Academia S escrita por Anne Almeida


Capítulo 2
Capitulo 1 - Nó de Carrasco (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Dois pontos a destacar sobre este trecho, ainda há uma intensa confusão na minha cabeça sobre as melhores denominações para os cargos e funções desenvolvidas na academia (que até me sinto tentada a chamar de agência), mas as coisas vão correr assim por algum tempo até poder definir o que será melhor. Também estive em um grande impasse por definir a localização da narrativa, sobre se seria algo no Brasil ou no exterior, a influencia do numero muito maior de livros estrangeiros que tenho como referência acabou levando a melhor. Não posso dizer que esteja realmente satisfeita ou decidida sobre isso, mas, pelo menos por enquanto, é assim que será. Ah, pretendo trazer algumas informações dos personagens nas próximas postagens. Espero que gostem dos meus bbs. haha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714181/chapter/2

Artur bateu suavemente com os nós dos dedos na porta, a empolgação que esperava sentir não tinha aparecido. Primeiro ficou surpreso demais, depois fora tomado por uma ansiedade incomoda que não se direcionava a nada em específico, mas lhe fazia desejar andar de um lado para o outro no longo corredor. Quando a porta se abriu e ele foi conduzido ao interior da sala por uma mulher um pouco mais velha que ele, nem reparou no olhar curioso que ela lhe lançou.

— Sr. McMilliam?

— Isso - respondeu um pouco afobado.

— Sou Michelle Strauss, secretaria geral da Academia. É um prazer conhecê-lo.

Apesar do bonito sorriso, a mulher parecia mostrá-lo mais por cortesia do que qualquer outra coisa. Ela indicou a cadeira mais próxima e foi se sentar na outra, logo atrás de uma mesa lotada de arquivos. O sorriso permaneceu em seus lábios quando ela voltou a fitá-lo esperando que dissesse algo. 

— Recebi um telefonema esta manhã informando que fui elevado de patente - ele tentava não expor seu nervosismo, mas não se saia muito bem - Vim buscar…

— Ah, sim. Os documentos da sua equipe - disse ela apontando uma das pilhas sobre a mesa.

Enquanto conferia as pastas que havia indicado, ela continuava falando. 

— Não sei o quanto já sabe, mas a partir de agora você será o responsável por relatórios semanais sobre o desenrolar das investigações e avaliações sobre o desempenho de seus encarregados...

Ele ficou surpreso diante daquele termo. 

— Encarregados?

— Isso, é sua obrigação relatar como eles estão desenvolvendo suas funções e se demonstram ser aptos ao serviço, é claro que eles também terão a chance de avaliá-lo enquanto líder, mas não é necessário que eu discuta isso com você, basta que os encaminhe a mim assim que…

— Líder? - ele estava ainda mais surpreso. 

— A mulher o fitou. Parecia se questionar se ele possuísse alguma deficiência encefálica que o impedia de entender o que ela dizia. 

— Exato. Líder. O senhor é o novo líder de uma de nossas equipes omega.

Artur sentiu seu estomago se revirar enquanto a secretária o fitava, esperando que ele respondesse algo. 

— Er.. bem… eu não havia sido informado que seria líder de equipe.

As bochechas da mulher coraram e seus olhos se estreitaram, deixando visível pela primeira vez o que ele acreditou ser um sentimento verdadeiro. Ela estava irritada, mas sua fala não demonstrou surpresa.

— Ah, sim, infelizmente meus... auxiliares.. às vezes... esquecem de... detalhes como esses - ela parecia mastigar as palavras.

Ele não fazia ideia de quem seria o auxiliar responsável, mesmo tendo falado com ele ao telefone, mas provavelmente sentiria solidariedade por ele, ao ver a ira contida daquela mulher, se não estivesse tão preocupado com sua própria situação.

— Sinto pelo ocorrido, mas isso não altera tanto sua situação, afinal todos na equipe estão no mesmo nível de treinamento e possuem a mesma classificação, liderança em equipes omega é apenas um método para evitarmos a dispersão.

Ela voltara a pose profissional e mecânica, enquanto ele tentava digerir aquele fato. Líder. Ele não podia ser líder. Ele jamais havia esperado ser líder. Quando recebera a ligação estava pronto para ser encarregado de alguém, não para comandar uma das equipes. Aquilo era surreal demais, mesmo que essa possibilidade sempre estivesse presente, ele optara por confiar que jamais aconteceria. Ser líder não só o colocava como principal responsável por tudo que acontecesse, por mais que a secretária tentasse minimizar a situação, quanto era a comprovação do que todos sempre haviam especulado desde que ele havia entrado na academia: a influência de seu pai pairava ali.

A secretária lançou seu sorriso de propaganda de pasta dental de novo e voltou a fixar os documentos. 

— Aqui estão as fichas de seus parceiros e mais alguns documentos adicionais para lhe ajudar com a burocracia, você pode tirar suas dúvidas com seu orientador de equipe - dizendo isso ela pegou um bloco de notas e anotou algo - aqui você tem os dados necessários para encontrá-lo.

Após juntar a nota ao topo da pilha ela lhe repassou sem nenhuma dificuldade, apesar de os braços de Artur reclamarem do peso inesperado. Ela rapidamente abriu a porta e fez o que parecia desejar fazer desde o momento em que ele entrara, ela o colocou para fora. Mas não sem antes falar enquanto expressava sentimento algum:

— Boa sorte!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Academia S" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.