Delphi escrita por Tyke
Notas iniciais do capítulo
Oi para todos vocês que estão acompanhando, obrigada por estarem aqui.
Postando mais cedo do que imaginei que conseguiria
Espero que gostem.
A noite caía densa sobre um aglomerado de casinhas em um bairro trouxa. Euphemia Rowle acordou no meio da madrugada sentindo a garganta seca. Jogou para o lado suas cobertas floridas com margaridas e desceu as escadas até a cozinha. De água encheu um copo e rapidamente jogou o liquido na goela. Pela janela sem cortinas do cômodo ela observou a nevoa densa de inverno que se formava.
Paf!
Algo bateu-se no andar de cima da casa e em seguida Augurey gemeu infantil. O coração da mulher saltou descontrolado. O medo que alguém descobrirá sobre a menina e estava ali para machuca-la lhe arrematou por completo. Rowle correu para o andar de cima com uma faca em mãos. Ela era a tutora da pequena Lady das Trevas. Se algo acontecesse o Lorde a torturaria até os fins dos tempos.
Apreensiva ela empurrou a porta do quarto da criança lentamente. Deu de cara com uma mulher de cabelos longos e cacheados segurando Augurey nos braços. Ela conversava com a menininha que possuía mais de um ano.
— Se-senhora? — Rowle escondeu a faca no meio das dobras da camisola — O que faz aqui?
— Vim vê-la — Bellatrix respondeu sem se dar ao trabalho de olhar a mulher.
— Mas ainda é madrugada e a senhora não avisou que...
— E DESDE QUANDO EU TENHO QUE AVISAR QUE VENHO VER MINHA FILHA, EUPHEMIA? — Estourou aos berros com a mulher e só não sacou a varinha para crucia-la, pois os braços estavam ocupados com a menininha que gargalhava feliz com os som altos da mãe.
Augurey bateu as mãozinhas gordinhas uma na outra e a boquinha curvada aberta releva os dentes dianteiros que a pouco haviam nascidos. Ela repetiu a última palavra imitando os trejeitos e entonação da comensal :
— Euplemia!
Bella sorriu para a garotinha e lhe deu um abraço mais apertado. Voltou sua total atenção para ela e passou a ignorar a presença da outra mulher. Rowle aproveitou-se da deixa e saiu apresada para o próprio quarto. Fechou a porta e girou a chave, mesmo sabendo que um simples feitiço poderia abri-la. Enfiou-se sob as cobertas e passou o resto da noite de olhos estatelados e apreensivos.
No quarto da menininha onde as paredes eram simples, havia um berço de cobertas verdes, sobre ele animaizinhos de brinquedo flutuavam, um quadro da casa de Salazar decorava um canto - capricho de Bella - e alguns brinquedos, que não deveriam estar nas mãos de uma criança como adagas segas, espalhavam-se pelo chão. A interação maternal continuava acontecendo. Bella sentou em uma cadeira perto do berço e ajeitou Augurey no colo.
— Quando tudo isso acabar, Delphi, vamos te apresentar para a titia Cissa e seu priminho Draco. Eles vão adorar te conhecer. Depois vamos morar na Mansão Black, onde a mamãe nasceu, junto com o titio Rodolphus e o seu papai. Lá tem um lindo jardim de heléboros — A mulher fechou os olhos e encostou uma bochecha na fronte da menina. Aspirou o cheiro confortante que ela exalava — Vamos andar pelos jardins, Delphi. Você, a mamãe e o papai. Nós seremos...
Ela se interrompeu de súbito sem nenhum motivo aparente. Abriu os olhos arregalados e, ainda com o rosto colado ao de Augurey, permaneceu estática.
— Mama — A vozinha trouxe mobilidade a mulher novamente. A pequena mãozinha puxava uma mecha dos cabelos longos e escuros. Bella sorriu para filha, ignorando a dor no couro cabeludo, e lhe beijou a testa.
— Estamos lutando por um mundo melhor, querida. Onde poderemos viver com supremacia e toda essa escória humana irá definhar. Estamos fazendo o melhor para você, Delphi — A mulher suspirou fundo e encarou os olhos azuis da menina. Mergulhou neles toda sua angustia maternal. A menina retribuiu o olhar intenso como se entendesse cada sentença da mãe — E as vezes o melhor requer sacrifícios...
— Fícios — Repetiu a menina.
— Sim. Mas não se preocupe. Vai ficar tudo bem.
A mulher levantou-se calmamente. Com os olhos cerrados e a filha bem ajeitada nos braços, começou a rodar levemente pelo quarto cantarolando o hino de Hogwarts. Em segundos Bella reabriu os olhos e estava nos jardins da Mansão Black. Ela rodava com a filha entre as flores negras e arroxeadas que cobriam o chão. Narcisa e Andromeda se aproximaram delas sorridentes e logo atrás vinha Druella e Cygnus Black, ansiosos para conhecer a netinha. Bella sorriu feliz ao ver sua família.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por lerem.
Como puderam perceber: Bella tem sentimentos muito fortes pela filha, isso se deve ao fato de ser sua com o lorde ou por simplesmente ser sua. E não vamos esquecer que ela é louca.