A era de Trevas escrita por SrJimmyPãodeMel


Capítulo 8
Cap 8 : o espírito Pontifex Maximus Desperta...


Notas iniciais do capítulo

aviso aos navegantes : ainda vem mais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/713707/chapter/8

Dava para ver que poucos monstros entraram no acampamento, porque a parte da frente estava bem guardada pelo pessoal. E os que estavam entrando, estavam se acumulando bastante e não estava ficando legal.

— Formação de Escudos Valhalla! Primeira linha, avançar! – Edu gritava ordens para os nórdicos, que faziam um limite contra uma leva bem formidável de monstros.

— AREEEEES! – Thamer Gritou alto para todos e logo em seguida, seus irmãos formaram uma parede formidável de escudos.

— Chalé de Poseidon! Atacar! – Wlad falava firmemente para os seus liderados, que logo em seguida, bloquearam uma leva de lestrigões.

— Apolo! Apoio por flechas! – Manu e Fabrício gritaram e uma saraivada de flechas percorreu o céu, crivando o chão e trazendo muitos monstros abaixo.

— Hefesto! Ativar catapultas! – Gustavo pediu e seus campistas foram em sincronia para ativar as catapultas que instalaram ao redor do acampamento. Era um projeto de engenharia de primeira, que apenas eles conseguiram fazer, em tão pouco tempo.

— Hades! Vamos mostrar as forças das trevas para nosso inimigo! – Dan ordenou e logo, uma leva de energia sombria percorreu o campo. Deixando todos os inimigos aterrorizados. Mike estava na retaguarda e comandava o restante com seus dois esqueletos do lado.

Pelo o que eu podia ver, todos estavam se unindo para resistirmos até o final. Então não havia chances de aquilo acabar mal para gente.

INÚTIL! – uma voz grossa feminina percorreu o ambiente. Quando eu vi, era Frost, que estava envolto de uma aura totalmente negra e sombria, além de levitar tranquilamente, sem nenhum problema. Esse era um problema que devíamos levar em consideração o quanto antes: daquele jeito que ele estava, era como se comportar como vento, ser o próprio vento, e isso, nem mesmo os filhos de Zeus conseguiam rapidamente, tinha que ser um Deus.

— Frost! Pare com isso! – Iolanda gritou no meio do pessoal – Esse não é você!

— É sim, sua sirigaita patética! – Frost lhe lançou uma rajada sombria que a atirou ao chão. Isso teria aberto um buraco enorme na formação de escudos, se não fosse Michel para lhe substituir, fechando a barreira e dando tempo para Foca retira-la rapidamente de lá.

— Frost! Em nome do Olimpo, eu comando que pare! – Milord levitou até a linha de batalha e ficou frente a frente com ele. Eu podia sentir a aura abundante de poder dele, mas sabia que mesmo assim, ele se igualava a um simples semideus, por mais que eu estivesse fornecendo toda a energia divina possível para que ele se mantivesse de pé.

— Comanda é o playground! Eu não! Linha de sátiros sombrios, avancem já!

Todos os monstros urraram em resposta e começaram a pressionar contra os semideuses do chalé nórdico. Por mais que tivéssemos resistido numa boa, dava para notar que os semideuses estavam se cansando, deveria intervir o quanto antes.

Pude ver que Milord e Frost iniciaram uma briga de poderes, lançando rajadas de energia intensas e se chocando intensamente e como estavam em pleno ar, eles não estavam nem aí para o que estava em baixo.

— Ah não! – Vick gritou assustada – Nórdicos, usem os escudos remanescentes e mirem para o alto! Retenham a energia que cair!

Juntei o que eu tinha de energia e logo, pensei em usar a dominação de terra, mas logo me veio na cabeça a imagem da própria Gaia, e eu podia ver através de um lestrigão.

Você sabe bem que se usar isso, vai poder me chamar de novo para se erguer. Quer isso para seus amiguinhos? Maguinho de Araque!

