Out Of The Woods... escrita por Day Alves


Capítulo 35
Você pirou?


Notas iniciais do capítulo

Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim!

Então, o capítulo dessa semana está saindo! Aleluia!

Não vou falar muito, ou vou acabar dormindo em cima do notebook. Eu sei, estou postando tarde. Alias, por qual motivo estou fazendo isso mesmo? Ah sim, eu sou doida. Mas tudo bem, juntou a bad, com a insonia e todo o resto. Mas, eu acabei de descobrir que ler de madrugada me dá sono, então... Hã?

Boa leitura!❤️



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Entro em casa com Rye nos braços e subo as escadas até o quarto dele, Katniss vem atrás de mim e assim que o deito no berço ela trata de tirar sua roupinha e trocar sua frauda. Vejo seus movimentos, tão coordenados como antes, as vezes, eu poderia fingir que nada aconteceu e que ela ainda é a mesma. Mas eu sinto falta de ouvir aquelas três palavras saindo de sua boca. Ah, como eu sinto!

— Tá me olhando... – Ela quase cantarola se virando de uma vez para mim.

— Admirando. – Respondo.

— O que? – Ela pergunta curiosa.

— As vezes, você parece tão você. Que se eu quisesse e isso não fosse me machucar ainda mais, eu poderia fingir que você ainda é a Katniss. – Falo olhando em seus olhos.

— Eu ainda sou a Katniss. – Ela fala.

— Não, eu não fui claro. – Murmuro. — A MINHA Katniss.

— Eu estou tentando voltar. – Ela fala baixinho já saindo do quarto. Vou atrás.

— Está mesmo? – Ela desce as escadas.

— É tudo o que eu venho tentando fazer nos últimos meses. – Ela fala indo para a cozinha.

— As vezes, parece que você nunca vai voltar. – Falo. — As vezes, parece que VOCÊ não quer voltar.

— Ah, é mesmo? – Ela murmura. — E se eu não quisesse voltar, por acaso eu estava aqui? Por acaso eu me deitava com você? Eu dormiria com você, Peeta? Eu amaria Rye, e estaria aqui, mesmo depois de tudo?

— O que quer dizer?

— Que no início, quando eu nem tinha visto Rye ainda, eu pensei em desistir de tudo, e a primeira coisa que eu pensei foi em ir embora. Fugir como uma covarde e esquecer de vez tudo isso que eu tenho aqui. – Vejo que ela possui lágrimas nos olhos, mas não a interrompo. — Mas eu pensei também que eu poderia ficar, e eu jurei para mim mesma que se eu ficasse, não seria para desistir depois, ou para fugir depois... se eu ficasse, eu iria tentar mesmo, e iria conseguir.

— Você diz estar tentando Katniss, mas a cada dia que passa. Parece que você só está mais longe. – Uma lagrima cai do meu olho esquerdo. — E eu não estou sabendo lidar com isso. Por que quando eu era forte, eu enfrentei uma Katniss fria, insensível e que não se importava comigo, mas depois do telessequestro, quando eu fiquei frágil e inseguro, eu encontrei uma Katniss um pouquinho mais doce, mas amorosa e que foi se abrindo para mim ao longo dos dias. – Paro de falar por um momento. — Mas você voltou para quatro anos atrás novamente, e eu como estou agora, não consigo te enfrentar. Não se você não se abrir Katniss. – Saio de casa e então vejo que havia começado a chover, quando saímos para a festa de Johanna o céu estava claro. Maldita mudando de tempo, em poucos segundos, começo a ficar encharcado.

— Peeta! – Katniss sai de casa e me chama.

— É tão difícil assim me amar? – Pergunto, minha visão ficar turva por causa da chuva.

— Não. – Ela sai da sacada e começa a andar até mim, a chuva molhando seu lindo vestido. Ela segura meu rosto. — Amar você é simples demais... por isso estou preocupada Peeta. Não posso te amar, por que não sou boa o bastante para você, não posso ser aquela com quem você vai contar sempre, eu nem sequer me lembro das nossas coisas, dos nossos momentos. Eu não posso me apegar a você, por que tudo o que eu amo, morre.

