Harry Potter e o último vestígio de amor escrita por escritoraativa


Capítulo 9
Oitavo


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui novamente com um capítulo novinho pra vcs!
Vi que teve muitas visualizações e pouquíssimos comentários, então gente vamos colaborar pf hein?! Tudo é um conjunto: Escrever e postar o capítulo, os leitores tem que comentar, não é uma obrigação, mas é o mínimo que alguém que esteja curtindo essa história!
Boa Leitura!



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Assim como Lílian, Gina e eu não tivemos um noivado longo.

Depois de ingressar no treinamento auror, não demorou muito para ir em ação em campo nas missões que na grande maioria se concentravam em prender os comensais da morte que restaram. Gina por outro lado preferiu retornar a Hogwarts para terminar seu último ano juntamente de Mione e Luna.

Eu evidentemente não tinha a menor intenção de me apaixonar por Gina, afinal ela era a irmã do meu melhor amigo e família que convivi por tantos anos. Mas como um ditado trouxa diz: “Á quem dar ouvidos: ao sentimento ou á razão? Você nunca vai se arrepender se quem manda é o coração.”

Desconhecido.

Acompanhei bem diante dos meus olhos o crescimento de uma menina, a caçula Weasley até sua evolução e desenvolvimento como mulher.

Foi um longo caminho que percorrir até finalmente admiti e ceder que realmente estava apaixonado por ela. Naquela época não entendia como meus sentimentos fraternos havia mudado para mais que isso.

A maneira que via seus cabelos voarem em direção contrária ao seu rosto sentindo a brisa do ar sentada em sua vassoura tentando captar todos os movimentos do time adversário estreitando os olhos em sinal de atenção.

E sim, eu observei-a a maior parte do tempo do jogo, muita das vezes distraindo-me quando ia comemorar com o colega de equipe quando fazia ponto acertando uma das goles.

A festa de comemoração por mais um jogo ganho com vantagem na sala comunal da Grifinória e quando a vi ali tão satisfeita e orgulhosa do trabalho feito beijei-a ali na frente de todos, não importando-me com o resto ou o que seríamos assunto principal da escola ou talvez do mundo, considerando minha falta de sorte.

Mais ali era uma declaração muda o quanto a amava mesmo ali desfrutando daquele momento e seus macios e avermelhados lábios, não deixando de escutar assobios, palmas e ameaças de seus irmãos.

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Era difícil acreditar que estivéssemo os dois ali, mais de duas décadas depois, sentados com nossa filha e conversando com ela sobre o seu casamento na semana seguinte.

O pedido surpresa de Lílian de um casamento simples, discreto e rápido provocou em nós dois um silêncio total. No início, Gina pareceu atônita, mas depois, voltando a si, começou a balançar a cabeça e a sussurrar com uma urgência crescente:

— Não, não, não...

Pensando bem, a reação dela não chegava a ser inesperada. Suponho que um dos momentos a que qualquer mãe mais anseie na vida seja o casamento de uma filha. Toda uma indústria foi construída em torno das festas de casamento e nada mais natural do que as mães criarem expectativas a esse respeito. Os planos de Lílian eram o oposto do Gina sempre havia desejado para a filha e, embora o casamento fosse de Lílian, Gina não era capaz de renegar as próprias crenças.

O problema para ela não era Lílian e John se casarem no dia do nosso aniversário de casamento e além disso Lílian e John iriam realmente se mudar dali a duas semanas. Tampouco apreciava o fato de restarem apenas oito dias para fazer os preparativos, e de Lílian querer uma comemoração discreta.

Fiquei sentado sem dizer nada quando as negociações começaram, frenéticas. Gina disse:

— E os Marrison? Eles iriam ficar magoadíssimos se não fossem convidados. E Kevin Mirror? Ele foi seu professor runas antigas durante anos, e sei quanto você gostava dele.

— Mas não tem nada de mais – rebateu Lílian – John e eu já moramos juntos. A maioria das pessoas já age mesmo como se fôssemos casados...

— Mas e o fotógrafo? Sem dúvida você vai quere fotos.

