A era de Trevas escrita por SrJimmyPãodeMel


Capítulo 2
Cap 2: chegar em casa nao é tranquilo... para um semideus.


Notas iniciais do capítulo

Começando alguma coisa aqui...



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O que dizer agora de um lar querido como o nosso? Preocupante até a raiz do cabelo. A quantidade de feridos estava aumentando muito, não estávamos rindo e cantando como geralmente fazíamos no passado, as coisas agora estavam mudando feio, e aparentemente, para pior. Vick me pediu licença e foi direto para o chalé nórdico, que aparentemente tinha alguns feridos para tratar.

Os outros campistas estavam dividindo as tarefas entre si, para que o serviço pudesse correr de maneira ordenada. No chalé de Apolo, tudo estava correndo às mil maravilhas, porque o campo de primeiros socorros e enfermaria estava indo muito bem, já que todos se uniam para o serviço. O chalé de Hefesto e o de Atena agora tinham uma junção bem grande, já que tínhamos que cobrir todos os prejuízos de construção. No outro lado, se encontravam os “ sem-serviço” do local e quem estava lá eram Frost e alguns campistas de Roma. Todos estavam reunidos em um canto gritando: “MATT, MATT, MATT!” e o próprio Matt estava se definhando, literalmente morrendo de raiva do lado de seu amigo Bruno, recém- transferido de Roma, até que ele me viu. Ele acenou para mim de maneira feliz, eu o olhei com um sorriso falso, que ele percebeu rapidinho e se entristeceu. Porque não sabia a razão, mas eu estava sentindo que minha luz e bondade estavam se sufocando, e eu estava literalmente aborrecido com tudo aquilo ali.

A primeira pessoa que notou minha chegada triste e um pouco nervosa era Juan, o Novo Líder de Afrodite, que pulou em mim e me deu um abraço muito forte, quase que me esmagando. Logo em seguida ele me deu um beijo na testa e continuou abraçado comigo, como se eu fosse um ursinho de pelúcia.

— Estava temendo pelo pior Jimmy! Conseguiu pegar tudo?

— Consegui sim. Como que está o chalé de Afrodite?

— O seu feitiço de recomeço de memórias está melhor do que eu imaginava! Rômulo e Pete voltaram sãos e salvos para nós e estão começando de novo. Até que enfim, um pouco de felicidade!

— Fico feliz por você amigo – sorri para tentar transmitir positividade – boas coisas devem vir pela frente.

Ele me soltou e colocou a mão em meu ombro.

— a melhor coisa foi os deuses terem mandado um pontifex para nos ajudar. Muito obrigado mesmo cara.

— Não há de que! – continuei a sorrir para ele.

— Ah! Que bom que chegou Jimmy! Está aqui a quanto tempo? – Uma voz com um sotaque do Sul, chegou perto de mim, me deixando… um pouco robótico…

— Oi Michel. Cheguei agora moço, fica tranquilo – dei um sorriso leve para ele e o mesmo retribuiu com um abraço.

— Conseguiu os ingredientes? Estava muito preocupado com você…

O observei de maneira curiosa… não vi essa preocupação dele, quando se uniu com os nórdicos…

— Sim. Eu consegui. Acho que agora eu precisaria de ver com o Milord se ele pode me ajudar com isso.

— Tenho certeza que vai dar certo Jimmy – Ele me abraçou novamente e saiu para ajudar seus amigos.

— err… Jimmy. Se importa de eu ir também? – Juan passou o ombro em minhas costas – preciso ajudar a Will.

— Claro que não – exibi uma cara alegre… porem, queria mais era disfarçar. Porque... porque sim.

— Você vai ficar bem cara?

— Claro que vou! – Tentei soar um pouco mais animado – vai lá. Dona Will deve estar precisando muito de você!

Ele seguiu confiante. E eu segui meu caminho. Cara… eu queria tanto ter acesso a mais tecnologia… porque queria colocar uma música bem depressiva para soltar tudo para fora. Uma lágrima escorreu em meu rosto… foi o resultado de tudo o que eu estava sentindo… do que estava acontecendo e…

— Ei! Cuidado! – Denis gritou e me virei para o lado. Ele deixaria as peças cair, mas intervi com um pequeno redemoinho de vento, dando tempo para ele retirar tudo intacto.