Quando ela termina de falar eu sinto o impacto de suas palavras, elas possuem vários significados e podem se referir a qualquer coisa e qualquer pessoa. Por isso, ao invés de falar mais alguma coisa, eu apenas a abraço fortemente, ela começa a chorar baixinho e eu mesmo reprimo minhas lágrimas. Como chegamos a isso?

— Se deixe me amar, Katniss. – Murmuro em seu ouvido.

— Prometa que se eu o fizer, nunca vai me deixar. – Ela murmura me encarando.

— Eu nunca vou te deixar de qualquer jeito. – Dou um meio sorriso encarando seus olhos, minha tempestade particular. Um trovão corta o silencio da noite no mesmo instante em que nossos lábios se unem. Eu só quero e preciso ter ela de volta, eu preciso ao menos dessa esperança, dessa chance. E eu sei, que podemos conseguir, juntos.

*-*

Pov Katniss.

Acordo-me com alguém tossindo insistentemente em meu ouvido. Viro de lado sentindo os braços de Peeta não tão fortes e firmes ao meu redor. Minha testa encosta em sua bochecha e é nessa hora que eu acordo de vez. Ele está muito quente. Sento na cama e começo a procurar o termômetro dentro do criado mudo ao meu lado. Assim que o pego, olho sua temperatura e novamente quase engasgo de susto. ELE. ESTÁ. QUEIMANDO. Literalmente.

— Peeta! – Chamo. — Peeta, acorda logo!

Ele abre os olhos sonolentos e confusos e me encara.

— O-o que foi? – Ele perguntou tossindo um pouco mais.

— Você está com muita febre. – Digo passando a mão por seu rosto.

— Deve ter sido por causa da chuva que eu tomei. – Ele falou. — Você está bem?

— Eu estou. Mas estou preocupada com você. – Digo. — Vou ligar para minha mãe.

— Não. – Ele segurou minha mão quando eu fui para levantar. — Não saia de perto de mim.

— Eu só preciso fazer uma ligação, é apenas um minuto. – Digo passando a mão por seus cabelos.

— Não demora. – Ele sussurra, assinto com a cabeça e saio do quarto indo até a cozinha. — Mãe?

— Katniss? O que houve para me ligar essa hora? – Ela pergunta do outro lado da linha.

— Peeta tomou um pouco de chuva e está tossindo, fraco e com febre. Preciso de uma solução em cinco segundos antes de ficar louca. – Digo andando pela sala de um lado para outro.

— Até parece que nunca viu ninguém doente...

— É o Peeta mãe! – Falo. — Diga o que eu tenho que fazer.

— Já mediu a temperatura? – Ela pergunta.

— Sim. – Digo. — Ele está com 40.7.

— Alta. – Ela sussurra. — Dê a ele um analgésico se ele estiver sentindo dor e algum remédio para abaixar a febre, eu sei que tem um kit de primeiros socorros dentro do escritório, Peeta sempre guarda remédios desse tipo lá dentro, é só procurar. – Ela fala.

— Ok. – Falo apenas isso e desligo o celular entrando no escritório. Abro o kit de primeiros socorros e a primeira coisa que eu vejo são os analgésicos. Passo na cozinha e pego uma jarra com água, assim que entro no quarto vejo que Peeta está bem pior, apesar de continuar acordado.

— Demorou. – Ele sussurrou.

— Culpe sua sogra que demora muito para falar uma única coisa. – Digo e sorrio. Pego o remédio e o ajudo a tomar. — Como se sente?

— Muito mal. – Ele responde. — Meu corpo todo dói e eu estou com muito frio.

— Você devia tomar um banho morno. – Digo observando seu rosto.

— Eu não consigo me levantar. – Ele murmura e eu sorrio.

— Consegue sim. – Digo pegando em suas mãos. — Eu te ajudo.

