O tempo foi passando, Harry contara tudo o que viu no diário de Riddle para Rony e Hermione e os dois, assim como ele, não acreditavam que Hagrid pudesse matar alguém intencionalmente, porém concordavam que o amigo poderia sim criar um monstro perigoso como se fosse um bicho de estimação. Os três também decidiram que não perguntariam nada sobre o assunto a Hagrid, pelo menos não de imediato.
Gina, no entanto, perdera toda a calma e paz que havia adquirido nos últimos dias e agora não parava de pensar que Tom podia contar todos os seus segredos e sentimentos mais profundos para Harry, ou pior, o fizesse atacar os outros alunos.
Então ela havia decidido. Assim que tivesse a primeira oportunidade, ela pegaria o diário de Riddle de volta, por isso decidiu que iria invadir o dormitório masculino da Grifinoria.
Os alunos petrificados e todos os outros que também foram petrificados logo iriam voltar ao normal de acordo com professora Sprout, eles logo estariam adultos e prontos para uso.
Passados alguns dias, Gina encontra uma oportunidade que achou perfeita para entrar no dormitório sem ninguém a ver. Os alunos da turma de Harry estavam todos ocupados escolhendo o que iriam lecionar de matéria nova no ano letivo seguinte. Mas quando estava se esgueirando de volta para o salão comunal, ela deu de cara com Percy escondido em um canto escuro do corredor aos amassos com uma garota.
Gina, de cara, não percebera que era Percy, mas ao se aproximar mais, ela viu os cabelos ruivos de seu irmão e o distintivo de monitor brilhando em seu uniforme, ela para de chofre.
— Percy!? – Gina chama, sem conseguir se controlar. O casal rapidamente se desgruda e olham para ela de olhos arregalados em surpresa.
— Gina? O que faz aqui? como foi que…?
— Eu estava indo para o salão comunal. – Gina replica olhando do irmão para a menina que estava muito corada. – Você está namorando?
— Er… eu… – Percy começa e quase gagueja e a garota ao seu lado agora olhava para ele esperando sua resposta para a irmã. – Sim, essa é minha namorada Penelope. Penelope, essa é Gina, minha irmãzinha mexeriqueira.
— Prazer, Gina. – Penelope a cumprimenta, e a ruiva a devolve o cumprimento com um sorriso. Ao longe, o sinal do retorno as aulas soam. – Eu preciso ir, tenho porções com Snape agora e vocês sabem que ele não tolera atrasos.
Ela dá um rápido selinho em Percy e logo em seguida o corredor onde estavam começa a encher de alunos.
— Porque não nos disse que tinha uma namorada? A mamãe vai pirar com isso! – Gina comenta, sorrindo travessa.
— Por favor, Gina, não conte a ninguém ainda sobre meu namoro. – Percy suplica.
— Mas, por que?
— Os gêmeos não iriam parar de zoar. – Percy argumenta.
— E não pretende contar a ninguém sobre sua namorada? – Gina o questiona.
— Nas férias, onde terei a proteção de mamãe contra os gêmeos. – Percy se explica. – Agora me prometa, nenhuma palavra, Gina.
Gina sabia como os gêmeos poderiam ser terríveis.
— Está bem, eu prometo. Mas se passar do verão ou você me aborrecer, eu juro que conto para todo mundo. – Gina concorda.
— Tudo certo, agora já para a aula, o sinal tocou tem alguns minutos. – Percy dá um rápido beijo no topo da cabeça de Gina e sai, Gina suspira resignada ao perceber que perdeu tempo com Percy e sua namorada, agora teria que encontrar outra oportunidade antes que fosse tarde demais.
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Poucos dias depois…
Era agora. Tinha feito vigília no salão comunal, esperando a hora perfeita para invadir o dormitório masculino do segundo ano.
Harry estava no treino, seu irmão estava com Hermione em algum lugar e Neville junto com os outros dois estavam na biblioteca.
Então rápida e cautelosamente, ela entra na ala do dormitório masculino e encontra a porta para o quarto de Harry. Seu olhar, ao entrar, vasculha pela cama certa. Ela avista um malão com as iniciais de Potter ao lado de uma cama um pouco bagunçada. “A cama de Harry”. Então começou a vasculhar nas coisas dele.
Ela abre o malão, espalha todo o conteúdo pelo quarto, vasculha em todos os bolsos das vestes e olha cada livro, embaixo da cama e na própria cama tirando os lençóis, fronha e travesseiro, abre todas as gavetas da cômoda, despejando seu conteúdo no colchão.
Gina estava começando a se desesperar. E se o diário não estivesse ali? E se estivesse com Harry? Foi quando estava vasculhando a mochila mal remendada de Harry que ela encontrou o diário e um grande alivio a preencheu.
— Me desculpe, Harry, eu estava desesperada. – Gina sussurra ao dar uma rápida olhada na bagunça que havia feito. Ela guarda o diário em sua mochila e sem mais demora, sai dali sem ser vista por ninguém.
Duas horas depois, Harry estava voltando de seu treino quando foi parado na escada do dormitório por um Neville transtornado, dizendo que não sabia quem fez aquilo e o garoto mostrou para Harry o que havia acontecido com suas coisas e, completamente boquiaberto, Harry observou o estrago.
Logo depois, quando todos os outros meninos estavam o ajudando a arrumar suas coisas, ele percebeu que o diário de Riddle havia sumido.
