Assim que os pés de Ladybug tocaram o chão, a mesma se abaixou para recuperar o equilíbrio e logo ficou de pé.

— Olá my lady. – Chat Noir saiu das sombras e sorriu.

— Oi. – o gato se aproximou e viu alguns ferimentos que estavam expostos da briga que a mesma teve antes com Adrien.

— O que aconteceu?

— Nada demais. – a azulada recuou, deixando o loiro pensativo – Conseguiu confirmar aquela pista que você disse que tinha? – ele negou. – Tudo bem, eu tenho uma.

— E qual seria?

— Sei onde fica o laboratório onde estão desenvolvendo o composto químico utilizado para fazer os genes inibidos se sobressaírem no akuma.

— Espera! Como sabe disso?

— Acho que isso não vem ao caso.

— Na verdade vem sim. As únicas pessoas que poderiam saber disso são os policiais que interrogaram Darkblade. – Marinette o encarou assustada, ele provavelmente descobriria sua identidade. Porém depois pensou em como ele poderia saber disso também?

— E como você sabe disso? – touché.

— Porque.... Eu... – ele não sabia o que falar – Você é quem eu penso que é? – a azulada não disse nada, então o felino respirou fundo e tirou a máscara. Marinette não acreditava no que estava vendo, só podia ser brincadeira.

— Adrien? – ficou parada em choque por alguns segundos, porém logo a expressão de Marinette se tornou determinada e a mesma avançou acertando um soco na bochecha do loiro.

— Aí! Porque fez isso? – o mesmo pulou para o lado antes de ser atingido por outro golpe, em seguida segurou o braço da joaninha, o torceu e prendeu o outro para trás do corpo dela. – Ladybug, porque me atacou? Achei que fôssemos parceiros!

— Foi o que eu te disse antes de você me jogar da janela.

— Espera, o quê? – ele a soltou sem entender e logo Marinette acertou um chute nas penas dele, o fazendo cair. Ainda no chão, Adrien fez o mesmo com ela e quando a joaninha caiu, ele rapidamente tirou a máscara dela – Marinette? – a azulada desferiu um chute na barriga do loiro e ficou por cima dele, o segurando.

— Sim, eu estou viva. Agora me diz, o que queria comigo? Você trabalha para Hawk Moth desde quando?

— Como assim? Do que está falando? A gente combinou de vir aqui pra seguir a pista que eu achei que tinha. Mas eu liguei pra Alya e ela disse que não tinha nada.

— Eu disse pra ela mentir.

— Porque você faria isso?

— Talvez pelo fato de que depois que lutamos com Wizard, você me bateu e me atirou da janela do laboratório? – falou em tom irônico.

— Mas eu não fiz isso. Você tá louca? Nem fui laboratório depois da luta com o Wizard! – Marinette riu.

— Eu não estou louca, ok? Se não foi você foi alguém muito parecido! – disse irritada e a expressão de Adrien se fechou, deixando a azulada ficou sem entender.

— Félix! – disse entredentes.

— O quê?

— Eu não te joguei pela janela, não tenho motivos pra te atacar. Mas se era parecido comigo só pode ser Félix, meu irmão. – Marinette levantou e Adrien fez o mesmo.

— Você tem um irmão gêmeo?

— Digamos que sim. – ela cruzou os braços e o encarou.

— Como posso saber se está dizendo a verdade?

— Ah, qual é? Saímos para jantar e eu sempre fui legal com você, porque eu te atacaria? Aliás, porque aquele imbecil do meu irmão te atacaria? Achei que ele tivesse ficado da Inglaterra!

— Eu não sei, ele ficou me perguntando coisas sobre o caso do Hawk Moth e queria a coleira que a gente pegou com Darkblade. – disse totalmente confusa e ainda sem entender o que estava acontecendo.

— Ele que te machucou muito? – chegou perto e tocou o rosto dela, fazendo com que a mesma sentisse um choque percorrer seu corpo.

— Sim, n-nós lutamos e ele me atirou pela janela. Acontece que a janela não estava aberta. – levantou a manga e apontou para alguns cortes expostos.

— Aquele imbecil! – esbravejou.

— Eu consegui olhar o pulso dele, nada de marcas. Desculpe dizer isso, mas se ele trabalha pra Hawk Moth não é por que ele é um akuma.

— Félix sempre foi um babaca, mas não imaginei que seria a esse ponto. – Chat Noir colocou a máscara novamente e entregou a de Ladybug – Precisamos ir no laboratório e acabar com isso de uma vez.

— Eu lembro de ter escutado ele falar no telefone e a pessoa não queria mais esperar alguma coisa. Talvez seja Hawk Moth. – a azulada disse ao colocar a máscara de volta.

— Então precisamos ir logo.

— Ah, tem mais uma coisa, que Alya descobriu.

— O quê?

— Um dos laboratórios é financiado por uma empresa fantasma com o nome H.M. Industries.

— Então só pode ser esse.

*

Marinette andava meio receosa ao lado de Chat Noir. Queria acreditar que Félix na verdade havia feito aquilo com ela, mas tinha muita informação para ela processar no momento. E pois mais que sua vontade fosse parar e analisar tudo com calma, eles estavam ficando sem tempo e parar não era uma opção.

Os heróis saltaram no telhado do laboratório e foram observar pelas janelas de vidro se havia alguma movimentação ali.

— Acho que não tem ninguém. – disse o loiro.

— Precisamos entrar devagar, podem ter câmeras.

— Ou talvez não, pois assim não há nenhum registro do que acontece lá dentro.

— Tem razão. – Adrien abriu a janela com calma.

— Como vamos descer sem fazer muito estrago?

— Tenho uma ideia! – Marinette prendeu um ioiô da sua luva na janela, segurou Adrien pela cintura e saltou, descendo devagar pela corda até chegar no chão.

— Bela jogada! – Chat brincou. – Agora vamos procurar qualquer coisa relacionada ao akuma. – Ladybug foi direto nos compostos químicos, enquanto o parceiro procurava nos papéis.

— Procure qualquer registro de algum composto inusitado. O que tem no akuma é algo que eu nunca vi antes. É como se fosse um elemento novo.

— Certo. – Marinette encontrou uma caixa trancada demais para ser qualquer composto.

— Chat Noir, vem cá. – o loiro parou o que estava fazendo e foi até ela – Precisamos abrir essa caixa sem fazer muito estrago, deve ter algo importante aqui dentro.

— Deixa comigo. – o garoto acionou as garras de gato do traje e quebrou a fechadura da caixa, Marinette logo abriu a mesma.

— Mas o que... – nem Adrien, nem Marinette acreditavam no que viam. Bem ali, no centro da caixa, estava uma caixinha preta com detalhes vermelhos, muito conhecida pelos dois.