Katie Rowell - Estudante de Hogwarts escrita por Emiko


Capítulo 52
Capítulo 52 – Embarque imediato


Notas iniciais do capítulo

É hora de partir! A Estação se King's Cross os espera. Boa leitura;)



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Não tardou-se o dia da volta para Hogwarts, e após lancharem na Toca, os Weasleys e as amigas de Gui seguiram para Estação de King’s Cross.

Quando chegaram na estação puderam encontrar vários rostos conhecidos, mas Katie não conseguiu ver onde estava Vivian, ficando preocupada e especulando o que poderia ter acontecido .

— Então Gui, não está esquecendo-se de nada, não é? – Perguntou a Srª Weasley após depositar um beijo na bochecha de seu filho.

— Não mamãe. – Respondeu o menino, que estava rubro.

— E vocês meninas, está tudo OK? – Perguntou novamente a mãe de Gui, que abraçou as meninas após ser respondida com um aceno de negação de ambas. - Ótimo, e, por favor, – Cochichou a mulher para as meninas. – façam com que Gui me escreva, estou preocupada, pois sempre que enviou cartas para ele não recebo as respostas.

— Pode deixar Srª Weasley. – Disse Rose. – Posso fazer ele lhe escrever todos os dias se quiser.

Nesse momento Katie deu uma cutuvelada na amiga, dando uma olhada significativa: “ Não força vai”, fazendo com que a loira parasse de bajular a Sra Weasley.

Quando ouviram o apito do trem, os alunos começaram a entrar nos vagões, sendo orientados pelos monitores. Em meios a empurrões e chamadas de atenções, Rose se aproximou de Katie e lhe disse:

— Ei, vou pegar um vagão para gente. – Avisou a loira, se esgueirando entre os alunos afobados.

Katie e o restante dos monitores continuaram a organizar a ida para o trem, durante a tarefa a castanha podia ter jurado que havia visto o vulto de Vivian no meio da confusão de alunos, e ela não parecia nada bem: expressava uma cara de choro e Katie talvez pôde ter visto uma marca estranha no rosto de sua amiga.

Com todos os alunos organizadamente colocados no trem, os monitores seguiram para um determinado vagão onde seria feita uma reunião, e no caminho Gui foi para o vagão onde Rose estava, assim avisando-a que iriam demorar a voltar. Dentro do vagão, os dez monitores se acomodaram e esperaram que Celina Parkison, a monitora chefe, começasse a falar.

— Bem, já que todos estão presentes, e acomodados, eu irei falar bem rápido e claro: Hogwarts não esteve enfrentando problemas com roubos durante esse feriado. 

— Mas como assim? – Perguntou Nathan.

— Está surdo Scott? Ela acabou de dizer que não está acontecendo roubos em Hogwarts. –Respondeu um menino ruivo da Sonserina.

— Ora seu… - Começou Nathan, mas foi interrompido por Gwen, que lhe deu uma encarada severa.

— Tenho certeza que ele havia compreendido Duncke, não precisava de tal grosseria, além disso, acho que foi você que não deve ter entendido o que Nathan queria saber, ele quer saber o por quê dos roubos não terem continuado a acontecer em Hogwarts. – Disse a loira, sendo encarada cinicamente por Duncke.

— Bem pautado, Ebner. – Disse uma menina morena da Corvinal.

— Bem, é óbvio. – Respondeu Marissa Skitter. – O culpado só pode ter saído de férias, ou seja, estar neste trem, e na minha opinião, já deve ter levado uma grande quantidade de objetos para casa...

— Como poderiam ter levado alguma coisa para casa sendo que nós revistamos todos os alunos na ida de Hogwarts? – Questionou Robert King, sendo encarado por Marissa, que não soube respondê-lo.

— Certamente, mas mesmo assim, não se pode descartar que o culpado pode estar neste trem. – Disse Celina.

— Mas como podemos ter certeza disso? – Perguntou Cristopher Pince, um aluno do sexto ano que estava na Lufa-Lufa. – Digo, não podemos julgar que a pessoa culpada esteja mesmo no trem.

— Não estamos julgando, só estamos raciocinando. – Disse Duncke – É bem mais provável que o culpado tenha saído de Hogwarts do que ter parado de repente de roubar.

— Apoiado. – Disse Robert e Celina.

— Está bem, mas se estamos supondo que o culpado possa ser alguém que esteja no trem, o que devemos fazer? Pois se a interrogarmos, ela não irá falar a verdade, e muito menos poderíamos ver se ela estaria com algo roubado. – Disse Gui, sendo encarado pelos outros monitores.

— Mas podemos tirar por base dos que estão presentes nesse trem os possíveis suspeitos. - Disse Marisse Sketter. – Mas como faríamos isso?

O silêncio permaneceu constante naquela cabine, todos estavam concentrados, pensando como resolveriam esse problema, até que Katie se manifestou:

— E se pedíssemos ajuda para os fantasmas de Hogwarts? Pois eles conhecem a maioria dos alunos e também sabem o que acontece nos corredores do castelo.

