Chances. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 4
Capítulo 4 - Momentos.


Notas iniciais do capítulo

Mais um!
Boa Leitura!



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CAPÍTULO 4  : MOMENTOS.

NARRAÇÃO: TERCEIRA PESSOA.

              Se Bella conhecia alguém que era tão bom com cavalos, quanto Alice; Essa pessoa era Jasper. Os animais o adoravam, tanto quantos as pessoas o amavam . Perdera as contas, de quantos vezes desafiou seu medo daquelas criaturas, para observar Jasper cavalgando nelas, e naquela manhã não foi diferente. Fitava seu amigo, saltando lindamente em seu cavalo. Intitulado como: Frazão e sorriu quando os olhos de Jasper encontraram os seus, porém, esse sorriso, por sua vez, não foi retribuído.

                 Jasper cavalgou até ela, e desceu do cavalo, amarrando o animal em uma das cercas. Bella sabia o que viria a seguir; Mais uma discussão. Havia tido uma daquelas com seu pai, há alguns minutos. Pelo mesmo motivo.

—Não estou envolvida. Sei o que fiz. Sei que foi errado. — se adiantou, antes que ele a questionasse sobre ela e Edward. Mas era sobre Jasper, ele faria uma pergunta que ninguém havia feito até agora.

—Você quis se envolver? — esperou a resposta, torcendo para um “Não”, mas sabendo que era um “Sim”.

—Não importa.  — Bella desviou da verdade.

—Eu te conheço. Conheço seu coração. Seus olhares. Seus sinais. Suas palavras. — a declaração fez Bella suspirar. — Você quis se envolver desde o começo, notei que você fingiu descaso, quando falamos dele pela primeira vez. — Oh, Jasper. Era tão complicado.

—Se você sabe, por que quer que eu admita? — ela não foi grossa ao perguntar aquilo. Só curiosa.

—Porque se admitir em voz alta, será mais fácil acreditar que é errado. — Jasper  explica.

—Eu sei que é errado. É claro que eu sei.  — ela rebate.

—E ainda sim, há uma parte de si mesma que acha que é certo. — ele realmente a conhecia bem.

         Bella virou se de costas, e apoiou-se em uma das cercas de madeira. Não queria continuar olhando Jasper, pois sabia que se o fizesse, ele iria lê-la como ninguém mais faria, e encontraria sentimentos confusos ali dentro.

        Mas, Jasper, precisava ver os olhos dela.

                   Pois, mais rápido do que o esperado, ele se encontrava de frente para ela. Isabella analisou o rosto do amigo, procurando nele, algum traço de julgamento, mas sua expressão era nada mais do que de frustração.

—Eu não sei se isso mudará algo. Mudará como se sente, mas eu preciso que saiba. — Bella temeu antecipadamente pelo que viria a seguir. — Eu te amo, Isabella Swan. Te amo desde que te vi pela primeira vez. Eu te amo porque você é a pessoa mais incrível que eu já conheci. Eu te amo, porque quando o dia está nublado, você é o sol que faz ele voltar a ser bonito. Eu te amo, porque quando estou triste, é a sua risada que quero escutar. Eu te amo, porque quando preciso de um motivo para vir a essa fazenda, você é o primeiro que aparece em minha mente. — admitiu a verdade.

                      Esse era um daqueles momentos de impacto, em que você não saber o que falar ou fazer. Você fica apenas lá, tentando descobrir se é real não. Então em resposta, a isso, o destino dá um jeito de te fazer saber. E o jeito veio em forma de um beijo. Um beijo esperado e ansioso que Jasper lhe deu.

            Sua reação mais decente, foi não empurra-lo de primeira. Isso, ela fez alguns segundos depois. Ofegante, confusa e surpresa, ela afastou Jasper. Sem ter ao menos retribuído o beijo.

—Eu não posso... Eu gosto de você, Mas... — Jasper não deixou que ela terminasse.

—Eu prefiro que isso pare no “Mas”      . — declara, tentando disfarçar sua dor.

—Jasper... — tenta se explicar.

—Eu preciso ir, meu voo para NY sai daqui a pouco, a faculdade me espera. — fala, desviando o olhar do dela.

