Out Of The Woods... escrita por Day Alves


Capítulo 18
Não faça mais nenhuma loucura...


Notas iniciais do capítulo

Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim.

Então pessoal, queria agradecer vocês pelo monte de comentários que vocês me mandaram no ultimo capítulo e também agradecer pela MARAVILINDA recomendação que eu ganhei. Sério mesmo, vocês querem me matar esse mês né? Eu simplesmente amei! E quero agradecer muito a ~JheniferHall, que foi a pessoa linda que me deixou sem palavras com suas palavras. Eu sei... Kkkkk.

Obrigada mesmo pelo apoio pessoal. Boa leitura! ❤️



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Uma semana depois...

Estávamos a mais de duas horas “brincando” no parque que construíram no Distrito. Não posso negar que fiquei feliz com algumas das mudanças que ocorreram aqui, apesar de tudo ser completamente diferente do que eu me lembrava, eu gosto. Gosto de ver o Distrito limpo, gosto de ver as pessoas sorrindo e gosto de ver Peeta e Rye brincando na areia do parque, gosto até de ver Rye comendo areia. Não, espera.

— Peeta, manda ele tirar isso da boca! – Grito para ele. Eu estou sentada em um lugar mais afastado enquanto os dois fazem a festa. Peeta parece uma criancinha brincando com Rye e até com outras crianças que aprecem perto dele. Seu sorriso é tão espontâneo que é quase impossível não rir junto.

— O que não mata, engorda! – Ele grita de volta e eu o fuzilo com os olhos. Mesmo a distância, ele parece notar o meu olhar já que se vira para Rye e limpa sua mão, tirando também a areia de sua boquinha.

Fico observando os dois mais alguns minutos até que sinto alguém parar do meu lado. Viro para essa pessoa e vejo que é ninguém mais ninguém menos que Delly Cartwringht.

— Delly! – Cumprimento como se fossemos amigas de longa data.

— Como vai Everdeen? – Ela pergunta com um sorriso falso.

— É Mellark. – Digo sorrindo. — Vou muito bem, e você?

— Ótima. Como está sendo esses dias de paz e tranquilidade com sua “família”?— Ela desvia seu olhar de mim, para onde Peeta e Rye brincam distraídos, sem notar sua presença.

— Maravilhosos. – Digo ainda sorrindo.

Delly agarra meu braço pegando-me desprevenida.

— É bom aproveitar bem Everdeen, logo, logo, isso vai acabar. – Ela ameaça.

— Eu pensei ter deixado claro para você: Não toque no que é meu. – Digo entredentes.

— Seu? O que você tem ali além daquele pirralho que você chama de filho?

— Não fale do meu filho. – Sinto meu rosto ficar vermelho. — Você não tem moral para falar dele. Por que você não passa de uma vadia nojenta. – Digo sentindo a raiva subir por meu estômago, fazendo-me sentir uma leve náusea.

— A vadia nojenta que vai tirar seu marido de você. – Ela diz, com um sorriso triunfante.

— Você acha mesmo que interessa Peeta dessa forma? – Pergunto. — Se toca garota, Peeta passou a vida toda ao seu lado sendo seu amigo e nunca, nunca sentiu nada além de amizade por você, o grande amor da vida dele sempre foi eu. Então, não fale como se você pudesse mudar isso, para mim, você não passa de uma qualquer que vai despertar somente sentimentos de pena em Peeta. – Assim que termino de falar sinto meu rosto arder pelo tapa que ganho de Delly. Passo a mão esquerda sobre a bochecha sentindo a pele quente, sorrio. — Obrigada Delly. Você acabou de me dar a brecha para fazer aquilo que eu ando desejando a dias. – Sorrio mais largo. — Te dar uma surra.