— Ah deuses… desculpe Dênis amore… é que eu…

— Chegou bem a tempo! – ele me abraçou feliz – o que houve? É impressão minha ou você está chorando?

— er… não é isso mano… caiu um cisco no meu olho. Para que essas peças?

Ele me observou com uma cara duvidosa. Tenho certeza de que ele sabia que eu estava mentindo. Mas preferiu relevar.

— Preciso ajudar Aron e o Darkson nas Torres de vigia. O seu projeto com os dois deu certo, mas precisamos de mais alguns detalhes a mais para fazer o funcionamento ficar em cem por cento de eficácia.

Pela segunda vez, sorri para alguém, e no caso, era para o Dênis, que tinha o dom de fazer aparecer o meu lado mais feliz.

— Bom saber que vamos ter chances para nos defendermos melhor contra esses monstros. Vai aprimorar tudo?

— Claro! Essas ideias são geniais!

Ele sorriu para mim, me pediu licença e seguiu em frente, em direção ao perímetro norte do acampamento. Logo, andei mais um pouco e parei na porta do meu querido chalé: Zeus.

O observei e confesso que algumas lagrimas vieram à tona, porque depois de alguns guerreiros do meu querido rebanho se foram em mortes horríveis e algumas batalhas, era muito doloroso de se ver, mas prometi a mim mesmo que jamais deixaria extinto as tradições do meu senhor Zeus, mesmo com ele e alguns deuses se escondendo em silêncio e não respondendo nossas orações.

— Pão de mel! Você chegou! – Livs foi a primeira a notar minha chegada e me abraçou fortemente.  Fiquei muito feliz em saber que ela estava bem e estava dando muito suporte para todos no chalé – está tudo bem?

— er… está sim amore. É uma longa história…

— pensei que não fosse chegar tão cedo assim – ela sorriu para mim.

— Demorei mas cheguei amore. Como que estão as coisas aqui?

— estão ótimas pão de mel! – Well Apareceu e sorriu para mim, obviamente me abraçou, e se juntou a Livs – conseguiu tudo o que estava precisando?

— Sim. Vou precisar da ajuda de vocês para conseguir esse contra feitiço.

E em seguida, meus outros irmãos vieram me abraçar: Nerys, Maro, Davi, Matheus Wolf, Terezinha, Marcos, Raiane e Isa . Todos estavam bem por sinal, mas não tinha ideia de quanto tempo mais iriamos aguentar naquele inferno que estávamos passando a cada dia.

Não desanime pão de mel!” pensei comigo mesmo. Já era hora de começar a demonstrar um pouco mais de positividade para com meus liderados. Por mais que eu tivesse a vitória em derrubar alguns monstros, a tristeza e a derrota estavam perfeitamente estampadas no meu rosto.

— Jimmy! – Quel apareceu e me deu um abraço bem apertado – fofura, como você está?

— acabei de chegar da missão e… - eu a observei atentamente. Além dos detalhes sexys que ela tinha quando aparecia toda suja com graxa e outros itens de forja, ela estava usando uma blusa diferente: Tinha a figura de uma forja e como plano de fundo, havia alguns raios. Na minha opinião, aquilo estava muito maneiro – que Blusa bonita é essa?

— Todos nós estamos adorando essa iniciativa – uma figura feminina apareceu e se juntou a nós. – E olha que eu ainda estou conseguindo uma grana boa para ajudar minha mãe com os negócios.

— Ah deuses… Mini!

— Bom demais te ver de volta Jimmy. Como está?

— tudo ótimo, graças aos céus e…

Fiquei feliz em perceber que aquele projeto estava dando frutos e juntando pessoas que eu amo demais. Além de seu cabelo colorido que é fantástico, ela estava usando a mesma blusa, porém em um tom cinza e estava com um par de óculos que a deixava bem intelectual… característica típica do chalé de Atena…

— Espera aí… - eu pedi um tempo e olhei para as duas, que começaram a rir da minha cara – uma é cinza, a outra tem detalhes pretos… e a nossa é… azul claro? Quem que está mexendo com esse carnaval de blusas? Até que está bem legal.

