Delphi escrita por Tyke


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi para todos vocês que estão acompanhando, obrigada por estarem aqui.
Postando mais cedo do que imaginei que conseguiria
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/717127/chapter/2

A noite caía densa sobre um aglomerado de casinhas em um bairro trouxa. Euphemia Rowle acordou no meio da madrugada sentindo a garganta seca. Jogou para o lado suas cobertas floridas com margaridas e desceu as escadas até a cozinha. De água encheu um copo e rapidamente jogou o liquido na goela. Pela janela sem cortinas do cômodo ela observou a nevoa densa de inverno que se formava.

Paf!

Algo bateu-se no andar de cima da casa e em seguida Augurey gemeu infantil. O coração da mulher saltou descontrolado. O medo que alguém descobrirá sobre a menina e estava ali para machuca-la lhe arrematou por completo. Rowle correu para o andar de cima com uma faca em mãos. Ela era a tutora da pequena Lady das Trevas. Se algo acontecesse o Lorde a torturaria até os fins dos tempos.

Apreensiva ela empurrou a porta do quarto da criança lentamente. Deu de cara com uma mulher de cabelos longos e cacheados segurando Augurey nos braços. Ela conversava com a menininha que possuía mais de um ano.

— Se-senhora? — Rowle escondeu a faca no meio das dobras da camisola — O que faz aqui?

— Vim vê-la — Bellatrix respondeu sem se dar ao trabalho de olhar a mulher.

— Mas ainda é madrugada e a senhora não avisou que...

— E DESDE QUANDO EU TENHO QUE AVISAR QUE VENHO VER MINHA FILHA, EUPHEMIA? — Estourou aos berros com a mulher e só não sacou a varinha para crucia-la, pois os braços estavam ocupados com a menininha que gargalhava feliz com os som altos da mãe.

Augurey bateu as mãozinhas gordinhas uma na outra e a boquinha curvada aberta releva os dentes dianteiros que a pouco haviam nascidos. Ela repetiu a última palavra imitando os trejeitos e entonação da comensal :

Euplemia!

Bella sorriu para a garotinha e lhe deu um abraço mais apertado. Voltou sua total atenção para ela e passou a ignorar a presença da outra mulher. Rowle aproveitou-se da deixa e saiu apresada para o próprio quarto. Fechou a porta e girou a chave, mesmo sabendo que um simples feitiço poderia abri-la. Enfiou-se sob as cobertas e passou o resto da noite de olhos estatelados e apreensivos.

No quarto da menininha onde as paredes eram simples, havia um berço de cobertas verdes, sobre ele animaizinhos de brinquedo flutuavam, um quadro da casa de Salazar decorava um canto - capricho de Bella - e alguns brinquedos, que não deveriam estar nas mãos de uma criança como adagas segas, espalhavam-se pelo chão. A interação maternal continuava acontecendo. Bella sentou em uma cadeira perto do berço e ajeitou Augurey no colo.

— Quando tudo isso acabar, Delphi, vamos te apresentar para a titia Cissa e seu priminho Draco. Eles vão adorar te conhecer. Depois vamos morar na Mansão Black, onde a mamãe nasceu, junto com o titio Rodolphus e o seu papai. Lá tem um lindo jardim de heléboros — A mulher fechou os olhos e encostou uma bochecha na fronte da menina. Aspirou o cheiro confortante que ela exalava — Vamos andar pelos jardins, Delphi. Você, a mamãe e o papai. Nós seremos...

Ela se interrompeu de súbito sem nenhum motivo aparente. Abriu os olhos arregalados e, ainda com o rosto colado ao de Augurey, permaneceu estática.

— Mama — A vozinha trouxe mobilidade a mulher novamente. A pequena mãozinha puxava uma mecha dos cabelos longos e escuros. Bella sorriu para filha, ignorando a dor no couro cabeludo, e lhe beijou a testa.

— Estamos lutando por um mundo melhor, querida. Onde poderemos viver com supremacia e toda essa escória humana irá definhar. Estamos fazendo o melhor para você, Delphi — A mulher suspirou fundo e encarou os olhos azuis da menina. Mergulhou neles toda sua angustia maternal. A menina retribuiu o olhar intenso como se entendesse cada sentença da mãe — E as vezes o melhor requer sacrifícios...

Fícios — Repetiu a menina.

— Sim. Mas não se preocupe. Vai ficar tudo bem.

A mulher levantou-se calmamente. Com os olhos cerrados e a filha bem ajeitada nos braços, começou a rodar levemente pelo quarto cantarolando o hino de Hogwarts. Em segundos Bella reabriu os olhos e estava nos jardins da Mansão Black. Ela rodava com a filha entre as flores negras e arroxeadas que cobriam o chão. Narcisa e Andromeda se aproximaram delas sorridentes e logo atrás vinha Druella e Cygnus Black, ansiosos para conhecer a netinha. Bella sorriu feliz ao ver sua família.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem.
Como puderam perceber: Bella tem sentimentos muito fortes pela filha, isso se deve ao fato de ser sua com o lorde ou por simplesmente ser sua. E não vamos esquecer que ela é louca.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Delphi" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.