Filha de um pirata... e uma princesa?! escrita por Melissa Potter


Capítulo 19
O meu reino desconhecido


Notas iniciais do capítulo

olha só quem voltou! isso mesmo, meu povo não é ilusão, você não esta ficando louco, sou eu mesmo Melissa Potter com mais um capitulo fresquinho para vocês meus amores, eu senti tanto a falta de vocês ♥ .
primeiramente feliz ano novo (atrasado) que 2019 seja um ano bom para todos nós, meus leitores queridos, agora vamos a explicações, pq diabos você sumiu? bom gente desde da ultima vez que eu postei eu já estava atolada de coisa para fazer vcs sabem disso, ai eu parei de escrever e de atualizar todas as minhas historias ( que vocês sabem eu não só tenho essa em andamento) pq eu quis focar nos meus estudos e em passar de ano, eu estava no meu ultimo ano e ninguém merece repetir o ultimo ano não é? enfim eu foquei nisso, fiz gincana o que comeu muito do tempo e estudei durante o o fim do mês de novembro e o mês de dezembro inteiro para conseguir enfim passar de ano :D foi com muita luta, e tinha que passar né? deixei de fazer algo que eu amo que é escrever, mais já estou de volta :D E APROVEITEM QUE AGORA POR ENQUANTO EU TENHO TEMPO DE SOBRA kkkk enfim vou deixar de blablablá e deixar vocês lerem, o capitulo estar grandinho e espero que gostem eu gostei muito de escreve-lo....boa leitura ;)
PS: MEU COMPUTADOR TEVE QUE SER FORMATADO, NÃO ESTOU COM WORD QUE CONHECEMOS AINDA, ENTÃO NÃO ESTRANHEM O CAPITULO DIFERENTE EU TIVE QUE USAR O WORDPAD.



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Com sua pressa, Charlotte não viu que Miguel a seguiu e quase fechou a porta de seu quarto com toda a força no rosto do garoto.
— Ei! Cuidado, Lottie. - Miguel reclamou, quando conseguiu, em tempo, fazer com que a porta não lhe acertasse em cheio a fuça. Charlotte lhe respondeu apenas com um bufo e pisadas fortes e furiosas no chão do seu quarto. - O que foi que aconteceu dessa vez?
— Meu pai! Sempre meu pai! - Ela se dirigiu a passos largos até sua cama e se jogou nela. Dinah, que descansava ali, se aproximou de sua dona e se deitou em cima da barriga dela. - Ele não quer deixar que eu saía do navio.
— E ele tem razão, não é, Charlotte? Da última vez você ficou sem magia e não vou nem citar as vezes em que você quase morreu quando ficou curiosa com alguma coisa. - Miguel tentou usar a razão para acalmá-la.
— Dessa vez é diferente, Miguel... nós estamos no reino dos cisnes. Estamos no meu reino! O reino no qual eu deveria ter crescido e simplesmente o meu pai me fala que eu estou amaldiçoada, que corremos risco de morte e que eu estou proibida de sair da Jolly antes que Hermes volte! - Charlotte distribui tudo o que sentia em cima de Miguel, o garoto diante daquilo fica em silêncio e a encara sem esboçar reação.
Charlotte estranhou e sentou-se para olha-lo nos olhos, com o movimento repentino, Dinah foi acordada pela dona e soltou um miado em desagrado, decidindo se deitar ao lado da dona agora.
Miguel nada dizia apenas a olhava com um olhar... culpado?
— Miguel você não me parece surpreso com o que eu acabei de dizer. - Charlotte disse lentamente.
— Charlotte...
— Você sabia de tudo isso? Sabia que sou amaldiçoada!? Que estamos no reino dos cisnes e não me falou nada!? Que tipo de amigo é você!? - Charlotte esbravejou se levantando de sua cama e ficando em frente a ele.
— Eu não sabia que aqui era o reino dos cisnes, eu nunca vi um mapa ou pintura do reino, não tem nada disso aqui no navio..., quanto a saber que quase, quase, Charlotte, você não está amaldiçoada. - Miguel explicou o que sabia. - Todos no navio sabem o motivo pelo qual não podemos parar em um só lugar por muito tempo.
— Todos menos eu! A que mais tinha o direito de saber! - Charlotte revoltou-se ainda mais.
— Charlotte, vamos parar com isso está bem? Todos nós conhecemos você desde bebê. Sabemos que você não sabe se controlar, simplesmente não consegue! Me diz o que você faria se soubesse desde do inicio de tudo? - Miguel foi duro em seu tom, tentando fazer Charlotte usar a razão.
— Eu...
— Abandonaria tudo o que estivessemos fazendo para virmos para cá para tentar derrotar seja lá quem for, sem treinamento ou conhecimento nenhum do inimigo. É isso que você faria, Charlotte. - Miguel a interrompeu.
Lottie ficou em silêncio, Miguel a olhava determinado. Ela nunca o viu daquela forma e com isso, Charlotte cedeu, afinal infelizmente, Miguel estava certo.
— Mesmo assim... é a minha vida, vocês tinham o dever de me falar sobre isso.
— E nós iriamos, seu pai explicou que nós iriamos. - Miguel respondeu.
— A quanto tempo você sabe? - Charlotte questionou, ainda um pouco inconformada.
