A era de Trevas escrita por SrJimmyPãodeMel


Capítulo 4
Cap 4: Vou deixar bem claro, todos nós somos um, ok?


Notas iniciais do capítulo

:)



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No caminho para lá, fiz alguns cumprimentos e logo vi que Manu e Foca retornaram sãs e salvas. Não hesitei em pedir licença e ir nelas.

— Amores, como vocês estão? Estão ok?

— Bom te ver também Jimmy! – Manu me abraçou e Foca fez a mesma coisa em seguida. – Conseguiu o Contrafeitiço?

— Iremos testa-lo logo.

— Que bom que vai começar – Foca se adiantou – porque eu e o Caíque fomos até o local que você indicou e pegamos a essência de éter.

Meu rosto se iluminou assim que ela disse isso. Sinal que iriamos conseguir sem nenhum esforço.

— Maravilha! Obrigado Foca!

— Não há de que Jimmy. Tomara que consigamos algo para acabar com isso.

Fiz uma reverencia como forma de agradecimento. E… sim, eu sempre faço isso quando algo foi bem-sucedido com meu amigo.

— Ah! – Manu pigarreou. – Antes que você me pergunte, a Ellen está bem. Ela ficou mais um pouco no Vilarejo aonde estávamos para adiantar as coisas e logo vai retornar.

— Desde quando você está lendo mentes mocinha? – Brinquei com ela e começamos a rir – eu já iria perguntar sobre ela. Fico mais tranquilo em saber que está tudo bem com minha namorada. Depois que terminar de resolver tudo, irei mandar uma mensagem de Íris para ela.

— awn… - Foca fez um muxoxo – já disse que vocês dois ficam perfeitos Juntos?

— er… só umas dez mil vezes – Rimos mais um pouco para quebrar o gelo.

Logo em seguida, nos separamos e fui em direção ao chalé Nórdico com um teleporte. Quando cheguei, fui recebido por Mai, Will e Mike, que estavam conversando com Edu sobre coisas a serem implementadas no acampamento.

— Como está pão de mel? – Mai me olhou como se fosse uma mãe super protetora.

— Estou Bem Mai. Sem nenhum arranhão sequer.

— ótimo saber disso amorzinho – Will me deu um beijo na bochecha, me deixando um pouquinho vermelho.

— bem... a Vick esta? 

— Está sim. Porque?

— er… preciso falar com ela antes de testar o contrafeitiço sabe?

— seria sobre o tremor que sentimos a uma semana? – Will soltou e não pude deixar de observa-la com um olhar diferente.

— Tremor?

— Acredite, não foi meu pai dessa vez, ele está de boa com a gente– Mike pigarreou e rimos um pouco, quebrando o Gelo da situação.

— É o que eu queria te falar Jimmy – Edu me falou – mas eu não tive essa sensibilidade igual ela teve. E de todas as pessoas que tem experiência com magia, você é a melhor pessoa para nos dizer do que se trata.

 E eles começaram a me contar, com detalhes parecendo retalhos, mas consegui encaixar tudo em uma história concreta. A uma semana atrás, enquanto eu estava procurando as coisas para o contrafeitiço, o acampamento inteiro sofreu com um tremor, que veio com um valor altíssimo na escala Richter e que quase matou a todos. No começo, eles pensaram que foi eu que tivesse conjurado isso, já que era o único que teve uma hibridização de troca de DNA com Gaia e que era uma Toph ambulante (eu realmente odeio a minha namorada com esses apelidos de Avatar…) além da outra Gaia, a campista do chalé Nórdico que também tinha um conhecimento de dominação de Terra. Quando puderam ver, de enormes rachaduras e pedaços de terra literalmente desfiados, saíram guerreiros envoltos em sombras que aparentemente tinham a forma de vários campistas que se foram do nosso querido Lar, além do chefão deles ter a forma de Milord, e lutar igualzinho ele. Quando pensaram que seriam vencidos, eles recuaram em uma explosão de energia e deixaram um rastro até a árvore que crescia ao Lado do chalé Nórdico, que eles chamavam de Pequena Yggdrasil. E para variar era um rastro de máscaras do filme V de vingança, exatamente como a criatura usou em minha visão.

— E foi aí que no dia seguinte, a Vick acordou no meio da noite com olhos Negros, literalmente possuída e começou a nos atacar com ataques e magias que ela nem tinha conhecimento. Logo quando conseguimos domina-la ela começou a sussurrar coisas do tipo: “ Só procuro o meu criador, e vocês são inúteis em tentar me deter”— Contou Edu, segurando com força a sua espada.

— E foi ai que percebemos que ela estava possuída – Disse Mike.

— E foi aí que ela deu uma porrada na cara da Will e eu quase a matei – Desabafou Mai, rindo um pouco.

