Nunca brinque com magia! escrita por Lyana Lysander


Capítulo 2
Elfos!


Notas iniciais do capítulo

Mais um, espero que curtam!!!



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         -Eu também não sei, acho que estou perdida. -disse aflita me exasperando.

—Perdida no Condado, isso é impossível. -falou um Sam desconfiado. -Qualquer Hobbit lhe mostraria o caminho se lhe perguntasse.

—Vocês foram as primeiras pessoas que encontrei. -expliquei aflita. -Me desculpem, não quis atrapalha-lós.

—E não esta senhorita. -Frodo olhou feio para Sam que ficou amuado.

—Cogumelos. -apontou Pippin e os outros dois logo me esqueceram e correram até eles.

—Peço desculpas pelo Sam, ele é muito cuidadoso. -os outros discutiam entre si enquanto Frodo caminhava calmamente a minha frente, e eu logo o segui.

—Não precisa, e ele está certo, estranhos nem sempre são boas pessoas. -ele parou e me olhou intensamente como se tentasse ler minha alma.

—Acho melhor sairmos da estrada. -falou se virando para os outros. -Se a senhorita quiser pode nos acompanhar até a estalagem.

—Claro eu... -ambos olhamos para frente, eu podia sentir o ar pesado, meu coração disparou e um medo insano me dominou.

—Saiam da estrada.

—Corram. -eu elevei minha voz, Frodo segurou minha mão, e ambos corremos para dentro da floresta.

Vendo nosso desespero os outros se poem a correr também, e Merry foi quem encontrou uma raiz de uma gigantesca árvore grande o suficiente para nos esconder. Nos imprensamos em baixo da raiz, e eles começaram a chiar uns com os outros discutindo amuadamente sobre os cogumelos. Eu logo coloquei a mão livre na minha boca para esconder minha sofrega respiração.

—Silencio. -ouvi um deles pedir, mas só pararam mesmo de se mexer quando ouvimos os trotes do cavalo acima de nós. Algo grande se debruçou sobre a raiz acima, e o cheiro pútrido de carne em decomposição corroeu nossos narizes, e nos olhamos amedrontados e nauseados. A coisa acima farejava fortemente o ar e foi nesse instante que nos demos contas das estranhas e nojentas criaturas que caiam sobre nós. Minhocas, centopeias e aranhas eram as que eu reconhecia, me afastei o máximos que podia, e foi nesse momento que me dei conta da situação em que Frodo se encontrava. Ele estava em transe, e puxava minha mão ainda entrelaçada com a sua para colocar o seu dedo no anel. Puxei sua sua mão rapidamente ao ver aquilo, Sam lhe bateu no peito, e ele enfim pareceu acordar.

Merry jogou um saco e este ao cair no chão fez um grande barulho atraindo a atenção da criatura que correu rapidamente naquela direção. Todos nos levantamos e corremos na direção contrária o mais rápido que pudemos.

—O que era aquilo? -Merry perguntou assustado. Frodo parecia realmente abalado e soltou minha mão, e na outra levantou a palma e se virou, e eu sabia que ali estava o anel.

—Não sabemos, mais tenho certeza que aquela coisa logo vai voltar e ira tentar nos pegar. -rasguei um pedaço da minha blusa e amarrei em uma pedra à jogando bem longe. -Isso deve atrasa-lo.

Caminhamos sem parar por longas horas, paramos apenas para almoçar e jantar. Com o tempo perguntas sobre mim vinham de suas bocas animadas e eles se divertiam com minhas vagas respostas. Vi quando a primeira estrela surgiu no céu, e quanto mais delas surgiam mais aliviado nossos corações ficavam. Quando estávamos cansados demais para continuar resolvemos dormir. Eles dividiram suas mantas comigo, que mal dava para metade de meu corpo, mas não reclamei, não podia nem deveria, estavam sendo mais que corteses comigo.

—Algo está estranho. -um pressagio ruim me ocorreu com minhas próprias palavras.

—Ouso cascos. -todos nos levantamos assustados com a fala de Sam e nos pomos a arrumar tudo e nos escondermos.

Um cavaleiro negro se aproxima de nós e novamente eu sentia aquele sentimento horrível se apossar de mim, e podia ver os dedos de Frodo tateando sua camisa em busca do anel. Mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ouvimos o som de música e risadas misturadas. Pessoas vinham cantando em nossa direção, a sombra negra pareceu se assustar e se apressou a montar em seu cavalo e fujir dali.