— Desde que eu me entendo por gente. - Revelou Miguel.
Lottie fechou os olhos com força como se tivesse sido atingida por algo e se afastou, jogando-se sentada em sua cama. Miguel se aproximou dela e sentou-se ao seu lado.
— Charlotte, mesmo eu sabendo como você agiria, eu nunca gostei da ideia de esconder algo de você e aposto que o seu pai também não - Miguel disse num tom de voz que a confortasse.
— Acho que você tem razão... - Charlotte cedeu novamente e descansou a cabeça no ombro de Miguel, suspirando profundamente.
— Tenta não ficar tão irritada com o seu pai, Lottie, tente evitar brigas..., ele está fazendo de tudo para te proteger, todos nós estamos. - Aconselhou Miguel. Charlotte se remexeu em seu ombro desconfortável com o que ele disse.
— Eu não vou discutir sobre proteção com você de novo, mas eu sei que papai está fazendo de tudo por mim, eu só... ele me contou tantas historias de como construiu o reino junto da mamãe e agora que eu estou diante do principal ponto das historias de minha infância, dos sonhos de papai e... mamãe, eu não posso... não me deixam... - Charlotte tentou explicar sua frustação. Miguel a enlaçou pela cintura e Charlotte deitou em seu peito, enlaçando os braços na cintura de Miguel correspondendo ao abraço do garoto.
— Eu sei... eu entendo, Lottie. - Miguel consolando-a.
Eles são interrompidos por uma batida na porta, Charlotte se desvencilha de Miguel e pede para a pessoa entrar, ela já imaginava quem era... e estava certa. Killian abre a porta do quarto da filha e entra, parando ali mesmo, dirigindo o olhar para a garota.
— Miguel, eu queria falar com Charlotte, pode me dá licença? - Killian quebrou o silêncio.
— Tudo bem, capitão. Eu vou ajudar meu pai com as tarefas do navio. - Miguel se levantou, lançou um olhar para Charlotte pedindo para que ela se segurasse e se despediu com um beijo no topo da cabeça dela, se retirando do quarto em seguida.
Killian se aproximou da filha, que permanecia sentada no mesmo lugar, se abaixou em frente a ela e ficou na altura dos olhos de Charlotte.
— Querida...
— Está tudo bem, papai, eu não irei sair da Jolly. - Charlotte o interrompeu. Killian a olhou confuso, pensou que iria ter que lutar para convencer a filha, e não falou nada quando Charlotte apenas o abraçou enlaçando-o pelo pescoço.
— Sem discuções? Palavras de deboche ou sacarmos? - Killian indagou, ele se afastou um pouco dela e lhe olhou nos olhos - Quem é você e o que fez com minha filha?
Charlotte riu.
— Estou falando serio pai, Miguel me fez ver a razão.
— Acho que eu estou gostando mais desse garoto. - Killian declarou e Charlotte riu novamente.
— Pai...
— Eu sou quero que fique segura, querida. - Killian tentou se explicar de qualquer modo. Depositando a mão no rosto da filha, fazendo um carinho ali, Charlotte sorriu.
— Eu sei, pai. Eu te prometo que eu não vou sair da Jolly sem a sua permissão. - Charlotte disse com seriedade.
Killian sorriu e a puxou novamente para um abraço, dessa vez forte.


A semana que se passou após o dia que Hermes viajou para a floresta encantada, foi marcada pelo começo da promessa que fiz a meu pai. Eu não saí do navio e nem senti vontade de o fazê-lo, passei o meu tempo como se estivéssemos em movimento no mar, fiz minhas tarefas em poções que eram as únicas que eu poderia fazer sem necessariamente usar magia e trenei movimentos novos de luta de espadas.
Até que chegou o dia em que Hermes voltou com Regina. Eu já não estava mais aguentando segurar a minha ansiedade e preocupação.


— Hermes! - Charlotte exclamou, correndo em direção a ele e se jogando em seus braços. Hermes retribuiu o abraço rindo da agitação de Charlotte.
— Isso mesmo, continue abraçando o pirata que te vê todos os dias. - Regina se fez ouvir um pouco atrás de Hermes.
— Me desculpe, tia Regina, é que Hermes viajou por terra ida e volta eu estava preocupada com ele. - Charlotte respondeu se afastando de Hermes.
— E quanto a mim? Eu tive que voltar a pé com ele, não estava preocupada comigo? - Regina continuou implicando, divertindo-se.
— É diferente, Regina, você sabe se cuidar, já o Hermes... - Charlotte falou com um sorrisinho zombeiro.
— Ei! - Hermes protestou, Charlotte riu. - Eu vou me retirar, não quero mais ser atacado, estou muito cansado para isso.
Hermes saiu de perto das duas e Regina olhou Charlotte de cima a baixo com um sorriso.
— Vejam só como você cresceu. - Regina constatou sorrindo, ela pegou em suas mãos.
Charlotte abriu um grande sorriso.
— Já faz alguns anos desde a última vez que nos vimos, tia Regina. - Charlotte comentou em resposta.
— Ora, não faz tantos anos assim... você tinha o que? Dez anos?
— Sim, e agora eu tenho catorze.