Agora ela já tinha me feito perder a paciência. Não sei porque mais eu fechei minha mão direita e apontei para a cara dela. Tinha certeza que aquilo que eu estava vendo era uma ilusão, mas ilusão ou não… acabar com aquela coisa era uma das prioridades, mas no momento, salvar meus amigos era o mais importante.

Mostrei para a cara dela o dedo do meio sim, porque estava realmente irado com ela.

— AI Ô GAIA! QUER SABER? FODAS! SUA VACA!

— Jimmy, tudo bem? – Queen me olhou assustada. Nem havia percebido que tinha assustado meus colegas devido a meu nervosismo.

— Estou sim meu bem… é só… Gaia me atormentando - respirei fundo.

 você vai se arrepender por esse gesto deveras nojento! Seu garoto miserável!

E percebi que o rosto dela sumiu. O lestrigão me olhou com uma cara de desentendido, mas mesmo assim, fiquei um pouco mais tranquilo porque aquilo era um empecilho e estava aberto a tudo.

Saltei e logo pisei no chão com muita força, senti a terra tremer, respondendo a minha magia. Logo, ergui a mãos, sentindo o peso de várias pedras querendo se erguer

Incantare! Wall de veneficus quam aquilo genus! – Gritei com toda convicção e logo pisei forte.

— Pera! – Ellen me olhou com felicidade – Encantar: Muralha do bruxo bondoso do Norte?!

— Sim meu amor! – Sorri – pessoal! Se afastem!

E logo um muro extenso de pedras com formato rúnico brotou e isso deu um empurrão, separando os semideuses e os monstros, isso era uma coisa boa, por mais que minha energia desapareceu e quase caí no chão. Sorte que Ellen e Queen estavam lá para segurar.

— HORA DE DIVIDIR O REBANHO! – Gritei e o muro foi formado em sua plenitude, deixando todos respirando aliviados para resistir um pouco mais.

— Boa Jimmy! – Clisman ficou ao meu lado – agora temos mais chances para nos defender.

Defesas? Aonde?— a voz de Cleópatra soou e então, pude ver que dentro daquele nosso muro extenso de pedra, os semideuses que eu havia visto no limbo começaram a se voltar contra nós. Subitamente, um extenso muro de água se formou e pude ver os semideuses alterados. Por mais que o muro de pedras aguentasse por um certo tempo, o problema maior seria nossos aliados que mudaram de lado.

Brant possuído começou a investida com uma onda que aquebrantou fortemente a divisão de defesa que estava na frente, seguida de mais alguns semideuses.

— Ataquem! Sem dó! – Gritou Wlad para seus campistas. Snow se levantou e tentou repetir o mesmo que seu líder falou, por mais que fosse um pouco puxado de eles terem que atacar o próprio irmão para isso.

Eu não perdoarei traidores!— Brant estava com seus olhos negros e envoltos na escuridão e aparentemente o estava deixando no piloto automático, porque ele estava usando truques de espada que ele mesmo não tinha nenhuma noção. O que era mais preocupante.

Morte aos traidores! – Pedro girino estava ao lado dele e ainda por cima estava surfando na onda que os possuídos de Poseidon estavam criando. Deuses… aquilo estava em um estado bastante assustador.

Eu não ouso trair! Eu mato traidores! – Mari estava usando a Hidrocinese de uma maneira perfeita. Ela manipulava a água como enormes tentáculos a partir de suas mãos. Além de ser tremendamente perfeita aquela manobra, era também tremendamente assustadora.

E logo chegaram os outros: Leo, Duda, Sergio, Michel e Matt. Estavam no mesmo estado que Brant, só que manifestavam suas forças de um método bem diferente. Como Sérgio havia sido transferido para o chalé de Hefesto, ele estava lançando colunas brancas de chamas em vários semideuses e em direção a vários chalés.

Duda emanava ondas de terror de sua aura que agora estava corrompida, os campistas corriam de medo, porque estavam vendo total terror e medo estampados na cara dela.

Michel e Matt estavam servindo como irmãos de batalha, porque como ainda tinham passagem pelo meu chalé, ainda tinham poderes do trovão. Eles corriam pelo campo com alta velocidade, literalmente se transformando em um relâmpago, e reaparecendo em forma Humana. Nessa brincadeira dos dois, o chalé de Dionísio, Deméter e Apolo haviam sido literalmente destruídos.