—Elfos senhor. -gritou Sam sem se importar com o perigo.

—Sim, são elfos Sam, mas apenas espere que eles estão vindo em nossa direção. -dizia Frodo sorrindo aliviado. -Eles não moram por aqui, mas fico feliz que façam essas caminhadas na primavera e no outono. Devemos dá graças a eles, aquele Cavaleiro Negro viria em nossa direção se eles não o tivessem espantado. -concordei completamente com ele.

Eu não entendia o que cantavam, e logo supus que cantavam em sua própria língua, não consegui deixar de me admirar pelo som das palavras, eram reconfortantes e faziam-me sentir bem, calma.

— Estes são Altos-elfos! Falaram o nome de Elbereth! — disse um Frodo surpreso. — Esse belo povo raramente é visto no Condado. Poucos ainda permanecem na Terra-média, a leste do Grande Mar. De fato, um acaso estranho!

Os hobbits resolveram sentar na borda do rio e eu os segui, todos ficamos admirando seus lindo cabelos e olhos banhados pela luz das estrelas e lua, era magnifico perceber que eles não carregavam nada para clarear seu caminho, mas que este se fazia claro a sua frente, como se a própria lua fizesse questão de iluminar onde passavam. Os elfos já não cantavam mais, e caminhavam tranquilamente, mas foi o ultimo elfo que se virou em nossa direção rindo.

—Salve, Frodo. -gritou. -Está fora de casa tão tarde da noite, ou será que esta perdido? - e se virou chamando seu grupo que parou. - Quatro hobbits e uma humana numa floresta a noite, não vemos isso desde que Bilbo foi embora. -riu-se ele. -O que isso significa?

—Como sabem meu nome? -perguntou Frodo.

—Sabemos de muitas coisas - disse ele. -Já o vimos antes muitas vezes com Bilbo, embora vocês possam não nos ter visto.

—Quem são vocês, e quem é o seu senhor? -perguntou Pippin rapidamente.

—Sou Gildor. -respondeu o líder, o elfo que o tinha nos chamado primeiro. -Gildor Inglorion da Casa de Finrod. Somos Exilados, e a maioria de nossos parentes partiu há muito tempo, e também nós vamos permanecer aqui apenas um pouco, antes de nosso retorno pelo Grande Mar. Mas alguns de nosso povo ainda moram em paz em Valfenda. Agora vamos Frodo, conte-nos o que está fazendo. Pois vemos claramente uma sombra de medo em vocês.

—Ò povo sábio o que sabem sobre os cavaleiros negros? -novamente Pippin se apressou em perguntar e pude ver a agitação que aquela pergunta causou nos elfos.

—Cavaleiros Negros? -disseram em voz baixa. -Por que estão perguntando sobre Cavaleiros Negros?

—Porque dois Cavaleiros Negros passaram por nós hoje, ou um deles duas vezes. -expliquei e eles me olharam avaliativos. -Agora há pouco um deles fugiu, quando vocês se aproximaram.

Os elfos não responderam imediatamente, mas se juntaram e conversaram entre si num tom baixo, em sua própria língua. Finalmente Gildor voltou-se para nós.

—Não vamos falar disso aqui. -disse ele. -Achamos que é melhor virem conosco. Não é nosso hábito, mas desta vez levaremos vocês pela nossa estrada, e vocês vão se hospedar conosco esta noite, se quiserem.

—Ó Belo Povo, isto é boa sorte além do que esperávamos. — disse Pippin. Sam estava mudo.

— Agradeço-lhe muito, Gildor Inglorion. -disse Frodo, fazendo uma reverência. -Elen síla lúmenn omentielvo, uma estrela brilha sobre a hora do nosso encontro. -acrescentou ele, para que entendêssemos a língua dos Altos-elfos.

—Tenham cuidado, amigos. -gritou Gildor rindo. -Não digam segredos! Aqui está um estudioso da Língua Antiga. Bilbo foi um bom mestre. Salve, amigo-dos-elfos! -disse ele fazendo uma reverência a Frodo, que foi prontamente seguida por todos nós para com eles. -Venha agora com seus amigos e junte-se ao nosso grupo! É melhor andarem no meio, para não se perderem. Podem ficar cansados antes de pararmos.

