Quando o Amor acontece escrita por Lizzy Darcy


Capítulo 34
Capítulo 34




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Trigésimo Quarto Capítulo ❣️

– Então, princesa, qual a sua resposta? - Felipe perguntou mal disfarçando a sua ansiedade diante do silêncio ensurdecedor que se seguiu.

Shirlei segurou o rosto do namorado entre as mãos, os polegares acariciando suas bochechas.

– Príncipe, tudo que eu mais queria era passar a noite na sua casa... dormir... acordar do seu lado...

– Então... - Felipe falou, a voz rouca.

– Mas é que... Cê sabe... Lá na sua casa tem a sua mãe que...

– Que dorme no quarto ao lado, princesa. - Completou Felipe antes de Shirlei. - Qual o problema nisso? É só a gente ser um pouco mais discreto do que a gente foi lá em Paris. - Felipe fez questão de acrescentar, levando Shirlei a ficar com as bochechas rosadas. - Além disso, você é a minha namorada, com livre acesso a minha casa... Esqueceu que eu te dei uma cópia da chave? A minha mãe que se acostume! Ainda mais agora que eu não consigo mais dormir sem você. - Essa última frase Felipe acabou falando todo manhoso.

Shirlei sorriu com ternura e colou os lábios nos dele demoradamente.

– Tá certo. Eu vou pra sua casa... - Felipe abriu um sorriso tão aberto que fez Shirlei compreender a vontade que ele estava de tê-la em sua casa. Ficou feliz - Até porque eu também acho que eu não vou conseguir dormir sem você. - Eles trocaram um sorriso apaixonado. - Eu só vou preparar uma mochila com umas coisinhas pessoais e já volto. É rapidinho. Me espera aqui, tá? - Shirlei disse e depois de tascar um último beijinho singelo nos lábios do namorado, entrou em casa.

Felipe bateu uma mão na outra por três vezes, sorrindo de canto a canto da orelha já imaginando a noite maravilhosa que teria com sua namorada. Estava feliz. Muito feliz. E não conseguia esconder isso. Até que...

– Hello, gogoboy. - Alguém falou ronronando por trás dele, mas só uma pessoa o chamava assim e esse alguém tinha a incrível capacidade de tirar Felipe do sério como ninguém.

Felipe se virou e enfiando as mãos dentro dos bolsos, fechou a cara.

– O que você quer, Carmela?

Carmela deu um sorrisinho cínico.

– Nossa, é por isso que eu shippo muito mais a minha irmãzinha com o Adônis. Ele me trata muito melhor do que você, sabia?

Felipe bufou, revirando os olhos.

– Quer saber, eu não tenho que ficar aqui escutando isso! - Resmungou Felipe, virando de costas e caminhando em direção ao carro. Sua ideia era esperar Shirlei dentro dele. Mas antes que ele pudesse alcançar a porta do carro, sentiu quando uma mão segurou seu braço o impedindo de continuar. Ele se soltou com violência.

– Príncipe?! - Shirlei exclamou, abismada, levando Felipe a se virar com o olhar arregalado.

– Princesa? Mas como... Eu achei que era a... - Ele mal podia acreditar que era ela e não a Carmela ali parada na sua frente, então alternou seu olhar entre ela e a calçada onde tinha visto a cobra pela última vez. - Filha da mãe! - Felipe exclamou, entredentes, quase que para si mesmo, mirando um ponto na calçada, que agora estava vazio.

Shirlei virou o rosto, procurando por seja lá o que seu namorado estava olhando.

– Você tá bem, príncipe? Falou alguma coisa?

Felipe sabia que se falasse de Carmela com Shirlei, ela não iria acreditar dessa forma. Teria de ir com calma, afinal, bem ou mal, ela era sua irmã. Mas de uma coisa, Felipe estava convicto, iria proteger Shirlei de Carmela custe o que custar e na hora certa, retiraria sua máscara, ah, retiraria com todo prazer.

