(ANTIGA VERSÃO) - Antes do Imprinting escrita por thaisdowattpad


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

ACABEI VOLTANDO DA VIAGEM ANTES DO DIA, POIS MEU TIO NÃO TAVA AGUENTANDO O CALOR DE MG. PORÉM, OS DIAS QUE ESTIVE LÁ NÃO CONSEGUI ESCREVER NADA. POR SORTE, DURANTE A VIAGEM DE VOLTA EU CONSEGUI TER IDEIAS E ESCREVER UM CAPÍTULO. O PRÓXIMO JÁ ESTÁ EM MENTE, MAS VOU ESCREVÊ-LO SÓ MAIS TARDE. [] FELIZ ANO NOVO, LEITORES! ♥



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Os dias se passaram e Sarah ainda esperava ansiosamente pelo retorno de Jacob. Todos os dias, ao sair da escola, esperava encontra-lo do outro lado da calçada, encostado em sua moto e sorrindo para lhe mostrar que estava tudo bem. Porém, nada disso aconteceu. Tudo o que ela encontrava ao sair pelos portões da Forks High School eram os típicos rostos de sempre, que já havia decorado em quase seis meses de aula.
Ela continuou a visitar os amigos lobos em La Push, porém não conseguia mais acompanhar o ritmo de brincadeiras deles. Estava chateada e um pouco de culpa incomodava dentro de si pensando que uma de suas brincadeiras havia contribuído para o desaparecimento de Jacob. Então, brincava com menos frequência, por medo de ferir mais alguém.
Sarah passava horas da noite imaginando o que diria ao amigo quando ele voltasse, e sempre acabava indo para a escola repleta de olheiras e sem algo digno para ser dito caso acontecesse o retorno naquele dia. Ela estava exausta, mas jamais pensou em desistir. Não conseguia mais disfarçar sua exaustão, mas ainda assim não pensava em desistir.
Várias vezes, durante o jantar, pegou olhares preocupados de seus avós, obviamente reparando seu rosto abatido e mais pálido do que antes, mas sempre usou a desculpa de que andava estudando bastante para fechar o semestre com ótimas notas. Ela sabia que seus avós eram experientes demais para cair nessa história fiada, mas eles acabavam assentindo em silêncio e voltando para suas refeições.
Ao fim de mais um dia de aula, Sarah caminhou preguiçosamente pelo corredor abarrotado de alunos. Cumprimentou alguns conhecidos, foi até seu armário buscar algumas coisas e então seguiu para a biblioteca para pegar alguns livros e reforçar sua mentira para seus avós.
Ela passeava devagar pelas estantes de livros, lendo nas legendas o assunto ou matéria destinado a cada uma delas, quando seu olhar vagou despreocupadamente para além da janela; seu coração quase saiu pela boca e ela teve de se segurar na parede para não cair de joelhos ao se deparar com um garoto de costas no estacionamento, costas cujo ela reconheceu de imediato.
Esquecendo a ideia em levar livros para casa, Sarah se desculpou com a bibliotecária e saiu em disparada corredor à fora. Suas pernas falhavam vez ou outra, devido um misto de ansiedade e nervosismo, mas ela não parava para evitar uma queda, ela não se importava em se machucar, contando que pudesse chegar logo ao estacionamento.
Assim que passou, como um raio, pela porta de saída do prédio em que estava, Sarah seguiu aos tropeços em direção ao garoto de costas.
— Ja… Jacob? — ela gritou, completamente sem ar.