—Se me permite a pergunta senhor, para onde vamos? -indaguei curiosa.

—Por hoje vamos para a floresta nas colinas sobre a Vila do Bosque. Fica a algumas milhas, mas vão ter de descansar no final, e isto encurtará a sua viagem amanhã.

Caminhamos em silêncio e eu já não sentia o cansaço anterior, aquelas criaturas me fascinavam ao ponto de eu me perder em minhas observações. Eram mais lindos e gloriosos do que me pareciam no filme. Não se ouvia o seu caminhar, na verdade só eu fazia algum barulho, mas eles me tranquilizaram e uma jovem de longos cabelos brancos se pós ao meu lado.

—Me chamo Laudalien.

—Aura, é um prazer. -lhe sorri e ela me reverenciou e eu me pus a fazer o mesmo.

—Não precisa se preocupar, está segura conosco.

—Obrigada, mas eu só não queria fazer tanto barulho ao caminhar. -dei de ombros desanimada.

—Você é diferente, tem algo de diferente em você.

—Não sou daqui... -comentei desanimada e ela pareceu entender que aquilo era algo doloroso para mim. Se iria comentar algo mais parou quando o caminho foi mudado.

Pippin cochilou algumas vezes e os elfos ao seu lado tiveram de ampara-ló várias vezes, Sam parecia encantado, Marry apenas observava tudo tranquilamente como se aquela fosse a coisa mais normal do mundo, e Frodo se mantinha preso em seus próprios pensamento.

Alcançamos por fim uma clareira cinza e os elfos pararam não se importando conosco. Nos embolamos juntos em uma árvore e Pippin logo usou meu ombro como travesseiro. Mais além de onde estavam os elfos, as terras baixas se estendiam escuras e planas sob as estrelas. Mais próximas, algumas luzes brilhavam na aldeia da Vila do Bosque.

Todos os elfos começaram a cantar. De repente, sob as árvores, uma fogueira se acendeu com uma luz vermelha.

—Venham! -disseram os elfos chamando os hobbits e consequentemente a mim. -Agora é hora de conversar e de se divertir! -Pippin se sentou, esfregando os olhos. Tremeu.

—Há um fogo no salão, e comida para convidados famintos. -disse um elfo parado diante de nós. Na ponta sul do gramado havia uma abertura. Ali o solo verde entrava na floresta, e formava um amplo espaço como um salão, coberto pelos ramos das árvores. Os grandes troncos se alinhavam como pilares em cada um dos lados. No meio ficava uma fogueira, e nas árvores-pilares, tochas com luzes de ouro e prata queimavam continuamente. Os elfos se sentaram em volta da fogueira, sobre a grama ou sobre rodelas serradas de velhos troncos. Alguns iam e vinham carregando taças e servindo bebidas; outros traziam comida em montes de pratos e bandejas.

—É uma refeição modesta. -se desculparam eles conosco. -Pois estamos alojados na floresta, longe de nossos salões. Se alguma vez forem à nossa casa, serão mais bem tratados.

—A mim parece bom o suficiente para uma festa de aniversário. -comentou Frodo e eu o olhei abismada.

—É seu aniversário? -ele pareceu envergonhado de suas palavras.

—Se este dia ainda não tiver acabado, se não passou do meio da noite sim, ainda é meu aniversário.

—Então temos mais um motivo para comemorar essa noite. -Gildor se animou e todos fomos comemorar. E essa noite ficaria gravada para sempre em minha memória.

Parabenizei Frodo pelo seu aniversário e logo todos estávamos comendo e bebendo com os elfos, Frodo estava sempre ao meu lado e sempre que podia agradecia ou comentava algo na língua deles, o que os deixava extremamente felizes. No fim, eu sempre o pedia para me traduzir e falar de novo para que eu pudesse gravar em minha memoria.

— Aqui está uma joia rara entre os hobbits. -ditou um elfo animado com a pronúncia de Frodo.

Pippin foi o primeiro a dormir, seguido de Merry, Sam não quis deixar seu mestre mais logo foi vencido pelo sono. Os elfos os levaram e os deitam em seu abrigo nas árvores. Eu fiquei ali admirando aquele belo povo, enquanto Frodo conversava animadamente com Gildor, sobre coisas novas e velhas, e depois o perguntando sobre o que estava acontecendo fora do Condado, seu lar. Gildor contou coisas terríveis e agourentas: uma escuridão que crescia, as guerras dos homens e a fuga dos elfos. Finalmente Frodo fez a pergunta que estava mais fundo em seu coração.