— Ai de você se tentar fazer isso, que eu te aniquilo Mai! – Edu a olhou com um olhar sanguinário.

— X1?

— Uai… na arena… quem sabe? Eu vou poder te espancar garota...

— MAIS JÁ?! – Eu e Will falamos alto, e para variar ao mesmo tempo, drenando a atenção de quase todo o chalé.

— Enfim – Mike pigarreou de novo – Manu e Lucas Morais conseguiram conte-la em uma armadilha de flechas e cordas, e tentamos fazer ela falar. No final ela soltou o seguinte: “ Vocês perderão e meu criador sabe muito bem que não há resistência contra isso. Meu criador é a ponte que os une com as divindades. E digo mais a vocês: Sabemos como aniquilar vocês todos! E sei que ele virá a mim! ”

— E ela começou a rir alto – Continuou Mai - Sorte que a Ellen estava acordada e lançou um feitiço para remover aquilo dela.

O legal é que eles contavam direitinho, deixando todos os detalhes um pouco mais assombrosos.

— E logo que Vick se recuperou, Ellen e eu concluímos logo que aquela coisa falava sobre você e que minha namorada estava conectada com sua energia. Então, nós dois enchemos o saco dela, para ir atrás de você – Completou Edu.

Minha nevoa branca começou a surgir no local. Sinal que eu estava literalmente nervoso e ansioso com aquilo tudo que estava acontecendo, todo mundo podia notar aquilo. Se fizermos um Link sobre tudo:  minha visão, o recado do Doppleganger e aquilo que eles estavam falando para mim, não tinha dúvida alguma de que o que quer que fosse, estava com um enfoque especial atrás de mim, e eu não estava gostando nem um pouco aquilo. Afinal… quem era esse nosso inimigo?

— Jimmy?

— Tudo bem pão de mel? – Will se aproximou e me deu um abraço.

— Eu estou bem pessoal… é só… que isso é uma coisa meio tensa para eu digerir de cara.

Edu me olhou mais concentrado, sinal que ele percebeu que tive uma visão, ou ele escutou minha conversa com Milord.

— er… quer que eu te acompanhe Jimmy? Vick ta ali dentro.

— Claro – disse para terminar logo com isso – com licença pessoal.

— ok então, até mais tarde Jimmy – Mai e os outros se despediram de mim.

Entrei no chalé nórdico, cumprimentei alguns campistas que estavam indo para suas atividades e logo fui direto para vê-la.

— Espera aí man. – Edu me puxou pelo braço e me levou para um canto – tem algo também que quero te falar.

Ele me pressionou contra a parede com força. Comecei a rir, porque geralmente quando ele queria me falar algo bem mais privativo, ele além de ser discreto, dava um toque de sedução.

— Sobre aquilo que eu te disse mais cedo sobre Yggdrasil, eu não estava brincando. Eu estava era aflito demais. Você é a nossa única esperança com as divindades. E minha namorada não foi a única que teve sonhos estranhos, eu também tive.

— Como assim? Não estou te entendendo.

A sorte é que o chalé estava meio vazio e Michel estava liderando todos em suas atividades diárias. Edu olhou para um lado e para o outro e olhou fundo nos meus olhos.

— os gregos E os romanos não foram os únicos que tiveram contato interrompido com seus deuses, nós também fomos afetados e não estamos conversando com as nossas divindades. E parece que a pequena Yggdrasil foi afetada também.

Pensei um pouco sobre ela. Eu já li que ela era conhecida como a árvore dos mundos, que suas raízes conectavam tudo e todos em um só. Se ela era conexão com tudo… então…

— Vocês utilizam a árvore para ir em mais lugares? Ela pode criar portais também?

— Fez o dever de casa rápido Senhor Bruxo Bondoso do Norte. Exato. Á arvore pode nos levar a mais locais, sendo outro meio rápido de viajar, além da ponte de arco íris. No meu sonho, eu fui um pouco mais além. Senti que fugi de meu corpo e fui parar em um local estranho e frio. Era como se fosse um deserto, mas não era quente, e tudo farejava a morte.

— E aí?

— E aí… que eu tentei voltar mas vi figuras que me eram familiares. E não eram nórdicas, eram gregas, romanas, chinesas… enfim. Quando percebi isso, eu tentei voltar, aí quando eu fui em direção a árvore, algo me puxou para dentro e me engoliu em trevas. Pude ver depois que uma figura musculosa estendendo raízes dentro da árvore. E uma figura feminina me puxou para falar que visitaria alguém, e falou que a mensagem seria a mesma para todos.

— Que seria? – Fiquei um pouco curioso com aquilo, porque era mais uma informação sendo adicionada.

