Your Love Is A Drug escrita por Julie Kress


Capítulo 13
What About Us


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!

Como estão? Alguém ainda acompanha essa Fic???

Escrevi esse capítulo ouvindo Shape Of You do Ed Sheeran e What About Us da P!nk. Usei a letra de ambas.

Estou postando aqui rapidinho e já estou partindo para Marte hahaha

E que venham os surtos hehe



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No dia seguinte...

P.O.V Da Sam

Saí da cama enrolada no cobertor, o Nerd não estava no quarto. Chequei as horas no relógio digital que tinha em cima da cômoda ao lado da cama. 09h:42min. Apertei o cobertor contra meu corpo nu e olhei para a cama bagunçada. Fomos dormir tarde da noite, só não rolou a terceira vez porque eu estava dolorida e com muito sono. Se dependesse dele, teríamos passado a noite em claro, nos entregando ao prazer.

Minha roupa estava dobrada sobre a cadeira de frente para a escrivaninha. A peguei e fui para o meu quarto. Fechei a porta, tirei o cobertor e peguei uma toalha limpa. Fui para o banheiro, após tomar o banho e fazer tudo que eu tinha que fazer, vesti uma roupa confortável de ficar em casa e rumei para a cozinha.

Ele só poderia estar lá já que não estava na sala assistindo TV.

Parei na entrada da cozinha, o som estava tocando. O Nerd havia comprado um aparelho de som, não tínhamos uma TV na cozinha, mas pelo menos o som quebrava o galho. Sempre gostei de cozinhar ouvindo música.

Meu estômago já estava protestando, eu estava muito faminta. O cheiro de bacon e ovos fritos me deixaram com água na boca.

O moreno estava de frente para o fogão, dançando e cantando. A música terminou e logo Shape Of You preencheu o ambiente com sua batida e letra contagiantes.

"A balada não é o melhor lugar para se achar um amor,
Então, eu vou para o bar
Eu e meus amigos na mesa tomando shots
Bebendo cada vez mais rápido, então falamos devagar"

Caminhei em silêncio até a banqueta, me sentei e ele como previsto nem me percebeu entrando na cozinha. Estava concentrado demais no que fazia, totalmente embalado ao som da música.

Eu não poderia negar, também sabia a letra e curtia aquela música. Era envolvente e me fazia querer dançar. E vê-lo dançando daquele jeito era uma novidade para mim.

"Venha aqui e comece uma conversa só comigo
E confie em mim, eu vou dar uma chance agora
Pegue a minha mão, pare
Coloque Van Morrisson para tocar
E aí nós começamos a dançar
E agora estou cantando, tipo"

Ele dava umas reboladinhas engraçadas, segurei o riso e coloquei a mão sobre a boca.

"Garota, você sabe que quero seu amor
Seu amor foi feito na medida para alguém como eu
Vamos lá, me siga
Eu posso ser louco, não ligue
Diga, garoto, não vamos falar muito
Pegue a minha cintura e coloque seu corpo sobre o meu
Vamos lá, me siga
Vamos, vamos lá, me siga"

Abaixou o fogo e se virou, se deparou comigo ali prendendo o riso. Bati na bancada e não consegui mais segurar a risada.

"Estou apaixonado pelo seu corpo
Como ímãs, nossa atração nos faz ir e voltar
Mesmo que meu coração esteja se apaixonando também
Estou apaixonado pelo seu corpo
Na noite passada você estava no meu quarto"

O Nerd não se intimidou, ele largou a frigideira e veio em minha direção ainda dançando. Balancei a cabeça já prevendo o que ele queria...

"E agora meus lençóis têm o seu cheiro
Todos os dias descobrimos algo novo
Estou apaixonado pelo seu corpo
Ah eu, ah eu, ah eu, ah eu
Estou apaixonado pelo seu corpo
Ah eu, ah eu, ah eu, ah eu
Estou apaixonado pelo seu corpo
Ah eu, ah eu, ah eu, ah eu
Estou apaixonado pelo seu corpo
Todos os dias descobrimos algo novo
Estou apaixonado pelo seu corpo"

— Vamos lá, dance comigo. - Me tirou de cima da banqueta e eu tentei escapar.

Suas mãos agarraram minha cintura com firmeza e ele começou a fazer meu corpo se mover junto com o dele.

"Uma semana depois, deixamos a história começar
Estamos saindo no nosso primeiro encontro
Você e eu somos mãos-de-vaca
Então, vamos num rodízio
Você enche a sua bolsa, eu encho o meu prato
Conversamos por horas e horas sobre os altos e baixos"

Me girou e aos poucos fui entrando no rítmo. Aqueles versos nos descreviam. Era incrível, parte da letra da música parecia ter sido feita para nós.

