Minha terra tem palmeiras... escrita por Tyke


Capítulo 7
Os primeiros passos.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Demorei um pouco para postar porque esse daqui me deu um pouco de trabalho. Fiquei um pouco insegura se vão gostar...
Espero não te decepcionar GVasc :)



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Danilo estava menor do que se lembrava de ser...muito menor! De uma maneira que ele não era a anos. A coluna não era tão firme e os pezinhos ainda não eram capazes de carregar o corpo.

Duas mãos amorosas o ergueram do berço e depois dois grandes braços o envolveram. Ele sentiu um coração, maior que o seu, bater contra o seu peito... Mamãe! Os olhos escuros dela, brilhavam ao olhar para ele e um beijo estalado cheio de sentimentos chocou contra as bochechas grandes de Danilo.

Tudo se embaça. O menino perde a noção ou se esquece do que está acontecendo no meio termo confuso daquele mundo e quando se dá conta está caminhando por ruas de pedras entre a mãe e o pai. Cada adulto segura uma mão da criança e esta se sente a criatura mais amada e feliz do mundo...

Raios de luz interromperam as lembranças-sonhos de Danilo. Ele abriu os olhos um pouco confuso. Sentiu o corpo um pouco dolorido por ter dormido em uma superfície inclinada. A nuvens que envolvia o zepelim havia dissipado, como previu Lucas, e a grande janela a sua frente revelava uma paisagem linda; Eles sobrevoavam um imenso tapete verde que era cortado ora ou outra por grandes rios.

Danilo olhou o horizonte e avistou mais de vinte zés!... Caramba, quantos alunos!... O mais próximo era azul e podia se ler na lateral uma sigla "MG".O menino não se lembrava se o zé que estava também tinha sigla...

— Olha! Aquele é laranja! — Uma garota na fileira de bancos esquerdos exclamou alto, chamando a atenção de Danilo.

Laranja?! O menino deu as costas a sua janela para olhar a da extremidade oposta... Muito longe, não dava para vê. Ele se inclinou mais, quase subindo em cima de Lucas que dormia tranquilamente no banco.

— Eita! O que...? — O menino olhos de mel despertou assustado — Oua! Sai de cima de mim!

— Desculpe — Danilo se afastou rápido e sentando de volta no banco — É que uma menina do lado de lá, falou que viu um dirigível laranja...

— Ah sim. Os zés laranja e amarelo são dos castelhanos — Lucas coçou os olhos, bocejou e espreguiçou o corpo na poltrona.

— Caste o quê?

— Os alunos dos outros países. Os hispânicos. Das outras Vertentes da União. Los hermanos. Entendeu?

Pausa para pensar... Danilo paralisou por alguns segundos... Que egocentrismo! Mas é claro! A escola é para toda a América Latina e esta não feita só de Brasil. Até aquele momento ele não tinha parado para pensar naquilo.

— Oh! — Os olhos brilharam pelo entendimento — Que legal!

— Ah é, muito legal... — Lucas soou sarcástico pegando seu livro e o abrindo — Acha que porque as línguas são parecidas dá pra entende-los, né? Espera só.

Na verdade Danilo não sabia que as línguas eram parecidas, nunca tinha parado para pensar... na verdade nunca tinha ouvido espanhol na vida... ele achava pelo menos... Pensando na situação, uma duvida lhe o ocorreu. Como não tinha mais ninguém além de Lucas, ele perguntou:

— Em que língua são as aulas?

— Ãh? — Lucas bocejou novamente, encarou Danilo, piscou algumas vezes e pareceu entender o que havia por trás da pergunta — Ah, ta! Na nossa e as deles na deles. Não misturam a gente com os hermanos.

— Entendi... então não falamos com eles? — Danilo perguntou um pouco inserto se recordando vagamente da rixa entre grifinórios e soncerinos.

— Uai! Pode falar... se você conseguir, é claro — Lucas riu e a graça parecia ser pessoal. Depois ele voltou a atenção para o livro.

Danilo, percebendo que o garoto não queria mais ser incomodado, observou os outros alunos passageiros. Eles conversavam alto e a maioria parecia estar próximos à sua idade. Em seguida, ele colou o rosto no vidro voltando a observar o tapete verde feito de floresta e também os outros zés no horizonte... Em qual deles o Lipe deve estar?

Meia hora mais ou menos se passou e...Finalmente!!!... o dirigível começou a descer. Infelizmente não dava para ver o castelo pela janela lateral e as da frente já estavam abarrotadas de alunos curiosos que as cobriam como uma cortina. Danilo poderia se enfiar no meio deles, mas escolheu aguardar.

