State of Grace escrita por Edmayra McHale


Capítulo 8
Say you'll be my Nightingale




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5 de janeiro de 2019

O dia havia amanhecido um tanto nublado, fazendo a mulher ter ainda menos vontade de se levantar. Seu corpo estava pesado, apesar de ter tido boas horas de sono. Talvez pelo fato de não ter sonhado, sentia que não havia descansado o suficiente.

Por um lado, foi bom, já que, sem sonhos, também significa "sem pesadelos". Ela não aguentava mais pensar no que aconteceria se o marido a alcançasse. Sentou na cama e sentiu o peso do mundo em sua cabeça, levando uma das mãos à têmpora e massageando para aliviar o incômodo.

Após se aprontar para trabalhar, começou a preparar seu café. Sentiu uma sensação estranha, que fez seu estômago revirar, e olhou em direção à porta, mas quase pulou de susto ao ouvir seu celular tocar, limpando as mãos no pano de prato para atender a chamada.

— Oi, vovó. — Sorriu de leve ao ouvir a mais velha lhe desejar um "bom dia" do outro lado, pondo o aparelho entre o ombro e o rosto enquanto voltava para o fogão. — Eu não estou comendo cereal e comida congelada, eu prometo.

Que bom, não queria mesmo ter essa conversa com você de novo — brincou, mexendo em algo que fez certo barulho do outro lado, atiçando a curiosidade da neta, mas que preferiu não dizer nada. — Eu vou à cidade fazer algumas coisas hoje, pensei em passar para ver como está…

— É claro, vovó. — Soltou um breve suspiro, pondo sua omelete no prato, e olhou para o relógio. — Eu vou trabalhar até às quatro, mas posso deixar a chave com os Mikaelson, não sei se o bar já está aberto a essa hora…

Eu também posso passar no seu trabalho e vamos juntas — sugeriu.

Mackenzie notou certa ansiedade na voz da avó, então, ajustou sua postura e mordeu levemente o lábio enquanto pensava em como perguntar o motivo. Será que Hayley havia dito algo a ela sobre o incidente do dia anterior? Ou era apenas o seu instinto?

— Vovó — chamou-a num tom calmo, ouvindo-a apenas murmurar algo do outro lado, pedindo que continuasse. — A senhora está bem, não é? Só está querendo ver se o lugar onde trabalho é seguro o suficiente? — brincou, tentando disfarçar, mas acabou suspirando assim que a ouviu fazer o mesmo.

Eu vi que o Elijah ligou bem cedo para a Hayley ontem — Mary contou, passando a mão livre pelos cabelos grisalhos, e olhou ao redor para ter certeza de que o neto não estava por perto. — Na velocidade que ela saiu daqui, imaginei que pudesse ser algo com você. Fiquei esperando, mas você não me ligou e nem ela disse nada…

— Eu estou bem — garantiu, abaixando um pouco a cabeça. Não queria preocupá-la com aquilo, afinal, já haviam lidado com o assunto por ela. Deixou um novo suspiro escapar por seus lábios. — Mas você pode sim aparecer na clínica, tenho certeza de que vai adorar a minha chefe — brincou para mudar de assunto.

Por quê? Ela gosta de te dar puxões de orelha também? — rebateu, rindo junto à neta.

— Eu não sei, mas talvez eu só não tenha dado motivos ainda.

Conversaram um pouco mais até que a mais nova precisou desligar para comer e sair para trabalhar. Na saída do bairro francês, passou os dedos pelo amuleto em seu cordão inconscientemente ao notar uma discreta rachadura na calçada do prédio bem em frente ao seu. Talvez fosse uma boa ideia passar na casa dos Mikaelson e conferir se estava tudo bem. Mas aquilo seria um assunto para outra hora.

 

 

Sentado no que costumava ser o escritório de seu pai, Trevor observava a bagunça que fizera há algumas noites. Os moradores da pequena comunidade Lupin ainda estavam assustados com a morte de Daniel e com a acusação que o primogênito fizera ao rapaz que ele tratava como um filho. Encontrá-lo na cena sozinho só facilitou as coisas para virar tudo a seu favor. Além do próprio Oliver, nenhum dos moradores suspeitaria dele.

“As aparências enganam” nunca fez tanto sentido.

Talvez sua situação passasse despercebida. Afinal, todos sabiam o quão próximos Oliver e sua esposa eram, ela havia fugido há alguns dias. Poderiam pensar que os dois tiveram um caso, que foi descoberto por Daniel, não é? Ele havia encontrado o “quem” e o “porquê”, o “como” havia ficado bem explícito na sala de estar de seu pai.

