Out Of The Woods... escrita por Day Alves


Capítulo 25
Te amo!


Notas iniciais do capítulo

Oiii Tributos! Tudo bem? Espero que sim!

EU ESTOU MUITO FELIZ!!! Recebi uma recomendação fabulofantastica da linda ~Juliane Machado❤️ Muito obrigada mesmo por recomendar, fez meu dia ser mais lindo❤️

Voltando pra cá, eu sei que estou super atrasada para responder os comentários, mas prometo que vou respondê-los agora, eu realmente andei muito ocupada esses dias e não tive tempo de respondê-los, sinto muito por isso. E aproveitando aqui, eu quero agradecer por todos os comentários, por estarem acompanhando a Fanfic, por favoritarem e por recomendarem! Eu realmente estou muito feliz com o apoio e a presença de vocês por aqui.

Boa leitura! ❤️



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/712159/chapter/25

Pov Katniss...

“Eu estou em um quarto. No quarto de Rye para ser mais exata, estou com ele nos braços e canto alguma música para acalmá-lo. Fico assim por alguns minutos até que escuto alguém fungando atrás de mim, viro-me para trás e vejo Peeta no batente da porta, ele está chorando.

— O que houve, meu amor? – Pergunto assim que ele se ajoelha em minha frente.

— Nada, é que... Ah Katniss, eu sonhei tanto com um momento assim, e agora que eu sei que ele é real, é difícil aguentar a emoção. – Ele diz, eu sorrio limpando suas lagrimas e deixo um selinho em seus lábios.

— Você não faz ideia do quanto eu te amo Peeta... às vezes eu também não acredito que esse momento é real, que essa vida é real, que você é real e que está aqui comigo..., mas uma coisa eu lhe prometo: Nada nunca vai nos separar. – Dito isso eu me aproximo colando nossos lábios em um beijo calmo.”.

 

Acordo-me com os raios de sol em meu rosto, praguejo baixinho por ter deixado as cortinas abertas ontem à noite. Tento me mexer e sinto braços fortes me segurando. Espera. Braços fortes? Viro-me para o lado e dou de cara com Peeta, ela está dormindo calmamente ao meu lado. Ofego. O que ele faz aqui? Levanto o lençol e faço uma careta dolorosa, eu estou nua, e pior: Peeta está nu. Levo minhas mãos a boca em surpresa. Meu Deus do céu! O que foi que aconteceu? Peeta ressona ao meu lado, e flashes da noite anterior invadem minha mente e AI MEU DEUS! Eu não acredito! Eu... eu... DEUS! Eu fiz amor com ele. Eu... quer dizer... eu quase implorei e... Nossa Senhora alguém me ajuda! Mas, pelo menos não posso negar que foi bom. Muito bom na verdade.

— Katniss? – Peeta chama e eu me cubro mais com o lençol. Ele sorri.

— O que foi? – Pergunto. Do que ele está rindo? Dá minha cara de “Porra, perdi a virgindade sem ser mais virgem?”. Foda-se.

— Nada. É que você sempre fazia isso depois que passávamos a noite juntos. – Ele diz. — Cobria sua nudez de mim como se eu já não tivesse visto tudo isso na noite passada.

— Muito engraçado isso. – Digo dando uma risada falsa.

— Katniss... – Ele se senta revelando seu peitoral impecável, que agora possui dezenas de arranhões. Respiro fundo. — Você... digo...

— Sim Peeta. – Respondo antes que ele faça a pergunta. — Eu me lembro.

— De tudo? – Ele pergunta.

— Sim. – Olho para o chão. É claro que eu estou envergonhada. — De tudo.

— E...

— Podemos ter essa conversa enquanto tomamos café? – Pergunto. — Estou com fome.

— Claro. – Ele se levanta, completamente nu. Tento tirar meus olhos de seu corpo mas... deixa, eu sou um caso perdido quando se trata dele mesmo. — Eu vou preparar o café. — Ele veste sua cueca e calça e pega sua blusa no chão. — Eu te amo Katniss.

Dito isso ele deixa um beijo rápido em meus lábios e sai do quarto. Eu estou perdida. Se não fosse todos os vestígios de que fizemos amor a noite passada eu nunca iria acreditar, levanto-me da cama e entro no chuveiro. Deixo a água fria tirar todo esse peso do meu corpo, junto com o cheiro de Peeta que havia ficado impregnado nele. Quando saio, olho-me no espelho do quarto, eu não estou muito marcada, bom, talvez um pouco, mas em lugares estratégicos como minha cintura, seios e uma parte do meu pescoço, mesmo assim terei problemas em escolher uma roupa que tampe esse pescoço.