            Ela não é capaz de pronunciar mais nada, e após algum tempo se encontra sozinha ali. Tem seus pensamentos como único acompanhante para aquela situação. Queria falar com Alice sobre aquilo, mas, mesmo sem entender o porquê disso, aquilo não parecia certo.

[...]

            Sentiu vontade de quebrar aquele vaso brega que decorava a sala principal da fazenda. Mas se controlou, pois sabia que sua mãe faria um escândalo, caso isso acontecesse. Só queria encontrar algo em que pudesse descontar a raiva que sentia de si mesmo, por ser tão covarde. Queria afastar o sentimento inapropriado de perda, que teve quando Isabella disse que tinha que se afastar dele. Naquele momento, culpou Emmett por ter ido embora, e colocado todo fardo do sobrenome Cullen sob as costas dele.

                Por cinco minutos, desejou não ter tudo que tinha. Por Bella, desejou ser alguém simples, mas que pudesse se importar com ela, do jeito que a mesma merecia.

             O pensamento de quebrar o vaso se tornou mais tentador, quando ele notou o quão patético soava, ao cogitar tal coisa.

         Precisava administrar aqueles sentimentos conflitantes. Era isso.

             Movido por esse objetivo, foi até o estábulo, onde Leal estava, pronto para auxilia-lo naquele esparecer de ideias. Cavalgar um pouco, faria bem a ele.

       Após alguns saltos e galopes leves, o destino tratou de colocar o motivo de sua confusão bem a sua frente. Lá estava ela, sem nem ao menos notar sua presença. Com um olhar perdido e uma expressão de culpa, misturada com tristeza.

                   Por um momento, o ego de Edward o fez acreditar que ela estava assim por ele. Mas só foram necessários mais dois segundos para que ele notasse que não. O motivo de Bella estar daquele jeito, cavalgava rapidamente em direção a sua casa, e era para ele que Bella olhava agora; Jasper Biers.

             Movido por um raiva sem sentido, Edward deu a volta com o cavalo, e correu em direção a fazenda.  Então era por isso, que Bella o queria afastado. Por Jasper. O que ela chamava de sua exceção.

       Edward nem ao menos adentrou a fazenda, apenas pegou a chave de um dos carros, com um funcionário qualquer e entrou no veiculo. Precisava beber um pouco, e faria isso longe daquele ambiente tenso. Por isso optou, por beber no restaurante da pousada dos Hale. Eles não ofereciam as melhores bebidas, mas, naquele momento, Edward não ligava para qualidade.

           O conhaque foi o escolhido para satisfaze-lo naquela manhã. Não se importava com  fato de Bella trabalhar ali, dada a situação que a viu, previu que ela chegaria tarde ao trabalho.

                    E o que começou com um copo, acabou com duas garrafas vazias. A noite chegou e ele continuou lá, lamentando-se por ter tudo e ao mesmo tempo não ter nada. E ainda que tivesse alto, notou que Bella não havia ido trabalhar naquele dia.

      Resmungou algo que ninguém entendeu, quando uma loira muito bonita por sinal, surgiu a sua frente.

—Você não acha, que está exagerando na bebida? — questionou, tentando tirar o copo dele, e falhando vergonhosamente.

—Eu e-e stou pagando, e-então bebo o quanto quiser. Não enche meu saco. — é rude, e se embaralha com as palavras.

—Okay. — desiste e o deixa só.

      Logo, Edward nota que esvaziou mais um copo, e quando está prestes a pedir para que o garçom o encha, é impedido por um mão, com um toque suave, que ele havia aprendido a reconhecer. Ergueu os olhos, para encontrar a face incrédula de Bella o encarar.

—O que pensa que está fazendo? — questionou indignada, tomando o copo da mão dele com brutalidade e o colocando em um canto qualquer.

—Me divertindo. — Edward diz risonho.

—Ficando bêbado como um gambá. Essa é a diversão dos caras de Londres? — ela questiona irônica.

—Você fica engraçada com raiva. — ele diz ainda rindo. — Achei que não viesse trabalhar hoje. — conta em meio aos seus delírios de bêbado.

—Não que isso te importe, mas, o meu turno hoje é a noite. — ela murmura, e arregala os olhos, quando avista as duas garrafas vazia sob o balcão. — Ele bebeu isso tudo? — pergunta para o garçom e ele assente. — Precisa ir embora, você está péssimo. — Bella decreta encarando o Cullen e Edward bufa em desdém.