— Vai dar banho em mim? – Ele pergunta se levando com dificuldade.

— Sonhe. – Sussurro sorrindo.

Entramos no banheiro e ele estava realmente muito mal, andava escorando nas paredes e sua pele estava pálida e quente. Ajudei ele a tirar a roupa e procurei uma roupa confortável para ele vestir depois do banho. Assim que termino, Peeta sai do banheiro apenas de toalha e se veste na minha frente mesmo. Eu sorrio para ele pegando a blusa de mangas compridas de suas mãos passando ela por sua cabeça e seus braços.

— Deita na cama, vou preparar um chá para você. – Digo.

— Não quero que se incomode tanto. – Ele respondeu tossindo um pouco.

— Você não incomoda, cuidar de você muito menos. – Digo indo com ele até a cama, onde ele deita e eu cubro seu corpo até a altura do peito. — Não fique muito coberto. Eu não demoro.

— Está bem. – Ele murmura.

Desço até a cozinha colocando a água do chá para ferver e me sento na mesa olhando para fora da janela.

“Estou sentada na mesa, ainda é de noite, sei disso por causa do escuro do outro lado da janela, eu havia me levantado da cama após um pesadelo. Meu semblante era assustado e eu estava à beira das lagrimas.

— Eu teria poupado muito sofrimento se tivesse comido aquelas benditas amoras. – Digo para mim mesma.

— Você não sabe o que está dizendo.

Ouço a voz de Peeta e logo ele está sentado ao meu lado na mesa. Seu semblante é sério, o que me indica que ele está aborrecido pelo o que eu disse. Talvez.

— Peeta, não quero discutir.

— Então para de se culpar.

Ele dobrou os braços e deitou a cabeça sobre eles ficando com o rosto perto do meu, apenas o copo separava nossos lábios.

— Não é fácil, sempre que olho para vocês, uma enorme culpa me invade. É inevitável.

Eu não encaro seus olhos enquanto falo.

— Já falamos sobre isso. – Ele diz esticando o braço e enlaçando a minha mão direita com a sua.

— Sim, já falamos. – Digo passando minha mão esquerda sobre seus cabelos.

Ficamos assim por alguns minutos, ele acariciando minha mão, enquanto eu acariciava seus cabelos.

— Que tal a gente fazer um piquenique? – Ele pergunta de repente.

— Um piquenique? Aonde? – Pergunto arqueando as sobrancelhas.

— Na floresta.

— Não sei Peeta. – Digo.

— Ah vamos! Por favor! – Ele diz juntando as mãos com um sorriso no rosto.

— Você sabe que me pedir assim não é justo. – Digo sorrindo.

— Por que não? – Ele diz tirando o copo da nossa frente. — Por que você não resiste ao meu sorriso?

Os lábios de Peeta estavam próximos demais dos meus, eu sentia seu hálito quente bater em meu rosto me causando arrepios.

— Mais ou menos isso aí. – Digo e minhas bochechas ficam rubras. Maldito efeito que esse loiro tem sobre mim. Peeta passa sua mão direita sobre uma delas e se aproxima mais de mim, roçando nossos lábios. Logo estamos nos beijando. Peeta levanta nossas cabeças colocando suas mãos em volta do meu pescoço, aprofundando o nosso beijo, e eu mordo seu lábio inferior fazendo-o arfar dentro do beijo e dar um sorriso, se já é bom vê-lo sorrir, sentir ele sorrir nos meus lábios é ainda melhor. Peeta passa a língua sobre meus lábios me fazendo sorrir entre o beijo, ele termina nosso beijo dando um selinho em meus lábios.”

Eu o amava. Isso é inegável, cada flash que eu tenho isso fica mais evidente. O amor que eu sentia por ele era quase sufocante. E eu acho isso incrível demais, saber que uma pessoa como eu, já amou alguém como ele com tanta intensidade. E que está prestes a amar de novo. Faço o chá e subo para o quarto, Peeta permanece na mesmo posição, mas parece que pegou no sono novamente. Coloco a mão sobre sua testa e vejo que não está mais tão quente como antes, mas ainda assim, está bem quente. Deixo o chá de lado e pego alguns panos na gaveta, molhando-os com água e álcool e os colocando sobre sua testa.