Ao ouvir aquele chamado, o garoto se virou para encarar Sarah. Ela quase caiu de joelhos quando se deparou com Seth ao invés de Jacob. Sempre havia reparado que ele possuía alguns traços de Jacob e que isso ia aumentando conforme ele ia crescendo, mas nunca odiou tanto uma semelhança. Ela quis socar o amigo, mesmo ele não tendo culpa de sua aparência. Mas tudo o que fez foi esconder o rosto nas mãos e começar a chorar.
— Por favor, me diz que você tem alguma notícia… — Sarah soltou alguns soluços enquanto chorava; Seth se aproximou da amiga e a abraçou de lado.
— Infelizmente nada de Jacob, mas… Tem algo te esperando em casa. Eu estava indo te esperar lá para levá-la à La Push e acabei me deparando com a situação. — explicou; Sarah mal terminou de ouvir e então saiu correndo com destino à sua casa.
Ela não sabia o que a aguardava, mas tinha ansiedade em logo saber. Seu peito tremia com a respiração cansada ao correr em excesso pela segunda vez, a testa estava suado e a mochila pulava em suas costas enquanto ela acelerava cada vez mais.
Até que a garota virou a esquina e se deparou com a luz da sirene da viatura do chefe Swan estacionada em frente à sua casa. Sarah parou por alguns segundos para tentar controlar sua respiração e a onda de pânico que dominou seu corpo, e então correu para a porta de entrada sem antes deixar de reparar a presença de seus amigos Quileutes discretamente na entrada do bosque atrás de sua casa.
— Vovó… vovô… Está tudo bem por aqui? — ela entrou correndo.
— Até que enfim, Sarah! — seu pai arfou, ansioso; a garota o encarou e depois escorregou o olhar para um pouco mais ao lado.
Sua avó estava amparada por sua mãe e ambas choravam. Charlie Swan segurava um copo com água e vez ou outra oferecia para a senhora abalada, que sempre negava.
— O que está acontecendo? Espera… Cadê o vovô? — Sarah voltou a tremer quando se deu por conta de uma ausência ali.
Fez-se um silêncio demorado e irritante, até Charlie quebra-lo por saber que mais ninguém ousaria.
— Seu avô saiu para fotografar hoje de manhã no bosque e não voltou. A câmera dele estava alguns pés de distância da entrada. Já mandei espalhar cartazes e vamos fazer patrulhas pela mata. Tenho certeza de que seu avô está bem! — o policial explicou.
Sarah arfou de surpresa e levou as mãos à boca enquanto lágrimas transbordavam de seus olhos. Seu pai tentou se aproximar, porém ela deu um passo para trás.
— Não! — balançou a cabeça — Não, não, não… — gemeu enquanto corria para a porta, ignorava os chamados por seu nome, e corria para fora.
Ela mal pisou na calçada e Seth se aproximou.
— Sam está à caminho para procurarmos seu avô. Só tem um problema… tem uma parte da floresta que não podemos ultrapassar. Seria quebra de acordo entre nós e ostras pessoas como nós! — ele explicou, visivelmente chateado.
— Mas vamos dar nosso melhor! — Paul complementou, aparecendo logo em seguida.
Sarah assentiu e encarou os outros rostos que se aproximaram. Apesar de estar péssima, completamente em pânico com o que pode ter acontecido com seu avô, a garota sentiu-se bem em ter aqueles grandalhões por perto. Sentiu-se segura, sentiu-se aninhada. Mas ainda assim não pode evitar em sentir falta de um rosto entre aqueles. Não pode deixar de sentir falta de Jacob, o seu lobo favorito.

