Filha de Apolo escrita por Ivy Hale


Capítulo 16
Uma luta em familia


Notas iniciais do capítulo

Geia sas i̱mítheous!! Como estão vocês, hum? cá está o novo capitulo, E pessoas que estão chegando agora porque viram a fic no blog livros online, sejam bem vindos!!! Espero que vocês acompanhem as aventuras dos nossos semideuses até o fim. Acho que alguns de vocês sabem que eu ja postei essa fanfic antes, mas depois exclui, só que dessa vez eu já acabei de escrever a história então podem apostar que não vou excluí-la novamente. Acompanhem a fic pra serem avisados no email e no perfil sempre que um novo capitulo for postado, vamos ao cap?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/710949/chapter/16

Chegamos no aeroporto em alguns minutos, Poppy e eu fomos ao banheiro tentar ficar um pouco mais apresentáveis pois estávamos novamente sujas e machucadas. Havia um grande espelho no banheiro em cujo pude perceber as pequenas cicatrizes que ganhei nesses últimos dias. Limpamos nossos rostos. Fiz uma trança lateral no meu cabelo enquanto Poppy ajeitou seu rabo de cavalo, que estava um tanto emaranhado.

O vôo saiu às 11 da manhã. Sentei ao lado de Anthony que não parecia feliz em estar naquele avião.

— Não precisa ter medo - falei. - Acontecem menos acidentes em aviões que em outros transportes.

— Aposto que essa porcentagem muda quando relacionada a semideuses.

— Obrigado, agora eu também tô com medo - respondi.

— Desculpa, eu... - disse Anthony pegando minha mão. Senti sua pele fria.

— Tudo bem. Acho que Zeus também quer que a gente consiga, ou pelo menos ele devia...

Uma turbulência me interrompeu. Segurei mais forte a mão de Anthony enquanto o avião ficava novamente estável.

— É melhor não falarmos nada sobre ele, você sabe, pra evitar irrita-lo...

— É, tem razão.

...

Estava novamente mexendo na minha mochila, com sono novamente - viajar é um tédio!  Então encontrei no bolço menor da frente um envelope amarelo, um pouco amassado agora. Ainda não havia lido a carta de mamãe, achei que fosse a hora.

Claire, sinto muito não ter te contado nada disso antes. Imagino que você ficou magoada por isso, mas espero que você entenda que o fiz pro seu bem. Você já deve saber de toda a história por Melanie então não vou escrever sobre isso. Espero apenas que você me perdoe.

Imagino que você esteja gostando do acampamento, pelo menos tem uma amiga aí com você. Passei muitos anos aí e devo dizer que achava... - como é que vocês dizem hoje? - Irado! Sou uma semideusa filha do deus Hefesto, mas acho que você também já sabe disso.

Estou escrevendo essa carta principalmente porque soube que Apolo lhe deu uma missão. Entendo que você queira fazer isso, provar seu valor, ajudar seu pai. Mas Cuide-se. E se você não estiver segura com relação a isso saiba que eu acredito em você. Seja qual for a sua escolha, estou do seu lado. Você vai conseguir.

Minha filha, eu te amo.

B.A.

Uma lagrima escorreu do meu rosto ao ler o fim da carta. Pude perceber com quanta saudade estava de mamãe, tinha tantas coisas na minha cabeça esses dias que nem tive tempo pra lembrar da saudade. Mas estávamos quase no fim. "Vamos conseguir.", pensei "Mamãe acredita em mim. Apolo acredita em mim. Se eu acredito...? preciso."

Não demorou muito e o avião pousou no aeroporto regional de Sudbury. Estava nevando muito então vestimos novamente os casacos que ganhamos das caçadoras. Poppy olhou novamente a bússola e nos guiou pela cidade. Os prédios e as casas da cidade eram, na maioria, marrons e vermelhos da cor de tijolos e Haviam varias árvores na cidade, mas estavam todas cobertas de neve. Poppy parou em frente a um edifício antigo na 150 Bloor St, a rua estava deserta. As paredes do edifício eram feitas de uma pedra escura e fosca.

— Porque Hécate trouxe o carro pra esse fim de mundo? - perguntou Anthony, ele estreitou os olhos para alguma coisa em frente ao edifício. - O que tá escrito ali?

