Christmas Lights escrita por Lily


Capítulo 1
O N E


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, Feliz natal a todos! Que seus sonhos e desejam sejam realizados e que o Papai noel traga mais crush's ascensíveis. E segundo, essa fic vai especialmente para Ju (Killer Frost), obrigada por estar comigo e ser minha amiga, Feliz natal honey.



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O apartamento no centro de Central City era simples e acolhedor, apenas dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Um bom lugar para começar uma vida a dois, embora eles tivessem se mudado a mais de dois anos. Abriu a porta com cuidado, o cheiro de menta e chocolate invadiu o seu nariz, ela estava fazendo chocolate quente ao som de Jingle bell rock, essa provavelmente seria uma das memórias que ele guardaria para sempre. O corpo de Caitlin se remexia de um lado para outro, as vezes ela gostava de dançar sem ninguém por perto, não era muito raro para Barry a pega-la desprevenida. Havia algo muito bonito e tranquilizante em ver Caitlin sendo ela mesma, sem se preocupar com meta-humanos ou com o possível fim do mundo. Ela era tão linda, tão peculiar e hipnotizante, Barry se sentia honrado de tê-la ao seu lado.

Caitlin se virou para ele, seu doce sorriu desapareceu instantaneamente.

—Oi, pretty. – Barry tentou abraça-la, mas Caitlin recuou fingindo arrumar o armário de mantimentos. – Está tudo bem?

—Sim. – ela respondeu secamente, colocando alguns canecas na pia. – Você comprou o peru para a ceia de hoje?

—Já está na casa do Joe. – murmurou pegando um cookie em cima do fogão, Caitlin bateu na mão dele. – Aí.

—É pro Tommy.

—O nosso presente pra ele é biscoito?

—O nosso presente pra ele é o urso, os biscoitos são mais um agrado. – ela explicou pegando uma caixinha forrada com papel manteiga e colocando os biscoitos dentro. – Que horas vamos mesmo para Star City? Tenho que terminar de embrulhar os presentes.

—Você que sabe. – ele deu de ombros, Caitlin colocou a caixa com os biscoitos no balcão e se virou para o quarto, Barry a puxou pelo braço. – Você está bem?

—Claro. Por que não estaria? – ela forçou um sorriso, Barry arqueou a sobrancelha desconfiado, porem a soltou. Caitlin virou as costas, mas ele podia jurar que ouviu ela murmurar idiota.

Caitlin estava agindo estranho fazia quatro dias, estava irritada e o ignorava várias vezes ao dia, ontem havia saído mais cedo do laboratório e quando ele chegou em casa ela já estava dormindo. E era apenas nove da noite!

Suas investidas sorrateiras e tentativas não invasivas para saber a verdade, haviam sido destruídas e pisoteadas por sorriso secos e olhares gelados. Caitlin havia se fechado em um castelo de gelo inalcançável. Havia até pedido para Íris conversar com ela, mas quando foi perguntar para a West mais tarde sobre o que havia acontecido, adivinha só? ELA TAMBEM FICOU COM RAIVA DELE!

Cisco, obviamente, estava se divertindo com isso tudo, ele achava adorável todas as patadas que Barry levava, todos os nãos e respostas curtas que Caitlin dava. Pelo menos ele achava divertido, até o momento que Caitlin gritou com ele. Cisco que era um engenheiro renomado, um homem adulto que tomava suas próprias decisões, havia se encolhido de medo e apenas assentindo em afirmação. Foi a primeira vez em dias que Barry realmente gostou de ver uma Caitlin irritada.

Ele sabia que uma hora ou outra iria acabar descobrindo a verdade, mesmo Caitlin não querendo, ela ia acabar dando o braço a torcer, principalmente depois do que ele falaria naquela noite.

Pegou a caixinha preta do bolso e abriu. Um lindo anel de ouro branco com uma pedra de rubi descansava sobre uma almofada de veludo vermelho, se tudo desse certo, até o final daquela noite ele descobria o porquê de Caitlin está tão irritada e teria, muito provavelmente, uma noiva.

***

Natal é época de calmaria, é hora de encontrar os amigos, presentear as pessoas queridas, não era tempo para descaço ou mal humor, mas alguém não havia avisado isso a Caitlin Snow. Parecia que ela havia tirado o dia para ser superficial, Barry conhecia a namorada bem o suficiente para saber quando ela fingia ou escondia algo, mesmo que os outros não percebessem. Ele sabia que ela estava com a cabeça em outro lugar no momento em que quase derrubou um copo de vinho sobre o pequeno Thomas Queen.

Barry pegou Tommy no colo no momento em que a taça se espatifou no chão.