— Tenho certeza de que várias pessoas vão levar câmeras. Ou você mesma poderia ficar encarregada disso. Já tirou milhares de fotos na vida.

Ao ouvir isso, Gina balançou a cabeça e deu início a um inflamado discurso sobre como aquele seria o dia mais importante da sua vida, ao que Lílian respondeu que, mesmo sem qualquer decoração, o casamento continuaria sendo um casamento. Não foi uma conversa hostil, mas ficou claro que as duas haviam chegado a um impasse.

Tenho por hábito acatar as decisões de Gina em relação á maioria das questões desse gênero, sobretudo quando dizem respeito a Lílian, mas percebi que nesse caso tinha algo a acrescentar e empertiguei-me mais um pouco no sofá.

— Talvez haja um meio-termo possível – falei.

Lílian e Gina se viraram para mim.

— Sei que você quer que o casamento seja no fim de semana que vem – falei para Lílian, - mas o que você acha de convidarmos mais algumas pessoas além da família? Podemos ajudar com os preparativos.

— Não sei se dá tempo para isso... – começou Lílian.

— Mas podemos tentar?

A partir daí, as negociações ainda prosseguiram por uma hora, mas, no final das contas, chegamos a alguns acordos. Depois que eu me intrometi, Lílian demonstrou uma boa vontade surpreendente. Ela conhecia um juiz de paz e estava certa de que ele concordaria em celebrar a cerimônia no fim de semana seguinte. Quando os primeiros planos foram tomando forma, Gina pareceu feliz e aliviada.

Enquanto isso, eu estava pensando não apenas na festa da minha filha, mas também no nosso aniversário de casamento. Agora os nossos 21 anos de matrimônio – que eu esperava tornar memoráveis – e uma festa de casamento iriam acontecer no mesmo dia e entendi qual dos dois acontecimentos era mais importante.

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Depois que Lílian foi embora, Gina ficou sentada no sofá olhando para as portas de correr de vidro, uma modificação que tínhamos feito, sem tirar nossa privacidade e atraiar olhares vizinhos pois era invisível tanto para bruxos como trouxas. Não consegui decifrar sua expressão, mas antes de poder perguntar em que ela estava pensando, ela de repente se levantou e saiu.

Reconheci que aquela noite tinha sido impactante, então fui até a cozinha e abri uma garrafa de Whisk de fogo. Gina nunca tinha sido uma grande fã de bebida, mas gostava de tomar uma taça de vez em quando, e pensei que hoje talvez pudesse ser uma dessas ocasiões.

Com o copo na mão, fui até a varanda. Lá fora, a noite pulsava com os sons dos sapos e dos grilos.  Lua ainda não tinha surgido.

Uma brisa soprava, fora isso o silêncio era total. O perfil de Gina me lembrava uma estátua grega e novamente me espantei com quanto ela se parecia com a mulher que eu tinha visto quando dei-me conta que estava apaixonado. Ao fitar as maçãs do rosto saltadas e os lábios carnudos, fiquei grato pelo fato de nossos filhos se parecerem pelo menos um pouco com ela, nossa caçula era a cópia fiel inteiramente dela e, agora que um deles iria se casar, acho que esperava que a expressão de minha mulher estivesse quase radiante. Quando me aproximei de Ginny, porém, fiquei espantado ao ver que ela estava chorando.

Hesitei na entrada da varanda, perguntando-me se teria cometido um erro ao sair para ficar com ela. Antes de ter tempo de dar meia-volta, porém, Gina pareceu pressentir minha presença e me olhou de relance por cima do ombro.

— Ah, oi – disse ela, fungando.

— Está tudo bem? – perguntei.

— Está. – Ela fez uma pausa e balançou a cabeça – Quer dizer, não está. Na verdade, não sei como estou me sentindo.

Fui até o lado dela e pousei a taça em cima do parapeito. No escuro, o Whisk de fogo parecia água.

— Obrigada – disse ela. Depois de tomar um gole, deixou escapar um longo suspiro.

— Isso é típico de Lílian – disse ela por fim – Acho que eu não deveria estar surpresa, mas mesmo assim...

Ela não completou a frase e pousou a taça .

