I Can Feel escrita por Cihh


Capítulo 10
Capítulo 10 - Meu Amor Está Voltando


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Antes do capítulo eu tenho uma coisinha para pedir. Sempre que vocês puderem, por favor, deixem um comentário. Eu gosto muito de escrever e opiniões que me ajudem a melhorar minha escrita ou só para dizer alguma coisa sobre o capítulo são sempre motivadores.
É isso gente, obrigada. Beijinhos e boa leitura.



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Eu sabia quando a vi

Que minha vida ia logo deixar de ser fácil

Se vão os dias de todas minhas bebidas e farras

    (Baby's Coming Back)

 

POV Isa

Conecto meu celular no auto falante da sala e coloco no aleatório, fazendo com que o terrível som da chuva se camufle ainda mais. Todos no recinto agora estão calmos e se divertindo. Seth está em sua poltrona azul marinho, balançando a cabeça ao som da música do Fall Out Boy, mas mantém os olhos grudados na televisão, onde seu time de futebol americano preferido ainda joga. Marcos, surpreendentemente também está assistindo o jogo, e discute com Seth de vez em quando a respeito de jogadas equivocadas e times que eu nunca ouvi falar. Sarah está conversando animada com Nath e Léo, provavelmente sobre qual vai ser o próximo país da Europa que Fernanda vai visitar no próximo mês. Alex e Evey estão entretidos jogando algum jogo de corrida no celular dele, e Thomas está deitado no sofá grande, ocupando três espaços, e de olhos fechados. Vou até ele e me sento no tapete fofo branco, em frente à sua cabeça. Cutuco sua testa.

—Seu folgado, está ocupando três lugares. –Eu falo, empurrando seu corpo pesado. Sem abrir os olhos, ele abre um sorriso.

—Então, você não vai me contar o que aconteceu hoje na escola? Sério, eu fiquei quase desesperado. –Ele se apoia no cotovelo para olhar para meu rosto. Penso um pouco e acho melhor falar para ele, ele já deve ter uma ideia do meu pequeno trauma de qualquer jeito.

—Gente, vocês querem mais alguma coisa para comer? –Pergunto, me virando para o pessoal.

—Eu quero mais um coca. –Seth diz, balançando sua latinha vazia.

—Tem cerveja? –Pergunta Alex, desviando os olhos do celular. Em um movimento rápido Evey pega o aparelho de sua mão e dá um gritinho, vitoriosa. A seguir se ouve um ‘ahh não caaraa. Que mancadaa’ vindo de Alex.

—Traz aqueles biscoitos de chocolate belga que papai ganhou essa semana. –Diz Sarah.

Me levanto e toco o braço de Thomas, indicando que ele deve vir comigo. Ele se levanta em seguida e me segue até a cozinha. Paro de costas para a bancada e olho para ele.

—Eu tenho pavor de tempestades. Quando eu estava nos Estados Unidos aconteceu uma tempestade violenta e eu estava sozinha em casa. Fiquei realmente assustada. Felizmente tempestade como essas não são muito comuns por aqui.

Ele chega mais perto de mim e entrelaça os dedos nos meus. Franzo a testa, mas não faço nenhuma menção de recolher a mão. Thomas foi atrás de mim e me manteve segura e aquecida em meio a uma crise nervosa. Acho que posso confiar mais nele agora. Ele não diz nada (acho que não há muito para se dizer nesses momentos), apenas dá um beijo suave em minha mão.

—Parece que eu estou sabendo mais sobre você do que você sabe sobre mim. –Ele fala, a respeito do negócio que ele disse que queria que eu conhecesse o ‘verdadeiro Thomas’.

—Pois é... Acho que agora você pode falar alguma coisa sobre você, não é? –Pergunto, levantando uma sobrancelha.

—Hum... O que você quer saber?

—Ah, não sei. O que você faz quando não está na escola ou em festas ou iludindo menininhas inocentes? –Falo, brincando. Ele se afasta de mim para fazer um café.