— Catorze... - Refletiu Regina. "Eles não deveriam estar aqui, principalmente agora com o aniversario de quinze anos tão proximo". Ela olhou para o pulso direito de Charlotte e viu o causador do problema que fez com que Killian a chamasse - O que aprontou para que isso esteja em você?
Ela colocou o braço direito de Charlotte em frente ao rosto dela mostrando-lhe o braço.
— É uma longa historia... - Charlotte com certo embaraço.
— Deixa eu adivinhar..., começa com você saindo do navio. - Regina iniciou e Charlotte concordou com a cabeça. - Lottie... tem que controlar a sua curiosidade.
— Eu sei, tia Regina... eu sei...
— Não sei não..., Charlotte, eu não tenho certeza se devo te devolver a magia. - Regina falou com grande seriedade.
— Regina! - Charlotte exclamou assombrada com a possibilidade.
— Estou brincando, querida, é claro que vou te devolver! - Regina respondeu divertindo-se com o espanto de Charlotte. - Mas, antes me conte como entrou nessa encrenca, sim?
Charlotte a levou para o seu quarto e as duas sentaram na ponta da cama de Charlotte e foi quando ela contou a toda a historia da terra do nunca. Regina não gostou nada quando ela mencionou Pan, parecia que, assim como o seu pai, ela também o conhecia.
— Você se mete em cada encrenca, Charlotte... - Regina comentou ao fim da história.
— Eu sei..., parece até que tem alguma coisa me puxando, como uma magia para encrencas. - Charlotte disse em um tom divertido, Regina porém refletiu sobre aquilo... realmente, Charlotte se metia em encrecas demais.
— E então? pode dá um jeito nisso, tia Regina? - Charlotte voltou a pedir.
— Sim, eu posso. Eu... queria falar com Gancho antes, querida. Pode esperar um pouco mais? - Regina pediu com cautela.
— Porque? - Charlotte perguntou estranhando que Regina quissesse falar com o seu pai, quando ela sabia que Regina falava com ele somente quando era necessário.
— O pirata barbudo que me trouxe disse que Gancho queria falar comigo, quero me livrar disso o quanto antes e voltar para falar com você, meu bem. - Regina explicou e tocou delicadamente o queixo de Charlotte, que lançou um sorriso leve.
— Está bem..., ele está aqui ao lado, na cabine dele. - Charlotte informou-a.
— Eu volto logo. - Regina lhe disse levantando e lhe depositando um beijo no topo da cabeça.
— Oh, eu sei que sim. - Charlotte respondeu rindo enquanto Regina se dirigia para a porta e saía.
Ela bateu na porta ao lado da porta do quarto de Charlotte e entrou sem esperar resposta.
— Quanta educação, Regina. - Killian disse sentado em sua mesa no canto da cabine/quarto.
— O que? eu bati! ... enfim, eu não vim aqui falar de minha educação.
— Charlotte...
— O que raios vocês estão fazendo aqui? De todos os reinos no mundo, logo este? - Regina o interrompeu, ela se aproximou feroz da mesa de Killian batendo as mãos na mesa.
— Não é a primeira vez que você me fala isso. - Killian replicou.
— E você nunca me escuta! - Regina disse revoltada. - Dessa vez é pior, Sr. Capitão Gancho. Charlotte está com catorze anos e sem magia. Se não fosse por mim, como ela iria se salvar quando ja tivesse com quinze se vocês ainda não tivessem conseguido sair daqui? Como ela iria se proteger?
— Minha filha sabe se defender, ela é uma ótima pirata, a magia é só um bônus. - Killian retrucou, ele sabia que aquilo não era exatamente verdade.
— Não contra Rump... O senhor das trevas. - Regina argumentou.
— Você está aqui Regina, estamos salvos.
— Como consegue ficar calmo? Sua filha e você correm perigo! - Regina disse tentando não elevar a voz tanto a ponto de Charlotte conseguir ouvir de seu quarto.
— Charlotte e eu já brigamos e depois nos reconciliamos... estou tentando não assusta-la agora... minha filha é forte, mas é apenas uma garota e, literalmente, não sabe como é o mundo lá fora. - Killian lhe explicou, com isso, Regina parou por um momento, analisando o que ele disse.
— Você é um bom pai. - Afirma Regina. Killian olhou para ela e arqueou uma das sobrancelhas, surpreso.
— Obrigado, majestade. - Ele respondeu por fim.
— Você tinha que estragar a primeira e única vez na minha vida que eu te elogio. - Regina disse revirando os olhos - Não me chame assim.
Ele levantou as mãos em rendição.
— Pode ajudar Charlotte e nos tirar daqui, não é? - Killian questionou esperançoso.
— Sim, eu posso. - Regina declarou e se levantou - Vou fazer isso agora mesmo.
— Regina, - Killian a chamou de volta quando ela ja estava quase saindo. Regina apenas o olhou dando permissão para continuar - O que aconteceu com o reino dos cisnes?
O semblante de Regina mudou completamente, lembrou a Killian o tempo em que ela era a rainha má, estava sombria.
— Não existe mais o reino dos cisnes, só... isso que está vendo.
Killian se levantou e a olhou sem expressão.
— O que aconteceu? O que Henry fez? - Killian continuou a insistir em uma resposta concreta.