 

Não sei quanto, mas passei algum tempo assim. Quando olhei pela janela, o sol já havia nascido, os pássaros cantavam e eu podia ver uma certa movimentação na casa de Johanna. Provavelmente algum repórter da Capital querendo uma entrevista ou algo assim. Troquei os panos de Peeta e medi sua temperatura, ele finalmente tinha parado de dar febre. Suspirei fundo e sai do nosso quarto indo até o quarto de Rye, por sorte o menino ainda dormia. Portanto, eu voltei para o quarto, programei o despertador e me deitei ao lado de Peeta. Só que bem na beirada da cama para dar mais espaço para ele. Poucos minutos depois, eu já estava perdida em um sono profundo.

 

— KATNISS MELLARK! – Ouço a voz estridente de alguém gritando e logo em seguida meu corpo todo dói pela queda. Mas espera, queda de que? Ah sim, eu estava na cama, e agora, estou no chão. Entendi.

— O que diabos...? – Levanto do chão blasfemando e vejo que Peeta ainda dorme tranquilo em cima da cama, Haymitch nos olha e dá um sorriso cínico. — Saia daqui antes que eu cometa um assassinato.

Ele apenas nos olha mais uma vez e sai com o mesmo sorriso. Aí então eu olho para minhas roupas, Peeta está bem comportado nas roupas que ele vestiu ontem, mas eu estou apenas com uma camisola laranja, com olheiras e com uma zona no lugar do cabelo. Ótimo. Visto o hobby e saio do quarto encontrando Haymitch do lado de fora, rindo horrores como podem imaginar.

— Você pirou? – Murmuro batendo em seu braço.

— Pelo visto a noite foi longa, desculpe interromper seu sono, docinho. Pelo visto você deu trabalho pro garoto, ele parece mais morto do que dormindo. – Ele responde e eu nem me dou o trabalho de ficar envergonhada. Haymitch não tem mais jeito.

— Você é um tremendo babaca mesmo. – Digo fechando a porta do quarto. — Peeta tomou aquela chuva de ontem, e acabou ficado doente. – Falo.

— Que imunidade! – Ele exaspera.

— Talvez os remédios que ele toma tenham algo a ver com isso. Vou falar com minha mãe mais tarde. – Digo passando a mão pelos cabelos.

— E você? – Haymitch pergunta.

— O que tem?

— Está doente também, por que essa cara...

— Não, eu estou bem. – Murmuro.

— Deixa eu adivinhar, passou a noite em claro cuidando dele, certo? – Ele questiona. — Progredimos muito.

— Nem me fala. – Respondi. — Não quero que espalhe, mas ontem conversamos, brigamos e no fim. Eu decidi que vou deixar, essa coisa que nós temos, rolar.

— Vocês jovens... – Ele murmura revirando os olhos.

— O que tem?

— Essa coisa de vocês, já está rolando faz tempo. Você só não se deu conta ainda Katniss. Mas todos nós sabemos.

— Sabem o que?

— Que você ama aquele garoto. – Ele responde. — Negue o quanto quiser, enquanto você ainda pode. Já passamos por isso uma vez. Só espero que você não faça como da última vez.

— Do que está falando?

— Espero que dessa vez, você não espere ele quase morrer, para lembrar ou reconhecer, que morre e vive por ele Katniss. Somando dois mais dois. Que você ama ele!


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Notas finais do capítulo

Oii de novo! Então, espero que tenham gostado. Sei que nosso querido Hay representou todas vocês aí. Espero que a Katniss dê uma acordada agora. Vou te falar viu, tá mole não.

Enfim, vejo vocês semana que vem. Não deixem de comentar e se estiverem gostando FAVORITEM!❤️

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor!❤️