Enquanto isso, tudo que podia fazer era abraçar sua namorada com bastante força e foi exatamente o que fez quando a puxou para os seus braços e tascou um beijo no alto de sua cabeça. Em resposta, Shirlei rodeou o tórax de seu namorado com os braços.

– Esquece isso, princesa. Eu só tava aqui pensando alto... Mas oh, fica tranquila, tá? Porque eu num vou deixar que nada nem ninguém te machuque. Eu prometo. Nem mesmo a minha mãe ou quem quer que seja!

Shirlei estranhou aquelas palavras, mas achou melhor deixar pra lá e se aconchegar um pouquinho mais nos braços de seu namorado já que estava imensamente gostoso.

– Shirloooooca! - Carmela chamou do outro lado da rua, fazendo Felipe revirar os olhos. E querer sumir dali o mais depressa possível.

– Princesa, deixa eu colocar sua mochila no carro? - Felipe pediu para a namorada, já pegando na alça da mochila e tascando um beijinho nos lábios dela. Mas tudo que ele queria com aquilo era fugir de Carmela, que já vinha na direção deles.

– Oi, Carmela. Algum problema? - Shirlei perguntou quando a irmã chegou perto, sorrindo.

– Cê esqueceu, oh, seu celular. - Carmela disse, mostrando o aparelho de forma brincalhona.

Shirlei arregalou o olhar. E ficou pensativa, tentando se lembrar onde e como teria esquecido o celular se em nenhum momento tinha retirado o aparelho da mochila. Achou muito estranho aquilo. Mas acontece, né?! Com todo mundo... Por que seria diferente com ela? Mas que era estranho era!

– Caramba, Carmela! Juro que nem me toquei que tinha me esquecido dele. Se não fosse você... - Shirlei disse e jogando os braços ao redor do pescoço da irmã a abraçou forte. Felipe viu e ficou desconfiado quando voltou, pois Carmela fazia uma careta enquanto a abraçava e Felipe pegou no flagra. E compreendeu naquele momento o quanto Carmela podia ser manipuladora e Shirlei não se dava conta disso nem em sonho. - Brigada, viu?!

– Tudo pronto, princesa. -Felipe informou - Vamos? - Ele chamou, as mãos enfiadas nos bolsos, expressão emburrada para Carmela. E Shirlei se afastou da irmã, sorrindo.

– Vamos sim. Tchau, Carmela. Avisa a mãe pra não se preocupar que amanhã eu dou notícias, viu? - Shirlei disse e Felipe fez questão de passar o braço em volta dos ombros da namorada, ainda olhando para Carmela com uma expressão emburrada.

– Aviso sim, pode deixar. Mas olha só, gogoboy, cuida bem da nossa bonequinha, viu? Porque ela é do tipo de porcelana e pode quebrar fácil, fácil! - Carmela provocou, recebendo um sorriso falso de Felipe que durou segundos para em seguida voltar a cara feia. Felipe apertou os punhos contendo a vontade de apertar a garganta da irmã de sua namorada. E só ele sabia o quanto foi difícil se conter.

Shirlei riu. E essa foi a sorte de Carmela, pois o som da risada de sua namorada foi o que acalmou Felipe.

– Liga não, Príncipe, a Carmela tá só brincando. Eu num sou de porcelana não. Eu sou muito é forte, viu?! - Shirlei disse, animada, mostrando os bíceps para o namorado.

Felipe sorriu para namorada, fascinado e diante do olhar desdenhoso de Carmela, murmurou:

– Eu sei disso, princesa, conheço todas as suas qualidades. E é por isso que eu te amo tanto! - E a beijou na frente de Carmela, mas não um beijo qualquer, um daqueles de dar inveja, principalmente em Carmela que assistia soltando fumaça pelas ventas.

– Vai, gogoboy, vai aproveitando sua princesinha porque quando eu botar meu plano em ação, você vai querer nunca ter se metido com essa bruxa má aqui! Aliás, ele já está em ação, mas sua princesinha é tão bobinha que ela não está nem percebendo... Tadinha dela. - Carmela disse para si mesma, enquanto dava tchau, sorrindo falsamente para o casal, que se despedia e entrava no carro.

