Dear Friend escrita por admiraestrela


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou... Isso mesmo, euzinha.

Desculpem a demora, essas últimas semanas foram, realmente, corridas.

Enfim, voltei com mais um capítulo pra vocês e tem surpresa no final.

Espero que gostem.



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Capitulo 4

Atualmente

Hinata ainda se perguntava como havia se metido naquela maldita situação. Primeiro o encontro inesperado com Sakura Haruno, ops, Uchiha, dentro do avião e a surpresa por ela ter sentido a sua falta, ou melhor, saber quem ela era, já que na época da escola ela se denominava como alguém invisível. Agora, seu pai havia mandando ninguém mais, ninguém menos que Neji, seu primo, e uma das pessoas que a fez ir embora de Konoha, ir busca-la no aeroporto.

“Ok, respira Hinata, respira. ” Dizia a mulher para si mesma tentando ficar calma. Já haviam se passado 5 minutos desde que ela entrara no carro com Neji e nenhum dos dois havia dito muita coisa, tirando o breve ‘Olá’ quando se viram. Era quase como estar com um completo estranho e não uma pessoa com quem se conviveu grande parte da vida.

Pensando no que faria a seguir, Hinata não se deu conta que o primo vivia quase que o mesmo dilema.

Fazia muito tempo que não via Hinata. Era provável que eles não se falassem direito há quase 10 anos. Depois de toda a confusão que os três se meteram, ele, Hinata e Tenten, a prima evitava ir em reuniões de família e afins. Merda, ela havia até faltado ao seu casamento.

Não que houvesse sido culpa dela na época. Ele lembrava como a família condenou a Hyuuga por não ter vindo e por guardar rancor do primo e da noiva. Ele lembrava de Tenten depois da cerimônia com um olhar perdido na cadeira que era para ser da prima na mesa principal. Depois do brinde e da dança dos noivos chegou a notícia que a prima havia sido atropelada em Nova York enquanto saia às pressas da convenção que havia ido. Seu tio Hiashi, e toda a família Hyuuga ficou desolada com o acidente da mulher.

A culpa foi ainda maior quando uma das amigas da prima enviou dias depois o presente que a mulher havia encomendado para os noivos. Era um belo quadro, que estava na parede de seu apartamento, com o desenho de um cavaleiro e uma princesa com os dizeres “Fairy Tale”. Quando a noiva viu, foi aos prantos, já que depois compartilhou com o marido que ela e prima, viviam discutindo sobre teorias mirabolantes e uma das preferidas das duas era sobre os contos de fadas e seus segredos obscuros. Além disso, um cartão veio junto ao quadro com os dizeres “Parabéns pelo casamento “ e nada mais.

Ali ele viu que mesmo tendo aquele pequeno lapso de amizade, eles ainda não voltariam a ser tão próximos quanto antes. Infelizmente sempre existiria uma grande dúvida... Se não fosse pelo acidente, Hinata teria ido ao casamento? Bom, ele não sabia, mas, estava disposto a descobrir se Hinata havia superado a discussão, ou não. Foi tirado de seus pensamentos por um pigarro.

— E-Err porque meu pai não veio? – Hinata virou o rosto para ele e perguntou tentando puxar assunto.

— Ele estava ocupado com algumas questões da delegacia e me pediu pra vir no lugar dele. Tem um caso novo por lá. Ele vai para casa daqui a pouco e, eu também precisava comprar algumas coisas pra Tenten. – Neji olhou para prima e viu uma pequena careta se formando no rosto da mulher.

— Ata. – Virou o rosto novamente para a janela. - E a Hanabi? – Perguntou mais uma vez.

— Está na faculdade a essa hora, mas, como hoje é quinta, ela sai mais cedo. Provavelmente vai almoçar com a gente. – Disse parando em um semáforo e olhando pra Hinata que observava algum ponto à frente. – Então... err, você está ótima. Ainda trabalhando muito? Sabe, deve ser difícil ser diretora de um jornal como o Public não?!

Hinata não respondeu de imediato. Ela ainda observava como Konoha havia crescido. Resolveu responder as perguntas do primo e tentar encerrar o assunto.

— Obrigado, você também parece bem. – Olhou rapidamente e voltou-se para a janela. - Trabalhar cansa de qualquer jeito, mas, eu amo o que faço, não tenho do que reclamar. Ser diretora é algo normal, deve ser a mesma coisa que ser Delegado Geral da polícia de Konoha, como você.