Dito isso eu vou para cima dela fazendo nossos corpos irem para o chão com o impacto, sem dar chance para ela se mover, sento-me sobre sua barriga e começo a dar tapas em seu rosto e puxões em seus cabelos loiros. Ela não deixa por baixo, tenta acertar meu rosto e quando vê que não vai alcançar começa a arranhar meus braços. Tiro um bolo de cabelo com meus dedos e dou um ultimo tapa em seu rosto antes de sentir os braços de alguém me tirar de cima dela.

— Me solta! – Rosno para quem me segura, porém logo sinto o cheiro do perfume amadeirado de Peeta.

— Fica calma... – Peeta diz perto do meu ouvido, mas eu continuo me debatendo. Vejo Delly se levantar do chão com dificuldade. Sorrio internamente.

— ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! – Ela grita.

— NÃO MESMO, DA PRÓXIMA VEZ, EU ACABO COM A SUA RAÇA, VADIA! – Esbravejo tentando sair do aperto dos braços de Peeta ao redor do meu corpo.

— VOCÊ ACABOU DE DECLARAR GUERRA EVERDEEN! – Ela grita ainda se afastando.

— NOSSA GUERRA JÁ ESTÁ DECLARADA HÁ MESES! – Grito de volta. Ela não responde, ótimo, amo ter a palavra final.

— Pronto? Acabou? – Peeta pergunta parecendo estar irritado.

— Eu não sei, pergunta para sua “amiga”. – Digo saindo de seus braços e pegando Rye que estava nos braços de uma garota. Só então reparei no aglomerado de pessoas ao meu redor. — QUE É? NUNCA ME VIRAM NÃO? VÃO CUIDAR DE SUAS VIDAS, POVO FOFOQUEIRO. É por isso que Panem não vai para a frente. – Digo, pego minha bolsa e entro dentro do carro esperando Peeta fazer o mesmo.

Passamos o caminho todo em silencio, a não ser pelas lamurias de Rye na cadeirinha no banco de trás, os suspiros pesados de Peeta e os meus bufos. Eu ainda sinto a raiva andar em minhas veias. Aquela vadia loira não perde por esperar. Assim que chegamos em frente a nossa casa, vejo Haymitch parado segurando a mão da pequena Lily que também que começou a dar seus passinhos.

— O que houve? Estava sentindo uma áurea negra de vocês antes de chegarem nos portões da Villa. – Haymitch pergunta.

— Pergunta para sua docinho. – Peeta murmura entrando em casa, vou atrás e Haymitch vem em meu alcanço, agora, com Lily nos braços.

— Perguntar para mim? Por que eu estou sentindo irritação na sua voz? – Pergunto quando já estamos na cozinha, Peeta enche um copo de água e começa a beberica-lo.

— Talvez seja por causa do seu showzinho no parque, estávamos ali para nos divertir com nosso filho Katniss! – Ele esbraveja e eu me retraio.

— Meu showzinho? Ah sim, eu sempre sou a culpada certo? Acontece que eu não pedi para sua amiga vir me encher o saco! – Digo batendo as mãos sobre a mesa.

— Já passou da hora de você e Delly pararem com isso! – Ele diz.

— Eu me pergunto se era assim quando ainda éramos um casal. Você sempre ficava do lado da sua “amiga”? Por fim, eu acho que entendo por que eu fui embora quando estava gravida de Rye! – Digo e ele me encara. — Que tipo de mulher aguenta seu homem ficar contra ela para defender uma qualquer?

— Delly cometeu seus erros, mas está arrependida. – Ele olha para mim. — Não tem moral para falar assim dela, Delly está sendo para mim algo que você se nega a ser!

— Aquela que esquenta a sua cama? – Exaspero.

— JÁ CHEGA KATNISS! – Ele grita. Peeta gritou. Eu nunca ouvi ele gritar. Ele está nervoso, por que eu bati em Delly. Ele gosta dela. Realmente, não era só coisa da minha cabeça. Mas então, por que ele está comigo? Ah sim! “... bondade, altruísmo...”. Ele está comigo por pena! Sinto meu peito se contrair e meu coração bater dolorido com isso, essa é a sensação de perder algo que você jurava ser seu?