***************************************

– Princesa, posso te perguntar uma coisa? Promete que num me leva a mal. - Felipe perguntou, a mão segurando a de Shirlei com carinho. Eles ainda não tinham chegado ao apartamento pois estavam enfrentando um engarrafamento. E tudo que se ouvia eram as pás de um lado para o outro do carro contendo a chuva forte que caia e a música baixinha e romântica no som do carro.

– Claro que pode, príncipe.

– A Carmela ainda costuma falar do Adônis com você?

Shirlei olhou de lado e demorou alguns segundos para responder. Queria ganhar tempo, tentando encontrar o melhor jeito de responder àquela pergunta, mas não havia.

– Costuma. - Felipe revirou os olhos - Príncipe, você tem que entender que a Carmela é muito amiga do Adônis. Ela só tá preocupada com ele porque parece que já faz uns dias que ele não dá notícias... Nem pra família nem pra ninguém.

Felipe Franziu a testa.

– Então ela achou que ele pudesse tá te dando notícias, é isso?

– É. Ela tava com esperança de que pelo menos pra mim ele tivesse dado notícias.

– E ele deu? - Felipe questionou, apertando o volante com força.

– Não. Ele num deu não. - Felipe soltou o volante e respirou aliviado. - Mas eu confesso que tô preocupada com ele.

Felipe fechou os olhos, tentando controlar os ciúmes que o estava devorando por dentro.

– Você já tentou ligar pra ele?

– Já, mas ele não atende.

– E o que você pretende fazer?

– Em relação a quê? - Shirlei começava a estranhar as perguntas de Felipe.

– Em relação a ele. - Felipe respondeu, deixando transparecer toda a sua insegurança, seu medo, seu ciúme. Ele não conseguia se controlar quando se tratava de Adônis - Se você não conseguir falar com ele ou encontrá-lo... O que você vai fazer? - Shirlei o encarava como se não conseguisse entendê-lo - Vai atras dele? Heim, Shirlei? Responde!

Shirlei o encarou sem conseguir acreditar que ele ainda pudesse ter algum tipo de dúvida do amor que ela sentia por ele. Então em vez de responder, achou melhor tentar algo mais ousado, então ela agarrou a gola da camisa dele com as duas mãos e trouxe seus lábios até os seus, beijando-o com voracidade.

Em resposta, Felipe segurou o rosto dela entre as mãos, aprofundando o beijo. Foi aí que ela soltou o cinto com rapidez e subiu em cima dele, uma perna de cada lado, as costas encostadas no volante. Felipe então começou a massagear as coxas de Shirlei, adentrando as mãos por baixo do vestido a procura de suas nádegas, enquanto a garota desabotoava sua camisa desajeitadamente. Os beijos já descendo pelo pescoço e colo de Shirlei entre gemidos e arfadas descontroladas de ambos. Felipe reclinou um pouco o banco proporcionando um pouco mais de espaço para que Shirlei pudesse beijar o seu tórax, enquanto ele soltava seu sutiã por debaixo de seu vestido para encontrar suas duas maiores fontes de prazer. E eles estavam a ponto de se perder naquela sensação de estar um nos braços do outro, quando a buzina incessante dos carros atras deles os interrompeu, fazendo-os voltar à realidade de onde estavam.

Rindo envergonhada, imediatamente, Shirlei saiu do colo de Felipe e se sentou no banco do passageiro, tentando se recompor, enquanto Felipe não pôde nem fazer isso, pois já foi logo dando a partida no carro, já que os outros carros estavam bem longe. Precisava correr bem rápido se quisesse alcançá-los.

No meio do caminho, Shirlei se inclinou e ajudou o namorado com os botões, recebendo dele um beijo bem carinhoso e rápido, pois o mesmo agora estava bem concentrado na estrada.

– Espero ter respondido a sua pergunta. - Shirlei disse do nada para o namorado, que deu um meio sorriso de lado.

Felipe segurou a mão da namorada e levou até os lábios, tascando um beijo carinhoso.