— Pensei que você gostasse de John – felei.

— E gosto – Ela assentiu com a cabeça – Mas casar daqui a uma semana? Não sei de onde ela tira essas ideias. Se queria fazer uma coisa dessas, não entendo por que simplesmente não casou escondida e acabou logo com isso.

— Você preferiria que ela tivesse agido assim?

— Não. Teria ficado uma fera com ela.

Sorri. Gina sempre tinha sido uma mulher honesta.

— É que tem tanta coisa para fazer... – continuou ela – E eu não faço ideia de como vamos conseguir dar conta. Não estou dizendo que eles têm que se casar no salão de gala da casa branca do ministro da América, mas ela não pode querer que não tenha fotógrafo. Ou alguns amigos.

— Ela já não concordou com tudo isso?

Gian hesitou, escolhendo com cuidado as palavras.

— Eu só acho que ela está percebendo quanto vai se lembrar do dia do próprio casamento. Fica agindo como se isso não tivesse importância.

— Não importa como casamento dela seja, ela vai sempre se lembrar dele – falei, com delizadeza.

Gina fechou os olhos por vários instantes.

— Você não entende – falou.

Embora ela não tenha dito mais nada sobre o assunto, eu sabia exatamente o que estava querendo dizer.

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No Sábado de manhã, um dia depois da notícia de Lílian, o sol já estava sufocante quando aparatei no jardim da toca.

Gina e Lílian já tinham saído para passar o dia fora. Na noite anterior, quando voltou da varanda, ela havia se sentado á mesa da cozinha e começado a anotar tudo o que precisava fazer. Embora não tivesse qualquer ilusão de que conseguiria dar conta de tudo,  encheu três pergaminhos, sublinhando os objetivos para cada dia da semana seguinte.

Ela sempre tivera talento para progetos, quais fosse: festas, piqueniques,bailes e etc...

Quando vi o meu sogro, balancei a cabeça ao constatar que, apesar do calor, ele estava usando o seu cardigã azul preferido que nele estava escrito seu nome.

— Olá, Arthur – falei.

— Olá, Harry – Ele ergueu uma das mãos – Obrigado por ter vindo.

— Tudo bem como você?

— Poderia estar melhor – respondeu ele – Mas também poderia estar pior.

Olhando para Arthur, mais uma vez me dei conta de tristeza de ver um homem como ele envelhecer. Durante a maior parte da vida, eu nunca havia pensado nele dessa forma, mas nos últimos tempos. Ele dizia que envelhecer era uma dádiva que infelizmente poucos tem o direito dado por Merlin de encerrar essa fase de vida.

Sentei-me ao seu lado e lhe contei o que tinha acontecido na véspera com Lília e Ginny. Quando terminei de falar, Arthur me olhou com um leve sorriso de ironia.

— Gina ficou surpresa? – indagou ele.

— Quem não ficaria?

— E ela quer as coisas de um jeito específico?

— É – respondi. Contei-lhe sobre os planos que ela havia feito á mesa da cozinha antes de lhe falar sobre uma ideia minha, algo que eu achava que Ginny não tinha percebido.

Arthur estendeu a mão saudável e me deu uns tapinhas na perna, como se estivesse me concedendo sua autorização.

— E Lílian? – perguntou ele – Como ela está?

— Bem. Acho que não ficou nada surpresa com a reação da mãe.

— E John?

— Está bem, também. Pelo menos foi o que Lílian disse.

Arthur concordou.

— Esses dois formam um belo casal. Ambos têm bom coração. Eles me fazer lembrar de mim e Molly quando mais jovens.

Sorri.

— Vou contar a Lílian que você disse isso. Ela vai ganhar o dia.

Ficamos sentados em silêncio até que Arthur fez um gesto na direção da água do lado á nossa frente. Ele apreciava passar uma hora de seu dia, que normalmente eram de tarde sentado aqui com um saco de pão para dar de comer aos cisnes e gansos.

Ele alegava ser como uma terapia trouxa, mas sem um divã e uma analista profissional que o ouvisse. Somente o silêncio, a leve brisa e seus pensamentos silenciosos.