"E como a sua família está indo bem
Saímos e pegamos um táxi, nos beijamos no banco de trás
Eu falo para o motorista deixar o rádio tocar
E estou cantando tipo"

Me girou novamente e colou nossos corpos. Passei os braços ao redor de seu pescoço, rindo contagiada, dançando junto com ele.

Freddie encostou a boca na minha orelha direita e cantou baixinho:

"Garota, você sabe que quero seu amor
Seu amor foi feito na medida para alguém como eu
Vamos lá, me siga
Eu posso ser louco, não ligue
Diga, garoto, não vamos falar muito
Pegue a minha cintura e coloque seu corpo sobre o meu
Vamos lá, me siga
Vamos, vamos lá, me siga"

Comecei a sentir o meu rosto esquentar. O calor foi subindo pelo meu corpo.

Continuou cantando baixinho os próximos versos:

"Estou apaixonado pelo seu corpo
Como ímãs, nossa atração nos faz ir e voltar
Mesmo que meu coração esteja se apaixonando também
Estou apaixonado pelo seu corpo
Na noite passada você estava no meu quarto"

Suas mãos desceram por meu corpo, fechei os olhos apreciando suas carícias.

Mordiscou o lóbulo da minha orelha e cantou com aquela voz rouca, me causando arrepios.

"E agora meus lençóis têm o seu cheiro
Todos os dias descobrimos algo novo
Estou apaixonado pelo seu corpo
Ah eu, ah eu, ah eu, ah eu
Estou apaixonado pelo seu corpo
Ah eu, ah eu, ah eu, ah eu
Estou apaixonado pelo seu corpo
Ah eu, ah eu, ah eu, ah eu
Estou apaixonado pelo seu corpo
Todos os dias descobrimos algo novo
Estou apaixonado pelo seu corpo"

Devo ter corado ainda mais. Shape Of You combinava perfeitamente com a gente.

"Vamos lá, seja minha namorada, vamos lá
Vamos lá, seja minha namorada, vamos lá
Vamos lá, seja minha namorada, vamos lá
Vamos lá, seja minha namorada, vamos lá
Vamos lá, seja minha namorada, vamos lá
Vamos lá, seja minha namorada, vamos lá
Vamos lá, seja minha namorada, vamos lá
Vamos lá, seja minha namorada, vamos lá"

Me segurou com mais firmeza e foi me empurrando para trás, agarrei seus ombros com medo dele me deixar cair. Selou nossos lábios e eu fechei os olhos, me entregando aquele beijo de tirar o fôlego.

A música chegou ao fim, comecei a sentir um forte cheiro. Os ovos e o bacon estavam queimando. O empurrei e ele acabou me deixando cair de bunda no chão.

— Idiota! - Comecei a rir, observando ele correr para apagar o fogo.

[...]

— Acordou faminta como sempre... - Comentou quando coloquei mais torradas, ovos mexidos e tiras de bacon no meu prato.

Eu tive que fritar mais ovos com bacon, não deu para aproveitar e tivemos que jogar fora o que ele deixou queimar.

Estávamos sentados nas banquetas, comendo sobre a bancada. Eu ainda estava um pouco envergonhada. Não queria tocar naquele 'assunto'.

— Então... - Deslizou os dedos sobre os meus dedos livres, não soltei a colher. Enchi a boca, tentando evitar falar sobre 'aquilo' logo naquela hora. - Ainda está com vergonha de mim? - Indagou.

Neguei, ele riu, meu rosto corado deve ter me entregado.

— Deixa de bobagens, loira. Estou pronto para mais uma vez. - Sorriu sacana.

Acabei me engasgando, tomei um longo gole de suco.

— Você é um nerd muito safado. - Bati no braço dele.

— Você gostou. Foram duas vezes. - Retrucou.

— Cala a boca! - Afastei sua mão, seus dedos estavam acariciando os meus.

— Okay, não toco mais no assunto, está bem, Moranguinho? - Ah, não, lá vinha ele com aquele apelido bobo de novo.

— Para de me chamar de Moranguinho. - Reclamei.

[...]

Horas depois, às 20h:18min...

— Quero duas Pizzas tamanho família, uma Quatro Queijos e uma Portuguesa, por favor. - Dizia ele ao telefone.

— Quatro Queijos não. Pede uma Mista de Bolanhesa com Bacon. - Me pendurei em seu pescoço.

— Já fiz o pedi. - Tentou me afastar e encerrou a ligação após dar o endereço.

— Que saco! Eu queria uma Mista! - Bati no peito dele e cruzei os braços emburrada.