Sinto meus olhos lacrimejarem. Droga! O que há de errado comigo? Melhor ainda se ele não me quiser, assim eu peço logo o divórcio e nós acabamos com essa farsa toda. Mas, as coisas já não estão tão simples assim. Mas, o que mudou? Sinto-me sufocada, preciso sair daqui. Vejo ele suspirar profundamente e virar-se de costas, olho ao redor. Haymitch não está mais aqui, nem Rye, ele deve ter levado meu filho com ele, prevendo que ia sair briga daqui. Que droga! Tudo está dando errado! Viro de costas indo em direção a sala e saio pela porta da frente, indo em direção ao único lugar nesse mundo que pode fazer meu coração se tranquilizar, e talvez... eu ache as respostas que eu procuro lá.

Pov Peeta.

Sinto as lágrimas saírem de meus olhos e molharem minhas bochechas. Eu fui longe demais! As coisas estavam indo tão bem, depois do dia em que Rye começou a andar, a casa ficou tão mais alegre, Katniss estava mais presente, sempre brincando com a gente, mas nada dura para sempre. Delly tinha que aparecer com suas implicâncias! Só depois que eu escuto a porta da frente bater com força, sinalizando que Katniss havia saído por ela é que a ficha cai. Eu gritei com ela. Gritei com Katniss, maltratei ela com minhas palavras. Não é isso, eu estou fazendo as coisas erradas. Eu devia estar do lado dela, não reclamando, eu sei como Delly consegue ser implicante. Saio pela porta da frente e olho ao redor, ela não está aqui. Vejo Haymitch sair de sua casa com Rye andando ao seu lado. Assim que o menino me vê, vem andando o mais rápido que consegue com suas perninhas gordinhas e ainda meio tremulas.

— Mama? – Ele pergunta por Katniss e eu olho para Haymitch.

— Sua mamãe saiu, ela deve voltar logo. – Digo para o menino que fecha a cara com um bico. Tão parecido com Katniss quando está com raiva.

— Para onde ela foi? – Haymitch pergunta.

— Não sei, para a floresta talvez. – Digo passando a mão pelos cabelos.

— Qualquer coisa me chame. – Ele diz.

— Obrigado.

Haymitch sai e eu entro em casa com Rye nos braços, ele continua chamando a mãe pelas horas seguintes, até que quando o sol finalmente se põe eu começo a ficar nervoso. Ela nunca fica até o sol se por. Saio de casa com uma bolsa de coisas para Rye nas mãos e vou até a casa de Haymitch. Bato na porta e ele logo vem me atender.

— Katniss ainda não voltou para casa. – Digo, já entrando em direção a sala e vejo Johanna sentada no sofá com Hunter nos braços.

— O que houve? A desmiolada colocou você e meu afilhado para fora de casa? – Ela pergunta colocando Hunter sentado no sofá e pegando Rye nos braços.

— Não, na verdade discutimos, ela saiu e até agora não voltou. – Digo sentindo minha voz falhar.

— Onde você acha que ela pode estar? – Effie pergunta com a voz aflita.

— Estou apostando minhas fichas na floresta. É o único lugar que ela gosta de ir quando quer ficar sozinha. – Digo.

— E no que você está pensando em fazer? – Haymitch pergunta.

— Se não fosse muito incomodo, queria deixar Rye com vocês, eu irei atrás da Katniss e quando encontrá-la eu volto. – Digo e todos me encaram atentos.

— Não sei não Peeta, você não pode ir atrás dela sozinha. – Diz Effie.

— Não posso esperar Effie. Gale está na Capital resolvendo coisas do Exército, nem sabemos se ele volta essa semana, Haymitch não pode deixar vocês aqui sozinhas para ir comigo. Eu preciso ir atrás dela. Vocês sabem. – Digo.

— Não tem ninguém que pode ir com você? – Johanna pergunta.