— Não vamos falar do meu filho..., eu vou voltar para Charlotte vocês precisam sair daqui. - Regina o dispensou.
— Regina, me diga o que foi que... - Killian ele iria continuar a insistir, porém ela saiu sem olhar para trás, ele não a seguiu pois sabia que ela iria atrás de Charlotte e não queria que sua filha escutasse seu questionamento a Regina. - Tem alguma coisa errada, muito errada.
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— Tia Regina? - Charlotte falou quando Regina apareceu de repente em seu quarto e trancou a porta - Porque trancou a porta?
Regina ia responde-la, mas notou Miguel também a olhando.
— Miguel? Meu Deus vocês dois realmente cresceram...
— Olá, Regina. - Miguel a cumprimentou com um sorriso.
— Tia Regina, por que trancou a porta? - Charlotte perguntou novamente.
— Para que seu pai não me siga, nós tivemos um pequeno... desentendimento.
— É já entendi tudo. - Charlotte declarou achando graça.
— Vim tirar isso de você. - Regina informou-a se aproximando dela. Charlotte abriu um grande sorriso e lhe estendeu o braço direito.
Regina apenas passou uma das mãos sobre o pulso de Charlotte e o bracelete em seu pulso sumiu em uma nuvem roxa. Charlotte suspirou profundamente, aquele patife tinha mentido para eles, era só alguém removê-lo com magia. A sensação de sua magia voltando para o seu corpo era fantástica era como se estivesse viva de novo.
— Estou de volta! - Charlotte comemorou com um sorriso - Obrigada, Regina.
— De nada, minha querida. - Regina tirou uma bolsinha pequena marrom do bolso de sua capa de viagem e entregou para Charlotte. - Entregue isso ao seu pai, é a passagem de saida daqui de vocês.
— Feijões mágicos? - Charlotte perguntou sem esperar uma resposta, pegando o saquinho das mãos dela.
— Sim, tem o suficiente para viajarem bom por um tempo, mas aconselho que consigam mais no proximo reino que pararem, afinal essa é a melhor forma de viajar sem ser...
— Rastreado. - Charlotte completou. Regina abriu a boca para dizer que não era aquilo que ela iria falar, só que Charlotte foi mais rápida. - Eu sei de tudo, tia Regina, papai me contou.
— Por isso vocês brigaram. - Murmurou Regina.
— Foi. - Charlotte confirmou.
— Então você sabe que precisam sair daqui agora.
— Sim, eu sei, eu só... - Charlotte começou com cautela. Regina a olhou mais atentamente, já sabia o que estava por vir. - Queria ver meu reino de perto, por favor, tia Regina, fale com meu pai, eu sei que vocês dois não se bicam, mas eu preciso ver o reino dos cisnes de perto, por favor, eu tenho magia agora, posso me defender. - Charlotte estava quase suplicando.
— Não. - Regina disse com firmeza.
— Não? Mas, Regina...
— Não, Charlotte. Seu pai esta certo..., eu não acredito que eu disse isso, mas ele está certo. Você não vai sair desse navio. - Regina declarou com mais firmeza ainda.
— Você também? - Charlotte falou um pouco chateada.
— É para a sua segurança. - Regina explicou o que ela já sabia.
— Mas... - Ela continuou a insistir.
— Nada de "mas", Charlotte, você não vai sair desse navio até que não estejam mais nesse reino e fim de conversa. - Regina pôs um fim na conversa. Charlotte olhou irritada para ela.
— Certo. - Charlotte cedeu a contragosto.
— Olha..., as coisas aqui não estão como costumavam ser. Confia em mim, você não quer que a sua primeira impressão do reino dos cisnes seja nesse cenário. - Regina disse suavizando-se - Eu não queria ir embora brigada com você, mas agora eu tenho que ir.
— Está bem. - Charlotte abraçou Regina. - Espero que não demore para nos ver de novo.
— Eu também espero, querida. - Regina disse retribuindo o abraço. - Tchau, Lottie.
— Tchau, tia Regina. - Charlotte se despediu, e Regina sumiu em uma nuvem de fumaça roxa.
— Você aceitou muito rápido o que Regina disse. - Miguel comentou atrás dela. Charlotte virou-se, a expressão em seu rosto não agradou Miguel que entrou em alerta, Charlotte estava com aquele sorriso de novo.
— Quem disse que eu aceitei?
— Charlotte... O que você está aprontando? - Miguel disse já se preparando para a bomba.
— Minha magia voltou, eu tenho um plano. - Charlotte respondeu, seu sorriso aumentou.
— Eu não estou gostando disso. - Miguel comentou - Sempre nos encrencamos quando você faz essa cara... Charlotte, você não esta pensando em...
— Sim, estou. - Charlotte confirmou o que ele temia.
— Não! Não! Não!
— Sim! Sim! Sim! - Charlotte - E você, meu amigo, vem comigo.
Miguel soltou um gemido frustrado.
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Um pouco mais tarde...
Charlotte já havia entregado os feijões para o pai e seu plano já estava em excecussão.
— Charlotte, eu não estou gostando do que nós estamos fazendo, eu não estou gostando mesmo de nada disso. - Miguel reclamou mais uma vez.
— Para de choramingar, Miguel, vai dar tudo certo. - Charlotte replicou tentando dar força ao seu plano.