Neji pareceu surpreso da prima saber o que ele fazia da vida. Será que ela tinha notícia de mais alguém de Konoha? Será que ela sabia sobre as novidades da família? Ele achou melhor não falar nada. Mais cedo ou mais tarde ela iria estar por dentro de tudo em Konoha, já que era uma cidade relativamente, não tão, grande. E ele tinha certeza que Sakura, que ele havia encontrado minutos antes junto de Sasuke, ia espalhar a fofoca que a Hyuuga estava de volta a cidade mais rápido que um raio.

A ‘conversa’ foi interrompida quando Neji estacionou o carro em frente à casa da família. Enquanto saia do carro, foi recebido pelo grito de Hanabi na porta. A garota correu e pulou em cima da irmã, levando-as ao chão. Os risos, que ele tanto sentia falta, foram ouvidos e depois a voz de Hinata se fez presente reclamando com a irmã. Enquanto tirava a mala e algumas compras do carro, seu olhar foi para a janela onde a esposa se encontrava com uma expressão de nostalgia e um sorriso triste.

Depois de pegar tudo e as irmãs seguirem na frente para o quarto que antes era da prima, Neji deixou as compras na cozinha e abraçou a esposa que lavava algumas louças.

— Como estamos hoje hein? – Perguntou plantando um beijo no pescoço da esposa.

— Nós estamos tão bem, quanto a 1 hora atrás papai. – Disse a mulher virando-se para o marido que, agora apoiava as mãos na barriga de 4 meses da esposa.

— Trouxe seu sorvete, mas, acho que já derreteu, desculpe. – Falou acariciando mais uma vez a barriga da mulher para começar a guardar as compras.

— Tudo bem e... – Não pôde continuar, pois ouviram a porta da frente abrir denunciando que alguém havia chegado.

— Chegamos pessoal. – Falou Hizashi, pai de Neji, junto com o irmão Hiashi. – Trouxemos a vovó Hyuuga.

.

.

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Enquanto todos cumprimentavam-se na cozinha, Hinata e Hanabi ajeitavam as coisas no quarto da mais velha.

— Quer dizer que você encontrou Sakura Uchiha no avião e, antes disso stalkeou o pessoal que estudou com você?! – A menor deitou na cama e ficou olhando para o teto.

— O QUE? Não, não. Eu não fiquei stalkeando ninguém, eu só fui dar uma olhada no pessoal e como eles estavam. Sabe, eu preciso ter algum assunto para conversar quando eu encontrar o pessoal entende?! Não que eu fosse a pessoa mais popular daquela época, mas a Sakura falou como se todos tivessem sentido minha falta, sei lá, como uma amiga de longa data entende? Claro que não, você era popular na escola como o Neji e... – Falou para si mesma.

— Hinata por tudo que é mais sagrado. Cala a boca. – Hanabi fez a irmã sentar já que enquanto ela falava andava pelo quarto feito uma barata tonta. – E se você quer saber, as pessoas sentiram sua falta sim. Sakura e Ino até vieram aqui em casa saber porque você não ia mais para a aula.

Enquanto a irmã falava sobre como ela foi perseguida pela loira e pela rosada e como estava a faculdade de direito, Hinata olhava para seu quarto e como ele não havia mudado nada. As cores eram as mesmas em tons pasteis como ela e a mãe gostavam, a cortina de flores (presente do vovô Hyuuga) ainda estavam lá balançando com a brisa, seus pôsteres de livros e bandas alternativas ainda ficavam no mesmo canto junto com o pufe e o tapete que ela passava horas deitada pensando na vida.

O monólogo de Hanabi foi interrompido pela entrada da avó no quarto. Hiromi Hyuuga era alguém totalmente moderna, era o que ela dizia. Depois da morte do marido viu que não devia mais perder tanto tempo e que devia aproveitar o resto da vida que Deus havia dado para ela, novamente, palavras dela.

— Minha neta chega e nem fala comigo? Que criação foi essa que seu pai te deu hein menina? – A mulher encostou-se no batente da porta e olhou seriamente para as duas netas.

— Vovó. – A Hyuuga menor levantou da cama e abraçou a mulher. – Vou ajudar lá embaixo, qualquer coisa, me chamem.