— Pode comer a Portuguesa sozinha. - Riu fazendo piada de duplo sentido.

— Não quero. - Virei o rosto e lhe dei as costas, saí da sala batendo os pés.

— Já vai começar? - Me seguiu.

— Me deixa em paz. Come suas Pizzas sozinho. Eu vou ligar para um restaurante italiano e vou pedir lasanha com molho vermelho. - Apressei os passos, indo para o meu quarto.

— Por quê está com raiva? Só eu quem vai pagar as Pizzas. Te perguntei sobre o sabor que você queria e você ficou brincando, jogando aquele joguinho idiota no celular. Fiz o pedido e agora você vem reclamar? Você nem me ouviu e...

— Chega! Blá, blá, blá... Foda-se. Não vem jogar na minha cara só porque você vai pagar. - Me virei para ele irritada. - Eu não quero mais porra nenhuma. Vou é dormir! - Voltei a andar e ele parou de vir atrás de mim.

— FAÇA O QUE QUISER, TÁ LEGAL? EU NÃO LIGO! - Gritou tão irritado quanto eu.

15 minutos depois...

— Sam? - Bateu na porta.

Ignorei e fechei os olhos, comecei a cantarolar baixinho.

— É sério, vai mesmo ficar com fome? Para de besteira. Olha, eu não vou ficar insistindo, não vou bater cabeça com uma criançona como você, pois você está agindo feito criança... - Disse me deixando fula.

Levantei da cama e corri para a porta, abrindo-a rapidamente.

— EU NÃO SOU CRIANÇA! - Gritei o empurrando.

Ele acabou derrubando a caixa de Pizza.

— ENTÃO PARA DE FAZER BIRRA! - Seu grito superou o meu.

— NÃO GRITA COMIGO, SEU IMBECIL! - Parti para cima dele que me segurou pelos pulsos.

— Já chega! Você com fome fica insuportável. - Me prensou contra a parede.

— Me solta. - Pedi quando meu estômago protestou alto.

O Nerd me soltou, o empurrei, me apressei pegando a caixa e corri para o quarto, batendo a porta.

— Vou pegar o refrigerante! - Disse em alto e bom som.

— TRAZ A DE QUATRO QUEIJOS TAMBÉM! - Gritei.

[...]

Lavei as mãos e troquei de roupa. Coloquei algo confortável para dormir, uma blusa de frio e uma calça de pijama. Escovei os dentes e quando retornei ao meu quarto, o Benson estava lá.

— Vaza daqui. - Tentei tirá-lo de cima da cama.

Ele estava de camiseta e calça de moletom.

— Poxa! Não ganho nenhum beijinho de boa noite? - Fez bico.

Bati no rosto dele de leve, sorri quando ele fez careta.

— Ah, é assim? Beleza! - Levantou.

— Durma com os anjinhos. - Joguei um beijo.

Fui pega de surpresa, ele agiu rápido e me jogou na cama, subiu em cima de mim e me roubou um selinho.

— Seu gordo idiota! - Brinquei, tentei tirá-lo de cima de mim.

— Gordo, é? - Me prendeu contra o colchão.

Sorriu malicioso e começou a beijar meu pescoço.

— Nerd safado... - Fechei os olhos e ele beijou meu queixo.

Ergueu o corpo e tirou a camiseta, expondo seu peitoral, barriga e abdômen malhados.

— Oh... - Abri a boca e me arrependi, pois ele grudou nossos lábios e não perdeu tempo, me beijando com nenhuma delicadeza.

Meu corpo esquentou. Ficou difícil resistir. Logo retribuí o seu beijo voraz e fechei as pernas em torno de sua cintura.

— Já ganhou o beijo, agora cai fora... - Falei assim que recuperei o fôlego após o beijo.

— Só mais um... - Segurou meu rosto.

Minutos depois...

Minha blusa e sua camiseta estavam jogadas em algum lugar do quarto. Freddie desceu a boca para o busto, beijou um seio e depois o outro. Ousou colocar meu seio direito na boca, gemi quando ele começou a chupar bem devagar.

Não demorou ali, desceu os lábios por minha barriga e desceu minha calça de pijama junto com a boxer cinza feminina que eu estava usando.

Segurei sua cabeça, esquivando-me de sua boca.

— Relaxa... - Disse com a voz ainda mais rouca.

— Acho que... - Hesitei.

— Você não quer? - Soltou minhas coxas.

— Camisinha... - Murmurei lembrando-o.

— Tenho aqui! - Tirou a pequena embalagem prateada do bolso.