— Sempre que a gente sai do navio sem que seu pai permita a gente se encrenca! - Miguel continuou a reclamar.
— Vai dar tudo certo. - Charlotte reforçou novamente, não se deixando abater por Miguel.
— Diz isso para as nossas cicatrizes! - Miguel também não iria deixar para lá tão fácil.
— Miguel! - Charlotte pediu já sem paciência.
— Está bem, está bem! Você vai queimar a lingua. - Miguel finalmente cedeu, já sabia que iria perder de qualquer maneira. - Me diz de novo como vamos sair do navio sem sermos percebidos.
— Vamos sair de fininho, todos estão ocupados com os preparativos para sairmos daqui. - Charlotte falou novamente o que tinha pensado.
— Isso não é bem um plano, você sabe disso não é? - Miguel comentou. Charlotte o repreendeu com olhar e se aproximou dele com uma capa de viajem em mãos.
— Vai dar tudo certo, Miguel. Voltaremos sãs e salvos. - Charlotte tentou tranquiliza-lo e jogou a capa sobre os ombros de Miguel e a amarrou em volta de seu pescoço.
— É esse o problema, quando voltarmos, seu pai vai matar nós dois e o meu vai ajudar. - Miguel explicou o seu ponto de vista.
— Se continuarmos pensando nisso, pode até atrair para nós o que não queremos. - Charlotte constatou enquanto pegava outra capa de viagem, a vestiu, colocando o capuz sob a cabeça, Miguel seguiu seu exemplo.
— Por que você não nos tira daqui com magia? Seria menos arriscado de nos pegarem. - Miguel questionou.
— Porque eu não sei como é nenhum lugar do reino dos cisnes para nos mandar para lá. - Charlotte explicou. Ela se aproximou da porta e a abriu um pouco.
Ela ficou ali por uns minutos até que o deque esvaziou por um instante e Charlotte puxou Miguel pela mão. Sorrateiramente, os dois passaram pelo caminho da saída do navio, se escondendo uma vez ou outra para não serem pegos (muitas vezes Charlotte usava magia para esconde-los) Miguel estava estranhando a facilidade de como estavam conseguindo sair do navio, mais ficou aliviado quando finalmente saíram da proteção mágica da Jolly.
"Eu só posso estar ficando louco" pensou ele ao definir os seus sentimentos. Eles continuaram a andar até se distanciarem o suficiente do porto abandonado.
Estava de dia por isso tinha pessoas aos montes andando pela parte do reino onde eles pararam de andar. De perto perceberam que as casas pareciam ainda mais debilitadas e as ruas mais sujas do aparentavam vistas do navio, porém foi o povo que chamou a atenção de Charlotte e Miguel.
Eles pareciam tão debilitados quanto suas casas, ou até mais, o olhar tinha uma pontada de tristeza e os que os avistava olhavam temeros e com receio.
— Acho melhor tirarmos os capuzes, estamos assustando eles. - Charlotte fez a observação.
— Mas você disse que se tirássemos poderíamos ser reconhecidos. - Miguel a relembrou. Charlotte tocou-lhe o ombro sob a capa e Miguel sentiu uma formigação pelo corpo.
— Agora podemos tira-los. - Charlotte informou, Miguel a olhou a interrogando com o olhar e Charlotte explicou, completando. - Usei o feitiço que coloco na roupa dos marujos, nas nossas e de papai.
Ao mesmo tempo, os dois tiraram seus capuzes e o povo permaneceu em alerta, porém pareciam não temê-los.
— Não era o que eu esperava ser o reino de meus pais. - Charlotte observou, falando baixinho apenas para que Miguel escutasse, enquanto olhavam ao redor da rua em que se localizavam, na qual só tinha as casas dos moradores e crianças correndo sendo o que parecia ser a única alegria do lugar.
— Parece um reino em miséria. - Comentou Miguel olhando para Charlotte.
— Você não está ajudando, Miguel.
— Desculpa..., ei estou vendo uma feira! Você adora feiras, vamos lá. - Miguel falou tentando reparar o que disse, ele a pegou pela mão sem esperar resposta e a arrastou até a feira.
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Enquanto isso na Jolly Roger...
— Estamos quase prontos para partimos, marujos! Jogaremos o feijão em cinco minutos! - Killian informou para todos os marujos.
Eles não precisavam daqueles cinco minutos, já estava tudo pronto para partirem só faltava jogar o feijão mágico para formar um portal na água, aqueles cinco minutos eram para outra coisa, eram para observar o que um dia fora o seu reino. Ele não tinha entendido o que Regina disse, mas em uma coisa ela estava certa, aquele lugar não era mais o reino dos cisnes, era só o que restou dele, como a lembrança de um passado distante. Aquele pensamento fez o coração de Killian quebrar, sentia-se infeliz com o que havia acontecido com o reino que construiu junto a Emma.
Killian ficou observando durante todos esses cinco minutos o que um dia foi o seu reino para depois ordenar aos marujos que jogassem o feijão no mar para que pudesse posicionar o navio para seguir o curso de onde estava localizado o portal. Quando Killian sentiu Dinah se esfregar entre suas pernas e viu Floquinho jogar sua bolinha a seus pés, ele olhou divertido e intrigado para os dois bichinhos.