— Não desistam! Vamos ter que lutar contra eles de qualquer jeito! Armas de prontidão! – Brito gritou do meio do pessoal e todos fizeram o seu comando. Como ele era um guerreiro bem respeitado no nosso meio, todos o escutavam perfeitamente. Especialmente nas nossas atividades de Caça ao velocino, ele sempre dava um belo Polifemo.

— Cuidado pessoal! – Mai gritou em voz alta para seus liderados, porque Leo possuído estava se comportando como um trator de Guerra, e pela aura que estava emitindo, isso não iria acabar bem.

MORTE AOS PIRRALHOS DE ARES! EU SOU O SUPREMO LIDER E IREI ACABAR COM TOOOODOS VOCES! – Ele avançava com o escudo em mãos e em direção a falange de defesa de Ares. Não sei porque, mas a imagem dele daquele jeito me lembrou a forma que a Corrupção havia pego, e me subiu um ímpeto para batalhar com ele. Não queria deixar meus queridos amigos de Ares na mão, e tampouco ver eles sendo esmagados.

Não hesitei em querer correr contra ele. Ellen me chamou para se juntar aos outros e aparentemente a ignorei, porque meu único pensamento no momento era sair correndo para auxilia-los e usar o restinho de magia que eu tinha. Quando vi que não estava no alcance suficiente para realizar o feitiço que estava pretendendo, tinha que apelar para a coisa mais fácil que eu tinha no momento: Minha Voz.

— Ô Cleópatra! – Eu gritei para Leo, que com certeza estava possuído por ela, e isso havia prendido sua atenção. Por Sorte, ela saiu com o efeito desejado e ele parou. Eu o observei atentamente e logo olhei para seus pés. – Pare com isso! Isso já foi longe demais!

Ora pequeno Jimmy, Mestre do meu mestre. Porque me pede para parar sendo que vai ser rápido demais?  - Ele me olhou com uma cara bem sarcástica e logo apontou a espada para mim.

Percebi que aquilo fez com que Thamer, Maria e os outros campistas de Ares me olhassem com uma cara duvidosa. Ele (ou ela) soltou a palavra mestre e a direcionou a mim. Isso já estava me deixando com mais uma chaga para carregar: ter criado uma criatura horrorosa, que era meu passado escrito.

— Não vai ser rápido e nem vai acontecer! Agora liberte Leo e os outros, e vamos resolver isso só eu e você, sua Vaca!

OLHA O TOM DE VOZ MAGO! Eu adoraria ser fina com você, mas infelizmente, percebo que ainda continua como um pirralho desnaturado que também merece ser esmagado! Nossa atração principal ainda vai correr e eu adoraria que você pudesse ver!— Percebi que ela mudou o Humor, porque logo ela fez com que Leo começasse a avançar novamente contra todo o seu chalé.

Pensei em pedir ajuda para o pessoal, mas não sabia se depois daquilo que foi dito eles me ajudariam em alguma coisa, de qualquer jeito eu estava sozinho contra a rainha.

Firmei meu pensamento para o que estava querendo conjurar. Não estava querendo gastar muita energia, tampouco fazer algo grande que poderia ser rebatido.

incantare! Gravitas contumacem!  - Estalei os dedos e logo ele começou a se mexer bem lentamente, como se estivesse andando em uma piscina de Lama bem grossa. A gravidade teimosa, o nome do encantamento, poderia ser uma arma bem formidável para guerreiros com um certo peso.

— Segura isso! – Mai avançou em seguida com total convicção e lhe deu uma porrada com um escudo de seus irmãos.

E os dois rolaram no chão, iniciando uma seção violenta de porradas. Pude ver que Sérgio possuído estava vindo por trás e trazia a frente, uma junção de quatro autômatos que estavam programados para seguir seus comandos, o chalé de Ares logo firmou uma linha de defesa contra ele.

— Mantenham a formação! – Thamer Gritou para seus irmãos. Todos se alinharam e eu fiquei atrás deles, como se fosse um reserva.