Um longo suspiro frustrado escapou por seus lábios quando ouviu passos se aproximarem da porta. Trevor passou as mãos pela testa, parecendo puxar seus cabelos ainda mais para trás quando alcançaram os fios, e entrelaçou os dedos em sua nuca. Encarou a porta, por onde um rapaz mais novo surgiu.

— Ele acordou — contou o rapaz com uma jaqueta jeans, levando as mãos aos bolsos na falsa tentativa de esconder seu nervosismo.

— Obrigado, Lance. — Assentiu e se levantou da cadeira, respirando profundamente ao seguir até a porta, sendo acompanhado pelo mais novo até um depósito numa área mais afastada da propriedade, uma estrutura parecida com um celeiro.

Assim que se aproximaram, a porta deslizou para abrir. Trevor olhou ao redor, avistando o pequeno grupo nos fundos do local. Parou em frente à porteira e sorriu satisfeito por sua visão. Um Oliver atordoado estava de joelhos no centro do espaço, com os pulsos presos por correntes na viga reforçada do teto. Um longo suspiro escapou pelos lábios do Blake e os ombros relaxaram, levando as mãos aos bolsos.

— Você não tem ideia do quanto meu coração se parte te vendo desse jeito, Oli — disse num tom debochado, atraindo o olhar do loiro para si. — Tenho certeza de que sua fuga repentina não tem nada a ver com se encontrar com a minha esposa, não é? — Suas expressões mudaram completamente.

A de Trevor, passou de zombeteiro para irritado, já a de Oliver, passou de atordoado para determinado, o que irritou o novo alfa ainda mais. No entanto, o moreno teve uma ideia para quebrar toda aquela confiança e deixou que um sorriso um tanto macabro tomasse conta de seu rosto.

— Não se preocupe, estarão reunidos em breve, ela já deve estar a caminho de casa a essa altura — contou, ajeitando sua postura, tentando parecer superior. — Gale está nos fazendo um enorme favor em reunir nossa família novamente. — O viu fechar os punhos com força antes de tentar avançar, mas começou a rir quando o loiro foi puxado de volta pelas correntes e urrou de dor. — É uma pena que talvez você não esteja mais aqui para ver, mas não se preocupe... Eu digo a ela que deixou um beijo. — Soltou uma piscadela para ele, passando a língua pelos lábios, e sorriu, fazendo sinal para seus homens antes de se retirar, sendo seguido por uma figura ruiva. — Alguma notícia do Gale? — perguntou tão baixo quanto pôde.

— Ainda não, mas a Delilah ligou. Disse que estão prontos — contou, seguindo os passos de seu líder, e suspirou ao sentir a mão dele apertar seu ombro.

— Obrigado, Iannick, vamos levá-lo até ela. Bom trabalho — elogiou e pegou seu celular, caminhando até sua cabana.

 

Após outro soco de um dos capangas para que ficasse quieto, Oliver cuspiu um pouco de seu sangue no chão de terra, tentando ajeitar sua postura, mas falhou miseravelmente. Sentia suas costas ardendo, mas não havia nada que pudesse fazer. Ouviu Iannick chamar pelo sujeito ao seu lado e, então, murmurar algo. Os dois se retiraram, deixando o loiro com o rapaz mais novo do grupo. Oli balançou levemente sua cabeça em negação e segurou as correntes firmemente para erguer seu corpo, tentando se apoiar nas próprias pernas, mesmo que estivessem fracas.

— Sabe que não precisa fazer parte disso, não é, Lance? — perguntou num tom baixo, recebendo o olhar do caçula, e sorriu de lado. — Você não é como ele. Não é como nenhum deles.

— E como quem eu deveria ser, Oliver? — Lawrence rebateu num tom frustrado, aproximando-se alguns passos para ficar de frente para o loiro. — Como Daniel, que trai a esposa? Ou como você, que rouba a mulher do melhor amigo e a ajuda a fugir?

— Não foi isso o que aconteceu — garantiu, deixando que um longo suspiro cansado escapasse por seus lábios. — Não escute as mentiras que ele conta, você é mais inteligente do que isso…

— Você está mesmo chamando o meu irmão de mentiroso? — perguntou num tom mais alto, forçando um riso ao notar a expressão de surpresa no rosto do outro. — É. Surpresa. Eu sim sou o irmão dele, e não vou traí-lo como você fez!

— Lance — chamou-o num tom baixo, mas ouviu a voz do ruivo junto a sua, num tom um pouco mais rude e repreensivo.

— O que eu disse? Olhos abertos e boca fechada — continuou, vendo o mais novo abaixar a cabeça num pedido silencioso de desculpas. — Abra as portas do carro, já estamos indo — mandou e apertou seu ombro com a mão livre, puxando algo do bolso com a outra, se aproximando do prisioneiro. — Não deixe as coisas mais difíceis do que precisam ser, Oli — disse num tom autoritário, quase o encarando quando viu o loiro recuar, fazendo as correntes rangerem, mas elas logo sofreram um puxão do outro lobo, deixando Oliver suspenso a alguns centímetros do chão.