—Não preciso. — se nega e Bella revira os olhos, antes de gritar por Rose do balcão, e a loura aparecer alguns segundos depois.

—Não vou poder cumprir meu turno hoje, preciso levar esse cara para casa. Amanhã estarei aqui pela tarde, para compensar.  — ela comunica, tentando levantar Edward do banco, avidamente.

—Tudo bem. — Rosalie é estranhamente compreensiva, no entanto, Bella não se dá ao trabalho de focar nisso.

         Ela pega impulso, junta sua força e consegue erguer o Cullen, fazendo ele se apoiar nela, no caminho até o carro.

—Vim de carro, posso ir sozinho. — ele diz orgulhoso.

—Não deixarei você morrer, dirigindo nesse estado. — Bella diz com dificuldade, por causa do peso dele.

              Ela quase beija o chão em agradecimento, quando chega ao seu carro e larga o corpo do Cullen no banco do carona e com dificuldades prende o cinto de segurança nele.

         Faz a volta rapidamente, e coloca o seu também.

—Amanhã você pode mandar alguém buscar seu carro. Afinal, você é um Cullen. — debocha, a medida que liga o carro.

           Edward se limita a resmungar algo inaudível.

—Droga! — Bella solta, quando nota algo importante. — Não posso te deixar em casa desse jeito. Seus pais vão te esganar se te verem assim, e apesar disso não ser da minha conta, sou uma pessoa muito boa para deixar tal coisa acontecer. — fala sozinha, pois Edward está quase dormindo.

                Suspira, decidindo o que fazer.

—Vou dar um jeito de te colocar no meu quarto. — comunica e assim segue dirigindo.

[...]

       Tentava a todo custo não fazer barulho, enquanto puxava o corpo musculoso de Edward, pelo assoalho de madeira. Aquela porta dos fundos, nunca teve tanta serventia. Girou a maçaneta do quarto, com uma mão livre, e com cuidado empurrou Edward em sua cama.

             Exausta se jogou ao lado dele, e notou que o mesmo já dormia serenamente.

            Virou-se de lado, para que tivesse uma visão melhor dele, e suspirou por notar mais uma vez, o quão bonito ele era. Céus! Ninguém deveria ser tão bonito assim.

      Aproveitando aquele momento, Bella aproximou-se dele, e permitiu que seu corpo tocasse o do mesmo, quando entrelaçou suas mãos. Mesmo meio grogue, Edward sorriu por aquilo, fazendo Bella sorrir também.

       Foram mais ou menos 10 minutos daquele jeito, até Bella notar que precisava sair dali. Levantou-se com cuidado, e como uma espião russa, preparou um café sem açúcar,  alcançou uma cartela de aspirinas,e  buscou algumas roupas de Jasper na lavanderia, que provavelmente serviriam em Edward e que o Biers não sentiria falta. Logo, levando tudo isso para o quarto dela.

      Cutucou Edward para que ele acordasse, mas, só o que ele fez, foi se remexer.

—Vamos lá, Edward. Não vou te levantar, para que tome um banho decente. — ele gemeu de desconforto e Bella revirou os olhos.

             Ela trava mais uma luta, quando o ergue mais uma vez. É! Parece que os dias que ajudou Alice no estábulo, haviam servido para algo afinal. Até forte ela estava.

           Agradeceu por ser tratada bem naquela fazenda, e por ter sido agraciada com uma banheira em seu quarto — suíte— ao empurrar Edward dentro dela — totalmente vestido —e ligar o chuveiro na  água gelada, enquanto servia de apoio para o Cullen.

            O mesmo pulou, acordando rapidamente quando a água colidiu contra seu corpo. Ele olhou para Bella, confuso, tentando reunir lembranças que o levassem para o motivo dela estar dando um banho nele.

—Não beba. Nunca mais. — ela pediu irritada.

           Ele piscou, tentando se situar, e por fim, conseguiu ficar em pé, sem a ajuda de Bella, que agradeceu muito por isso.

—Deixei algumas roupas limpas na pia. As vista, quando acabar. Estarei te esperando. — falou, antes de deixa-lo só e voltar para o seu quarto.