— O que vocês dois estão fazendo aqui? - Killian perguntou chutando a bolinha de volta para floquinho ainda comandando o leme. - Charlotte e Miguel deveriam estar com vocês para que não se assustem na passagem pelo portal, Smee! Onde estão Charlotte e Miguel?
— Estavam no quarto de Charlotte na última vez que os vi. - Smee prontamente o respondeu.
— Leve floquinho e Dinah até eles. - Killian mandou.
— Sim, senhor. - Smee pegou os dois animais um em cada braço e saiu.
Quando Killian estava próximo ao portal, Smee voltava até ele depressa, dessa vez junto a João.
— Senhor, Charlotte e Miguel eles... eles... - Smee parecia sem fôlego.
— Diga logo, Smee! - Killian mandou ficando nervoso.
— Não estão no quarto de Charlotte e nem de Miguel, já vasculhamos o navio inteiro feito loucos. Killian, eles não estão aqui! - João terminou a fala de Smee.
Killian quase congelou. Ele esperava ouvir tudo, menos aquilo. Bufou e com força e agilidade girou o leme na direção contraria de onde estavam indo, voltando para onde estavam.
— Menina teimosa! - Killian esbravejou furioso.
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A feira parecia ser o ponto forte do que viram até agora do reino dos cisnes. Mesmo com a miséria aparente, ela estava cheia de pessoas comprando e dos vendedores gritando para chamar a atenção para os seus produtos.
Charlotte gostava de feiras, era ali que ela podia conhecer toda a cultura do reino onde estava em apenas um só lugar, já que seu tempo fora do navio era apenas o tempo suficiente para que seu pai e os outros marujos comprassem ou... conseguissem mantimentos.
Contudo, era a primeira vez que ela via uma feira como aquela. Os vendedores pareciam mal humorados e frustrados, os clientes compravam muito pouco, dava para ver que suas sacolas e cestos estavam quase vazios, era a primeira vez que Charlotte se deprimia ao entrar em uma feira, Miguel ao perceber aquilo, logo quis lhe colocar um sorriso.
— Ei, não fica assim, Lottie... vamos ver o que eles tem aqui. - Miguel tentou conforta-la e a puxou para a barraca mais próxima.
— Meu povo vive na miséria Mi... Daniel, não tem como eu ficar indiferente a isso. - Charlotte o respondeu abalada.
— Você realmente não está nada bem, quase falou o meu nome verdadeiro. - Miguel sussurrou e Lottie pediu desculpas. - Tudo bem..., ei pense por esse lado, iremos dar o nosso dinheiro, isso deve ajudar alguns deles, não é?
— Apenas para os vendedores, mas, sim... ajuda. Muitos deles devem ter família. - Charlotte supôs e soltou um leve sorriso. Aquilo fez com que Miguel soltasse um suspiro aliviado e sorrisse também. Foi então com animação que ele pediu ao moço que lhe vendesse os frutos da região local, o homem os olhou estranho por um segundo, não era tão comum como antes turistas visitarem o reino dos cisnes, mas ele lhe vendeu o fruto de bom grado e o garoto pagou um pouco mais do que deveria, quando o vendedor lhe informou isso, ele recusou o troco e disse ao homem para ficar com o dinheiro.
Charlotte saiu um pouco feliz dali, mas ao andarem e comprarem em outras barracas, eles avistaram uma criança; uma garotinha, na sarjeta, sozinha vestia trapos e parecia abatida o sentimento da menina foi compartilhado para ambos. Charlotte não aguentava ver aquilo por muito tempo e foi em direção da garota, que se assustou com a aproximação deles, já que Miguel a seguia.
— O que está fazendo? - Miguel sibilou alarmado.
— Alimentando-a - Charlotte respondeu enquanto abaixava-se para ficar na altura da criança encolhida e assustada em sua frente. Charlotte pegou na bolsa que carregava duas maçãs e um dos pães que haviam comprado e estendeu para a menina. - Pode pegar, deve estar faminta.
Com receio, a menina pegou o alimento e as linhas de seu pequeno rosto demostraram alivio e uma certa alegria. Aquilo fez com que o coração de Charlotte se enchesse de alegria e ela e Miguel sorriram.
— Como se chama, querida? - Charlotte a perguntou.
— Amélia..., a senhorita é boazinha. - Amélia a respondeu enquanto já comia uma das maçãs. Charlotte sorriu.
— Meu nome é Alice, e este é meu amigo Daniel. - Charlotte os "apresentou" - Onde estão os seus pais?
— Eu não sei... - Amélia disse olhando para o chão. Miguel se abaixou ao lado de Charlotte.
— Charlotte, nós temos que ir, estamos chamando muita atenção. - Miguel sussurrou em seu ouvido.
— Não posso deixa-la. - Charlotte o respondeu.
— Não podemos ajuda-la mais do que isso, Lottie. - Miguel tentou argumentar.
— Miguel, eu...
Aconteceu tudo muito rápido. Ninguem viu como aconteceu direito Charlotte não completou sua fala por que foi pega de surpresa por alguém puxando o colar em seu pescoço. O colar com o pingente de cisne. O colar de sua mãe.
— Meu colar! - Charlotte exclamou e viu o sujeito correndo com seu colar em mãos. - Fique com ela, eu já volto!