Me permiti relaxar, o moreno terminou de se despir. Ele já estava ereto e desenrolou a camisinha cobrindo o membro e eu me acomodei na cama, passei as mãos pelo colchão macio e ele afastou minhas coxas, se acomodando entre elas.

Senti um pequeno desconforto nas três primeiras estocadas, nada de dor. Meu corpo ainda estava se acostumando com aquela sensação. Ele equilibrou o peso do corpo, diferente da primeira e da segunda vez. Não senti todo o seu peso sobre mim.

Comecei a me mover, erguendo os quadris. Mantive minhas pernas afastadas o sucifiente para ele poder aprofundar mais as investidas. Nossos gemidos e os nossos corpos se chocando preencheram o quarto.

Minhas unhas deslizavam por suas costas já úmidas de suor, ele foi ditando um rítmo. Parei de me mover, sentindo minhas coxas ficando dormentes.

— Freddie... - Cravei minhas unhas em seus ombros.

Atingi ao ápice primeiro. Foi tudo tão intenso. Na primeira vez, senti apenas meu corpo estremecer um pouco, nem sei se cheguei realmente ao "paraíso". Na segunda vez, senti alguns espasmos percorrer meu corpo e fiquei um pouco mole. Não sei explicar.

E nessa terceira vez, todo o calor acumulado em meu baixo ventre se espalhou por todo o meu corpo, e eu tive espasmos fortes e fiquei mole, muito trêmula. Foi uma sensação única.

Com um gemido alto e rouco, o Freddie arqueou as costas e desabou em cima de mim, suado e todo trêmulo.

— Sam... - Balbuciou meu nome, antes de afundar o rosto na curvatura do meu pescoço.

— Freddie... - Sussurrei acariciando seu cabelo macio e um pouco úmido de suor.

Acho que apaguei depois disso, com ele ainda dentro de mim, com seu corpo cobrindo o meu...

[...]

No dia seguinte, as coisas começaram a esfriar entre nós. Toda vez que eu me aproximava, o Freddie se afastava. Decidi ficar na minha, pensei que ele estivesse apenas de mau-humor. Os dias foram passando e o Benson continuou me evitando, conversávamos apenas no loja, trocando poucas palavras.

Ele parou de me dar carona, e passei a pegar carona com o Brad. Em casa, o Nerd ficava sempre me evitando ao máximo. Notei que ele sempre estava com o celular na mão, sempre sorridente e trocando torpedos.

Claro que estranhei seu comportamento, mas resolvi deixar quieto. Eu não havia feito nada, foi ele quem começou a parar de falar comigo.

— Vou sair, não tenho hora para voltar. - Até me surpreendi quando ele falou comigo.

— Você não me deve satisfação. - Falei tentando soar indiferente.

O Nerd estava todo arrumado e muito perfumado.

Não disse mais nada, apenas saiu. Realmente nem sei à que horas ele chegou em casa, também não me importei, ele já era bem grandinho. O que ele fazia ou deixava de fazer não era da minha conta.

Na sexta-feira, dias após aquilo, decidi ir para a casa dos meus pais. Ele me viu saindo com mochila, não me perguntou nada, também não devia satisfação a ele. Meu pai e principalmente a Melanie, ficaram felizes com minha visita. Até que foi legal passar o dia com eles, matei a saudade.

Minha mãe só podia ter sexto sentido, assim que colocou os olhos em mim, já me lançou aquele olhar:

"Eu sei que você fez você sabe o quê com aquele rapaz."

E ela não perdeu a oportunidade assim que ficamos à sós. Me colocou contra a parede. Neguei, mas mãe é mãe, sempre sabe das coisas.

"Sempre lembre ele de usar camisinhas. Sou muito nova para ser vovó."

Foi o conselho dela. Apenas fiz careta, ela disse que não ia dizer nada para o meu pai. Agradeci mentalmente por aquilo. O meu pai não ia gostar nadinha.

Aceitei ficar para o jantar, meu pai passou o tempo todo me paparicando e Melanie não queria desgrudar de mim. Minha mãe de vez em quando me lançava sorrisinhos maliciosos, me lembrando do nosso "segredo".

Foi ficando tarde e resolvi apenas ir embora no dia seguinte. Dormi na minha antiga cama, matando a saudade do quarto que eu compartilhava com minha irmã.

[...]

No dia seguinte...

Quando adentrei apartamento e parei na sala, a primeira coisa que vi foi uma bolsa rosa pequena em cima do sofá. Passei direto, indo para a cozinha e acabei me esbarrando numa garota.

Ela riu e eu franzi o cenho.

— Oi. - Ela segurava uma colher.

Seu rosto não me era estranho, a olhei da cabeça aos pés. A garota estava usando uma camisa do Benson, seus cabelos compridos estavam úmidos.