—Ai meu Deus. – Caitlin colocou a mão sobre a boca. – Sinto muito. – disse para Felicity que já corria para pegar a pá e um pano úmido. – Estou um pouco distraída hoje.

—Deu pra ver. – Barry murmurou e recebeu de presente um lindo olhar gelado de Caitlin. – Foi mal. - Tommy se remexeu em seus braços. – Ei garotão, que tal irmos atrás de sua mamãe.

Felicity Queen tentava -inutilmente, diga-se de passagem- abrir a tampa do detergente. Barry revirou os olhos, já vira Caitlin travar aquele tipo de batalha várias vezes ao dia, não era questão de força, mas sim de prática.

—Deixa que eu faço isso.

Felicity pegou Tommy e começou a conversar com o filho, enquanto Barry abria o detergente.

—Pronto! – afirmou colocando o produto sobre a pia.

—Ah, meu herói. – Felicity brincou.

—Hey! Posso saber o que está acontecendo aqui? – Oliver entrou na cozinha e foi direto pegar o filho no colo.

—Barry está me salvando do detergente maligno. – explicou Felicity pegando o pano úmido e um sacola para os cacos. – Cait quebrou uma taça e eu vou limpar.

—Ela está lá na sala tentando impedir o pequeno John de chegar perto.

—Ela está meio distraída hoje. – Felicity observou. – O que é que tá rolando?

—É isso que eu quero que você pergunte a ela. – Barry pediu. – Caitlin está estranha a vários dias e eu não sei o que fazer.

—O que você fez pra ela Barry? – Oliver pergunta acusatoriamente.

—Nada!

—Tem certeza?

—Claro...que não.

Felicity riu.

—Ok, já voltou.

Barry e Oliver observaram Felicity ir até Caitlin e ajudar com os cacos de vidro.

—Do que você acha que elas estão falando?

—Sobre como você é um idiota. – Oliver brincou. – Não é Tommy? Seu tio não é um idiota?

O bebê riu, Barry revirou os olhos.

—Você que é um idiota.

—Na verdade vocês dois que são idiotas. – disse Felicity tirando Tommy dos braços de Oliver e socando o braço de Barry.

—Aí!

—Caitlin está certa de ficar com raiva de você e Oliver, - ela se virou para o marido. – eu não te perdoo.

Então ela saiu sem olhar pra trás.

—O que diabos aconteceu aqui?

—Sério que você está perguntando isso pra mim? – Barry apertou o braço. – A única coisa que eu sei é que minha namorada é louca e os meus planos para hoje à noite vão por água abaixo.

—Felicity volta aqui. – Oliver correu atrás da esposa, enquanto Barry ficou para no meio da cozinha com cara de bobo.

***

Quem foi o idiota que disse que passar o feriado com a família era uma coisa legal?

Aquele era possivelmente o pior natal da vida de Barry, perdia apenas para aquele depois da morte de sua mãe. Caitlin conversava com Íris, enquanto ele estava jogado no sofá ao lado de Cisco. Era para ser a melhor noite de sua vida. Como foi aquela noite deu tão errado?

Conhecia Caitlin a anos e nunca tinha a visto daquele jeito, parecia distraída, perdida em seus pensamentos -possivelmente pensando em formas de mata-lo-, ela não era vingativa, e raramente se estressava, mesmo sobre a forma como viviam. Aquela não era sua Caitlin, não era mesmo.

—Então. – Joe se sentou na poltrona a frente dele. – Como anda as coisas com Caitlin?

Barry teve que se segurar para não revirar os olhos diante do sorriso de Joe.

—Na mesma.

—Então trata de arrumar o que você fez, porque eu já estou ficando tão estressado quando ela. – Cisco resmungo. – Caitlin não para de gritar comigo.

—Você está ficando sentimental. Está de TPM, Cisco? – Wally zombou, Jesse riu trocando soquinho com o namorado.

Cisco resmungou algo em espanhol e sorriu consigo mesmo. Barry tinha que arranjar amigos melhores.

—Allen é melhor você se desculpar logo, Caitlin é adorável quando não está estressada. – Barry adoraria ter como ignorar o comentário de Harry, mas ele tinha razão. Se levantou do sofá pronto para ter uma conversa definitiva com Caitlin, nem que precisasse tranca-la em um quarto.

—Caitlin podemos conversar um instante? – perguntou calmamente, sobre o olhar acusador de Íris.

Caitlin ponderou, curvou os lábios de um lado para outro.

—Ok. – ela disse, Íris sussurrou algo no ouvido dela, Caitlin assentiu. – Entendi.

Barry olhou para sua irmã adotiva, belo apoiou que ele tinha naquela casa. Puxou Caitlin para a cozinha, precisava de privacidade.

—Ok, agora você pode falar.