Iannick segurou suas pernas e injetou o que quer que fosse nele. Puderam ouvir seu resmungo de dor, mas Oli logo perdeu suas forças e desmaiou. O ruivo olhou para o colega, sinalizando para que pegasse o lobo desacordado, e seguiu em direção ao furgão, onde Lance os aguardava com as portas traseiras abertas. O homem que carregava Oliver se aproximou e praticamente jogou o loiro na carroceria antes que Iannick entrasse para prender as correntes mais uma vez.

— Precisa mesmo disso tudo? — o mais novo resmungou, desconfortável como o modo que o tratavam. Como se fosse uma bagagem qualquer e não uma pessoa com quem conviveram os últimos anos.

— Não questione, garoto — o barbudo lhe repreendeu, fechando as portas, e fez sinal para que ele saísse da frente, logo antes que Trevor chamasse pelo caçula, seguindo até o banco do motorista.

Trevor aguardou um pouco, falando ao celular, e parou na porta do carro à frente do furgão. Quando Lance se aproximou, fez sinal para que ele entrasse no carona e assumiu seu lugar ao motorista. O mais novo seguiu suas instruções, passando uma das mãos pelos cabelos, e suspirou ao notar que o irmão não deixaria o celular, então, pegou o seu junto aos fones de ouvido, escolhendo alguma música para tentar se distrair no caminho.

 

 

Como havia suspeitado, Mackenzie enviou o endereço da clínica à avó e Mary apareceu com dois potes de bolo. Um para os pacientes do local e outro para a pequena equipe. Enquanto observava o movimento e esperava que sua neta pudesse ir embora, a senhora Dumas ficou conversando com algumas das mães que acompanhavam seus filhos. Mack pôde ouvir dicas para fazê-los comer melhor, algumas ervas para aliviar dores e afins, mas também notou que, algumas vezes, falava do quanto se orgulhava da neta por estar ajudando as pessoas.

Quando os últimos pacientes deixaram a clínica, Mackenzie os acompanhou para fechar a porta, então, virou-se para a avó e cruzou os braços, estreitando um pouco os olhos.

— Não precisava ter passado a tarde inteira aqui me vigiando — brincou, conseguindo uma careta da mais velha, que se levantou.

— Não passei a tarde inteira te vigiando, só estava vendo você fazer o seu trabalho — garantiu, segurando seus braços levemente, e beijou o rosto da neta, observando-a atentamente. — E você foi incrível.

— Nisso eu concordo — Keelin comentou, aproximando-se com a bolsa em seu braço, e as observou, sorrindo de leve ao parar sua atenção na senhora. — Ela tem jeito para acalmar as pessoas, acho que deve ser de família, não é? — Soltou uma piscadela, lembrando-se de quando Mary ajudou a acalmar um menino ainda na recepção.

— Dois filhos, dois netos e uma bisneta, sem contar nas crianças da comunidade, a essa altura, eu acho que já sou uma encantadora — brincou, ouvindo a mais nova concordar.

— Ela tem um jeito especial com as pessoas no geral, eu diria que é impossível resistir ao charme dela, ainda mais quando cozinha. — A Kenner abraçou a mais velha de lado pelos ombros, depositando um beijo demorado no topo de sua cabeça, e riu baixo, mas logo a soltou. — Vou pegar minhas coisas — avisou e seguiu para a área de descanso dos funcionários.

Keelin procurou pelas chaves do carro na bolsa, mas logo notou certa hesitação na mulher ainda parada na sala de espera. Talvez ela soubesse o motivo, mas tinha medo de mexer em algo que sua enfermeira ainda não estava pronta para compartilhar com a família.

— Está tudo bem? — Decidiu perguntar, ouvindo o suspiro preocupado da mais velha, e sorriu de lado, um tanto acolhedora.

— Já sentiu como se alguém estivesse te escondendo algo? — Mary perguntou num tom baixo, sem desviar seu olhar da direção que a neta havia seguido. — Não que seja por mal, mas…

— Você a sente distante — completou, ouvindo a mais velha concordar, e se aproximou, segurando sua mão firmemente, atraindo o olhar dela para si. — Eu vou ficar de olho nela e estarei bem aqui se ela precisar — garantiu.

— Obrigada, eu mal te conheço, mas vejo que é boa para ela. — Mary sorriu um pouco mais tranquila, apertando a mão da médica entre as suas, e beijou seu rosto, soltando um longo suspiro, mas retomou sua postura ao ouvir os passos da neta se aproximando novamente.