Não sabia que a mensagem era algo de ação e não seria em palavras, porque ele teve a audácia de chegar perto do meu pescoço e morde-lo de maneira sedutora. Comecei a me arrepiar, mas no final isso não era tudo, eu podia perceber. Quando eu menos esperei, vi que ele fez um som de um sibilo de serpente bem no canto do meu ouvido, me arrepiando ainda mais.

Eu não sabia que se eu ficava excitado com aquilo, ou eu ficava assustado porque era a mesma mensagem daquelas duas mulheres em minha visão. Dava para ver que eu estava com as bochechas quentes e bastante vermelho, porque era óbvio isso.

— Deuses… eu não acredito. Era ela e… - o censurei – como você sabia da visão? Ficou escutando minha conversa e a do Milord? Não sabia que isso é feio?

— Sim eu sei e não, não escutei conversa nenhuma. Eu tinha certeza que era alguma coisa do gênero do que eu tinha sonhado. E o problema com a minha namorada não foi a única coisa que aconteceu. Gabi e o Ronaldo também desapareceram.

— A quanto tempo? No mesmo dia que Vick desapareceu?

— Exatamente. Fizemos uma varredura no acampamento todo, mas não a encontramos. Só foi o João achar a tiara dela e o óculos dele perto da árvore para que tivéssemos certeza de uma coisa: Eles tiveram alguma coisa com a árvore e foram parar em algum lugar distinto. Como senti magia negra na árvore, não ousei mandar ninguém usar as propriedades mágicas dela, porque tive medo de perder mais gente. Quem sabe eles estejam em algum lugar por aí.

— Ok… vamos encontra-los - respirei fundo, porque era muita coisa para digerir – depois disso tudo, a melhor coisa a se fazer é começar a resolver o básico: quem é que está nos atormentando. Vamos falar com sua namorada.

Eu tentei sair e ele me prendeu de novo na parede, me olhando com cara fechada. Mano… porque não fala logo assim: quero trair com você porque meu corpo fala por mim. Já estava bem estampado.

— Jimmy, por favor nos ajude, não me ignore! Não vou medir esforços ou métodos para te dar auxílio, mas em troca eu quero todos aqui, no meu chalé, onde eles pertencem. Meu chalé é único e não quero ter perdas igual…

Eu segurei seu braço com um pouco de força, como se quisesse partir para a porrada com ele.

— Igual eu tive? E os outros também? Querer nem sempre é poder Edu, e independente se o seu chalé tem deuses diferentes e tradições diferentes, você também pertence ao acampamento Meio-Sangue, o seu pedido de ajuda vale para com todos, assim como eu. Independente de tradições, deuses, perdas… somos um só.

Percebi que uma lágrima correu do meu rosto. E como eu sabia que ele não era bobo nem nada, ele sabia de quem eu estava falando.

— E não estou te ignorando. Isso tudo está conectado, e se unirmos todos os fatos, vamos achar todos, limpar Yggdrasil e ainda por cima resolver tudo. Agora eu quero… querer não, peço para você que me ajude. Pode fazer isso por mim?

Ele me censurou com o olhar. Vi que ele queria rebater o que eu disse, mas ele assentiu tudo e me deu um beijo no rosto.

— Certo Pão de mel, vamos começar.

— bom... antes de irmos, precisamos de uma terceira pessoa para nos ajudar.

— quem? - Edu me censurou com o olhar.

Pedi ele para se afastar um pouco de mim. Fechei os olhos e me concentrei.

Na minha visão, pude ver que havia uma mulher adornada de serpentes, uma mulher sarcástica , alguém sombrio demais... e tinha muita energia negra... se eu fosse começar a buscar a origem disso, precisaria de alguém bem treinado nessa área para me ajudar.

— Ó Feiticeiro malvado do Sul! Serpente Primordial de Hermes! Mestre de todos os venenos! Aparece aqui agora CAÇILDA! 

Nem demorou dois segundos, e o mesmo apareceu trajando uma roupa pronta para sair para algum lugar... mas... sair naquele horário? e ser morto por algum monstro?

— Podia ter dito por favor, em vez de caçilda! mais elegante! - ele me olhou de cara feia.

— Bom te ver também Frost - Edu acenou de leve.

"Valeu por ter lido meu pensamento" Pensei e logo dei um pequeno sorriso para o Feiticeiro malvado do sul.

— er... frostoso. Preciso de seus serviços.

— e o que seria Jimmy? Envenenar alguém? porque eu estou...

— sem veneno hoje amore? Na verdade... lá dentro eu te falo ok?

 Ele não pestanejou e fomos direto para o Quarto de Vick, que para variar estava deitada em sua cama, quase que dormindo.


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Notas finais do capítulo

O pau vai quebrar no 5, garanto!



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