— Confiar em fantasmas? Acho que não. – Disse Duncke.

— Oras Duncke, não seja pessimista. Acho que a ideia da Katie é boa. – Falou Robert, encarando a castanha, que desviou o olhar friamente. – Afinal, quem mais poderia saber o que se passa nos corredores senão aqueles que podem atravessá-los?

Todos ficaram calados, Duncke tentou contra argumentar, mas só conseguiu fechar e abrir a boca muitas vezes e Celina, depois de muita reflexão, concordou, a contragosto, com o plano de Katie. Mas havia um porém, teriam que convencer a maioria dos fantasmas a ajudá-los durante seus horários de vigílias, e alguns destes são se relacionavam bem entre si.

— Bem, pelo o que estou pensando, teremos que ajustar nossos horários. – Disse Celina – Já que a Dama Cinzenta e o Barão Sangrento não se relacionam tão bem, os monitores da Lufa-lufa irão se juntar aos monitores da Corvinal durante as vigias e...bem, os da Sonserina com os da Grifinória.

Houve um silêncio mortal no vagão, podia se perceber o desagrado de ambos alunos, tanto da Grifinória quanto da Sonserina.

— Espera Celina, será que não podemos nos juntar com os...os alunos da Lufa-Lufa? – Disse Duncke, que mostrava o desagrado em cada palavra dita.

— Não, não podemos. Afinal, o Barão não gosta nem um pouco do Frei Gorducho. – Respondeu a monitora chefe. – E além disso, teremos que ter o auxílio da Grifinória para convencer os outros fantasmas.

— Que outros? – Perguntou Guilherme.

— Pirraça e a Murta-que-geme, não é? – Respondeu Robert.

— Exatamente. – Disse Celina. – Eles são os mais difíceis de conversar, mas aparentemente eles demonstram ser mais...simpáticos, com os da Grifinória.

— Você fala isso por que não viu quantas peças o Pirraça já me pregou durante estes anos todos em Hogwarts. – Respondeu Nathan. – Sinceramente, ele não vai querer nos ajudar.

— Ele não tem que querer. Ele vai. – Respondeu Duncke. – Ele é bastante obediente quando é ameaçado pelo Barão.

— Está bem, mas se conseguirmos convencê-los de nos ajudar...o que isso vai resultar? – Perguntou uma aluna da Lufa-Lufa.

 - Talvez assim vamos conseguir achar o culpado e por um fim nessa brincadeira idiota. – Respondeu Robert.

— Tem certeza? Pois eu acho que o Professor Dumbledore já deve ter pensado nisso antes de nós e ainda assim não conseguiu solucionar o mistério. – Retrucou Marissa Skeeter.

— O Professor Dumbledore com certeza deve ter pensado nisso, Marissa, mas pelas minhas vigias pude ver que são poucos os fantasmas que andam a noite pelo castelo. – Respondeu Katie.

— Se você acha...- Disse Marissa, sendo interrompida por Nathan.

— Não adianta ficarmos duvidando do plano, temos que por ele em prática para poder saber se ele vai dar certo ou errado. – Disse Nathan ao ver que Duncke também iria se opor ao plano de Katie. – Por hora, temos que prestar atenção no que se passa dentro do trem e nas conversas dos alunos.

— Achei que a monitora chefe daqui era eu, Scott. – Disse Celina, desaprovando a atitude de Nathan, que ficou sem expressão após a fala dura desta. – Quem delega tarefas aos monitores sou eu, ou você está achando-se autossuficiente, ou melhor, um monitor chefe mais capaz do que eu?

— Não... – Dizia Nathan até ser interrompido por Celina, com um tom mais forte na voz.

— Isso mesmo, você não é o que manda aqui, porém... a sua ideia não é toda inútil, por isso, somente desta vez deixarei passar. Iremos prestar atenção no que se passa dentro do trem e nas conversar dos alunos. Entendido?

— Sim. – Responderam os monitores.

— Excelente. A reunião está encerrada. – Imediatamente, os monitores de disperçaram, prontos para exercer suas novas taraefas.

Enquanto Katie e Gui voltavam para seu vagão, a castanha foi chamada por Nathan, que parecia um tanto quanto receoso.

— Oi Katie...como foi o feriado?

— Foi legal, a família do Gui é bastante acolhedora e a casa deles é incrível, acho que nunca tive um feriado tão...divertido. E como foi o seu feriado? Você e a Eli se divertiram? – Perguntou a menina que percebeu o olhar triste de Nathan.

— Não muito...você viu a notícia do Profeta Diário, não viu?

— Ah sim... a Eli não deve ter gostado nada daquela mensão que a Rita Skeeter fez dela.

— E por razão, a Liz nunca foi invejosa nem uma má filha, tá certo que ela não avisou para a própria mãe que não iria passar o Natal com a família, mas...