—Como?

—Você que me trouxe aqui, Barry.

O velocista respirou fundo. Estranhamente ele não conseguia ficar com raiva de Caitlin por muito tempo.

—Por que você está agindo assim? Por que está me ignorando?

—Eu não estou te ignorando. – ela cruzou os braços.

—Sério? Pretty, você está me ignorando completamente. Acha que eu não percebo? Você está dormindo mais cedo, não conversamos mais no café da manhã, nem assistimos nossas series juntos ou passeamos pelo parque, não discutimos mais sobre o que vamos comer no jantar, nem sobre o que vamos fazer no final de semana. – ele suspirou se encostando no fogão. – Você pode me dar uma luz sobre o que está acontecendo? Não aguentarei ficar mais tempo com você me ignorando assim, eu te amo Cait e me desculpa se eu fiz qualquer coisa que te magoou, não foi minha intenção.

Caitlin mordeu o lábio inferior, Barry considerava aquilo como um bom sinal, já que quando ela fazia isso, era quase como se arrependesse de algo.

—Você esqueceu o nosso aniversario de namoro, Barry. – ela disse de maneira triste, ele engoliu seco.

—Não esquece não.

—Esqueceu sim.

—Não é verdade, nosso aniversario é hoje.

Caitlin cruzou os braços.

—Sério? Nosso aniversario foi a quatro dias Barry! E você não se lembrou. Eu tentei ser a mais prestativa possível, mas obviamente você foi lerdo demais para perceber. – o tom de voz de Caitlin se alterou. – É por isso que eu estou com raiva.

Barry estava bem confuso para falar a verdade, mas também estava frustrado e irritado com sigo mesmo. Como ele havia conseguido trocar as datas? Caitlin tinha realmente razão de ficar com raiva dele. Mas ele tinha uma justificativa muito boa para isso, no início daquele dia 20 ele havia ido até Coast City para pegar o anel de noivado, depois foi atacado por um meta-humano, então teve que ir para a delegacia cuidar de um caso atrasado. Ai quando finalmente chegou em casa, Caitlin já estava vestida para sair, ele não teve outra opção senão ir junto, estava com a cabeça em outro lugar, por isso não prestou atenção no que eles haviam conversado ou se é que haviam conversado.

—Eu posso explicar. – pediu pegando a mão dela. – Aquele dia foi muito estranho pra mim.

Ela arqueou a sobrancelha.

—Sério?

—Ok, vamos tentar de novo. – Barry respirou fundo, aquela era usa chance. – Caitlin se lembra quando fomos visitar sua mãe no último final de semana e ela meio que esfregou na minha cara que suas primas já estavam noivas, e você não.

—Sei, eu quase soquei Sierra por dar em cima de você. Foi um lindo jantar.

Eles riram, o clima se tornou mais agradável.

—Mas sua mãe estava certa Cait. Já faz mais de três anos que estamos juntos, moramos juntos e trabalhamos juntos. – Caitlin arqueou a sobrancelha intrigada. – Eu sei de todas suas manias, seus defeitos, suas qualidades, sei de suas paranoias e sei sobre seus pesadelos, sei dos seus medos e de seus maiores sonhos. E sei, com toda a certeza do mundo, que eu quero passar o resto da minha vida com você. – ele soltou a mão dela e retirou a caixinha do bolso. – Caitlin Snow. – se ajoelhou, Cait colocou a mão sobre a boca e também se ajoelhou a frente dele completamente surpresa. – Eu passei os últimos quatro dias tentando criar coragem para fazer isso, eu te amo e quero ficar com você pra sempre. Casa comigo?

Caitlin já estava preste a chorar, de emoção, Barry agradecia por isso. Ela assentiu em confirmação, ele pegou sua mão direita e colocou o anel no dedo anelar. Eles se abraçaram, Cisco apareceu na porta com o maior sorriso que conseguia, Íris apareceu ao seu lado com os olhos lagrimejando e Joe apareceu atrás deles puxando os dois pelas orelhas.

—Eu sinto muito por ter agindo como uma vadia nesses últimos dias. – Caitlin se afastou dele com um sorriso que não cabia em seu rosto. – Ai meu Deus eu vou me casar de novo.

—Que tal a gente tirar a parte do de novo e deixar só a parte do casar. – ele pediu. Cait riu e voltou o olhar para a própria mão.

—É lindo.

—E feito sobe medida. É único, tive que pedir alguns favores para conseguir esse anel. Mas eu não quero me gabar. – deu de ombros.

Caitlin se aproximou dele, deixando seus lábios a milímetros de distância.

—Feliz natal, sr. Allen.

—Feliz natal, futura sra. Allen. – sussurrou antes de beija-la.


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