Havia uma placa pequena velha pendurada, meio torta, ao lado do portal de entrada.

— Não sei - respondeu Poppy. Meus deuses, como eu agradeço por não ter dislexia!

— É um templo - falei. - Está escrito "Casa da Magia, Aberto a visitação". Por quê alguém quereria visitar esse lugar? - perguntei, Poppy me olhou feio.

— É um templo da minha mãe...

— Ah, desculpa, eu... - "Porque eu não tenho um filtro entre o que eu penso e o que eu falo?", pensei.

— Tudo bem. - respondeu ela. - Como ia dizendo, Casa da magia é como chamamos os templos de Hécate, esse aqui tá mesmo muito mal. - Pensei que Hécate tinha mesmo motivos pra se revoltar, mas dessa vez eu não disse em voz alta. Poppy continuou - Acho que está abandonado.

Achei mesmo que estava pois, quando fui abrir a porta que estava trancada, a fechadura quebrou sem querer. Olhei pra Poppy pedindo desculpa, ela fez um gesto mandando continuar.

Empurrei a porta revelando o interior do templo, não estava tão ruim como a fachada, na verdade estava em perfeitas condições, e era até bonito. As paredes eram feitas da mesma pedra escura e fosca e o  chão de mármore negro, mas haviam colunas e algumas estátuas muito bem feitas. Pensei que a bússola nos levaria até o lugar do meu sonho, onde vi Hécate, Éris, Géras e a deusa no trono. Mais estava óbvio que não era o mesmo lugar.

Andamos pelo templo procurando qualquer coisa suspeita. Parei em frente a uma estátua de uma Hécate jovem com uma vestido esvoaçante, tinha o rosto redondo, maçãs do rosto protuberantes e uma sorriso reservado.

— Ela é assim mesmo? - perguntei a Poppy. Ela veio até mim e observou a estátua.

— Não muito. - respondeu ela encarando a estátua.

— Não conversamos sobre isso, mas... Você deve estar muito mal em fazer algo contra sua mãe não é? - ela continuou observando a estátua.

— Bem, o que importa é fazer o certo.

— Gente, Olha só! - falou Anthony.

Fomos ver o que era. Anthony achou uma porta atrás do altar do templo. Atrás da porta havia uma escada que descia pra um porão, um lugar no subsolo. Começamos a descer as escadas devagar tentando não fazer barulho.

Vozes vinham lá de baixo.

— Se você não colaborar eles vão te machucar, Tyson - alguém falou, era uma voz masculina.

Minha boca se abriu em um "O" perfeito, Poppy a fechou antes que eu gritasse. O Tyson estava lá!? Depois que me acalmei perguntei:

— Você conhece o outro cara? - Poppy assentiu.

— Acho que é o James Davies - ela respondeu um pouco cabisbaixa, era um de seus irmãos.

Continuamos a ouvir a conversa.

— Porque você tá fazendo o que a deusa do mal quer? - perguntou Tyson.

— Você não entenderia, cara - O garoto continuou. - Parecia uma boa no começo.

— Você não é mal como os outros - disse Tyson.

Quando chegamos na base da escada nos escondemos atrás de um balcão perto do portal. Pude ver o garoto na outra extremidade da sala. Ele tinha cabelos escuros, assim como Poppy, e usava uma camisa com alguns símbolos desenhados, eu lembrava de tê-lo visto no acampamento, na mesa de Hécate. Graças aos deuses ele estava de costas! Tyson estava acorrentado a uma cadeira.

— Vamos atacar - sussurrou Poppy atrás de mim, porém ela mesma não estava contente com a ideia.

Saímos de trás do balcão e logo Poppy apontou sua espada pro garoto.

— Roxinha?! - ele disse surpreso.

— Não faça barulho - avisou Poppy.

Eu e Anthony corremos pra soltar Tyson. Ele tinha uns dois metros e pouquinho, o que é pouco pra um ciclope mas é grande pra mim. Ele era grandão e desajeitado mas tinha uma expressão meiga e inocente.

— Não machuquem ele. James é meu amigo.

— Desculpa - James disse a Poppy. - Eu... eu não sabia o que estava fazendo. Pensei que fosse melhorar as coisas...