—  agradeço a você a ideia da forja, e sobre a camisa… é bom que você agradeça a Ellen! – Well trocou de blusa na minha frente. Não me incomodei, porque já que estávamos próximos demais, não vi nenhum problema. Só a Liv que estava o olhando com uma cara muito feia. – A forja do Trovão é demais!

— Serio isso?

— Claro! – Quel continuou abraçada comigo e Mini se juntou a nós – isso está sendo a fofura que a Quelzita aqui está amando!

Pela terceira vez eu sorri, mas sorri de verdade mesmo. Meu pedido para Zeus tinha sido aprovado, por mais que eu tivesse a plena certeza de que ele estivesse mudo. De acordo com o que eu tinha pedido, apareceu perto de nosso chalé (e não queira me perguntar como) uma jazida de um mineral bem… brilhante. Matheus Maia, o Líder do chalé de Atena analisou e viu que parecia ser uma liga bem densa de Bronze Celestial, porém era algo anormal, porque ele também detectou algumas partículas de Ouro Imperial nele, e possuía uma bela condução de eletricidade. Tínhamos decidido que criaríamos a forja do trovão, algo que foi uma mão na roda nas armas.

— ok. Mas… cadê a Ellen?

— ela saiu a um tempinho já – Nerys chegou perto da gente – ela foi resolver alguma coisa com a Manu e a Foca. Já deve estar voltando.

Respirei tranquilo. Sabia que tudo iria correr bem com as três, independente do que estivessem fazendo, porque juntando-as, iria dar uma guerra boa entre magia, arco e flecha, e espada e escudo.

— bom… Posso entrar um pouquinho e me arrumar? Estou cheirando a mato, grama e coisas bem naturais. Preciso de um banho e roupas novas URGENTE!

Todos riram e assim, entrei. Enquanto seguia para o pavilhão dos chuveiros, cumprimentei todo mundo que vi, cada um de cada chalé e segui para meu banho.


      Enquanto podia sentir a água quente tocando de maneira gentil e graciosa o meu corpo, não sei porque mas veio a frase daquele Doppleganger na minha cabeça: “lamento porque posso saber que mais pra frente, alguém irá lhe testar ainda mais maguinho horroroso, e vai fazer com que você se arrependa ainda mais. Como não me pagaram mais, não vou te contar nadinha de nada!”, não sei porque, mas tinha a sensação de que alguma treta iria acontecer mais pra frente, e dessa vez, teria que dar minha vida para parar isso tudo.

Fechei a torneira do chuveiro, sequei minhas pernas, coloquei meu Short pequeno preto e olhei para baixo. Podia ver algumas gotas de água escapulindo dos meus braços e indo para o ralo. Fiquei observando atentamente aquele acontecimento, porque alguma coisa estava me induzindo a fazer aquilo. Uma gota caiu, seguido de mais uma gota, mais uma… e mais uma gota… e uma gota de sangue caiu…

Espera ai… sangue? Olhei de novo para baixo assustado e vi que mais uma gota caiu… e mais uma… e logo em seguida, uma pequena corrente começou a surgir, olhei para os lados e ai que eu vi que o cenário mudou completamente…

Estava vendo o acampamento todo destruído… todo devastado e ainda por cima pude ver que todos estavam mortos… todos. E estava vendo coisas mais horríveis ainda. Lanças e escudos partidos, pedaços de flechas ao redor e ainda por cima, explosões vindas de cada chalé, andei mais um pouco a frente e pude ver que todos os meus companheiros estavam em péssimo estado: Dênis, Gustavo, Quel, Maia, Bara… Mai e Will estavam mortas, porém de mãos dadas, Brant e Mari, Sérgio e Daniel França que estavam com uma pose de morte bem peculiar… parecia que um morreu tentando defender o outro de maneira heroica.

Andei um pouco e vi o meu chalé. Estava em ruínas, em chamas… Livs e Well estavam mortos, porém de maneira amorosa, Maro, Lu e Davi estavam com uma de suas pernas cortadas e com feridas expostas no abdômen e no pescoço. Aparentemente Nerys tentou algo para sustentar o Chalé, porque sua face estava sendo esmagada por uma pilastra de pedra. Era tortuoso ver aquilo para mim, jamais deixaria aquilo passar pela minha cabeça, e nem sonharia com aquilo. Eu estava dentro de uma Ilusão ou o que?