—Diga-me, Gildor, você viu Bilbo depois que ele nos deixou?

—Sim. -respondeu ele. -Duas vezes. Disse-me adeus aqui mesmo. Mas o vi uma outra vez, longe daqui. -não disse mais nada sobre Bilbo, e Frodo ficou em silêncio. -Você não me pergunta ou fala muito sobre as coisas que o preocupam, Frodo! -disse Gildor. -Mas eu já sei um pouco, e posso ler mais em seu rosto e no pensamento por trás de suas perguntas. Você está deixando o Condado, e ainda assim duvida se poderá encontrar o que procura, ou conseguir o que pretende, ou se algum dia retornará. Não é isso?

—É sim. -falou Frodo com pesar. -Mas pensei que minha partida fosse um segredo conhecido apenas por Gandalf e meu fiel Sam. -Olhou cansado para a árvore que Sam agora dormia.

—O segredo não chegará ao Inimigo por nosso intermédio. -disse Gildor.

—O Inimigo? -perguntou Frodo. -Então você sabe por que estou deixando o Condado?

—Não sei por que motivo o Inimigo está perseguindo você. -falou Gildor. -Mas percebo que está, embora isso nos pareça muito estranho. E faço uma advertência: o perigo agora está adiante e também atrás de você, e dos dois lados. -senti um calafrio com suas palavras.

—Quer dizer os Cavaleiros? Receava que fossem servidores do Inimigo. O que são os Cavaleiros Negros?

—Gandalf não lhe disse nada?

—Sobre essas criaturas, nada.

—Então acho que não cabe a mim dizer mais, para evitar que o terror o impeça de continuar a viagem. Pois a mim parece que você partiu em cima da hora, se é que já não está atrasado. Deve se apressar, e não ficar e nem voltar; o Condado não oferece proteção a você.

—Não consigo imaginar que informação possa ser mais terrível que suas insinuações e advertências. -exclamou um cansado Frodo. -É claro que sabia que havia perigo à minha frente, mas não esperava encontrá-lo no nosso próprio Condado. Um hobbit não pode caminhar do Água até o Rio em paz?

—Mas não é o seu próprio Condado. -comentou calmo Gildor. -Outros moraram aqui antes dos hobbits; e outros virão quando os hobbits não estiverem mais aqui. O vasto mundo está em volta de vocês. Podem se trancar aqui dentro, mas não trancá-lo lá fora.

—Eu sei, e apesar disso o Condado sempre me pareceu tão seguro e familiar. Que posso fazer agora? Meu plano era sair do Condado em segredo, e ir até Valfenda, mas agora meus passos estão sendo seguidos, antes mesmo de chegar à estalagem.

—Acho que ainda deve seguir esse plano. -disse Gildor.

—Você não está sozinho Frodo. -toquei de leve sua mão e ele levantou o olhar para mim, e logo abriu um sorriso. -Estamos todos com você, e não vamos deixa-ló. Divida seus medos conosco, e assim todos poderemos carrega-ló, um passo de cada vez, e assim seguiremos nosso caminho.

—Belas palavras jovem. A senhorita tem razão. O perigo está a espreita, mais você não está sozinho, então seu caminho não será uma tortura, mais sim uma aventura. -terminou rindo de suas palavras, o que nos levou a rir também. -A coragem pode ser encontrada em lugares improváveis. -disse Gildor. -Tenha esperança! Durmam agora! Pela manhã deveremos ter partido, mas enviaremos nossas mensagens por todo lugar. Os Grupos Errantes vão saber de sua viagem, e aqueles que têm poder para o bem estarão vigiando. Nomeio-o amigo-dos-elfos, e que as estrelas brilhem sobre o final de seu caminho! Raramente tivemos tanto prazer na companhia de estranhos, e é bonito escutar palavras da Língua Antiga dos lábios de outros andarilhos do mundo.

—Agradecemos imensamente sua proteção e hospitalidade senhor. -me curvei o cumprimentando e ele pareceu surpreso. Agora devo me retirar pois já ouvi mais do que devia de sua conversa. -eles me permitiram a saída e fui direto para uma árvore que me indicaram onde me joguei de qualquer forma nas folhagens.

