Uma nova história escrita por Caterina Capistrano


Capítulo 5
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Capitulo fresquinho pra vocês



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Hermione

Sai do quarto e fui em direção à sala, ouvi duas batidas leves na porta.

— Estou indo.

Abri a porta e me deparei com um Remo de aparência extremamente cansada, além de uma dúzia de arranhões no rosto.

— Remo, entra estava te esperando, Teddy esta dormindo, estávamos n’Toca ele brincou a tarde toda a filha do Gui.

— Hermione você precisar respirar, sei que você cuidou bem do Teddy, não precisa me passar um relatório completo, posso ir pega-lo, quero ir para casa, preciso descansar e não quero mais dar trabalho.

Ri um pouco, estava meio nervosa sabe se lá por que, e como sempre desatei a falar.

— Ora Remo não foi trabalho algum, adorei a companhia e faça o favor de sentar e me acompanhar em uma taça de vinho, enquanto eu curo esses machucados – vi que Remo se preparava para reclamar, enquanto pegava minha varinha e realiza pequenos feitiços curativos – nem comece com seu discurso, é para isso que servem os amigos, fora que eu estou fazendo isso com segundas intenções.

Remo arregalou os olhos e se engasgou eu comecei a rir.

— Por Merlin Remo, se acalme homem, estou falando academicamente, eu vou começar no Departamento de Controle e Regulamenta de Criatura e pensei que você pudesse me ajudar com criaturas das trevas e tudo mais.

— Céus Hermione, você não pode ficar fazendo isso, quase enfartei com essa sua insinuação, sou um homem velho. Mas adoraria lhe ajudar sei que você vai ficar muito feliz em ter acesso à biblioteca de Hogwarts novamente.

Remo

Os olhos dela se iluminaram como os de uma criança na manha de natal era tão fácil agradar Hermione, ela era como Dora, se sentia feliz com pouco.

— Acha que Minerva liberaria a biblioteca para nós? – ainda não havia contato para ninguém que tinham me oferecido o cargo de professor de DCAT novamente.

— Tenho certeza que os professores tem acesso ilimitado a biblioteca, incluindo a seção restrita.

Ela demorou alguns segundos até entender minha colocação. Então fez algo que me pegou de surpresa, ela pulou e me abraçou.

— Remo parabéns, fico muito feliz em saber que você vai voltar a lecionar, você foi um dos nossos melhores professores.

Então me mesma velocidade em que me abraçou, ela me soltou.

— Precisamos comemorar vou buscar as taças já volto.

Ela saiu em direção ao que eu deduzi ser a cozinha. Eu realmente estava muito feliz em voltar a lecionar era algo maravilhoso e Hogwarts era o meu lar. Só me preocupava em como faria com Teddy, ainda não sabia com quem o deixaria.

Estava tão distraído que não notei que Hermione já tinha voltado.

— Ok, o certo para comemorar seria champanhe, mas eu só tenho vinho em casa.

— Não sabia que você era uma apreciadora de bons vinhos – falei olhando o rotulo da garrafa.

— Meu pai sempre tomava uma taça após o jantar, dizia que o relaxava, no ultimo ano comecei a partilhar com ele esses momentos e hoje se tornou um ritual – ela tinha a voz levemente embargada.

Ela serviu as taças me entregou uma e pegou a outra para si.

— Brindemos a nós, as novas oportunidades e aos recomeços.

Depois disso engatamos em uma conversa animada, Hermione era uma pessoa que sempre tinha assunto, conversamos por horas sempre acompanhados do vinho, quase no final da garrafa ela começou a me questionar sobre lobisomens e as leis que os envolviam, perguntou-me o que eu achava que poderia ser melhorado.

Já era quase meia-noite quando Hermione se levantou e levou as taças para cozinha, acredito que nesse meio tempo, acabei adormecendo.

Sabia que estava sonhando, mas isso não diminuía a dor e a culpa da situação.

Estava de volta na Batalha de Hogwarts, no momento que em Dora era assassinada, eu estava lá imponente vendo-a morrer, depois as tentativas em vão de traze-la de volta e por fim ela me culpando, dizendo que não poderia viver com o filho dela por minha causa, então eu caia de joelhos e tentava lhe explicar que não queria que isso tivesse acontecia, que preferiria morrer no lugar dela, mas ela ia embora sem me responder se me perdoava ou não.

 

Acordei assustado e suado como sempre e num movimento mais brusco acabei caindo do lugar onde estava deitado, lembrei que estava na casa da Hermione.

Vi uma luz acender no corredor devia tê-la acordado.

— Remo você esta bem? – ela tinha uma fisionomia cansada.

— Me desculpa Hermione, além de lhe dar trabalho, ainda te acordo no meio da noite.

— Bom, você não da trabalho Remo, amigos são para isso, fora que eu já estava acordada, então não se preocupe. Você teve um pesadelo? – pela primeira vez vi Hermione como uma garotinha tímida.

— Tive sim, é sempre o mesmo – não me sentia muito confortável falando sobre meus pesadelos.

— Eu também – foi à resposta dela antes de ir ate a cozinha, de lá ela me perguntou:

— Quer um chocolate-quente?

— Sim, por favor – me sentei no sofá e esperei que ela retornasse.

Alguns instantes depois ela retornou com duas canecas se sentou ao meu lado e me entregou uma.

Tomamos o chocolate em um silencio confortável. Depois de alguns minutos ela começou a falar.

— Seus pesadelos são muito ruins?

— São dolorosos – respondi de maneira simples.

— Os meus também são – ela encostou a cabeça no meu ombro e então senti algumas lagrimas molharem minha camisa.

— Você quer falar sobre eles? – perguntei enquanto fazia um cafune nela.

— São sempre sobre os meus pais, sempre sobre eles – a essa altura ela já soluçava.

Deixei que chorasse enquanto lhe fazia um carinho nos cabelos, algum tempo depois notei que a respiração dela tinha estabilizado, ela adormecerá, por medo de acorda-la acebei dormindo no sofá com ela abraçada a mim.


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