— Espera, ela não avisou a Tia Lissa que iria passar o feriado na sua casa? – Perguntou a castanha, preocupada.

— Merlin...eu não devia ter falado nisso. – Disse o rapaz, que ficou em um significativo silêncio.

— Katie, eu vou fazer meus deveres. Até mais.– Disse Gui, dando uma piscada, afastando-se até que não fosse possível mais ouvir a conversa entre Katie e Nathan.

— Katie não diga para a Liz que eu falei isso para você, mas, é que... eu não sei como ajudá-la, ela tem chorado muito depois de ter recebido um berrador da mãe dela.

— E o que a minha tia escreveu exatamente?

— Primeiro prometa que não vai contar para a Liz. 

— Tá, eu prometo. – Disse a menina levantando o braço direito.

  - Bem... pelo o que consegui escutar do quarto dela, sua tia não estava nada contente e...queria que ela saísse da minha casa, ou como ela escreveu: “NÃO QUERO QUE VOCÊ FIQUE MAIS UM SEGUNDO NA CASA DESSES HIPÓCRITAS VALORIZADORES DE LINHAGEM DE SANGUE”.

— É bem a cara dela de escrever isso. – Constatou Katie. – Mas, ela não foi buscar a Eli por conta própria? Afinal, ela queria que a minha prima não ficasse na sua casa.

— Bom, no berrador deu pra ouvir pouca coisa, mas acho que ela escreveu algo do tipo: “NÃO...CASA...SKEETTER...BRUXOS...VIGIANDO”.

— Ah, ela não pode sair de casa por que a Rita Skeeter e outros bruxos estão a vigiando? – Declarou Katie depois de alguns segundos pensando.

— Sim, acho que foi isso que ouvi, mas mesmo assim, a Liz não deu o braço a torcer, disse que era uma bruxa adulta e que sabia o que estava fazendo.

— É, mas, do jeito que conheço a minha tia, ela não vai deixar isso passar em branco.

— Estava pensando nisso também. Fico preocupado com que ela pode fazer com a Liz, mesmo sendo a mãe dela. Por isso, quero a sua ajuda, para fazer com que elas não fiquem brigadas.

— E o que eu posso fazer?

— Oras, eu também não sei, podia conversar com sua tia e...

— Isso está fora de cogitação, se ela não quer falar com a Liz, do que dirá comigo. E mais, ela não respondeu a minha carta que eu enviei durante o feriado.

— Então, acho que isso é causa perdida então.

— Pombas! Quer desistir na primeira batalha? Pensei que você era da Grifinória.

— E eu sou, mas o que tem a ver a casa que eu estou, comigo?

— Tudo...ou você acha que ser da Grifinória não significa nada? Afinal, nesta casa ficam os corajosos, os corações indomáveis os...

— Tá, tá já entendi, não precisa desse discurso todo, só preciso de uma resposta, Katie. Vai me ajudar ou não?

— Mas é claro.

— Então me fala o que eu faço, não quero ver a Liz chorando mais.

— Só espere um pouco, tenho que pensar. – Disse a menina, fazendo uma cara séria e concentrada. – Bem, acho que a melhor pessoa para acabar com esse conflito é você.

— O quê? Você está doida? Acho que a pessoa que sua tia ia mais odiar para conversar seria comigo.

— Bem, estaria mentido se eu dissesse que não, mas... a única forma de confirmar que você não é, desculpe por utilizar as palavras da minha tia, um “hipócrita valorizador de linhagem de sangue”, é você mesmo defender os seus ideais e mostrar que ela está errada.

— E como eu faço isso?

— Oras, por carta.

— Mas Katie, na hora que ela ver meu nome o envelope vai querer rasgá-lo imediatamente.

 - Então ponha outro nome, sei lá, coloque um pseudônimo, ou até mesmo deixe em anônimo, e mande por uma coruja da escola.

— Mas ela tem que saber que sou eu quem está mandado, ao contrário, ela vai achar que é uma piada, não é mesmo?

— Não, você pode contar a sua própria história de forma que não pareça que é você mesmo contando, entendeu? – Nathan então lhe respondeu com um aceno afirmativo. – Ótimo, bem...acho que então eu vou ver como a Liz está...

— Não, assim ela vai saber que eu te contei algo ou mostrar que ela não está bem. Você a conhece bem, e sabe o quanto ela é orgulhosa, então, por favor, fale com ela quando estivermos em Hogwarts. Principalmente em um lugar onde não tem muitas pessoas, está bem?

— Tá, tá, está bem. Vejo que a minha prima namora alguém que se preocupa com ela, e isso você vai ter que escrever na carta pra minha tia, OK?

— Beleza, mas... é que eu não sou muito bom em escrever cartas...

— E eu muito menos, mas acho que você vai saber escrever melhor do que eu, não é?

— Vou tentar. Obrigado Katie, e não se esqueça da promessa...

— Pode deixar. E cuida lá da minha prima por mim. – Disse a menina se despedindo de Nathan.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram??? Até semana que vem o/



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