—Eu trabalho. Em uma loja de sapatos do shopping do centro. –Ele fala, de costas para mim.

—Sério? –Uau, Thomas não é que nem esses mauricinhos da escola toda? –Você trabalha mesmo?

—Claro. Preciso de dinheiro pra bancar essa minha vida. –Ele passa a mão no cabelo de um jeito atraente.

—Achei que ganhasse mesada do papai.

—Eu não falo com meu pai. –Ele diz, subitamente. Fico quieta por alguns instantes, tentando raciocinar. Bem, isso pode significar várias coisas, mas antes que eu possa dar uma de detetive ele me corta. –Depois podemos falar sobre isso. O café está pronto. Pegou as coisas que aqueles gordos pediram?

Corro para pegar todos os pedidos. –Sim, senhor.

Ele pisca para mim antes de sair da cozinha segurando um copo de café para ele e uma latinha de cerveja, provavelmente para Alex. Ele realmente não brinca em serviço.

*****

POV Thomas

A chuva suavizou depois de uns quarenta minutos. Léo decidiu ir para a casa de Fernanda e deu uma carona para Nath. Marcos levou Evey e Alex para um ginásio perto do centro, aparentemente onde tem uma pista de skate maneira que ela queria mostrar para ele, e depois disse que iria para e empresa do pai. Seth saiu depois que o jogo acabou para encontrar uns amigos para jogar uma partida de futebol. No fim, eu, Isadora e Sarah ficamos sozinhos na sala. É engraçado ver as duas irmãs juntas, já que elas são completamente diferentes. Foi algo que eu notei quando quatro dos membros da família estavam presentes. Os cabelos de Sarah são bem loiros e um pouco encaracolados, e ela é muito feminina, com um vestido e meias que parecem sapatilhas. O cabelo está preso em dois coques em forma de bolinha, e ela parece estar sempre sorridente. Isadora tem o cabelo de um castanho mais escuro, mas é completamente liso. Suas roupas são sempre leves, mas ela nunca está desarrumada. A coloração do cabelo de Léo está entre o das duas irmãs, um loiro puxado pro castanho. Ele penteia o cabelo para trás com gel e parece uma estrela de cinema. É bombado, alto e boa pinta, bem a cara de Fernanda mesmo. Já Seth é bem relaxado, o cabelo mais ou menos do tom do de Isadora é bagunçado e os olhos são ativos, ficam olhando de um lado para o outro.

—Vocês se conhecem há muito tempo? –Pergunta Sarah, cruzando as pernas no sofá.

—Eu conheço ele desde segunda. –Diz Isadora, revirando os olhos. –Nem sei por que convidei esse estranho para entrar aqui.

Sarah sorri, se divertindo. –Mas você deve ser super popular. É tão bonito.

Sorrio para ela também. –Eu sou. Mas sua irmã nunca deu bola pra mim.

—Ah é. Por que você também sempre falou comigo né? –Ela diz ironicamente. Depois sussurra um pouco alto demais para Sarah. –Ele tem namorada.

—Não tenho. Eu tenho uma stalker, isso sim. –Bufo ao lembrar de Vanessa. Sarah arregala os olhos. –Mas eu estou tentando fazer sua irmã me dar uma chance. Você não acha uma boa ideia? Nós não combinamos juntos?

Ela concorda várias vezes com a cabeça. –Nossa. Sim. Vocês deviam.

—Viu? Sarah concorda comigo. Vamos sair amanhã, fechou? –Olho no meu relógio de pulso. Meia hora para meu turno na loja começar. –Preciso ganhar meu pão, gatas.

—Ei, espera. Como assim, amanhã? –Isadora diz, exasperada.

—Bem, eu te pego as oito. Só digo isso. –Seguro a mão das duas e beijo uma de cada vez. Depois saio da casa e fecho a porta atrás de mim, ouvindo as reclamações de Isadora. Acho que isso é um 'sim'.


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