Parei para pensar em tudo o que me ocorreu neste dia, se aquilo era um sonho era mais do que realista. Mas eu sabia no meu intimo que não era, eu havia aberto a porta para aquele mundo, e estava ali agora em uma jornada, mas qual seria o final, como saberia como voltar? E porque eu havia para ali, não fora ali que eu desejara estar em meu ritual, então porquê? Suspirei cansada, eu precisava dormir, não havia motivos para eu me sentir assim, eu escolherá sair de casa, sabia que aquele não era meu lugar, e apesar de está em perigo nesse mundo, eu nunca me senti tão viva. Porém, eu sabia que deveria-lhes alguma verdade, em nada aquela omissão me ajudaria, eu precisava de ajuda para sair dali, e pensando bem, o mago Gandalf talvez fosse o único que poderia realmente me ajudar. Me virei fechando os olhos, por hora eu deveria dormir, amanhã pensaria em algo melhor.

Na manhã seguinte, acordei completamente descansada, o que me surpreendeu. Observei ao meu redor antes de me levantar por completo, estava deitada no abrigo de uma árvore viva, com ramos entrelaçados que desciam até o chão. Então era verdade, eu não estava sonhando.

O leito em que estava era de grama e samambaias, fundo, macio e com um cheiro exótico. Porém o que mais me surpreendeu foram as madeixas enroladas encolhidas ao fundo.

—Eles disseram para dormir aqui, mas achei inapropriado ficar muito próximo da senhorita.

—Não deveria ter se preocupado meu bom senhor Frodo, foste-me mais que cortês ao me trazer em sua viagem e não me deixar ao relento. No mais, sei bem que não farias nada inapropriado comigo. -disse sorrindo, mas ele abaixou a cabeça preocupado.

—Sinceramente senhorita, não acho que lhe trouxe algum fortuno, só de estas comigo corres mais perigo do que se a tivesse mostrado o caminho do Condado, arrependo-me de não ter pedido aos elfos para lhe levar a um lugar seguro. -ele apertou as mão.

—Aura, me chame de Aura. -me aproximei e segurei sua mão. -Fico feliz que não o tenha feito. Ir com você é minha única chance. -ele levantou o rosto para me olhar. -Você está indo encontrar a única pessoa que pode conhecer o caminho para minha casa. -ele piscou tentando entender e depois se afastou amedrontado.

—Como sabe que vou encontra-ló? -perguntou-me aturdido.

—Se eu te contasse, você não acreditaria senhor Frodo, mas sei o que carregas e o perigo que corremos. -ele se afastou ainda mais como se eu fosse a pior coisa do mundo, fiquei triste por um momento mas entendi a sua situação e me afastei para o outro lado ficando o mais longe possível dele. -Entenda que se eu quisesse lhe fazer mal, já o teria feito, não fiz nada de caso pensado, apenas me deixei levar por vocês, eu não sabia onde estava nem como cheguei aqui, mas quando o senhor mencionou o nome de Gandalf ontem, eu me vi com esperanças novamente de encontrar meu lugar. Por isso lhe imploro que me deixe seguir viagem com vocês até nos encontramos com ele.

Frodo me olhou de cima a baixo, mas por fim fez um aceno com a cabeça afirmando, ainda parecia desconfiado, mas sua permissão muda era o que eu precisava para seguir.

—Não posso negar que se quisesse nos fazer mal, já o poderia ter feito muitas vezes, mas me é mais do que intrigante com sabes o que carrego.

—Não posso lhe explicar tudo agora, preciso do senhor Gandalf para entender como cheguei aqui, porém entenda, eu posso ver e sentir coisas que os outros não conseguem.

—Percebi isso ontem. -foi minha vez de o olhar com curiosidade. -Quando você nos avisou do Cavaleiro Negro antes de ele se aproximar. Nas duas vezes você percebeu bem antes de nós e provavelmente nos salvou.

—Então posso continuar com vocês?

—Se esse for seu único objetivo, ficarei mais do que feliz ao leva-lá conosco, mas aconselho a manter essa conversa apenas entre nós por enquanto, o Sam ainda está desconfiado de você. - fiz que sim. -por hora, vamos apenas descer e comer um pouco, nossa jornada ainda está um pouco longe de acabar.

—Você não sabe o quanto. -murmurei baixinho cansada. É aquele seria um longo dia.


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