Deuses… eu estava literalmente no piloto automático porque me senti irritado… De novo.

— Licencinha aqui amorzinhos – Pedi para eles e logo Clody percebeu que eu me aproximava, logo ele fechou a cara para mim, assim como mais de seus irmãos

— Você vai ajudar né? – ele me perguntou com uma cara séria.

— E preciso mostrar algo por escrito? – Rebati de maneira ríspida e o olhei com uma cara séria também. Eu aparentemente o assustei porque eu não era muito de ter esse olhar para com meus amigos, mas tinha hora que infelizmente era inevitável eu não mostrar essa cara.

Olha só – A voz de Sérgio estava duplicada e podia ver que era a voz de Cleópatra por trás – parece que deixei seus amigos desconfiados não é mesmo?

 - Desconfiados de…?

eu não ousaria responder isso maguinho de araque! Tenho certeza que seus amigos já sabem que você não presta e nunca prestou, assim como esse corpo que estou!

Subitamente, percebi que uma lança foi atirada contra o rosto dele. Não o acertou de fato, mas deu um arranhado bonito na altura do lábio esquerdo e no restante para bochecha.

Comecei a estudar o arremesso da lança até sua origem e quando percebi, vi que Maria havia feito aquilo, e logo veio ao meu lado.

— O JIMMY NUNCA FARIA ISSO! SE ELE FEZ, FOI UM ACIDENTE E ELE VAI CONSERTAR! MEU MEIO IRMÃO É MAIS CONFIÁVEL QUE VOCÊ! SUA PIRANHA!

 Eu não sabia que Maria era de soltar algumas ofensas uma vez ou outra, mas isso deu um ar de renovação no chalé de Ares, porque os mesmos refizeram a formação, dessa vez me colocando junto deles.

— É ISSO MESMO! NÓS CONFIAMOS EM NOSSO IRMÃO DE BATALHA! – Clody olhou para Sergio de cara feia assim como os outros membros de Ares.

Não posso negar que uma lágrima escorreu do meu rosto nessa hora, agora eu tinha a total convicção de que iríamos vencer.

— NÃÃÃO! – Mai gritou e assim pude vê-la sendo jogada como uma boneca de pano e indo em direção a nós, seria um estrago, se não fosse Pedro Lamas se colocando em frente a ela e impedindo de acontecer mais acidentes. Leo e Sergio logo ficaram lado a lado, deixando a coisa mais séria.

— Como é que vamos trazer de volta todo mundo? – alguém do chalé de Ares perguntou.

Raciocinei rapidamente sobre isso. Como era um feitiço de hipnose e controle mental, eu precisaria de alguns métodos bem intensos para inibir esse controle e abrir espaço para que o espirito de cada um pudesse voltar inteiro. Com Gustavo Fabrino, a rajada elétrica que Ellen lançou nele para acontecer a inibição da possessão foi suficiente, então… havia mais coisas que pudéssemos tentar.

— Meus feitiços de recomeço de memorias são inúteis, presumo eu. Podemos tentar uma dose de eletricidade, ou senão podemos fazer uma Recalibração cognitiva com eles.

— recalibra… o que? Coisa de mecânica? – Pedro Lamas me olhou com uma imensa cara de dúvida. Eu confesso que não estava nem um pouco bem com ele, mas devido a guerra, acabei esquecendo.

— simplesmente acerte a cabeça dos dois com uma porrada bem forte, a ponto de deixar um galo na região. Vai acabar que o atordoamento vai ser tempo o suficiente para interromper essa possessão e eles retornarem ao normal. – disse com um pouco de desdém, mas percebi que não ligaram nem um pouco para isso.

Logo, os dois avançaram contra nós e decidimos investir contra em uma parede de escudos e espadas. Digamos que o Leo tentou investir fortemente contra nós, mas… de acordo com a razão: 25 escudos contra apenas um… eu só acho que o projeto de Prost se deu mal, porque ele foi pisoteado literalmente.