— Sabia que os cisnes escolhem o mesmo parceiro para a vida toda? – indagou ele.

— Pensei que fosse um mito.

— Não, é verdade – insistiu ele assumindo sua expressão sábia – Molly sempre dizia que essa era uma das coisas mais românticas que ela já tinha escutado. Para ela, demonstrava que o amor é a força mais poderosa do mundo. Antes de nos casarmos, ela estava prometida á outro. Você sabia, não é?

Assenti com conhecimento da causa.

— Achei mesmo que soubesse. Enfim, ela foi me visitar sem dizer ao cujo noivo e eu a levei de canoa até um lugar onde vimos milhares de cisnes juntos. Pareciam flocos de neve sobre a água. Eu já lhe contei isso?

Tornei a assentir outra vez. Embora eu não tivesse estado presente, essa era uma imagem nítida na minha mente, assim como na de Gina. Minha mulher muitas vezes se referia a essa história com um ar maravilhado.

— Os cisnes nunca mais voltaram lá – murmurou ele – Sempre havia alguns no lago, mas nunca mais como naquele dia – Perdido nas próprias lembranças, Arthur fez uma pausa – Mas mesmo assim Molly gostava de ir lá. Adorava dar comida aos que tinham sobrado e costumava me mostrar os casais. “Olhe um ali”, dizia ela. “Não é maravilhoso como eles ficam juntos para sempre?” – O rosto de meu sogro franziu com um sorriso – Acho que era o jeito dela de me lembrar de ser fiel.

— Não acho que ela precisasse se preocupar com isso.

— Ah, não?

— Acho que você e Molly foram feitos um para o outro.

Ele deu um sorriso saudoso.

— É – concordou, por fim – Fomos, mesmo. Mas tivemos que nos esforçar: também passamos por momentos difíceis.

Talvez ele estivesse se referindo á morte de um de seus filhos na guerra, Fred Weasley. Havia outras coisas, também, mas esses eram os fatos sobre os quais ele ainda achava difícil de falar.

— Mas vocês faziam parecer tão fácil... – protestei.

Arthur balançou a cabeça.

— Só que não foi. Nem sempre! Todas aquelas cartas que eu escrevia para ela eram uma forma de lembrá-la não apenas do amor que eu sentia, mas também da promessa que tínhamos feito um ao outro antes de finalmente estamos juntos. Os pais dela nem sempre aceitaram nossa união, por conta do casamento arranjado que tinham idealizado á vida toda.

Perguntei-me se ele queria que eu me lembrasse da vez em que sugerira que eu fizesse o mesmo com Gina, mas não disse nada. Em vez disso, fiz uma pergunta que há algum tempo vinha querendo lhe fazer.

— Foi difícil para você e Molly depois que seus filhos saíram de casa?

Ele ficou algum tempo pensando.

— Não sei se difícil é bem o termo, mas foi diferente.

— Diferente como?

— Para começar, tudo ficou silencioso. Muito silencioso. Como Molly ficava trabalhando no jardim, eu passava muito tempo sozinho zanzando pela casa. Acho que foi aí que comecei a falar comigo mesmo, só para me fazer companhia.

— Como Molly reagiu ao fato de não ter os filhos por perto?

— Como eu – respondeu ele – Pelo menos no início. Nós passamos muito tempo vivendo para as crianças, afinal foram 7 e há sempre algumas adaptações a ser feitas quando isso muda. No entanto, quando ela se adaptou, acho que começou a gostar do fato de estarmos sozinhos outra vez.

— Quanto tempo isso levou? – perguntei.

— Não sei. Umas duas semanas ou três, talvez.

Senti meus ombros murcharem. Duas semanas? Três? Pensei.

Arthur pareceu perceber minha decepção e, depois de uma pausa curta, pigarreou:

— Pensando bem – disse ele - , acho que nem demorou tanto assim. Acho que ela levou só alguns dias para voltar ao normal.

Alguns dias? Dessa vez, eu não consegui nem mesmo reagir.

Ele levou a mão ao queixo.