O dirigível se enfiou no meio do tapete verde de árvores, pousando em uma extensa plataforma de madeira junto com alguns zés. Quando o bruxo adulto da prancheta surgiu e abriu a porta para o desembarque, uma tsunami de crianças correram para fora... Nesse momento Lucas soltou o suspiro mais profundo de todos e reprovou com o chacoalhar de cabeça os alunos.

— Desesperados...

Lucas permaneceu sentado no banco até quase todos descerem. E Danilo, que não estava afim de ser pisoteado, também. Após alguns minutos, ambos os garotos digiram-se para o lado de fora. E... af! Tudo que dava para ver do castelo através das copas altas das árvores era um topo dourado.

Todavia, Danilo conseguiu ver um zé laranja bem de longe que começava a descer na pista de pouso... Tantos dirigíveis. Tantas crianças e alunos com roupas bruxas, com roupas trouxas... Por alguns segundos ele ficou perdido sem saber o que deveria fazer a seguir.

— Lucas! — Ele chamou olhando em volta e encontrou o garoto pegando a bagagem com o bruxo adulto.

Danilo correu até ele. O homem assim que o avistou abaixou no compartimento e puxou o malão com o enorme D.H pintado no topo.

— Obrigado! — Danilo agradeceu e o bruxo maneou a cabeça gritando "Próximo".

O menino observou em volta e viu que a mesma ação "entrega malas" ocorria nos demais zés...E as duvidas começaram surgir: Por que em alguns zés está escrito Primeiro e Segundo Ciclo e são metade verde, metade azul?... Quantos dirigíveis tem? Ele olhava pela extensa plataforma, eram muitos... E para onde tenho que ir??? Observou alguns alunos pequenos e grandes seguirem por uma passagem... E esse calor abafado?! Mal dá pra respirar. É enlouquecedor!

Dane-se! Danilo foi até Lucas e fez todas as perguntas de uma vez.

— Eita! Calma, amigo. Lá dentro é enfeitiçado para ser fresquinho,calma — O menino ria dele — Bom vamos ver... Primeira pergunta: Alguns estados tem poucos bruxos, então dois zés são desnecessários. Segunda pergunta: Ano passado foi minha primeira vez aqui, então perguntei a uma amiga. Ela disse que tem aproximadamente uns 36 zés, só da V.B, dos castelhanos ela não sabia. Terceira: Você tem que esperar aqui, perto daquela árvore que logo um Auxiliar vem chamar os alunos do...

— Primeiro- ano, por aqui! — Um garoto que não deveria ter mais de dezesseis anos, de repente gritou entre o mutirão de alunos — Primeiro-ano, aqui!

— Que conveniente, não? — Lucas agarrou o mochila de pano que era sua bagagem — Boa sorte! Nós vemos no almoço de boas-vindas.

Danilo observou o garoto afastar em direção a passagem de madeira por onde ia os demais alunos. Respirou fundo e arrastando o malão, ele próprio seguiu seu caminho até o Auxiliar. O menino se juntou a um grupo que já havia se formado e aguardavam a chegada dos demais.

— Primeiro- ano! — O Auxiliar gritou uma última vez.

Ninguém mais veio e apenas aquele grupo ainda estava na plataforma. Então os zepelins verdes e azuis começaram a decolar e dar espaço para os laranjas e amarelos pousarem.

— Venham comigo — O adolescente chamou e começou a guiar os primeiro-anistas por uma passagem de madeira entre as árvores, diferente da que os outros seguiram.

Danilo, quando já estavam bem longe, olhou para atrás e observou os primeiros alunos dos outros países desembarcarem. Voltou a atenção para o caminho que faziam, a passagem aparecia uma estreita ponte feita de tabuas e tinha uma corda como corrimão, as árvores que rodeavam eram muito altas, o ar muito úmido e sufocante, os animais escondidos emitiam todo tipo sons e... que é aquilo? Danilo viu uma criatura pequena de pelos vermelhos e corpo quase humanoide gangorrear em uma árvores. Várias outras apareceram e elas apenas observavam atentas as crianças.

— Caiporas — Um menino sussurrou para Danilo ao notar que ele as observavam — São de torar um aço, não acha?

— O que? — Danilo não pode evitar rir da expressão e olhou para o garoto.

Eram da mesma altura. O menino tinha os olhos miúdos, o cabelo enrolado, a cabeça meio chata e grande de mais para o corpo magro. Também usava vestes de bruxos, carregava uma mala bordada de aparência nova e ele se portava de modo elegante apesar de caminhar um pouco desajeitado.

— Danilo — Se apresentou sem dizer o sobrenome e dessa vez não estendeu a mão para cumprimentar.