– Respondeu sim. Aliás, se quiser responder a todas as perguntas que eu fizer desse jeitinho todo especial... disse, deixando o resto da frase no ar e arqueando uma das sobrancelhas, deu um sorriso malicioso.

Shirlei enrubesceu e deu um tapinha no ombro do namorado de forma brincalhona.

– Safadinho você, heim?!

– Isso eu sou mesmo... - Ele falou rouco - Comprou, agora aguenta. Tem direito a devolução não, princesa.

– Poxa, então eu acho que me fizeram propaganda enganosa, oh! - Ela respondeu na lata e os dois começaram a rir.

Daí por diante, Shirlei reclinou a cabeça no ombro de Felipe e fechou os olhos, pois o apartamento dele agora se encontrava cada vez mais perto, o que significava que estava quase na hora de enfrentar sua futura cobrinha, ops, sogrinha.

***************************************

Quando os dois chegaram ao apartamento de Felipe, ele fez questão de abrir a porta para namorada e entrar com ela de mãos dadas.

– Meu amor, finalmente você chegou. A Jéssica e eu já estávamos quase indo jantar sem você e... - Vitoria começou a falar, quando percebeu que Felipe havia chegado, até entender que ele não estava sozinho - Mas o que essa garota faz aqui, posso saber?

Felipe fechou a cara, os olhos estreitados. Shirlei por sua vez ficou sem saber onde se enfiar. Sua vontade era sair dali o mais rápido possível. Enfrentar Helô foi fácil, mas Vitória e Jéssica ao mesmo tempo era muito desgastante para um dia só.

– Em primeiro lugar, mãe, essa garota tem nome. E é Shirlei. E em segundo, ela veio comigo porque é minha namorada e vai dormir aqui. Algum problema?

– Todos, querido. Não sei se você me ouviu direito, mas nós estamos com visita. A Jéssica veio jantar conosco.

Jéssica encarou Shirlei com altivez. A namorada de Felipe revirou os olhos.

– Conosco não, com a senhora. A senhora convidou, então a visita é sua. Jante a senhora com ela. A única que eu convidei foi a minha namorada... - Felipe disse e nesse momento encarou Shirlei, fascinado. - Portanto, com licença, porque agora mesmo estou indo com ela pro nosso quarto. - Dito isso, Felipe puxou Shirlei pela mão e rumou para o quarto, mas parou no meio do caminho quando escutou sua mãe quase gritar.

– Nosso quarto??? Era só o que me faltava essa agora!!! Felipe Miranda, você não se atreva a entrar nesse quarto com essa, essa, essa...

Felipe bufou de raiva.

– Mãe, não termina essa frase, se a senhora não quer que eu fique mais chateado do que eu já tô. E se a senhora quer mesmo saber... É nosso quarto sim! Sabe por quê? Porque a Shirlei, minha namorada, tem a chave desse apartamento, portanto tudo que tem aqui dentro é tão meu quanto dela!

– Como é que é? Você só pode tá brincando comigo, né?! Filho, será que você não consegue enxergar que essa menina só quer colocar você contra mim?! Contra a sua própria mãe! - Vitória falou, a voz saindo de forma teatral, a mão segurando o lado esquerdo na altura do coração.

Felipe bufou e juntou as mãos em posição de oração junto aos lábios, impaciente.

– Mãe, por favor, você nem conhece a Shirlei pra tá falando esse tipo de coisa, aliás, você nunca nem sequer quis dar uma chance pra conhecer ela. Porque se você quisesse, mãe, você ia ver a mulher extraordinária é fascinante por quem eu estou completamente apaixonado e...

Diante dessas palavras, a mãe de Felipe se enfureceu e segurou os braços do filho, balançando-os. Jéssica também abriu a boca, embasbacada. Não imaginou que Felipe estava nesse pé de paixão pela garçonete. Não mesmo.