Pego uma calça jeans escura e uma blusa que, por incrível que pareça, possui um pedaço que tampa o pescoço. Rio de mim mesma em frente ao espelho enquanto prendo meu cabelo em um coque alto. Desço para a cozinha e vejo Peeta vestido apenas de moletom branco preparando algo na cozinha.

— O cheiro está ótimo. – Digo, ele sorri. Mas não se assusta.

— Sente-se, já terminei. – Ele desliga o fogão e coloca a omelete no prato.

Sento-me e antes de fazer qualquer coisa ele já me serviu.

— Está querendo me mimar? – Pergunto.

— Na verdade, eu fazia isso todos os dias antes do acidente. – Ele diz. Encaro seus olhos azuis, talvez eu tenha me casado com o melhor homem do mundo. Desço meus olhos por seu peitoral másculo. Melhor e mais lindo.

Peeta se senta em minha frente e começamos a comer, até que em certo momento ele pigarreia e é nesse exato momento que eu sei que ele vai falar da noite anterior.

— Então Katniss... – Sua feição muda, se ele estava relaxado e sorridente, agora está sério e até meio receoso.

— Antes que diga qualquer coisa... – Lhe interrompo. — Quero que saiba que, eu me lembro de tudo sobre a noite passada e eu não sei se devia te dizer isso. Mas, eu realmente não me arrependo.

— Verdade? – Ele parece surpreso agora.

— Sim, estamos tentando fazer isso dar certo, talvez tenha sido um passo muito importante e nós não tenhamos pensado direito sobre isso, mas... aconteceu. – Encaro seus olhos. — E eu estaria sendo muito hipócrita se dissesse que não gostei e se dissesse também que me arrependo do que fizemos. – Continuo. — Então não Peeta... sem arrependimentos.

— Não sabe como é bom ouvir isso. – Ele sorri finalmente. — Eu estava mesmo pensando que você fosse me odiar e pedir o divórcio.

Sorrio, mas em minha mente o que eu penso é “Pedir o divórcio ao homem que proporcionou a melhor noite da minha vida e mesmo não tendo experiência, os melhores orgasmos que alguém pode ter? Não, não mesmo”. Acabo ficando tensa ao pensar nisso. Estou ficando muito obscena.

— Não vou te pedir o divórcio. – Digo e sorrio para descontrair. Mas minha mente vaga novamente e quando dou por mim, estou pensando qual vai ser a próxima vez em que eu estarei nua de novo em seus braços, sentidos todas aquelas sensações tão novas, mas tão conhecidas por mim. Balanço a cabeça em negação e volto a tomar meu café da manhã.

Apesar de tudo, sei que não vai demorar muito até essa situação se repetir. Tudo isso agora será apenas uma questão de tempo... ou oportunidade.

*-*

— E então? – Digo, servindo duas xícaras com chá, minha mãe senta em minha frente na mesa e me encara. — Contatou o Dr. Aurelius?

— Eu conversei com ele, bom, segundo ele é preciso fazer alguns exames, então, você terá que ir para a Capital. – Ela diz e eu suspiro.

— Quanto tempo eu vou ter que ficar lá? – Pergunto enquanto encaro a bebida fumegante.

— Uma semana, talvez mais... depende. – Ela diz. — Mas, eu irei com você.

— Peeta pode ir comigo também? – Pergunto.

— Com certeza ele irá. – Ela responde. — Acha mesmo que ele vai deixar você ir sozinha?

— É, acho que não. – Digo. — Iremos de trem? – Pergunto.

— Não filha. – Ela suspira. — Acha mesmo que vamos correr o risco de você ir de trem? Não podemos, eu realmente estou preocupada com essa coisa toda do acidente. – Seus olhos azuis se enchem de lágrimas.

Por um momento eu paro para pensar, durante toda a minha vida, quantas vezes eu vi minha mãe demonstrar afeto dessa forma? Bom, depois da morte do meu pai, nenhuma.

— Não se preocupe tanto. – Coloco minha mão sobre seu ombro. — Estamos protegidos por enquanto.