— Sebastião Xerófilas... sim é, os barões, mas não quero ser tratado como um cabra de duas cabeça, então me chama de Tião e vamos ser amigos — Ele falou na defensiva e como se tivesse ensaiado aquela fala. No fim sorriu mostrando todos os dentes.

Sim, Danilo olhou para ele como se fosse uma cabra de duas cabeças... Sorria e seja simpático. Ele tentou, mas por alguns instantes sentiu vontade de afastar do garoto

Chegaram. A passagem terminava dando acesso a uma enorme clareira e no centro dela estava, o que o garoto tanto aguardava... O castelo!... E espera! Isso não é bem um castelo. Danilo havia imaginado algo bem próximo dos castelos europeus, mas não era nada daquilo.

Ele entortou a cabeça para o lado observando a construção; Gigantesco, era o lugar mais grande que já tinha visto na visa. Completamente feito de blocos de pedras encaixados e cinzas, mas que pareciam brilhar magicamente dourados. E trepadeiras cresciam envolta da base de forma harmoniosa...Definitivamente, era tudo que ele não esperava.

Um enorme lago esverdeado praticamente cercava a escola e nele havia... plantas?... redondas flutuavam sobre ele. Uma ponte, das mesmas pedras do castelo, cruzava o rio dando acesso ao lugar.

O auxiliar começou a guiar os alunos pela ponte... Não, não, não dá para andar nisso! Danilo observou como a "ponte" era rente à água do lago e apesar de larga não tinha corrimões... Porém, não existia outra opção a não ser ficar para trás. Então ele respirou fundo e foi.

O menino pisava com cautela pela ponte sentindo medo de alguma forma cair na água. Repentinamente uma enorme sombra passou por baixo da ponte assustando várias crianças. Danilo se segurou para também não gritar.

— Se acalmem — O Auxiliar falou para eles.

Mais gritos se ouviram quando uma cabeça peluda enorme emergiu da água. As orelhas no topo, um focinho comprido e dentes tortos a mostra. A criatura estava ao lado do Auxiliar e observava serena os alunos novos.

— Esse é o Dilúvio — O guia apresentou apontando a cabeça — Ele ajuda na proteção da escola. Não se preocupem, é inofensivo e não lhes farão mal... Apenas tomem cuidado com o cuspe que é meio nojento.

O bicho soltou um protesto gutural e voltou a afundar a cabeça na água. Felipe estava certo, apenas tio Rangel deveria amar aquela coisa... Voltaram a caminhar e em poucos instantes chegaram em frente à grande porta de pedra do castelo. Estava aberta e Danilo observou escrituras em forma de símbolos entalhadas nas pedras, estavam em todo lugar.

Uma bruxa de cabelos louros, rosto envelhecido e de vestes longas aguardava os alunos no saguão de entrada. Atrás dela havia um quadro enfeitiçado enorme, nele dois bruxos do final da Renascença soltavam risinhos contidos.

— Deixem as bagagens naquele canto — O jovem Auxiliar falou, apontou e cumprimentou com intimidade a mulher loura.

Em pouco tempo todas as malas e mochilas foram jogadas no canto e as crianças se juntaram em grupo na frente da mulher.

— Bom dia, novatos! Meu nome é Branchela Del Rio, eu sou a Inspetora do Primeiro Ciclo. O que significa que todos os problemas que tiverem deverão ser trazidos a mim e todo problema que causarem eu quem resolverei. Muito bem, sigam-me.

A Inspetora saiu a passos largos pelo saguão. As crianças a seguiram e quando Danilo passou perto do grande quadro ele escutou as figuras dizendo entre os risinhos:

— Olha aquela! Parece uma suricato — E o outro riu.

Mira ese! — Um deles falou apontando para Tião — La cabeza parece una sandía que se metió un mondadiente.¹

O outro homem no quadro rio, Sebastião fechou a cara para eles e Danilo, como muitos, não fazia ideia do que foi dito. Em baixo do quadro havia uma plaquinha escrito:

 

Fundadores

Abel Emelio Francisco Berenzón De La Herran

João Couto Avelar Marçal de Feitosa

1592

 

Mesmo após estarem bem longe do quadro podia-se ouvir os dois homens rindo e debochando. As criança foram guiadas até uma sala com cadeiras alinhadas. A mulher os ordenou sentar e parou na frente aguardando com a cara severa. Quando todas estavam acomodas ela começou:

— Sejam todos bem vindos! É com muito carinho que a recebemos todos vocês — "pela cara não parece ter tanto carinho assim" pensou Danilo — Antes de seguirem para o Refeitório onde lhes aguarda o café da manhã, eu gostaria de deixar claro algumas regras.