Sergio encontrou problemas em lançar mais chamas, porque os escudos espessos de Mai e Thamer eram bem eficazes contra os jatos flamejantes, dando brecha para Johan e Pedro Lamas investirem em um ataque combinado. Seria perfeito, se não fosse os autômatos que estavam se multiplicando para combater os dois. Logo, o chalé inteiro avançou para impedir esses autômatos.

Eu avancei contra ele, com meu cajado em mãos. Aparei um brandir de seu martelo e me esquivei para direita, o lado mais fácil para mim fazer isso. Ele girou seu martelo rapidamente, tentando me acertar de qualquer jeito, recuei e em seguida tentei utilizar uma estocada… aparentemente sem sucesso nenhum porque ele pressentiu aquilo e bateu o martelo na minha arma, fazendo-a voar para longe de mim.

MORRA! – ele avançou com o Martelo e tentou me acertar com um movimento básico, que era bater a arma dele contra o chão. Me esquivei dele e de mais alguns movimentos que ele fazia contra mim. Não me preocupei em contra-ataca-lo, eu estava mais focado em desviar de seus movimentos, que não acertavam em local nenhum.

— Pão de mel! Aqui! – Mai me jogou uma de suas espadas e se juntou a mim na batalha. Leo a seguiu e se juntou a nós três.

Acabou que nós literalmente invertemos o Alvo, porque Leo estava focado em mim, porque me olhava como algo de comer, e Sergio olhou para Mai com bastante ódio.

acho que é hora de acabar com vocês dois! O pontífice morrerá e a princesa da guerra também!

— vou saborear esse momento com bastante prazer! – Leo possuído, correu a mão para um machadinho que estava em sua bainha e ficou em postura espartana. Sérgio pegou o martelo e apertou um botão, fazendo que surgisse uma pequena lâmina, exatamente na ponta superior da Arma, deixando a luta mais covarde ainda.

— Jimmy – Mai olhou para mim – Você tinha dito recalibração cognitiva, Certo? Mas tem certeza de que isso vai adiantar alguma coisa?

— Vai sim Mai, tem que dar certo. Esse meio físico é o que a gente tem de opção mais rápida pra tentar.

Ela logo encostou no meu ombro, de maneira bastante maternal.

— você cuida do Leo e eu cuido do Sérgio então.

Respirei fundo como se estivesse indo dar um mergulho em um lago bem fundo. Para muitos, não tinha nada de mais ter uma batalha entre eu e Leo, mas como eu literalmente já tive sentimentos fortes por ele, e eu retirei a Corrupção de seu corpo, não estava indo me ajudar muito. Eu tinha que fazer aquilo.

Morram seus inúteis!— os dois avançaram e logo, nós avançamos também. Quando eu me aproximei de Leo, aparei dois de seus golpes de machadinha com minha lâmina, que estava confortável demais em usa-la de cabeça para baixo, como uma adaga. Ele tentou novamente me atacar com a machadinha, pelo mesmo angulo, me dando uma brecha para tentar acertar seu tronco. Um movimento facilmente perceptível, porque ele bloqueou, mas ainda assim… consegui dar um pequeno corte no seu braço. Rolei para a esquerda e tentei golpeá-lo por esse lado, mas foi uma investida tola, porque ele estava com o escudo nesse braço, deixando minha ofensiva bastante inútil.

“Não seja tolo em correr para o lado guardado do inimigo Jimmy! Ele pode lhe quebrar sua defesa com um encontrão, e te atordoar”. Subitamente me lembrei dos treinamentos de espada e escudo que eu tinha com ele e isso não me deixou nada bem, porque logo senti uma lagrima correndo pelo meu corpo.

Ah… que lástima. Não consegue lutar contra ele né? – Cleópatra me provocou e logo, investiu contra mim, me dando um empurrão bem forte, me fazendo cair no chão, um pouco tonto devido ao impacto.

Maria investiu contra ele, vendo que eu estava no chão, mas ela foi jogada para o lado como uma boneca de pano.

Em seguida, ele se aproximou de mim. O cara literalmente se deitou em cima de mim, prendendo minhas mãos e minhas pernas. Eu estava literalmente sem nenhuma forma de me movimentar e Leo possuído olhava para mim rindo.