– Não tá! Não tá, Felipe! E se estiver, vai tratar de esquecer disso tudo agora! - Esbravejou Vitória para em seguida segurar o colarinho do filho em desespero - Meu amor, escuta o que eu estou te dizendo... Eu sei que eu sempre me meti na sua vida, mas você, meu filho, é a pessoa mais importante que eu tenho nessa vida, então nada mais natural do que querer o melhor pra você. E essa menina... Essa menina... Filho... Ela definitivamente não é o melhor pra você!

Com essas palavras, Felipe sentiu o sangue ferver dentro dele, então ele retirou as mãos de sua mãe de seu colarinho, encarando-a com tanta raiva que a assustou.

– Mãe, você não sabe de nada! - Rugiu Felipe, os olhos faiscando. - Se deixou ser contaminada pelas mentiras que a Jéssica deve ter inventado sobre a Shirlei e não deu uma única oportunidade para conhecê-la. Pois muito bem! Lembre-se que essa foi a sua escolha e não a minha. Porque pra mim não importa mais o que você acha ou o que deixa de achar da mulher que eu amo e que escolhi pra passar o resto da minha vida! Portanto, se a senhora não aceita a Shirlei, também não me aceita como filho. Agora se me der licença, a Shirlei e eu estamos indo para o NOSSO quarto... - Felipe concluiu e já ia rumando para o quarto, sob os olhares perplexos de Jéssica e Vitória, quando o telefone tocou.

Vitória correu para atender, os olhos arregalados, mas Felipe foi mais rápido e acabou pegando o telefone primeiro.

– Alô?! Não. É o filho dela quem está falando. Mas pode falar que eu dou o recado a ela. Sim, claro... - Nesse momento, Vitória tentou a todo custo, retirar o telefone do filho, mas Felipe, fuzilando-a com o olhar, impediu-a. - Hotel reservado para hoje à noite? Sei... Não, não... Pode confirmar sim. Ela vai sim. A que horas o táxi virá pega-la mesmo? 20:00? Ok! Ela estará pronta! Muito obrigado!

– Filho, você está me expulsando da sua casa? - Vitória perguntou quando Felipe desligou o telefone, seu rosto exprimindo uma raiva que a muito tempo sua mãe não via em seu filho.

– Claro que não, mãe! Eu só estou botando o seu plano em ação! Dormir em um Hotel pra me deixar sozinho no meu apartamento. A única diferença é que em vez de jantar com a Jéssica, eu vou jantar com a minha namorada que é o certo, né?!

Vitória encarou Jéssica, que não sabia o que fazer para tirá-las daquela situação.

– Ah, e quanto a você, Jéssica - Felipe voltou a falar - Eu não preciso dizer que o jantar foi cancelado, né?! Portanto, já sabe o caminho até a porta ou quer que eu faça um mapa?

Jéssica bufou e pegou a bolsa que estava em cima do sofá.

– Não pense que isso vai ficar assim, Felipe. - Jéssica disse. - Você ainda vai se arrepender por tudo que está fazendo pra ficar ao lado dessa garçonetezinha de quinta!

– Tenho certeza que não. O único arrependimento que eu tenho é dos anos que passei com você. - Respondeu à altura, recebendo de Jéssica uma virada de cara.

Dez minutos depois, quando Vitoria atravessou a porta e foi embora para o Hotel, Felipe enfim pôde respirar aliviado. Sentou-se no sofá, e percebendo o quanto o namorado estava tenso, Shirlei foi até ele e se sentando ao seu lado, começou ao massagear seus ombros. Ele fechou os olhos já começando a relaxar.

– Huuuuum, que gostoso, princesa. - Felipe falou rouco. - Ainda bem que cê existe, sabia?

Shirlei deu um beijo no ombro do namorado.

– Queria tanto que você não tivesse que passar por isso, príncipe. Achei que com o tempo a sua mãe pudesse se acostumar comigo, mas... - Shirlei se lamentou.

Felipe percebeu o tom de culpa na voz da namorada e não gostou, então segurando a cintura dela, puxou-a para seu colo.