— Sim, eu sei. – Ela diz. — Só fico feliz por você ter Peeta e ele cuidar tão bem de você.

Sorrio para ela, ah sim, Peeta cuida muito bem de mim. Apesar de estar me evitando desde a noite do meu aniversário. Pela manhã, tivemos a nossa “conversa”, mas ele ainda me parece um pouco estranho, receoso talvez. E não, não nos tocamos mais depois daquele dia, nem mesmo beijos. Eu estou puta com isso. Mas não posso culpá-lo, Peeta só deve estar confuso. Eu mesma estou, primeiro nos ignoramos, depois nos beijamos, brigamos e fazemos amor. Eu não estou entendendo mais nada dessa vida.

— Eu sei mãe. – Digo. — Sou grata por isso também. – Sorrio.

— Foi ele que te deu? – Ela aponta para a pulseira com o simbolo de Tordo em meu pulso. 

— Sim. – Respondo. — De aniversário. 

— É linda. – Ela sorri.

— É mesmo. – Digo. — Bom, vou para casa, Peeta já deve estar voltando da padaria.

— Rye está com ele? – Ela pergunta.

— Sim, ele está. – Digo. — Tchau. – Dou um beijo em seu rosto.

— Tchau e cuide-se. – Ela fala e eu aceno já saindo da casa.

Assim que entro em casa estranho o silêncio, já era para Peeta ter chegado e ele e Rye não são nem um pouquinho silenciosos, subo para o quarto e assim que abro a porta sorrio: Peeta está deitado de lado sem camisa e Rye está com a cabecinha em seu braço, ambos estão dormindo tranquilamente. Aproximo-me cuidadosamente, essa de longe é a cena mais linda que eu já vi. Peeta remexe na cama e eu vejo que sua mão direita está enfaixada. Logo seus olhos azuis estão encarando os meus.

— Demorei muito? – Pergunto baixinho.

— Não muito, mas estávamos muito cansados. – Ele responde com a voz rouca de sono.

— Precisamos conversar. – Digo e ele me encara sério.

— Aconteceu alguma coisa? – Ele pergunta.

— Conversamos lá em baixo. – Digo, ele assente e pega Rye em seus braços levando o menino para o berço enquanto eu desço as escadas rumo a sala.

Pouco depois ele desce, ainda sem camisa, seus cabelos estão muito bagunçados e ainda assim ele os bagunça mais enquanto se senta em minha frente na mesa de centro.

— O que houve? – Ele pergunta encarando meus olhos. Por um milésimo de segundo, fico hipnotizada pelo azul intenso.

— Vamos ter que ir para a Capital. – Digo.

— Fazer o que lá? – Ele se inclina um pouco na minha direção, tonificando os músculos de seus braços e ombros.

— Hmm, eu tenho que fazer alguns exames com o Dr. Aurelius. – Digo.

— Você está se sentindo mal? – Ele pergunta analisando meu rosto.

— Não, é de rotina, ele tinha me falado que depois de um tempo eu teria que fazer mais exames, faz parte do tratamento. – Bom, ao menos eu não estou mentindo, não completamente.

— Ah sim. – Sua postura fica ereta de novo. — Quando vamos?

— Amanhã mesmo eles vão mandar um aerodeslizador buscar a gente. – Digo, ele passa a língua sobre os lábios, ele sempre faz isso, acho que é uma mania, muito tentadora a proposito.

— Tudo bem. Eu só tenho que ir na padaria avisar aos funcionários que ficarei uns dias fora. – Ele se inclina de novo.

— Sim. – Digo e ele sorri de lado.

— Aconteceu alguma coisa? – Ele pergunta.

— Não... – Digo engolindo em seco.

— Você está estranha. – Ele fala.

— Estou tentando entender o que houve com sua mão. – Minto, jamais irei admitir que ele me deixa assim, desinquieta.

— Ah sim. – Ele encara a mão. — Eu queimei hoje.

— Você se queimou? – Pergunto incrédula.

— Sim, eu me descuidei. – Ele diz sem graça. — Não sei.

— Deixe-me ver. – Estendo minhas mãos para pegar a dele e assim que tiro a faixa quase levo um susto. Está horrível, muito queimado e infeccionado.

— Tá feio né? – Ele pergunta.

— Horrível. – Torço o nariz e ele ri.

— Tudo bem, já está bom. – Ele tenta retirar a mão, mas eu seguro seu pulso.