xXx

As buscas começaram durante a noite, quando policiais paravam a ronda pela floresta e não havia mais risco em os lobos serem vistos.
A todo tempo eles se comunicavam. Vez ou outra paravam em uma suspeita de faro, mas logo voltavam a correr ao notar que não era nada relevante. Seth estava caminhando um pouco afastado do grupo, logo atrás de sua irmã Leah e à frente de Paul.
“Jake, pode me ouvir?” Seth arriscou e atraiu o olhar dos outros lobos.
“O que está fazendo? Sabe que é perda de tempo tanto quanto é procurar o velho.” Leah rosnou para o irmão.
“O velho é avô de Sarah, nossa amiga. Mais consideração, por favor.” Paul tratou logo de retrucar.
“Jake?” Insistiu Seth.
“Jake, cara, você não pode sumir para sempre!” Jared reforçou a tentativa de Seth.
“Jake, por favor, ela está precisando de você. Nós precisamos de você!” Seth continuou, parando de repente e olhando para cima.
Os outros lobos fizeram o mesmo assim que um uivo ecoou pelo silêncio da reserva, um uivo familiar. Sam uivou de volta e os outros lobos o acompanharam.

xXx

O corpo estava encolhido e os olhos ardiam pelo excesso de lágrimas à tarde inteira. Sarah estava deitada em posição fetal em sua cama e não conseguia tirar os olhos da porta, rezando para que seu avô entrasse por ela a qualquer momento. Estava com uma maldita dor de cabeça pela preocupação e por não conseguir comer o dia inteiro.
Assim que piscou de maneira demorada por estar exausta, física e psicologicamente, Sarah assustou-se ao abrir os olhos e ver pernas masculinas adentrando seu quarto. Ela pulou para se sentar e prendeu a respiração ao focar o olhar na pessoa. Mas logo ela soltou a respiração lentamente à medida que levava as mãos ao rosto e coçava os olhos, frustrada.
— Será que dava para você avisar ao invés de ir entrando? Sabe que eu estava esperando outra pessoa... — ela resmungou para o pai.
— Desculpe, querida, eu até pensei que estivesse dormindo! — o homem lamentou e se sentou em uma beirada da cama.
— Tudo bem, eu que devo desculpas por minha grosseria... — tratou de se redimir e mirou o olhar nos dois copos nas mãos de seu pai — Um desses é para mim? — mudou de assunto e sorriu fraco.
— Oh, sim... — sr. Hart entregou o copo para a filha — Eu aproveitei que sua mãe e sua avó pegaram no sono e resolvi fazer algo para nós dois. Digamos que apanhei um pouco, mas acho que dá para engolir! — e riu.
— Hum... Acabei de engolir um caroço. Espero que isso não me machuque quando for sair! — Sarah brincou após um gole do suco.
— Eu disse que apanhei para fazer... — o adulto deu de ombros.
Fez se silêncio entre os dois enquanto os copos eram esvaziados. Vez ou outra, pai e filha se encaravam, olhavam simultaneamente para a janela e a porta, e então desviavam o olhar para lugares diferentes. O homem foi o primeiro a terminar e então se levantou.
— Vou tentar melhorar o suco para o jantar! — ele avisou.
— Quer ajuda, pai? — Sarah se ofereceu, entregando seu copo vazio ao pai.
— Não, eu quero fazer isso sozinho. Preciso aprender a fazer esse suco, é importante para mim porque ele era o favorito de seu avô... — fitou o fundo do copo e soltou um suspiro tristonho.
Era? Não é mais? — a garota se levantou, a respiração começando a se agitar — Pai, não acredito que você está tratando o vovô como passado. Não acredito que perdeu as esperanças de que ele vai voltar são e salvo! — se exaltou.
— Eu sinto muito se não consigo ter a mesma positividade que você e sua avó, Sarah! — defendeu-se sr. Hart.
— Argh! — Sarah rosnou e avançou para o cabideiro atrás de sua porta.
— O que está fazendo? — o pai a encarou.
— Não é óbvio? — ela vestiu um casaco e fechou o zíper — Vou espairecer. Não quero ficar perto de alguém tão negativo! — e saiu porta à fora, deixando seu pai em silêncio no quarto.