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No dia seguinte…
Gina mal havia dormido com medo que acabasse se encontrando com Harry no cantinho deles e ouvi-lo falar de sua violação em seu quarto e ela ter que mentir descaradamente. Também estava nervosa com o que Tom poderia ter falado para Harry.
Agora estava encarando o diário a vários minutos, sozinha em seu dormitório, se decidindo se iria ou não o perguntar o que ele havia falado a Harry, seus pensamentos estava a mil e ela já se viu pegando o diário, pena e tinteiro, hesitou por uns instantes, mas logo escreve:
— Olá, Tom, sou eu Gina…
A resposta demorou alguns segundos para vir, Gina estranhou.
— Olá, Gina, a quanto tempo…
— Não contou nada a Harry sobre… você sabe…
— Não, minha querida amiga, eu não contei.
De repente, Gina sentiu todo o seu corpo ficar anestesiado, seu corpo relaxou, os pensamentos sumiram de sua cabeça e uma voz masculina e bem conhecida agora, invadiu a mente de Gina. Dessa vez ela tenta lutar, mas é em vão, ela se levanta contra a sua vontade.
“Está bem, menininha tola. Vamos atacar outra vez”. A voz faz com que Gina se encaminhe para o banheiro feminino do primeiro andar e faz com que ela liberte o monstro da câmara, tudo sem ninguém a interceptar, ninguém percebeu, estavam todos ocupados com suas vidas e morrendo de medo dos últimos ataques para andarem a esmo no corredor.
“Vamos ver…, aonde iremos atacar?” A voz ecoou na mente da menina enquanto andava pela escola, foi quando os olhos castanhos de Gina avistaram alguns alunos entrando na biblioteca. “Isso…, que tal a biblioteca?”. Então os pés de Gina, sem que ela pudesse controlar, a levaram para lá.
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Um pouco depois…
O jogo havia sido cancelado. Outro ataque acontecera em plena luz do dia novamente. Um ataque duplo.
A professora Mcgonagall chamou Harry e Rony para acompanha-la até a enfermaria, ela parecia nervosa. Ao entrarem, eles descobriram o porquê.
Hermione foi petrificada junto a uma monitora da Corvinal, tinha sido encontrada segurando um espelho e a professora pergunta se aquilo significa algo para os meninos e eles negam.
A professora retorna junto com eles para o salão comunal da Grifinoria, todos os outros alunos já estavam lá. Gina sente o formigamento segundos antes de seu olhar cruzar com o de Harry quando ele surge detrás da professora, Gina desvia o olhar.
Mcgonagall instrui os alunos a voltarem para o salão comunal até as seis horas, diz que nenhum aluno deve sair do dormitório após esse horário, diz que os professores acompanharam os alunos à cada aula, que nenhum aluno deve usar o banheiro sem a companhia de um professor, todos os treinos e jogos de Quadribol estão adiados e todas as atividades noturnas foram canceladas. Ela demostra sua preocupação com o fechamento da escola e depois se despede.
Assim que a professora sai, todos começaram a falar ao mesmo tempo uns com os outros. Gina se sentia sufocada e a culpa a consumia por inteiro, fora tola e burra por ter cedido a escrever no diário novamente, se a escola fechasse seria tudo sua culpa, se alguém tivesse morrido também seria.
“Burra, burra, burra”. Ela respira fundo e sai dali para seu dormitório, precisava ficar sozinha, ninguém percebeu que ela saiu, exceto Harry.
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A noite…
Harry e Rony haviam decidido finalmente a confrontar Hagrid, usariam a capa de invisibilidade do pai de Harry e iriam depois do toque de recolher até a casa do amigo.
Conseguiram passar pelos corredores sem muitos problemas, (quase foram pegos por Snape) já fora do castelo, eles conseguem correr (ainda debaixo da capa) até a cabana de Hagrid, que os atende armado, mas logo baixa a guarda quando reconhece Harry e Rony, mandando-os entrar rapidamente. Hagrid aparentava estar bem nervoso, os meninos o perguntam se ele soube de Hermione, o amigo confirma, contudo, antes que perguntassem qualquer outra coisa a Hagrid, eles ouvem uma batida na porta. Parecendo ainda mais nervoso, Hagrid pede para se esconderem sob a capa rapidamente.
Ao abrir a porta, eles descobrem que era Dumbledore e o ministro da magia, Hagrid ficara branco. Eles começam uma conversa séria, o ministro queria levar Hagrid para um lugar chamado Azkaban.
Novamente batem na porta, o diretor a atende e surge Lucio Malfoy, exibindo um sorriso frio. Hagrid se altera ainda mais, mandando-o sair de sua casa. Malfoy não o dá muita importância e os informou que estava atrás de Dumbledore e que lhe disseram que ele estava ali e, com grande satisfação, Malfoy os mostra uma petição do conselho escolar para que Dumbledore se retire de Hogwarts.
Uma pequena discussão se inicia depois de sua fala, porém Dumbledore acalma os ânimos e concorda em se retirar sem mais objeções.
Depois de uma leve impressão de que foi observado pelo agora ex-diretor, Harry e Rony observaram Lucio e Dumbledore saírem da cabana. Momentos depois, Hagrid e o ministro também o fizeram, antes de sair, porém, Hagrid falou para os garotos (sem que o ministro pudesse desconfiar) para seguirem as aranhas.