             Passam- se minutos, até que o Cullen saia do banheiro, vestindo as roupas que Bella lhe emprestou. De braços cruzados, ela o encara.

—Lavarei suas roupas, e darei um jeito delas chegarem a fazenda Cullen. — Isabella murmura.  — Pegarei um cobertor, pode dormir no chão se quiser, contanto que saia amanhã cedo, já há especulações demais sobre nós, e eu  estou bem dane-se para o que seus pais dirão, por você ter passado a noite fora, quando te virem amanhã. — sem esperar resposta, ela seguiu para seu armário.

          Quando voltou a se aproximar, o encontrou sentado na cama dela. O mesmo parecia bêbado ainda, só que havia um misto de vergonha e arrependimento em sua face. Naquele momento, Bella constatou que ele era bom com bebidas, se fosse qualquer outro, estaria vomitando pela quantidade que bebeu. Vendo por aquela prisma, agradeceu por ele ser. Não queria limpar seu vômito.

    — Tome esse café, e essas aspirinas, quem sabe quando a ressaca chegar, a mesma não fique, ao menos, suportável. — foi isso que Edward prontamente fez.

        Mais alguns minutos de silêncio.

—Eu sinto muito. — ele diz após um tempo, e com um suspiro, Bella se senta ao seu lado.

—Por que agiu desse jeito?  — indagou séria.

—Cansaço, frustração, decepção...São vários motivos.  — é vago.

—Beber te fez se sentir melhor? — questiona.

—Não! — é sincero.

—Devia procurar algo que fará. — murmura incrédula.

—Eu já encontrei. — é o olhar que ele lança para ela, que denuncia o que Edward queria dizer. E logo, lá estavam os dois de novo. Se conectando de um jeito intenso.

  —Não faça isso. — Bella pede, sabendo o que ele estava prestes a fazer. Mas ele não obedece; Ele simplesmente faz.

              Edward choca seus lábios contra os de Bella com brutalidade, e aquele minimo contato faz com que ela se derreta. Sem controlar seu próprio corpo, ou até mesmo suas ações, Bella apoia suas mãos nos ombros dele e se ajoelha na cama, a medida que Edward pede passagem com sua língua, e ela aceita de bom grado. Aquele cenário não era tão bonito quanto o da casa da árvore, e Edward tinha o gosto de conhaque naquela situação. Mas, de uma forma estranha, aquele momento estava sendo incrível.

      Suas bocas se movimentavam, como se eles já tivessem feito aquilo um com o outro, várias vezes e suas mãos se ocupavam em trabalhar com o resto; As de Edward abraçaram a cintura de Bella, e se mantiveram lá com firmeza.

         Nunca havia tido um beijo tão completo e instigante, e ele já havia beijado muitas bocas. Bella não era tão experiente naquilo, mas, ela sabia o que estava fazendo.

         Dominada pelo desejo, ela empurrou Edward contra a cama, que caiu de costas no colchão e ficou em cima dele, ainda o beijando com fervor. Edward alisou suas costas, quase nuas por conta do vestido que a mesma usava e ela sorriu em meio ao beijo.

                Quando se separaram ofegantes e abriram seus olhos, foi a vez de Bella de afastar. Tendo um surto de realidade, a mesma saiu da cama e passou as mãos pelos cabelos, se negando a acreditar que estava arrependida.

—Eu já disse; Se quiser ficar é no chão. — ela finge que aquilo não que aconteceu após uns minutos, e ele assente, ainda dominado pelo desejo, e completamente excitado pelo que quase fizeram, ele pega um travesseiro na cama dela, colocando em frente sua calça e se deita no chão, onde o cobertor que ela oferecera já estava.

          Ela preferiu não se trocar. Jogou-se em sua cama do jeito que estava, e enrolou-se nos edredons, tentando ignorar a presença do Cullen tão perto de si.

—Bella? — ele chamou e ela suspirou.

—Sim?

—Obrigado. — agradece.

—Não me agradeça ainda. Precisa contar com a sorte, para sair daqui, sem que meu pai veja, ou então, será um homem morto. — ela debocha.

—Eu ao menos, teria tido um bom momento, antes dessa tragédia acontecer. — zomba, e Bella revira os olhos por ele conseguir brincar, sobre o que aconteceu minutos antes com os dois.


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Notas finais do capítulo

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