— Você não vai fazer o que eu estou pensando vai? - Miguel tentou impedi-la segurando-a pelo braço.
— Aquele é o colar da minha mãe! - Charlotte se desvencilhou dele com facilidade e correu por entre as barracas atrás do ladrão.
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— Essas roupas devem estar sob o efeito do último feitiço de disfarce de Charlotte, porém, por precaução, coloquem os capuzes e sejam furtivos, em hipótese alguma sejam apanhados. - Killian instruía os marujos já prontos para irem em busca de Charlotte e Miguel. - Se espalhem pelo reino, os que nunca vieram para o reino dos cisnes, fiquem junto de quem já morou aqui, não é possível que tenha mudado tanto assim.
Os marujos obedeceram sem pestanejar, estavam todos preocupados, sabiam o risco que Charlotte e Miguel estavam correndo e, assim, foram cada um descendo do navio e da proteção da Jolly Roger em pequenos grupos, Killian, Smee e João foram os últimos.
— Tem certeza que vai sair? Se o feitiço falhar e você for reconhecido será o maior estardalhaço. - Smee voltou a indaga-lo.
— Agora só estou preocupado com a minha filha. - Killian replicou e se dirigiu para fora do navio. - Vocês ficaram juntos, eu vou sozinho.
Se já fosse tarde demais e Charlotte tivesse sido capturada e sequestrada por Rumple, Killian sabia para onde ela seria levada, então se dirigiu para o local mais afastado do porto e perto do castelo. A floresta do reino dos cisnes.
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Charlotte não iria desistir até que aquele colar estivesse de volta em suas mãos, ou melhor, em seu pescoço. Por isso ela ainda continuava correndo atrás do ladrão que havia percebido a menina e começou a colocar empecilhos para tarda-la, ou fazer que não o alcance, contudo, Charlotte era ágil e desviava e passava por cima dos barris jogados no chão, frutas e qualquer outra coisa que era atirada em seu caminho.
Aquilo gerou uma atenção desnecessária à Charlotte, assim como um mal entendido, pareciam que eles não estavam acostumados à perseguição ou a roubo, pois guardas corriam atrás de Charlotte e do ladrão, colocando a culpa nos dois pela pertubação na feira e a perca de mercadoria de alguns.
Aquilo não podia estar acontecendo. Ela tinha que pegar seu colar e sumir dali com Miguel. O ladrão estava se cansando da corrida e ela sorriu com aquilo, porém ela ainda estava sendo perseguida pelos guardas. O ladrão trombou em uma moça que comprava algo em uma das barracas e Charlotte viu o seu colar na mão do sujeito brilhar fortemente, como naquela vez no espelho do seu quarto só que mais forte agora, muito mais forte. Charlotte se distraiu com o brilho e os guardas se aproveitam disso e conseguiram pega-la e imobiliza-la
— Me soltem! Me soltem! Eu não fiz nada! Estava seguindo aquele patife que roubou meu colar! - Charlotte falava sendo segurada por dois deles.
— Terá que explicar isso ao rei. - Disse um deles.
— Estão deixando ele fugir, me soltem! - Charlotte pedia vendo o ladrão sumir por entre as pessoas e barracas. O coração de Charlotte quebrou, aquele era o calor de sua mãe.
— Soltem-na! - A mulher na qual o sujeito trombara se fez ouvir. Dava para ver que não era uma mulher idosa por conta da voz e dos cabelos loiros que saiam da capa.
— É uma prisioneira agora, senhorita, não interfira. - Falou outro guarda.
— Pedi pra soltá-la. - A moça insistiu.
— A senhorita também quer ser presa?
A moça ergueu uma das mãos e fez um gesto como se espantasse alguma coisa, os dois guardas que seguravam Charlotte voaram para longe dela e Lottie apenas conseguiu olhar de olhos arregalados para a mulher.
— Você é uma bruxa! - Charlotte fora realmente pega desprevenida. A mulher riu.
— Fuja daqui logo! - Aconselhou a mulher e Charlotte correu assim que viu os guardas começarem a se levantar.
Ela olhou para trás para ver o que tinha acontecido à mulher, porém ela não estava mais lá. Rindo, Charlotte continuou mais rápido ao ver que os guardas continuavam a segui-la.
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Pouquíssimo tempo depois, na entrada da floresta...
Killian preferiu ir sozinho para ali, pois se encontrasse Rumple com sua filha, aquela luta era dele e não de seus marujos, não iria colocar a vida deles em risco.
A floresta era o único local no qual nenhum dos moradores do reino dos cisnes entrava. Era perigoso por existir animais selvagens e Killian e Emma proibiram a entrada no local, para que nenhum morador se ferisse. Apenas os dois entravam ali, pois suspeitavam, e confirmaram mais tarde, que o senhor das trevas estava se escondendo ali, esperando para atacar outra vez. E se ele estiver no reino dos cisnes... qual lugar se não aquele para se esconder?
Killian tirou sua espada da bainha e com cautela entrou para dentro da floresta, não ousando olhar para trás e avistar o castelo que um dia fora sua casa. O que tinha visto, apenas com poucos passos, não tinha mudado nada, parecia que a floresta era o único local que não havia mudado no reino dos cisnes, e aquilo não agradava muito à Killian.