– Ei, vem cá.... cê num tem culpa de nada, princesa. A minha mãe é que é bem difícil de lidar... Fica tranquila, tá?! E quer saber, tudo isso que aconteceu tem um lado bom, sabia? - Shirlei Franziu a testa, curiosa e Felipe Arqueou as sobrancelhas, sorrindo malicioso - Enfim sós!

Shirlei sorriu e se deixou ser beijada por ele, as línguas se encontrando e se massageando dentro de suas bocas.

– Então, eu tava aqui pensando... - Felipe começou a falar, dando beijinhos no pescoço de Shirlei - Que tal se a gente fosse tomar um banho junto? Lembra daquele que a gente tomou lá em Paris? - Felipe questionou, mordendo o lóbulo da orelha de Shirlei, que se arrepiou inteira e ficou bastante tentada, mas...

– Sabe o que é... Eu tava querendo fazer o nosso jantar. Uma especialidade minha. Posso usar sua cozinha?

– E eu vou tomar banho sozinho? - Felipe questionou, o olhar de menino pequeno quando perde o brinquedo preferido.

Shirlei riu e começou a dar beijos por todo o rosto do namorado, fazendo o mesmo sorrir, apaixonado.

– Vai. Mas eu prometo que depois do jantar, eu te recompenso... - Shirlei colocou o dedo indicador do nariz do namorado - Combinado assim?

Felipe olhou pra cima, fingindo estar pensando nas possibilidades.

– Combinado. Mas oh, só pra te lembrar, mocinha, que eu costumo ser muito exigente nas minhas recompensas...

– Ah, é? - Shirlei provocou, segurando o rosto dele entre as mãos, a voz sexy, os lábios tocando nos dele. - E eu costumo recompensar muito bem. - Disse e saiu do colo dele sem beija-lo, deixando-o na vontade.

– Isso aí, princesa. Adeus banho quente e bem vindo banho gelado! - Felipe brincou, correndo para o banheiro, enquanto Shirlei gargalhando se dirigia para a cozinha.

***************************************

– Mas mãe, num era pra bater o molho bechamel com as claras? - Shirlei perguntou para Dona Francesca ao telefone, enquanto retirava o suflê do forno. - Droga! Por isso que ele saiu queimado e duro! Tá bom, mãe. Deixa pra lá. Eu me viro aqui, pode deixar. Beijo, beijo, beijo! - Shirlei desligou o celular e colocou o suflê em cima da mesa, a expressão de desgosto.

– Que cheirinho é esse, princesa? - Felipe perguntou ao entrar na cozinha com uma toalha branca amarrada na cintura. - É pra chamar o bombeiro? - Felipe brincou, mas se arrependeu ao vir a expressão preocupada de sua namorada.

– Foi o suflê que eu fiz pra você, mas oh, tá duro que nem pedra. Num da pra comer. Droga! Estraguei tudo. E eu queria tanto fazer alguma coisa por você... é que você já faz tanto por mim que... - Shirlei se lamentou tanto que uma lágrima furtiva escorreu de seu olho.

Felipe se aproximou dela, e enxugando a lágrima dela, levantou o queixo dela com um dos dedos.

– Ei, e quem disse a você que você nunca fez nada por mim, heim? - Felipe questionou, mas Shirlei continuou triste, então ele segurou a cintura dela e levantando-a, colocou-a sentada no balcão, posicionando-se entre as pernas dela - Olha pra mim, princesa. - Felipe disse, ajeitando os cabelos dela atras de suas orelhas - Você fez por mim a melhor coisa que alguém podia fazer por alguém...

– Ah, é... O quê? - Shirlei questionou, a voz rouca.

– Confiou em mim... Se deixou ser amada...

Shirlei sorriu e outra lágrima furtiva rolou em seu rosto, só que agora de felicidade. Mesmo assim em sua mente, ela pensou que Ainda iria descobrir algo para deixá-lo feliz. Mas o que? Pensaria! Pensaria muito até conseguir ver um sorriso lindo naquele rosto! E isso, ela imaginou, seria em breve!

– Que tal se a gente pedisse um sushi, gosta? - Felipe sugeriu - Tem um restaurante aqui perto. Então chegaria bem rapidinho e a gente teria mais tempo pra aproveitar a noite.