— Não precisa, eu levo um facão ou algo do tipo, conheço um pouco a floresta pelas vezes que fui até lá com Katniss. Sei onde ela gosta de ir. Não vou me perder. – Asseguro.

— Vamos pensar nisso direito. Façamos assim: Você fica em casa, se ela não voltar, amanhã bem cedo arrumamos algumas pessoas para irem conosco atrás dela. – Haymitch propõe.

— Tudo bem. – Digo cansado, sei que não vou conseguir dobrar ele. Johanna me encara e sorri para mim. — Eu já vou. Amanhã nos vemos. – Digo, pegando Rye nos braços de Johanna e caminhando para a porta.

— Ei garoto!? – Haymitch chama. — Não faça mais nenhuma loucura. – Ele fala e me encara serio.

— Não vou. – Encaro seus olhos e ele assente.

Entro em casa e coloco Rye no berço indo tomar um banho, penso em como deixei as coisas saírem do meu alcance. Como deixei Katniss sair de casa do jeito que ela estava nervosa? Por que eu briguei com ela? Devia ter ignorado aquilo. Depois de limpo e vestido, desço para a cozinha, reviro as coisas, mas não sinto fome, estou preocupado. Encaro o relógio várias vezes e só quando ele marca 23:00 é que eu assimilo o obvio: Ela não virá para casa e alguma coisa aconteceu. Ouço barulho na sala e logo a figura de Johanna com Hunter nos braços aparece em minha frente.

— Vai logo, eu fico com o moleque. – Ela diz erguendo os olhos para a escada.

— Do que você está falando? – Pergunto.

— Nem vem com essa, padeiro. Nós dois sabemos que você está se roendo para ir atrás do nosso tordo. Vai, eu fico com Rye e te cubro amanhã. – Ela diz.

— Serio mesmo? – Pergunto olhando para ela.

— Parece que eu estou brincando? – Ela pergunta e sorri. — Vai logo antes que eu meta o pé na sua bunda.

— Eu já disse que te amo? – Digo sorrindo para ela.

— Sem essa de melação. – Ela reclama. — Está me devendo uma.

Subo as escadas entrando no quarto e pegando uma mochila, nela eu coloco uma muda de roupa para mim, uma para Katniss, um saco de dormir, afinal, nunca se sabe, fósforos, garrafas térmicas e uma blusa de frio. Apesar de estarmos na primavera a noite cai uma pequena garoa e pode fazer frio. Passo no quarto de Rye e vejo que ele ainda dorme tranquilamente, dou um beijo em sua cabeça.

— Papai vai trazer a mamãe de volta. – Sussurro para ele. — Eu prometo.

Desço para a cozinha novamente onde eu pego algumas frutas apenas para comer no caminho, encho as garrafas de água e pego uma faca, apago as luzes pegando uma lanterna, vou para a sala onde Johanna está sentada no sofá com Hunter brincando com algo em sua blusa.

— Sinto muito que você tenha que ter acordado Hunter para me ajudar nessa. – Digo olhando para meu afilhado que sorri para mim.

— Você não conhece meu filho padeiro. Esse aqui adora uma treta. – Ela sorri orgulhosa. Dou um beijo na cabeça de Hunter.

— Obrigado mesmo Joh. – Digo e ela sorri.

— Vai logo desmiolado.

Saio pela porta da frente de casa e olho para a casa de Haymitch, lembro de sua última frase antes de eu sair de sua casa e sorrio.

O que Haymitch ainda não sabe, é que por amor, fazemos sim, algumas loucuras.


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Notas finais do capítulo

Oii de novo! Então, a Delly apanhou? Sim, talvez não tenha sido o suficiente mas, eu realmente não sei escrever sobre brigas kkkk.

Espero que vocês não queiram me bater por causa desse "sumiço" da Kat. Estou apenas colocando em pratica a ideia de uma leitora muito linda que me deu umas ideias sobre o que eu poderia fazer na Fanfic. Espero que vocês gostem.

Não deixem de comentar e se estiverem gostando FAVORITEM!

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor! ❤️