— Você tá dizendo que... - falei.

— Não vou lutar contra vocês. - ele completou.

Poppy o olhou com uma sobrancelha arqueada, interrogativa.

— É sério! - continuou ele. - Eu quero ajudar vocês. Eu... Estava errado.

Poppy pensou um pouco mas enfim disse abaixando a espada:

— Tudo bem, mas se você estiver mentindo... - ela passou o dedo no pescoço como quem diz "Você será um homem morto".

James nos contou que o carro estava na ultima porta após o segundo corredor - Aparentemente aquele lugar era bem grande. - Mas que havia alguma coisa guardando o carro, um monstro que nem ele sabia qual era. Também haviam alguns monstros nas outras salas e Emma Jokins e Josh Mcurdy, os outros dois irmãos de Poppy, também estavam ali.

— Hécate também está aqui - disse Poppy. - Se a bússola nos trouxe aqui é porque ela está aqui.

— Só se ela estiver na sala junto com o carro. - disse James. - Mas não a vi, não nos deixam entrar lá...

Nesse momento ouvimos um barulho vindo do corredor, não deu tempo de se esconder nem pensar. Emma, Josh e dois gigantes Lestrigões - que são gigantes canibais, só pra saberem - apareceram do nada.

— James, O que está fazendo?! - Emma falou com a voz pálida.

Ao mesmo tempo um dos gigantes disse animado:

— Almoço!

— Ataquem! - Emma Gritou e correu com a espada embainhada em direção a James. - James, você é um traidor! - ela gritou.

— Tanto quanto vocês - Poppy respondeu por ele.

A luta foi assim: Poppy e James lutaram com Emma, que era muito boa com aquela espada, ela lutava com vontade enquanto que Poppy e James não queriam realmente machuca-la. Tyson Lutava com um Lestrigão e Anthony com o outro, que era um pouco menor. Eu lutei com Josh.

A principio Josh parecia pensar de que lado ficaria, mas então correu e me atacou. Eu já estava ficando muito boa com aquela adaga - aprendi da pior forma. Josh golpeava com sua espada e eu me concentrei em me esquivar, não queria machuca-lo. Ele também parecia não querer me machucar.

Quando pude ver um pouco do que acontecia ao redor percebi que o Lestrigão que estava lutando com Tyson já era, e agora ele estava ajudando Anthony com o outro que logo se desintegrou também. Poppy estava sangrando muito no braço direito e James tentava enfrentar Emma sozinho agora.

— Porque está fazendo isso? - perguntei pra Josh que continuava lutando comigo, mas ele não estava se esforçando muito.

— Não temos mais escolha - respondeu ele ofegante.

— Claro que tem...

— Não, você sabe quem ela é, não sabe? - disse ele. - Ela vai tomar o Olimpo. Quem não estiver do seu lado vai morrer!

— Claro que não, nós vamos conseguir - falei. - Chegamos até aqui.

— Isso não significa nada - disse ele.

Pensei no que ele quis dizer mas antes que chegasse a uma conclusão uma luz brilhou no meio da sala e a deusa Hécate com seu vestido roxo se materializou - literalmente - lá.

— Parem! - ela gritou. - Parem!

Todos paramos e encaramos a deusa.

— Josh, Emma, Venham comigo!

— Mas.. - Emma tentou contestar.

— Venham! Não posso deixar meus filhos se matarem de novo... - disse ela nos encarando.

Emma e Josh foram em direção a deusa ficando ao seu lado.

Então a deusa Hécate, Emma e Josh desapareceram em meio a uma fumaça roxa.

Algumas lágrimas escorreram pelo rosto de Poppy e James a abraçou.

Dei meu último pedaço de ambrosia a ela e seu braço melhorou rapidamente. Então caminhamos pelo corredor em direção a última porta. Agora éramos cinco. Estávamos quase no fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Só pra saberem, essa coisa de "Não posso deixar meus filhos se matarem de novo" é uma alusão a um conto de livro extra do rick riordan , os diários dos semideuses, que foi escrito pelo filho dele, que conta a história de dois filhos dela que tentam se matar. O que acharam do capitulo? Deixem comentarios com a opinião de vocês, bjs!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Filha de Apolo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.