Shirlei forçou um sorriso.

– Até gosto, mas... Não sei comer com aqueles palitinhos, vou logo avisando.

– Eu vou adorar te ensinar, princesa. Posso ligar pra lá?

Shirlei sorriu, revirando os olhos.

– Pode.

Felipe sorriu e pegando o celular, fez o pedido através do aplicativo.

– Pronto, pedido feito. - Felipe informou a Shirlei, que pulou do balcão, surpreendendo-o, pois ele queria que ela ficasse um pouco mais para eles aproveitarem. - Tá indo pra onde, princesa?

– Tomar banho. Minha vez. - Ela respondeu, já se dirigindo para a porta da cozinha sob o olhar atento e frustrado de Felipe. Foi então que ela parou e sem que ele esperasse, baixou uma alça de seu vestido, depois a outra para que o mesmo caísse no chão, deixando a mostra sua lingerie branca e extremamente sexy. Felipe arregalou o olhar e sua respiração se acelerou. Depois disso, ela levou as mãos as costas e desafivelou o sutiã e retirou-o. Então tentada demais para ver a expressão do namorado, Shirlei virou o pescoço e olhou por cima do ombro; Felipe estava com a boca entreaberta e o tórax subindo e descendo num ritmo descompassado. Ela achou simplesmente perfeito o atual controle que exercia sobre Felipe e como o corpo dele reagia a ela. Não era perita nisso, mas sabia que estava indo bem na arte da sedução quando se tratava de seu namorado.

– Você não vem? - Shirlei se virou rapidamente e perguntou, a voz sedutora. E claro que ela não precisou nem repetir, Felipe já se encontrava grudado ao seu corpo, as mãos grandes explorando seu ventre e seus seios com vontade enquanto sua boca se degustava em sua nuca e pescoço. O volume íntimo em sua toalha pressionando firmemente o traseiro de Shirlei, já mostrando o desejo a flor da pele que Felipe não conseguia esconder e nem queria esconder. Enquanto a garota se contorcia inteira, mordendo o lábio inferior para conter os seus instintos mais eróticos, que Ainda desconhecia e que começava a conhecer quando ele a tocava e se esfregava daquela forma nela.

– Princesa, eu quero você. - Felipe falou exigente no ouvido de Shirlei, a voz falhando. - Agora.

Shirlei sorriu e se virou para ele, os seios sendo amassados no tórax endurecido e másculo de Felipe.

– Também quero você, príncipe. - Shirlei disse, encarando-o com desejo, quase sem fala. - Agora.

Então segurando a nuca dele, Shirlei levou os lábios dela até os dele, que a beijou violentamente, as línguas se entrelaçando eroticamente dentro de suas bocas, arrancando gemidos e arfadas fortes de ambos. Então Felipe passeando suas mãos pelas costas nuas de sua namorada desceu-as até as suas nádegas onde segurou-as com firmeza, levantando-a até que Shirlei enlaçou sua cintura com as pernas e ele pôde assim carregá-la até o

Antes de chegar no quarto, Felipe levou Shirlei até uma cômoda na sala, onde arrastou todos os objetos que estavam ali em cima, alguns até se espatifaram no chão, mas ele não se importou, e até riu no meio do beijo. A loucura era grande e ele não conseguia esperar até chegarem ao quarto, mas achou melhor se controlar, pois queria Shirlei em sua cama como sempre havia sonhado por noites a fio.

Então segurando mais uma vez a namorada, ele a levou até seu quarto. Chegando lá, ele jogou-a contra a cama e se posicionou exatamente em cima dela. Então por alguns minutos ficou assim, admirando-a, fascinado.

– Nem acredito que você tá aqui, princesa. No meu quarto. Tão linda... Tão minha...

Shirlei sorriu e fez um carinho no rosto do namorado.

– Só sua, príncipe. Só sua.

Felipe sorriu, então segurando o quadril dela, deu um beijo no umbigo dela, e circulou-o com a ponta da língua, fazendo-a arquear o corpo pra frente. Sorriu mais uma vez e devagar retirou a calcinha dela, tascando mais um beijo na parte interna de sua coxa.