O sentimento de desgosto logo foi abandonado para o de alerta quando ele viu algo se mexer por entre as árvores. Parecia um vulto, Killian não conseguiu ver direito, segurou com mais firmeza a espada pronto para qualquer ataque.
Ele sentia que estava sendo observado, mas foi com total surpresa que Killian sentiu algo bater com extrema força por trás da sua cabeça. Killian apagou, mas antes de desmaiar, ele viu o seu agressor, ou melhor, agressora ainda com um pedaço enorme de madeira firme em mãos.
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Charlotte sofria por ter perdido o seu colar que tinha desde bebê, havia perdido o ladrão de vista definitivamente e agora o seu foco era fugir dos guardas inúteis que achavam que ela era a causadora do problema.
Charlotte foi treinada para aguentar firme por muito tempo qualquer coisa que lhe valesse um enorme esforço físico, só que ela já estava correndo a tempo demais, estava começando a ficar cansada e aos guardas estava se aproximando cada vez mais; muito perto de lhe alcançar.
Lottie derrubou, com magia, mais uma barraca e conseguiu despista-los por um tempo, ela parou um pouco por não aguentar mais, enquanto eles estavam atrapalhados, sua respiração estava falha, ela precisava daquela parada.
Novamente, Charlotte foi chamada a atenção, dessa vez por um rapaz, jovem e mais velho que ela.
— Ei! - ele a chamou e fez sinal para que o seguisse. Charlotte olhou para os guardas que já estavam se recuperando. - Sei como despista-los, venha.
Charlotte não pensou mais em segui-lo ou não depois que os guardas finalmente voltaram a sua perseguição e, junto ao rapaz, ela correu por mais dois quilômetros até que ele a puxou para um beco e, cheia de alivio, Charlotte viu que eles passaram direto sem nem ao menos olharem para onde eles estavam escondidos. Ela não conseguiu segurar um pequeno riso, morrendo de cansaço e muito ofegante, ela olhou para o rapaz ao seu lado.
Era um pouco alto, cabelos castanhos e ondulados com um belo corte de cabelo. As linhas de seu rosto eram firmes e bem desenhadas, os olhos eram castanhos esverdeados e a boca um pouco fina, o porte físico não era nada comparado ao que Charlotte viu dos outros moradores, na verdade, ele não parecia em nada, além das roupas, com os moradores.
— Obrigada, eles estavam atrás da pessoa errada, eu só estava correndo atrás do ladrão que roubou algo importante para mim. - Charlotte agradeceu e se explicou.
— Você quer dizer esse ladrão? - o desconhecido puxou uma corda que Charlotte não havia percebido e o homem que Charlotte estava perseguindo pendeu amarrado pelas pernas e ainda segurando o colar que agora brilhava mais fracamente.
— Meu colar! Você conseguiu capturá-lo! - Charlotte exclamou pegando o colar das mãos do sujeito o mais rápido que pôde, o fecho agora estava quebrado, mas ela não poderia estar mais feliz. - Mas como?
— Eu vi a corrida de vocês dois, então decidi ajudar. - explicou o desconhecido. - Agora, peça desculpas para a Srta., senhor, atitudes como essa não são permitidas no reino, você sabe disso.
O homem o olhou em descrença, mas fez o que ele pediu.
— Me desculpe, senhorita.
Charlotte apenas acenou com a cabeça, estava abalada ainda.
— Muito obrigada, por ter conseguido recuperar meu colar, Sr...?
— Mills. Henry Mills.
E foi assim que eu encontrei, pela primeira vez, com o meu irmão mais velho, Henry, a quem tanto eu quis conhecer desde que soube de sua existência, só não sabia que seria nessas circunstâncias, que ele me salvaria da perseguição dos guardas de nosso reino.
Eu encontrei com meu irmão naquele dia, mas eu não fui a única pessoa que encontrou alguém importante, papai também encontrou uma pessoa, ...
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Na floresta....
Killian despertou em um local totalmente diferente, tinha certeza que não estava mais na floresta e o teto acima não se parecia em nada com o céu ou com a copa das árvores, parecia mais que estava em uma caverna, ou algo do tipo... sentia que estava deitado em algo macio, que não conseguia identificar, ele olhou para o lado e arfou ao ver quem estava do seu lado e sorrindo ao vê-lo.
— Killian, ainda bem que acordou. - A pessoa lhe saudou sorrindo e lhe passando a mão no rosto assustado e surpreso de Killian.
— Emma!?
.... Minha mãe.


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Notas finais do capítulo

eu espero que vocês tenham gostado ;) pf comentem oq acharam do capitulo do capitulo já faz um bocadinho de capitulo que vocês não comenta, não estão gostando? eu aceito qualquer tipo de comentário pessoal e afinal como hj dia 11 é meu aniversario seria um ótimo presente vcs me agraciando com suas opiniões e eu tbm estou com saudade :3 então colaborem comigo pf kkkk bom eu queria agradecer a todas as pessoas que chegaram agora ola pessoal sejam bem vindos :3 ♥
enfim acho que eu não vou demorar tanto, desde do ano passado que eu não postava (meu deus) dessa vez acho que vai ser diferente, eu não quero prometer nada a vocês kkkk enfim ate o próximo capitulo ou os comentários.



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