— Vocês vão fazer alguma coisa agora? — a doutora Malraux perguntou curiosa, saindo de um devaneio repentino, e dividiu seu olhar entre a dupla, que apenas negou com a cabeça. — Ótimo, vamos tomar um café, quero saber um pouco mais sobre a minha enfermeira e conhecer mais alguns truques com ervas — brincou, guiando-as até a saída da clínica.

 

 

Quando estacionou o carro, Mackenzie pegou sua bolsa e desceu, trancando o veículo antes de procurar pela chave do portão. No caminho até a calçada, acabou esbarrando em um homem, fazendo seu chaveiro cair no chão. Enquanto pedia desculpas, viu a silhueta de longos cabelos loiros se abaixar, mas seus olhos arregalaram ao reconhecê-lo.

— Oli?

— Não achou que eu te deixaria sozinha por muito tempo, não é? — Ele sorriu, abrindo os braços a tempo de recebê-la num forte abraço, e depositou um beijo no topo de sua cabeça.

Mack fechou os olhos com força, se acomodando nos braços do amigo, e o apertou com todas as forças que seu corpo cansado conseguiu reunir. Uma sensação de alívio tomou conta de seu peito, deixando que um longo suspiro escapasse por seus lábios, mas ela sentiu algumas lágrimas escorrerem por seu rosto.

— Estou com você, não precisa mais se preocupar — ele disse num tom baixo, afagando os cabelos dela com uma das mãos, e a apertou um pouco mais antes de afastar-se apenas o suficiente para observar a morena, enxugando seu rosto com o polegar da mão livre. — E eu odeio quando você chora. — Fez um breve beicinho, mas logo acompanhou o sorriso dela.

— Não fiz de propósito. — A mulher riu fraco, passando a mão pelo rosto, e respirou fundo, pegando sua chave, ainda na mão dele, abrindo o portão. Fez sinal para que ele entrasse à sua frente e trancou a fechadura logo atrás, seguindo em direção ao apartamento.

Assim que entraram, ela jogou a chave e a bolsa sobre o armário próximo à porta, acompanhando o homem com o olhar até que alcançasse a janela da sala, do outro lado do cômodo. Ele afastou a cortina e deu uma breve olhada na rua movimentada antes de voltar sua atenção a ela com um pequeno sorriso no rosto.

— Eu não sabia que você gostava de baderna — Oliver provocou a amiga, que deu de ombros antes de se aproximar.

— Eu fiquei muito tempo quieta no meio do nada — defendeu-se, cruzando os braços, e parou próxima ao sofá. — O barulho não me incomoda tanto, na verdade, às vezes, até me ajuda a dormir.

O loiro estranhou ao notá-la desviar o olhar, parecendo pensativa com algo, e se aproximou, apertando levemente os ombros da morena para atrair sua atenção. Ele sabia que tinha algo errado.

— Eu não sei se vou ficar aqui por muito tempo... — ela murmurou, soltando um longo suspiro ao erguer sua atenção para o amigo, e encolheu um pouco seus ombros. — Ele me encontrou... Bem, o Gale me encontrou, eu não sei se contou a ele ou se veio a mando dele... — Passou as mãos pelos cabelos, esfregando o rosto em seguida, e se acomodou quando o amigo lhe abraçou de novo.

— Ele já teria vindo, mas eu acho que ele não está tão preocupado com isso agora — comentou, respirando fundo, e segurou o rosto da Kenner entre as mãos, sentindo certo peso em seu peito por ser aquele a dar a notícia. — O Daniel faleceu há algumas noites…

— O quê?

O espanto assumiu o rosto dela nos primeiros instantes. Mackenzie não queria acreditar, mas a seriedade no olhar dele e sua garganta fechando lhe provavam o contrário. Então, lembrou-se da ligação.

"Algumas noites", as palavras ecoaram por sua mente por poucos segundos, mas qualquer outro pensamento foi interrompido pelo fato de que nunca mais encontraria o homem que havia sido seu pai nos últimos anos.

Seu corpo se encolheu, as forças de seus membros se esvaíram e ela logo foi de encontro ao chão. As mãos cobriram o rosto para abafar o choro, mas sua situação apenas piorou ao sentir um corpo apoiar o seu.

Oliver e Daniel sempre foram seu porto seguro. Já havia perdido o marido ao descobrir que ele não era quem pensava, agora havia perdido sua figura paterna. Só lhe restava o amigo. Por mais que seu peito pesasse com a perda, seu coração estava um pouco aliviado por ao menos tê-lo ali para lhe consolar.

— Eu estou aqui — o homem sussurrou próximo ao ouvido dela, afagando seus cabelos e acariciando suas costas, soltando um longo suspiro enquanto o mundo da amiga desmoronava em seus braços.


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