Felipe sentia sua namorada estremecer a cada toque e a cada beijo e aquilo era gratificante e extremamente sedutor para ele que começou a deleitar-se com a intimidade de sua namorada, sugando, beijando, mordiscando cada recôndito daquele local que estava completamente entregue a ele. Shirlei estava em êxtase e tudo que fazia em resposta era puxar os cabelos de seu namorado de forma quase que agressiva.

Mas então quando achou finalmente que ela estava preparada, Felipe voltou seus lábios para os lábios de sua namorada, enquanto com uma mão estimulava seus seios e com a outra ele retirou com rapidez a toalha que era a única peça que Ainda separava suas intimidades, que se uniram tão perfeitamente que Shirlei foi às nuvens num piscar de olhos, deixando que a dança se iniciasse para cima e para baixo, enquanto seus corpos explodiam em suor e as mãos de Shirlei se agarravam quase que em desespero aos lençóis da cama.

Ambos estavam incontroláveis. E agradeceram o momento em que todos resolveram sair de casa, pois os gritos e gemidos eclodidos de suas gargantas eram bastante altos e difíceis de esconder.

Por fim, os dois chegaram ao ápice, ambos se contorcendo por inteiro por alguns segundos até que Felipe desabou por cima de Shirlei, exausto.

– Ainda bem que num tem ninguém em casa. - Felipe sussurrou, quase sem fala. E os dois começaram a rir.

Depois disso, Felipe se aconchegou abraçadinho em Shirlei, a cabeça dela em seu peito, que Ainda arfava. O braço dele posicionado dobrado atras de sua cabeça.

– Príncipe, e o sushi? - Shirlei perguntou, desenhando corações com o dedo indicador no abdome de Felipe sem encara-lo.

Felipe deu uma risadinha.

– Se o rapaz veio entregar, com certeza foi embora frustrado por ninguém ter atendido o interfone. Fazer o que se a gente tava ocupado, né?

Shirlei riu, envergonhada, depois tascou um beijinho no peito dele.

– E agora? - Shirlei perguntou, o queixo apoiado na mão, encarando-o , sorrindo com os olhos - O que a gente vai comer?

Felipe se inclinou e deu um beijo nos lábios da namorada.

– Minha especialidade. - Shirlei fez uma expressão de curiosidade. E Felipe brincou, fingindo ser um chef de cozinha - Ovos mexidos. Vamos pra cozinha?

Shirlei se sentou, cobrindo-nos seios com o lençol e sorrindo, questionou:

– É sério isso?

– Muito sério. E depois a gente pode comer doce de leite. O que você acha?

Shirlei virou os olhos pra cima e sorriu.

– Huuuuuuum, doce de leite é? Isso me lembra um dia que um certo alguém teve a ousadia de lamber o doce direto dos meus dedos e a gente nem namorava ainda.

Felipe sorriu com malícia e levando os lábios até o ouvido de Shirlei, sussurrou:

– Né?! Ele teve coragem de lamber os dedos quando ele nem namorava, imagina o que ele vai poder lamber... namorando.

Shirlei arregalou o olhar e enrubesceu, nervosa, já imaginando o erotismo da cena do doce de leite.

– A-acho melhor a gente ir pra cama, quer dizer, pra cozinha. - Shirlei gaguejou, arrancando uma risada gostosa do namorado.

– Melhor mesmo... - Felipe disse e vestiu uma calça de moletom. - Ei, tá fazendo o que com esse vestido?

– Vestindo?! - Shirlei respondeu o óbvio.

– Nada disso. - Felipe jogou sua camisa pra ela, que segurou no ar. - Veste minha camisa. Adoro te ver vestida com alguma coisa minha. É sexy.

Shirlei sorriu e vestiu a camisa dele, então rindo os dois saíram correndo para cozinha, Shirlei na frente e Felipe atras, como duas crianças brincando de pegar.

E a noite estava apenas

Começando...


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