 Até que uma mão me agarrou, me deixando assustado. Quando eu observei era… minha namorada Ellen Sword, me observando com olhos… brancos…

Ah deuses! Porque estão me torturando com isso?

— Porque nos abandonou amore? Porque?

— eu… o que?  - estava muito assustado com aquilo que estava vendo. As feridas estavam muito expostas, tinha que fazer alguma coisa, logo, estendi minha mão com uma rajada de magia em direção a uma das feridas. Sei que não tenho o poder de Cura dos filhos de Apolo, mas minha magia pode atrasar um pouco a dor, prolongando a vida.

Aparentemente ela não queria, porque afastou minha mão, e me observou com cara fechada, bom, se é que ela tinha uma cara fechada.

— é isso mesmo que ele quer que você faça meu amor, caia na tentação dos seus sentimentos. Você já sabe quem ele é então… vai morrer.

Subitamente me afastei dela. Sua face mudou para algo diferente. Podia sentir que não era minha namorada ali, porque ao mesmo tempo que usava o rosto dela, tinha algo mais fantasmagórico por trás, algo sombrio, que tentava imitar as suas ações, como o Doppleganger. Podia ver que a criatura mudou de vestido, parecendo algo carnavalesco gótico e usava uma máscara, igualzinho o do filme V de vingança, e isso me deixou bem alarmado.

é por isso que vocês semideuses estão quase perdendo as esperanças. O inimigo é vocês mesmos. Ou partes na verdade… tente ver o que eu vejo Bruxo bondoso. Uma vez você já o encontrou e o forjou. Acabou que tirou o meu senhor do lugar, agora ele voltou e está retirando as forças de cada um de vocês… com mais FORÇA!!

— E eu acho… que você já nos reconhece de algum lugar… iremos voltar Bruxo Bondoso do Norte… e… eu acho que a minha mensagem vai ficar na sua cabeça o tempo todo. - Percebi que uma mulher estava atrás de mim, falando de maneira sedutora e cheirando meu cangote. Dava para ver que ela estava tentando morder meu pescoço. Em impulso, eu mexia ele para o lado tentando evitar, mas ela não desistiu e chegou perto do meu ouvido e fez um som pequeno, que me deixou literalmente arrepiado: um sibilo de serpente.

Quando me virei, pude perceber que era outra mulher, porém, que havia detalhes de cobra em sua pele e que trajava uma tanga roxa, um sutiã da mesma cor, e sua cara não era a das melhores. Tinha detalhes de maquiagem borradas nos olhos, e em sua boca, por mais que sua pele fosse branca como a neve. E para completar sua cabeça tinha um adorno grande com figuras de 8 cabeças de naja, que parecia com o adorno que a figura da esfinge Egípcia tinha. Seria aquela mulher de agora, uma egípcia mesmo?

 - Acho que nos veremos novamente maguinho. E na próxima vez, que tentar fazer algo… creio que não irá sobreviver para contar sua história. – As duas falaram Juntas.

E vi que elas impulsionaram um ataque com suas mãos que viraram garras, e eu como estava em choque não estava em posição de me defender.

— Jimmy? – uma mão surgiu, e logo me levou ao encontro de peitorais masculinos, e para variar eu reconhecia a voz da pessoa.

— Felps? – O soltei de leve e voltei para a realidade. O que eu havia concluído de começo estava certo: aquilo era uma ilusão, mas parecia muito com uma mensagem do que uma ilusão de fato.

O antigo pretor do chalé Romano me olhou com uma cara bem assustada, como se estivesse me vendo com um fantasma. Até que ele chegou mais próximo de mim e tocou meu rosto de leve.

— está tudo bem com você? Senti que você… estava em outro lugar e… estava desesperado.

Voltei a abraça-lo, mas de repente me senti fadado a chorar. Aquilo ali me deixou bastante impactado, porque eu tinha a sensação familiar daquela energia, e o resultado era me deixar daquele jeito.

— Ei… Jimmy, calma. Você está aqui comigo, não vou deixar nada de ruim acontecer ok?