xXx

Já fazia alguns minutos em que Sarah havia entrado na parte da floresta proibida aos seus amigos lobos. Ela caminhava sempre com cuidado para não escorregar no chão úmido e novamente machucar seu braço quase totalmente recuperado. O único momento em que ela perdia a atenção do chão era quando ouvia algum ruído por perto e girava o corpo rapidamente para procurar o que era. Por sorte, sempre não passava de sons típicos da natureza.
Quando o frio havia aumentado e suas pernas começaram a doer, Sarah se encostou em uma árvore e se encolheu ali. Ela abraçou o próprio corpo e ficou olhando ao redor e vez ou outra para o céu escondido pelas altas árvores. Tudo o que ela conseguia ver era uma pequena parte dele, por uma mínima fresta entre as folhas e galhos. E de repente ela se sentiu sufocada. Ela prendeu a respiração alguns segundos e quando soltou o ar outra vez começou a chorar. Se encolheu mais ainda contra a árvore e soluçou alto, enquanto respirava de maneira trêmula ao mesmo tempo que tentava controlar o choro.
A garota chorou por um longo tempo, até que desabou no chão mesmo sabendo que ficaria com a roupa úmida e suja, e chorou por mais um tempo, parando apenas quando acabou pegando no sono.
Mas isso não durou muito.
Acabou acordando assim que sonhou com Jacob, e no sonho ele corria como lobo cada vez mais longe de Forks, na verdade ela não reconheceu o lugar em que ele estava, mas ele corria sem se importar com o que ficava para trás, sem se importar com ela.
— Jacob! — ela berrou, despertando de repente, e observou ao redor o seu grito ecoar pelas árvores.
Outra vez Sarah começou a chorar. Em seguida ela começou a correr, cega pelas lágrimas e pela escuridão, não mais se importando em tropeçar e cair, só não queria ficar parada e correr o risco em cochilar e sonhar com Jacob outra vez. Ela queria esquecê-lo, assim como ele fez com a amizade dela.
Não, não, eu não posso.... Ahhhhhh... Ai! Sarah! Sarah, foge daqu... Ai! Não... — uma voz conhecida chamou-a.
Sarah parou de correr imediatamente e seu corpo inteiro congelou, apesar do grosso casaco em que ela estava vestida. Ela teve dificuldade de respirar por alguns segundos enquanto caía ao entendimento, e um tempo depois ela soltou a respiração enquanto voltava a chorar.
— Vovô! — ela berrou enquanto começava a correr em direção à voz — Vovô, onde você está? — parou e olhou em volta, sem saber de onde havia vindo a voz.
Fuja, Sarah. É perigoso! É uma armadilha! — vovô Hart voltou a berrar, desa vez não muito longe de onde a neta estava.
— Não vou fugir e deixá-lo aí! — ela protestou e correu em direção à voz.
Mais alguns passos apressados e então ela se deparou com o avô pendurado pelos pulsos em um galho, iluminado pela luz da lua por uma pequena fresta entre as árvores, onde dava para notar que ele estava ensopado de suor e sangue.
Sangue.
Sarah desesperou-se ao reparar esse detalhe. Ela apertou os lábios para segurar um grito angustiado que tentou escapar, e então correu em direção ao avô, ainda com malditas lágrimas dificultando sua visão. A garota estava quase chegando perto, quando um vulto passou à sua frente. Ela reforçou os olhos no local pouco iluminado e então reparou ser uma garota de menos de 20 anos, longos cabelos lisos e castanhos, pálida e magricela. Sua boca estava repleta de sangue, o que acabou por preocupar Sarah.
— Oh, céus, você também está ferida! — Sarah arfou e tentou se aproximar da garota.
— Sarah, não! — vovô Hart berrou, angustiado.
— Cale a boca, velho! — a garota se virou rapidamente e acertou o homem com um soco; imediatamente ele perdeu a consciência.
— O que pensa que está fazendo, sua maldita? — Sarah berrou para a garota, completamente irada com a atitude da mesma.
— Calma, queridinha, também vou te dar um pouco de atenção... — gargalhou a garota, enquanto abria um sorriso diabólico.
No momento seguinte, Sarah pode ver o rosto jovem da garota ficar diferente. Ao invés da beleza notável, agora era algo assustador. Os olhos ficaram negros e a esclera mudou de branca para vermelha. Abaixo dos olhos ficou com dezenas de riscos que pareciam rachaduras, mas o que a assustou de verdade foi o fato da garota ter rosnado para ela e presas pontiagudas terem surgido em seguida.
— Que merda é essa? — Sarah sussurrou e deu um passo para trás, completamente trêmula.
E a garota a atacou. Sarah foi jogada para o chão, próxima à uma árvore, e bateu com a cabeça no tronco. A floresta girou diante de seus olhos, porém ela relutou para não se render à inconsciência. Ela arrastou o corpo dolorido pelo impacto e tocou a cabeça atingida. Se arrastou tentando se levantar e parou quando reparou os pés da garota à sua frente.
— Boa noite! — a garota murmurou entre os dentes e então chutou a cabeça de Sarah, que caiu longe desacordada.

xXx

Seth tocou a campainha, se afastou alguns centímetros e então esperou. Um tempo depois, um morador abriu a porta e apertou as sobrancelhas, tentando se lembrar de onde o conhecia.
— Olá, sr. Hart. Sarah está? — Seth perguntou.
— Hum... Quem é você? Não é algum namorado, não é? — ele não respondeu um pouco intimidador e saiu para fora, fechando a porta atrás de si.
— Não, não. — o garoto tratou logo de se defender — Sou um amigo lá da reserva La Push. E então, ela está? — continuou.
— Ah bom... Mas não, ela não está aqui. Na verdade eu pensei que ela estaria por lá, já que é sempre o lugar que ela vai quando está chateada! — o homem ficou pálido com a descoberta.
— Ah, ela deve estar lá mesmo. Eu não estava lá, fui à Port Angeles com minha mãe e vim direto para cá, e eu não podia imaginar que justo hoje que eu vim direto ela estaria chateada e correria para La Push. Então... obrigada, sr. Hart. Vou convencê-la de voltar, ok? — o garoto bolou uma mentira rapidamente e então correu para o jipe que o aguardava do outro lado da calçada.
Sr. Hart voltou para dentro de casa. Seth entrou no carro e encarou o garoto que estava no banco de trás, quase invisível pela escuridão da noite; este o encarou de volta e soltou alguns resmungos pela demora na resposta dele.
— Sarah não está aqui! — Seth falou.
O garoto de trás engoliu em seco, pulou para fora do carro e arrancou a camisa que vestia. Em seguida ele correu em direção ao bosque atrás da casa dos Hart, tão rapidamente que Seth não teve tempo de intervir. O uivo de um lobo foi ouvido segundos mais tarde.