— Você deve ser a garota lésbica que divide o apê com o Freddie, né? Prazer, me chamo Valerie! - Sorriu simpática e estendeu a mão.

Não falei nada, lhe dei as costas e acabei dando de cara com o Benson. O canalha saiu da minha frente e eu o segui com o olhar, ele foi até a garota que era mais alta que eu e disse todo amoroso:

— Que tal voltar para a cama, Val? Eu preparo o café da manhã.

— Está bem. Eu nem sei cozinhar mesmo. - Ela concordou dando uma risadinha e eles se beijaram.

Ela saiu da cozinha. Continuei o olhando incrédula.

— E quanto a nós? - Perguntei com vontade de chorar.

— Nunca existiu nós. - Respondeu com frieza. - Se a Valerie te perguntar...

— Não se preocupe, a lésbica aqui já está de saída. Não quero atrapalhar nada! - Falei antes de lhe dar as costas.

— Só falei aquilo para a Valerie porque eu não queria que ela pensasse que...

— Foda-se! - Parei de andar e me virei para ele furiosa. - Eu não quero saber. - Quase gritei.

— Foda-se você também. Eu sempre gostei da Valerie. Ela é linda, educada, gentil, fofa, inteligente e sensual, o oposto de você. Ela nem se compara a você. Você jamais chegaria aos pés dela. Você não passa de uma... De uma moleca! - Foi rude e suas palavras me atingiram de cheio.

Acho que levar uma facada bem no peito doeria menos.

Apertei as alças da minha mochila. O silêncio preencheu a cozinha.

Se me magoar era o que ele queria, ele havia conseguido. Mas eu não ia chorar... Não na frente dele.

— Só transei com você porque eu queria saber o que fazer quando eu fosse levar a Valerie para a cama. - Aquilo doeu ainda mais.

Fui usada e descartada como um objeto sem importância. Aquela era verdade.

— Eu era virgem... Como pôde fazer isso comigo? - Perguntei indignada.

— Lembra da sua vingancinha? Agora estamos quites. - Disse sem remorso algum.

"Vingança? Tudo não passou de uma vingança? Ele tirou minha virgindade por vingança... Que filho da puta."

Lhe dei as costas, o choro estava entalado em minha garganta. Dei alguns passos trôpegos, nauseada... Nunca me senti tão mal.

"Nós somos holofotes, podemos ver no escuro
Somos foguetes, apontando para as estrelas
Nós somos bilhões de belos corações
E você nos traiu e foi ruim demais"

E quanto a nós?
E quanto às vezes em que você disse ter as respostas?
E quanto a nós?
E quanto a todos os felizes para sempre quebrados
E quanto a nós?
E quanto a todos os planos que acabaram em desastres?
E o amor?
E a confiança?
E quanto a nós?"

[...]

A porta foi aberta e eu cambaleei porta adentro, meu amigo me segurou. Eu estava ensopada, tremendo de frio. Eu estava desabando em lágrimas assim como o céu lá fora. Estava chovendo muito.

— Jesus Cristo! - Nevel exclamou e me sacudiu, se desesperando com o meu estado. - O que aconteceu? Loira, pelo amor de Deus! Fala! Amiga, fala o que aconteceu! - Me conduziu até o sofá.

Me encolhi ali, abraçando meus joelhos, soluçando.

— Assim você vai me matar, loira. Desembucha logo! Pelo amor da minha Santa Kim Kardashian. O que aconteceu com você? Tô quase morrendo de aflição aqui! - Começou a se descabelar.

Minutos depois...

Tomei mais um gole de chá de camomila com a ajuda dele. Nevel me cobriu com dois cobertores, tirou meus tênis e sentou ao meu lado.

— Por favor, conta para mim. - Acariciou meu cabelo.

Um pouco mais calma, desabafei com ele. Contei o que aquele Nerd maldito havia feito comigo.

— Isso não vai ficar assim ou eu não me chamo Nevel Amadeus Papperman! - Disse raivoso, até falou grosso.

— O que você vai fazer? - Perguntei rouca de tanto chorar.

— Vou fazer ele se arrepender por ter sido um canalha com você. - Disse com firmeza.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Querem esganar um certo alguém???

O Benson foi um baita FDP, hein???

Tadinha da nossa loira. Ela não merecia...

Estão muito revoltados???

O Ne... Ops, Penélope ficou P da vida. "Ela" vai fazer o Benson pagar pelo que fez a Sam, estão ansiosos para ver/ler a Purpurina agindo???

Comentem. Podem xingar o Benson à vontade. Bjs e até o próximo.



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