Ele me deu um beijo na testa e então, consegui voltar a realidade.

— er… Me desculpe Felps… essas energias… me deixam doido.

— Deu para notar mesmo. – Ele pegou suas coisas para banho. O Ex pretor do chalé romano estava com uma sacola simples, com uma toalha roxa com o bordado AVE ROMA! E que estava com roupas para dormir e material para higiene pessoal e Bucal. Romanos dormem cedo ou é impressão minha? – O que aconteceu dessa vez?

Fiquei em dúvida se eu falava o que eu tinha visto ou não. Por mais que eu gostasse pra caramba dele, senti que não era a pessoa certa que eu poderia desabafar sobre isso.

— Uma energia negativa apareceu perto de mim de repente, e me fez sentir desespero. Por isso fiquei totalmente desse jeito.

— Será que foi eu chegando? Provavelmente eu possa ter carregado essa energia até aqui.

Toquei sua testa e em seguida seu pescoço, e logo toquei o peitoral, próxima a região do coração. Procurei sentir alguma coisa estranha, por mais que eu tenha passado por uma ilusão terrível e que mexeu com minha mente, eu até que estava me virando bem para a ocasião.

— Não, não foi você – continuei com minha mão naquele local – Não sinto energia ou Chi negativo vindos de você. É como se você estivesse sendo… neutro… isento de energias assim.

—Seria o ambiente? Talvez com o que esteja acontecendo, a autoestima de algumas pessoas seja o gancho para que ela venha.

— Provável – Respondi um pouco desanimado – desanimo demais e algumas perdas são chaves para que tudo isso venha a tona.

Ele ficou cabisbaixo e logo se aproximou de mim. Me segurou como se eu fosse a coisa mais importante do mundo.

— Desde que aconteceu a catástrofe, não fui mais o mesmo Jimmy. Estou sentindo que perdi o meu valor como pretor. Será que eu perdi tudo?

 - Você não é o único que perdeu coisas aqui Felps. Também vi algumas ovelhas do meu rebanho indo embora, amigos indo para o elísio, mas mesmo assim ainda não perdi as esperanças.

— Então... – ele me olhou fundo nos olhos e tocou meu rosto de maneira gentil. Parece que ele percebeu o que eu estava sentindo – precisamos um dia sair para beber alguma coisa. Precisamos colocar tudo isso para fora.

Eu queria falar não porque ele me fez lembrar de duas ovelhas favoritas minhas que acordaram do coma e foram para Roma, o que me deixava um pouco sem alegria. Me lembrei subitamente das palavras de Guru Lahima, o gancho para me fazer acalmar: “ Livre-se de suas coleiras terrenas, entre no vazio, se esvazie, e vire vento”. Eu tinha certeza que o gancho que me prendia aqui era os meus sentimentos para com meus amigos.

Vento… o elemento da Liberdade e da independência da pessoa. Eu deveria mostrar mais isso para com todos, porque não sou uma criatura para ficar presa, tampouco meus amigos.

 Mas vi que era melhor coisas assim para fora do que para dentro de mim, e tinha que achar uma maneira de elas irem embora. Era melhor eliminar coisas assim com amor e afeto, do que com raiva e ódio. Em um movimento simples, estalei os dedos, e um pão de mel apareceu em minha mão.

— Tome aqui bonitão. O que o chocolate produz no nosso organismo deve te deixar um pouco alegre para esses dias.

— Valeu Pão de Jimmy – Ele sorriu para mim – isso vai animar as coisas e animar meu estomago.

Fiz uma mesura tímida, coloquei minha camiseta e fui em direção a saída do pavilhão, um pouco mais… preocupado. Devia conversar com Milord sobre o que eu tinha visto, e tinha certeza de que nada bom iria vir daí.

— Ah Jimmy. Você não perdeu tudo. – Felps disse e virei o rosto. – Matt E Bruno ainda tem a mania de fazer uma oração profunda a Zeus antes das refeições. Você os disciplinou bem cara.

— er… - estava me sentindo com o rosto um pouco quente – Obrigado.

E saí do pavilhão de chuveiros. Aquilo me pareceu um pouco como um elogio e uma resposta para me deixar tranquilo.


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Notas finais do capítulo

deu pra sintonizar?



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