"É proibido ultrapassarem os limites da escola sem permissão. Nenhum garoto pode entrar no dormitório feminino e vice-versa. Não será tolerado desrespeito aos professores, aos funcionários, às criaturas mágicas e à natureza a nossa volta. Não podem faltar às aulas sem motivo. Não podem brigar, azarar, ofender, enfeitiçar e muito menos amaldiçoar os colegas. Não podem brincar nas aulas ou corredores. Não podem..."

— Ora, Branchela! Mas que exagero.

Todas as crianças se assustaram e olharam na direção da voz. Ela vinha de um quadro, onde havia uma senhora de pele escura e longos cabelos trançados. Uma placa  dourada revelava o nome: Diretora Benedita Dourado

A Inspetora Del Rio suspirou cansada e voltou-se aos alunos, retomando.

— Não podem sair dos dormitórios após o toque de recolher, a menos que queiram enfrentar a Pisadeira. E se desrespeitarem qualquer regra estão expulsos. Agora Guilherme irá orientá-los  até o Refeitório.

As crianças levantaram das cadeiras e começaram a seguir o Auxiliar Guilherme. Quando Danilo passou ao lado do quadro da antiga diretora, ela disse: "Nem é tudo isso. Se divirtam, crianças.Brinquem bastante!"

Do lado de fora da sala, Danilo observou a Inspetora ir em direção ao saguão novamente, onde um novo grupo de alunos chegavam... Devem ser los hermanos, quer dizer... os alunos hispânicos.

Guilherme guiou todos por escadas e mais escadas... escadas intermináveis. E quando Danilo achou que não aquentaria mais subir degraus eles chegaram a um salão muito grande, repleto de mesinhas redondas de seis lugares. Não foi necessário palavras para todos, com o estomago roncando, entenderem que deveriam sentar.

Danilo sentou na mesa mais próxima e Sebastião o seguiu sorrindo para ele. Mais um garoto e duas garotas sentaram com eles. Em seguida a comida começou a surgir... Como em Hogwarts! Danilo pensou referenciando... E logo todos estavam comendo e conversando animados.

— Meu nome é Bruno — Disse um dos garotos para Sebastião — Ouvi dizer que você é um Xerófilas.

— É...pois é — Ele respondeu desconfortável.

— Que incrível! — Uma das garotas disse — Meu nome é Letícia Cutia. Meu pai trabalha no Palácio da Vertente como secretário do Representante...

Danilo ignorou a conversa no momento que os alunos dos outros países entraram no salão e ,também conversando animados, foram sentando nas mesas. Um deles fez algo que Danilo definitivamente não esperava... sentou-se na mesa ao lado dele!...Tudo bem, aparentemente não haviam mais lugares vazios... E ele, o garoto deslocado, sem dizer nada começou a comer um pedaço de manga.

— ... ele está ajudando. E o que seu pai acha do uso da magia nativa? — Letícia perguntou a Sebastião após ter falado sem parar.

— E-eu... não sei — O rosto do menino começou a ficar vermelho, então ele se virou para o garoto hispânico — Oi, você! Qual seu nome?

— Pablo Viñas — Ele pensou um pouco na pergunta... compreendeu e então respondeu com a boca cheia de manga.

— Oxe! — Os olhos de Sebastião brilharam — ¿Cómo te va?

¡Bien! ¿Hablas español? — O garoto parecia muito feliz por ser entendido.

Sí ¿ Dónde vienes?

Colombia.

Danilo olhou admirado para Sebastião... Lucas tinha razão. A língua era parecida, mas ao mesmo tempo não era. O menino adorou ouvi-la, não era sibilante como a sua... aquela parecia falada com a língua presa nos dentes e enrolada no céu da boca.

Ele adoraria continuar ouvindo o diálogo entre os garotos, o qual nada compreendia, mas a Inspetora Branchela apareceu na porta acompanhada por um homem e chamou os alunos. Agora eles tirariam as medidas para os uniformes, seriam apresentados aos dormitórios, participariam do almoço de Boas-Vindas com todos os alunos do Primeiro Ciclo e depois fariam um tour pela escola.

Danilo saltou da cadeira feliz e animado. Tinham um longo dia pela frente.

 


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Notas finais do capítulo

Traduções:
¹Olha esse! A cabeça parece uma melancia fincada num palito de dente


Oi de novo.
Espero que tenham gostado e obrigada por lerem.
*Meu espanhol é mais ou menos, então perdoem algum erro.
*Tinha muito para acontecer nesse dia, por isso vou continuar no próximo cap, pra não ficar tão longo.
*Eu sei que minha descrição é bem simples, mas é o meu jeito. Não consigo escrever longas e detalhistas descrições como Tolkien :)
* Muita coisa na história irei inventar com base no nosso folclore e costumes.

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