Ah... não negue que é isso o que você queria a muito tempo, não é? Um homem tipo ele em cima de você... O primórdio dos desejos de homens e mulheres é facilmente reconhecido por mim... Especialmente os desejos da carne.

Leo possuído literalmente tocou meu rosto como se estivesse saboreando aquilo, e em seguida sacou uma adaga, pronto para me matar.

— Ultimas palavras, bruxo bondoso do Norte?

— Jimmy! Não! – Mai tentou investir contra Sérgio, para me ajudar, mas foi inútil porque ele conjurara um pilar flamejante contra ela, obrigando-a a permanecer na luta.

— me beije! – disse com convicção, encarando a possessão de Cleópatra.

— como é?

— você me ouviu – tentei me mexer um pouco para o lado, para provar que estava literalmente imobilizado – já que eu irei morrer pelas suas mãos, pelo menos posso ter o agrado de ter uma coisa que eu não tive há muito tempo. Beije-me então.

Pensei que ela não cairia em meu ardil, mas por sorte, ela caiu. Leo estava aproximando para me beijar e logo veio um pensamento em minha cabeça: Aquilo que estava acontecendo agora… não vou negar que queria isso a muito tempo atrás, então lembrei também de tudo que havia acontecido entre eu e ele... beijar um Prost, serio isso?

Fechei meus olhos, concentrado. Como se eu estivesse esperando algo acontecer e orando para um Deus, dentro da minha mente.

— Hora de realizar seu sonho mais sombrio Jimmy…

— que tal fazer hoje um sonho… DE LUZ?!

ZIIIIING! Abri meus olhos e minha boca. Uma luz muito intensa surgiu dessas regiões e Leo ficou atordoado, tempo que tapar os olhos com sua mão esquerda. Isso libertou minha mão direita, dando tempo para desferir um tapa bem dado em seu rosto. Ele caiu ao meu lado e tentou revidar, mas segurei firme na base da minha espada e desferi uma coronhada bem forte nele, atordoando-o direito e deixando ele desmaiado.

E antes que me perguntem: sim, eu estava rezando a Apolo.

— Fofinha, pergunta pra Manu o quanto eu brilho primeiro, e depois você conversa comigo tá? E quem disse que eu pego marombas? Eu só me ferro com eles! Troco todos eles por alguém mais brilhante, tipo a minha NAMORADA!

Depois eu olhei para Sérgio e foquei em liberar a luz solar novamente na direção dele. Mai pressentiu que iria fazer um movimento para ajudá-la e se protegeu com o escudo. Liberei o feixe de luz e teve o efeito desejado, pois ele teve que cobrir o rosto, dando tempo para ela desarma-lo e desferir duas porradas bem fortes, desmaiando-o.

— Ufa… valeu Jimmy! – Ela chegou perto de mim – você está bem?

— estou sim Mai – respondi ela com um sorriso leve – só tirando o fato de eu estar literalmente querendo tomar muita água, estou sim.

— Bem esperto você usar a Luz de Apolo para revidar isso. Mas… só por curiosidade… vocês se beijaram mesmo?

Olhei para ela com uma cara de nojo.

— Maíra Oliveira, você acha mesmo que eu iria ficar com o senhorito Prost Leo? Serio? Não esquece que sou uma pessoa compromissada até demais!

WHOOMP! Uma energia negra saiu do corpo deles e se direcionou ao chão, sinal que a recalibração cognitiva deu certo e inibiu um pouco a possessão de Cleópatra.

— Deu para ver que não – ela riu de mim e me fez um cafuné – espertinho como sempre em!

Nós nos direcionamos para ajudar o chalé de Ares, que batalhava contra alguns monstros e alguns autômatos do Sérgio, mas eles haviam terminado tudo antes mesmo de pensarmos em ajudar, porque todo mundo estava comemorando perante as cinzas e pedaços robóticos jogados ao chão.

— Isso aew galera! – Thamer elogiou – aqui é ARES porra!