— Na verdade, se não me falha a memória, não foram nem alguns dias. – prosseguiu – Assim que pusemos as últimas coisas de Ron na lareira, começamos a dançar Elis Forster ali mesmo frente á casa. Mas vou dizer uma coisa: os primeiros minutos foram dureza. Dureza mesmo. Ás vezes eu me pergunto como conseguimos sobreviver.

Embora sua expressão continuasse séria ao falar, detectei um brilho travesso em seus olhos.

— Forster? – indaguei.

— É uma cantora.

— Eu sei o que é.

— Era bastante popular antigamente na sociedade bruxa.

— Já faz tempo.

— O quê? Ninguém mais escuta ou dança Elis Forster?

— É uma arte que se perdeu, Arthur.

Ele me deu uma leve cutucada.

— Mas enganei você, não foi?

— Um pouco – confessei.

Ele piscou para mim.

— Enganei, sim.

Meu sogro passou alguns instantes sentado em silêncio, parecendo satisfeito consigo mesmo. Então, sabendo que não chegara de fato a responder á minha pergunta, remexeu-se no banco e soltou um longo suspiro.

— Foi difícil para nós dois, Harry. Quando eles saíram de casa, Gina sendo a última, já não eram só nosso filhos, eram nossos amigos também. Nós nos sentimos sozinhos e durante algum tempo não soubemos muito bem como agir um ao outro.

— Você nunca comentou nada.

— Você nunca perguntou – disse ele – Eu senti saudades, mas acho que, de nós dois, foi Molly quem mais sofreu. Ela podia ser dona de casa, bruxa, jardineira, mas era mãe em primeiro lugar, e depois que os meninos saíram de casa era como se não tivesse mais certeza de sua identidade. Pelo menos por um tempo.

Tentei imaginar isso, e consegui. Molly Weasley era como uma pantera protegendo os filhos, era tão apegada á eles como á mim e Mione que não saímos de seu útero, mas tratava como se fosse.

— Por que isso acontece? – indaguei.

Em vez de responder, Arthur olhou para mim e passou um tempo sem dizer nada.

— Eu já contei a você sobre o Mitch? – disse ele, por fim – Aquele que vinha me visitar quando estava colocando mãos na obra retirando o sonho do papel realizando assim a Toca?

Assenti.

— Bom, o velho Mitch adorava uma história absurda. Quanto mais engraçada, melhor – explicou ele partindo o pão e jogando um pedaço para o casal de cisne que estava ali piando querendo chamar sua atenção – E nós ás vezes ficávamos sentados á noite na varanda tentando inventar nossas próprias piadas para fazer o outro rir. Ao longo dos anos, inventamos algumas boas, mas quer saber qual era a minha preferida? A história mais estapafúrdia que Mitch já contou? Bem, antes de eu começar, você precisa saber que Mitch era casado com a mesma mulher havia 50 anos e que eles tinham seis filhos. Aqueles dois tinham passado por praticamente tudo na vida. Então, um dia, ficamos a noite inteira contando piadas um para o outro bebendo cerveja amanteigada e ele falou: “Lembrei mais uma”. Então respirou fundo e, com a cara mais lavada deste mundo, olhou bem nos meus olhos e disse: “Arthur, eu entendo as mulheres”.

Arthur deu uma risadinha como se estivesse ouvindo aquilo pela primeira vez.

— O fato é que nenhum homem do mundo sendo bruxo ou não pode dizer essas palavras para valer – prosseguiu ele – Isso simplesmente não é possível, de modo que nem adianta tentar. Mas não significa  que você não possa amar as mulheres mesmo assim. E não quer dizer que você algum dia deva deixar de fazer o possível para que elas saibam quanto são importantes para você.

Era daquele jeito que Arthur vinha falando comigo sobre Gina ao longo do último ano. Ele nunca me dera um conselho específico, direto, nem me dissera o que fazer. Ao mesmo tempo, estva sempre consciente da minha necessidade de apoio.

— Acho que Ginny gostaria que eu fosse mais parecido como você – falei.

Ao ouvir isso, ele deu uma risadinha.

— Você está se saindo bem, Harry – disse ele – Está se saindo muito bem.

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Notas finais do capítulo

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Bjs, bjs



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