— Nada disso, temos que cuidar disso direito, já está infeccionando. – Levanto e vou até o escritório onde tem um kit de primeiros socorros. Volto para a sala e sento-me em sua frente de novo.

— Vai mesmo fazer isso? – Ele pergunta.

— Vou. – Respondo tirando as compressas de gaze e os remédios de dentro da bolsinha.

— Isso vai doer. – Ele afirma.

— Parece mais uma criancinha do que um homem de 20 anos. – Reviro os olhos.

— Só deixo você mexer aqui se eu ganhar um prêmio depois... – Ele diz e não tem malicia em sua voz.

— O que você quer Peeta? – Pergunto. — Eu já estou te ajudando, não está em posição de exigir nada. – Sorrio.

— Mas exijo mesmo assim. – Ele diz. — Temos um trato?

— Deixa eu cuidar logo disso. – Tento pegar sua mão mas ele tira. — Peeta...

— Temos ou não?

— Temos, nós temos. – Digo pegando sua mão.

Começo a limpar o ferimento e vejo seu rosto se contorcer em dor, logo já estou enfaixando sua mão.

— Prontinho. – Digo finalizando tudo e juntando o restando dos matérias dentro da bolsa.

— E meu prêmio? – Ele pergunta sorrindo.

— Uma mão limpa de bactérias e um ferimento cuidado. – Respondo.

— Você me enganou Katniss? – Ele pergunta indignado.

— Não. – Me aproximo para deixar um beijo em sua bochecha, mas ele vira o rosto propositalmente e nossos lábios se encontram. Afasto-me assustada pelo gesto rápido e inesperado.

— Quando vai assumir que está apaixonada por mim? – Ele pergunta, nossos rostos ainda estão bem perto.

— Metido. – Afasto-me mais dele que apenas sorri.

— Vou preparar a janta. – Ele se levanta.

— Eu te ajudo. – Digo indo atrás dele para a cozinha.

— Dr. Aurelius comentou quantos dias você vai ficar lá? – Ele pergunta esticando os braços para pegar uma panela na parte de cima do armário.

— Não, na verdade não. – Respondo pegando alguns legumes. — Me passa a faca por favor?

— Bom, de toda forma não importa. – Ele me entrega a faca. — O importante é você fazer os exames. – Ele se aproxima, sinto o cheiro do seu perfume amadeirado. — Pique-os em rodelas por favor.

— Sim chef. – Brinco e ele sorri. — Minha mãe disse que vai com a gente, ela quer acompanhar tudo.

— Entendo. – Ele passa atrás de mim para pegar uma colher. — Ela não saia do hospital depois do acidente.

— E pelo o que eu soube, nem você. – Digo e sorrio.

— É, de certa forma eu também não. – Ele coloca água na panela. — Coloque os legumes aqui quando tiver picado.

— Ok. – Digo. Assim que termino de picar coloco tudo dentro da panela e vou em sua direção para pegar os temperos, porém ele vira de repente e nossos corpos colidem.

— Opa – Ele sorri e em um gesto involuntário pega em minha cintura com as mãos.

E ele está perto, sinto sua respiração calma bater em meu rosto e fecho os olhos, e eu espero o beijo, mas ele não vem. Entreabro os olhos e nossos lábios roçam, mas Peeta apenas assopra em minha boca e se afasta. Olho atônica para ele, ele fez mesmo isso? Desgraçado.

— O que foi isso? – Pergunto incrédula.

— Isso o que? – Ele responde com outra pergunta se fazendo de inocente. Fecho a cara.

— Esquece. – Digo emburrada indo mexer a panela, mas logo ouço sua risada em meu ouvido e suas mãos em minha cintura.

— Te amo! – Ele sussurra causando um arrepio em meu corpo e uma sensação gostosa toma conta de mim, de forma que eu sorrio mesmo de costas para ele, que deixa apenas um beijo em minha bochecha e volta a mexer na bancada.

Um dia eu terei que assumir que Peeta Mellark de fato, está mexendo comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oii de novo! Essa conversa deles ainda ficou meio vaga, eu acho, mas foi só pra esclarecer que a Katniss não está super arrependida e se fazendo de coitada e usada, ela sabe o que fez e não se arrepende.

Espero que tenham gostado. Muitas surpresas os aguardam nessa ida para a Capital, eu já disse que odeio esse lugar? Só acontece coisa ruim lá.

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor! ❤️