— AREEEEEEEEEES! – todos gritaram em conjunto. Fiquei bastante feliz por eles, porque era um chalé bem batalhador. Eu poderia muito bem gritar junto deles, mas como eu ainda não estava me sentindo um pouco bem com eles, preferi ficar quieto.

— Jimmy! – Maria chegou perto de mim e me olhou atentamente, assim como todos os seus irmãos. Nessa hora meu coração perdeu uma batida, porque olhei para todos eles como se eu fosse o culpado de um crime terrível.

— eu sei gente… er… me desculpem mesmo pelo o que está acontecendo com o nosso acampamento. Sei que eu sou o pivô de tudo isso e… Eu prometo resolver isso tudo para não termos mais destruição e…

Fui silenciado com um abraço de Thamer. Percebi que comecei a chorar profundamente e todos vieram a meu encalço, em um abraço coletivo. Não sabia se os filhos de Ares eram de fazer isso, porque isso estava muito Gay.

— tem hora que você fala demais Jimmy!

— verdade cara. – eu o apertei com um pouco mais de força

— Jimmy, não importa o que você fez, e sim o que você vai fazer para mudar isso. Promete nos contar o que aconteceu direito né? – Mai me olhou como uma literal mãe.

— eu… prometo sim.

— então… - Johan chegou e cortou um pouco do assunto – eu só acho que temos que ir pra batalha né?

— sim! CHALÉ DE ARES! PARA A BATALHA!

Todos seguiram as ordens de Mai, e se dirigiram para o centro do acampamento, aonde estava acontecendo a real batalha.

— vamos mudar essa maré Jimmy! – Ravena chegou perto de mim e segurou minha mão com força. – tenha fé disso!

Ela seguiu de mãos dadas com Clody. Eu já esperava isso dos dois, já que começaram a namorar a pouco tempo.

— Mas… - Thamer guardou sua espada e me entregou o meu Cajado. – por curiosidade, essa tal de Cleópatra… o que ela quer de nós?

— bom… de maneira resumida, eu sei que ela…

— CUIDADO! – fui interrompido pelo grito desesperado de Mai que chegou nos empurrando para trás do chalé.

BOOM! O notável chalé de Ares havia sido literalmente destruído por uma imensa explosão. Quando vi, percebi que o chalé nórdico também havia sido destruído.

— NÃO! NAAAO! – gritei desesperado pelo acontecimento. Eu sabia que havia alguns semideuses lá, e poderiam ter sido mortos pela explosão desencadeando meu desespero.

Duas figuras passaram em nossa frente de maneira muito rápida e estavam soltando relâmpagos, assim como o Flash. Michel e Matt pararam na nossa frente e começaram a rir intensamente.

Ares já era, Chalé nórdico também. Bom… o que mais iremos destruir?

Eles falaram em sincronia e logo despareceram. Pelo trajeto, diriam que iriam para o chalé de Zeus, atacar a ala de enfermaria.

— vamos retirar os feridos de lá! Thamer, preciso da sua ajuda agora! Ícaro! Pegue algumas macas porque vamos precisar de transportar feridos! E Jimmy…

Ela me olhou assustada demais. Eu percebi que estava nervoso demais com o que estava acontecendo e uma ventania me rodeava constantemente, senti presença de pessoas diferentes do meu lado, e me energizavam com muito poder. Na verdade, sentia a presença de doze deuses.

Mai apontou para mim e apontou para seus olhos, indicando que eu estava com meus olhos brancos e brilhantes, o que eu já sabia que estava acontecendo.

Precisamos chamar os deuses agora! ESSA PALHAÇADA JÁ FOI LONGE DEMAIS!

Senti um repuxo enorme no abdômen e um calor preenchendo meu corpo, como se quisesse me queimar por inteiro, mas eu não sabia que havia acordado tão cedo.

Jimmy, você agora ativou o hack… fudeu!” lembro que Fabrício havia falado isso comigo uma vez, e não era ativar o Hack exatamente.

Meu espírito de pontifex havia acordado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No nove, vou atualizar mais a coisas ok? Bjim



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A era de Trevas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.