xXx

Assim que abriu os olhos, Sarah demorou alguns segundos para se lembrar o que estava acontecendo. Quando conseguiu, ela moveu seu corpo com força para se levantar, mas o mesmo mal se moveu do lugar. Ela estava imobilizada por cipós contra uma árvore e o movimento machucou sua pele.
— Vovô? — ela gemeu, enquanto se encostava na árvore outra vez.
— Meu amor, você está bem! — vovô Hart respondeu aliviado.
— Sim, e o senhor? Está bem? — Sarah perguntou.
— Sim, mas minha preocupação é com você. Eu já vivi demais, enquanto sua vida ainda está no início. No momento não me importo comigo, só com você! — o homem falou, com a voz visivelmente exausta.
— Não, vovô, nós dois vamos sair dessa. Nada de um só, vão ser os dois. Os dois, entendeu? — a garota começou a chorar.
— Own, que cena mais comovente! — a garota que os atacara estava de volta — E para provar que eu sou uma boa pessoa, vou deixar os dois saírem juntos daqui, de igual para igual! — continuou.
— Oh... Obrigada! — agradeceu Sarah, um pouco confusa.
— Então já pode me soltar? Meus pulsos e pernas estão me matando. Não tenho mais meu pique dos vinte e poucos anos! — vovô Hart pediu, gemendo, porém aliviado com o que ouvira.
— Calma... Eu disse que vou deixá-los ir juntos, mas não disse em qual situação, vivos ou mortos. E no momento meu estomago diz que só vou conseguir a segunda opção. Sinto muito! — ela explicou com uma voz cínica que fez Sarah relutar em suas amarras, louca para esmurrar aquela garota.
— Quem é você? Ou melhor... O que é você? E por que nós dois? — Sarah despejou perguntas para tentar conseguir algum tempo de distração com sua futura assassina.
— Meu nome é Elena. Elena Gilbert. Acabaram com minha vida há pouco tempo, então decidi fazer o mesmo pela primeira pessoa que aparecesse em meu caminho. Seu avô foi azarado e apareceu em meu caminho, não foi algo planejado, sabe? E você veio de brinde! — abriu um largo sorriso deixando suas presas à mostra.
— Elena, se acabaram com sua vida, por que ainda está aí, se mexendo? — continuou Sarah, se mexendo discretamente em uma tentativa de se soltar.
— Porque agora sou uma vampira, oras! — Elena respondeu, enojada e ao mesmo tempo chateada.
— Eu sinto muito por isso... — Sarah lamentou ao perceber a pontada de humanidade naquele monstro diante de seus olhos.
— Fica feliz que sinta. Fico tanto que torço para que alguém sinta por você também! — a voz da garota ficara sombria outra vez.
Sarah mal teve tempo de abrir a boca para tentar continuar a enrolar, quando Elena avançou para ela. Primeiro ela sentiu os lábios frios da garota em seu pescoço, depois algo pontiagudo — obviamente as presas — tocando e logo furando sua pele. De imediato ela sentiu uma vertigem, era sinal de que seu sangue estava partindo para o corpo de Elena.
Um tempo depois, ela ouvia de longe vovô Hart gritar desesperadamente e suplicar, mas não conseguia entender o que ele dizia. E então teve a sensação de ter ouvido um rosnado conhecido. Era um de seus meninos. Os seus cachorrinhos, como gostava de chamá-los em algum momento de brincadeira. Mas ela não sabia qual deles que era, só conseguia torcer para não ser Seth, o mais novo do bando, o mais inexperiente.
Elena se afastou de repente e caiu longe, logo se colocando de cócoras e rosnando com as presas de fora. O grande lobo rosnou de volta e não tirou os olhos da inimiga. Vovô Hart encarou a situação completamente desacreditado no que seus olhos estavam presenciando, e logo em seguida ele encarou a neta quase inconsciente.
A cabeça de Sarah tombou para o lado, em direção à provável luta, e então ela encarou o lobo. Mesmo com os olhos embaçados da vertigem, ela o reconheceu. Seu coração se encheu de alegria e ela quis se levantar para tocá-lo e ver se ele era mesmo real, porém não tinha força alguma e não queria atrapalhar.
— Jake... — ela gemeu.
O lobo-Jacob encarou-a brevemente e soltou um uivo angustiado quando a garota fechou os olhos e não mais os abriu. Então ele focou em Elena outra vez e avançou para ela.

 

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Notas finais do capítulo

O que acharam do novo Crossover? Resolvi usar porque fiquei com preguiça de criar novos personagens. KKKKK Enfim, comentem o que acharam.[] ♥



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