a distância é só um pequeno detalhe quando duas pessoas querem que as coisas funcionem entre elas, não é? Eu sei que faria o possível para que a coisa fosse mais além. Acho que é algo que só o tempo vai saber responder. — Ela sorriu melancolicamente, esperando que seu otimismo não fosse massacrado no final. — Mas enfim, me conta o que você fez essa semana! Você me disse que ia a um encontro com o Shikamaru! Como foi?

Sakura conseguiu com sucesso levar Ino a outros assuntos que não envolvessem sua própria vida amorosa, ouvindo de bom grado as frustrações da amiga com Shikamaru. Os dois tinham um relacionamento indefinido e brigavam ao menos uma vez a cada duas semanas, mas Sakura sabia que os dois eram perdidamente apaixonados um pelo outro e que os dois acabariam se casando.

Com a ajuda do saquê, da conversa envolvente de Ino e de algumas boas risadas, Sakura não pensou muito em Gaara pelo restante da noite.

#

Um mês e meio havia se passado desde o dia em que Gaara partiu pelos portões de Konoha e Sakura havia voltado à sua rotina normal.

Naruto havia voltado a falar com ela normalmente, Tsunade continuava a ir para o seu consultório xingar tudo e todos para depois voltar ao trabalho, o hospital continuava no mesmo ritmo, suas missões a faziam se sentir revigorada após alguns dias inativa e ela não tinha mais notícias do Kazekage.

Talvez ele tivesse mudado de ideia sobre os dois? E se ele tivesse decidido que a distância era muito grande para eles continuarem com aquele caso? Provavelmente ela estava sendo esperançosa demais por alguém com quem havia passado tão pouco tempo.

Em uma tarde comum e monótona, Sakura saiu do trabalho, deu um oi para Kakashi no meio da rua, comprou legumes na venda da esquina e foi para casa. Naruto estava esparramado no sofá enquanto lia um livro sobre política.

— Você ainda não terminou esse livro? — ela perguntou enquanto tirava os sapatos na entrada. — Já faz umas três semanas que você está lendo ele, Naruto.

— Eu não tenho culpa se isso aqui não entra na minha cabeça! — ele protestou — eu nunca soube que ser Hokage é uma coisa tão difícil assim. Dá tempo de desistir?

— De jeito nenhum. Sua posse vai ser daqui um ano e você precisa se preparar o máximo possível até então. Inclusive, a Tsunade-shishou me diz essas coisas direto e sempre dá conta do trabalho no final. Você também vai fazer um bom trabalho.

— Obrigada pela força, Sakura-chan, mas a Baa-chan consegue porque ela é incrível. — Naruto soltou um muxoxo antes de se lembrar de algo e levantar a cabeça. — Inclusive, a correspondência chegou.

Sakura acenou com a cabeça. Ela tinha o dever de cuidar das contas e da divisão dos pagamentos entre os dois, já que Naruto era o responsável por ir pagar cada uma delas. Foi até a mesa de jantar e observou os envelopes sobre ela, passando uma por uma.

Água, luz, aluguel, Sunagakure, imposto... Espera.

Sakura leu os dizeres sobre remetente do envelope de papel fino e confirmou que era de Suna, porém sem especificações. No outro lado, o seu nome e endereço estavam escritos em uma letra de caligrafia bonita.

Deixou as demais cartas na mesa e tentou correr graciosamente até o seu quarto, mas o nervosismo a fez tropeçar em seus próprios pés e quase cair. Continuou o seu caminho e mal esperou fechar a porta para abrir com cuidado o objeto em suas mãos.

Gaara.

A kunoichi leu e releu a carta várias vezes, se deliciando com cada um dos dizeres nela. Gaara queria a ver, sentia sua falta, esperava que pudessem definir o que os dois tinham e, casualmente, contou um pouco de sua rotina no mês que procedeu os sete dias que ele definiu como “maravilhosos”.

Sakura sorriu o tempo todo, o coração palpitando forte. Um mês atrás, disse à Ino que acreditava estar se apaixonando e, com uma carta que confirmava o sentimento mútuo, passou a ter certeza. Ela estava apaixonada por Gaara, Gaara estava apaixonado por ela e os dois queriam ficar juntos.

No dia seguinte, Sakura acordou cedo e tomou um suco de pêssego. Se despediu de Naruto com um beijo no rosto e, em vez de caminhar para o hospital, foi até a Torre da Hokage fazer um pedido de férias para Tsunade.

Ela precisava fazer uma visita à Sunagakure, afinal.


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Notas finais do capítulo

Se você chegou até aqui, muito obrigada por ter lido Sete Dias. Espero que tenha gostado da história! ♥

Que tal você me deixar sua opinião sobre a fanfic? Eu ficaria muito feliz em saber os seus pensamentos e opiniões sobre a história. :)

Novamente, muito obrigada. Espero ver você em outras das minhas fanfics! ♥