— Oi vovó. Tudo bem? – Disse abraçando a velha senhora com força.

— Eu que pergunto menina... como você está? Muitas emoções?! Tenho certeza que sim, agora me deixe olhar para você. – Afastou a neta e passou os olhos por tudo recebendo um aceno em aprovação. – Menina, cada dia mais você está parecida com sua mãe.

— Obrigada vovó. A senhora está linda também. – Falou dando um beijo na bochecha da mulher com lágrimas nos olhos.

— Ora Hinata, não chore. Cadê a mulher forte que você se tornou hein? – Disse limpando os resquícios de lágrimas da neta, recebendo um aceno em resposta. – Quero saber todas as novidades, como anda Suna e quando você vai casar. Essa casa precisa de crianças para levantar o astral.

— Vovó. – Disse em tom de repreensão.

— É a verdade Hinata Hyuuga. Quando veremos um namorado ao seu lado? Você está muito fraca nesse quesito não acha? Se fosse eu, com esse corpão já tinha me amarrado com um gatão.

— Você não presta sabia? Pra uma idosa a senhora tá muito pra frente. – Falou rindo da senhora enquanto andavam abraçadas pelo corredor.

— Eu sempre fui pra frente. Como eu disse, você que tá fraca. Se quiser posso conversar com o Neji para ele te apresentar alguns amigos dele. Pena que o Uchiha já se casou, ele é um homão aquele ali... Ah, mas tem aquele amigo dele, o loiro idiota. Como ele se chama mesmo? – A Hyuuga na mesma hora parou de rir, ficando vermelha.

— Naruto, vovó. Naruto Uzumaki. – Hinata falou com o rosto em brasas.

— Isso mesmo menina. O Uchiha pode ser lindo, mas aquele amigo loiro dele tem um charme inconfundível. Sem falar que também é um deus grego. Menina você precisa pegar esse homem. Antes de se, como é que os jovens falam, se amarrar... Isso mesmo, se amarrar, faz um teste do sofá com ele, é o que eu digo. – Segredou a senhora fazendo a mulher quase desmaiar de vergonha.

— A senhora é terrível. Tava com saudade desse seu jeito. – A mulher riu a abraçou a neta mais forte enquanto desciam a escada.

Enquanto encaminhavam-se para a cozinha, a mulher parou a neta antes de entrar. Hinata, que só agora havia se dado conta da onde estava ficou nervosa.

— Eu sei que você está nervosa, mas, já passou da hora de enfrentar esse demônio que ronda vocês três. – Virando novamente para a avó, a mulher ficou olhando para a expressão seria que a mesma fazia.

— E se eu não conseguir? – Perguntou em um fio de voz.

— Você vai conseguir. Eu tenho certeza. – Falou Hiromi e apertou as mãos da neta. – Vamos?

Hinata olhou novamente para a avó e depois para a porta da cozinha. Como sua avó havia dito e seus amigos também já estava na hora de superar aquilo e tentar resolver seus problemas.

— Tudo bem, vamos. – Falou puxando a avó em direção as vozes na cozinha.

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10 anos atrás

— Olaaaaaá. Sou Ino Yamanaka, a pessoa mais popular da escola. Se eu gosto daqui? Bom, é claro que sim. Sou chefe das líderes de torcida, sou popular, sou linda e incrível e, tenho o melhor namorado do mundo. Algo que diferencie a escola em 2006? Bom... As pessoas daqui são mais falsas do que você imagina. – Disse em um sussurro. –   É. Não acredita em mim? Eu sei de muita coisa. – Riu cruzando os braços e encostando-se na cadeira. – Sei que tem gente que namora escondido. Sei de gente com problemas como bulimia e anorexia. Sei de pessoas que fizeram aborto escondido. Ops. – Riu mais uma vez. – Enfim, todo mundo tem uma máscara. Uma carapuça que lhe serve. Cada um sabe o que faz, mas, eu sei o que cada um deles faz...


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Notas finais do capítulo

Quem gostou do capítulo levanta a mão.

Se tiver algum erro por favor me avisem... Tô postando pelo celular e nunca fiz isso, nem colocar imagem e links eu consigo argh...

Enfim, e aí, o que acharam?! Ino tá muito Gossip Girl né? Muitos segredos rolando por aqui e a gente tá só de olho.

Acho que amanhã consigo ajeitar tudo ok?!

Até a próxima :)



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