Filha de Apolo escrita por Ivy Hale


Capítulo 11
Ecaaaaaa!


Notas iniciais do capítulo

Geia sas i̱mítheous! (segundo o google tradutor isso é olá semideuses em Grego) Aqui estou com mais um capitulo, leiam e nos encontramos nas notas finais.



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Adormeci logo vencida pela fadiga, mas não passou de um cochilo, acordei mais ou menos duas horas depois de ter ido dormir, estava meio inquieta. Poppy dormia como uma vítima da Medusa, ou seja, como uma pedra, na outra cama, mas o saco de dormir onde Anthony deveria estar estava vazio. Ele estava em pé perto janela, talvez não conseguisse dormir mas eu acho que ele estava pensando, era a hora de perguntar o que estava acontecendo, se ele estava escondendo alguma coisa da gente. Levantei-me e caminhei até Anthony. Eu pretendia chegar por trás dele e assustá-lo só de brincadeira, mas acabei tropeçando no tapete causando um barulho que me denunciou, ele olhou pra trás.

— Não vai dormir? - perguntei.

— Ahn... Não consigo - disse ele.

— Aconteceu alguma coisa? Você está estranho Anthony. Seu pai disse alguma coisa que não quer nos contar?

Anthony não respondeu, continuou olhando além da janela aberta. Eu fui até ele e peguei sua mão.

— Seja lá o que for nós podemos te ajudar - disse eu insistente.

— Não é nada demais Claire, é só que, meu pai...

— O que ele disse? Pode me contar - eu fiquei entre ele e a janela e disse olhando nos olhos dele, ele deve ter me achado uma chata de tanto que eu insisti.

— É só que... Ele disse que eu tenho que ser forte, disse que vai me provar... que eu tenho que provar que mereço a benção de Ares e que eu vou precisar dela na missão - disse ele meio cabisbaixo.

— Como assim te provar? - perguntei.

— Eu tenho que matar um drakon, sozinho.

— Mais um drakon é quase indestrutível! E além do mais onde vamos encontrar um?

— Ares disse que há um drakon de Lídia na White Montain National Forest, Nova Hampshire - disse Anthony.

— Então ele te deu todas as coordenadas e você não nos contou?

— Me desculpa? - disse ele.

— Tudo bem, mas como você vai achar? É uma floresta enorme! - respondi.

— Eu sei - falou Anthony - por isso não contei. Você não acha que podemos ignorar isso, acha?

— Não se você vai precisar da benção de Ares...

— Mas só temos três dias, isso não vai nos atrasar?

— Nisso a gente dá um jeito, mas o maior problema é como você vai fazer isso, ele quer que nós deixemos você enfrentar um drakon sozinho e fique assistindo? E se você se machucar, e se der tudo errado?

— Vocês vão ter que confiar em mim.

— Você acha que consegue? - perguntei.

— Eu também tenho que confiar em mim, nos meus instintos de semideus, sou filho de Ares, mesmo que não pareça muito - disse Anthony, perdendo a confiança na última sentença. - Não mataram nenhum drakon naqueles seus livros?

— Sim, mas não lembro direito, talvez Poppy possa ajudar, falaremos com ela amanhã.

— Você acha que ela vai concordar com isso?

— Claro, ela convive com essa história de semideus a mais tempo que a gente, se realmente temos que fazer isso, ela vai entender.

— Obrigada, Claire - disse Anthony, ele pôs uma mão no meu rosto e olhou bem nos meus olhos. - Eu sabia que podia contar com você - disse ele.

Anthony estava novamente me fitando, senti minha face queimar, não tinha certeza se estava ruborizando ou se estava pegando fogo mesmo, li que quando o Leo ficava nervoso ou empolgado suas sobrancelhas chamuscavam. Ele chegou mais perto com aqueles lindos olhos preto-acinzentados, parecia que ele ia me beijar, mas quando estávamos bem pertinho... (BOOM!) Ouvimos um barulho vindo do banheiro, parecia que tinha alguém lá dentro.

Pensei que Poppy tivesse acordado, mas ela continuava em seu sono profundo enrolada no edredom. Anthony me olhou com um ar que dizia "lá vem problema!", percebi alguma coisa molhada nos meus pés, quando olhei vi que o chão estava todo molhado, a água vinha... Do banheiro? ECA!

— Será que tem algum problema no encanamento? - perguntei esperançosa.

Anthony foi até lá e abriu a porta vermelha envernizada, pelo portal vimos que a privada estava derramando água e um líquido preto começou a borbulhar lá dentro. O líquido preto, que parecia piche, subia pela privada borbulhando como se estivesse fervendo. O líquido começou a se locomover e, quando estava perto da porta, dividiu-se em três poças borbulhantes que se transformaram em três cobras pretas e esverdeadas. A cobra do meio se inclinou pra frente, antes que ela fizesse o que eu imaginei que faria (cuspir fogo na gente, pois percebi que eram basiliscos) eu corri e tranquei a porta, que felizmente podia ser trancada tanto por dentro quanto por fora.

— Você sabia que tinha um monstro cobra que saia das privadas? - perguntou ele.

— São basiliscos!

— Basiliscos que moram no encanamento? A gente entrou num filme do Harry Potter por engano? - disse Anthony, achei engraçado.

As cobras tentavam arrombar a porta enquanto Anthony correu pra acordar Poppy.

— Acorda Poppy, temos problemas - ele dizia e enquanto a sacudia pelos ombros. - Acorda!

— Me deixa dormir, garoto! - dizia Poppy ainda de olhos fechados se enfiando ainda mais entre os lençóis.

—É melhor você fazer isso - disse Anthony pra mim.

Pensei em acorda-la jogando um copo de água nela ou fazendo cocegas, mas não fiz, apesar de saber que ela faria se fosse o contrário. Puxei os lençóis de Poppy deixando-a descoberta e expliquei toda a situação em um grito. Talvez todos os outros hóspedes tivessem acordado também, mas foi um risco a se correr.

— Porque não disseram logo? Eu teria levantado mais rápido! - disse ela levantando e pegando as mochilas, não podíamos deixa-las. Pensamos em correr, mas antes que pudéssemos os basiliscos botaram a porta fumegante do banheiro abaixo. Pegamos nossas armas.

— Essas coisas saíram da privada você disse? - perguntou Poppy.

— É... - respondi.

—ECAAAA!!! - Gritou Poppy como se fosse um grito de guerra e atacou o primeiro basilisco, ela estava bastante desperta pra quem tinha acabado de acordar.

Anthony e eu também atacamos os basiliscos, apesar de serem muito menores que no livro do Harry Potter eles eram rápidos e esguios. Enquanto lutava ouvia Poppy gritando com a cobra coisas como "Toma essa, cara de privada!" ou "Você vai se arrepender de ter saído do esgoto de onde veio!", Poppy estava extravasando, eu quase tive pena da "cara de privada".

Os outros com suas grandes espadas conseguiam se manter longe o suficiente das cobras pra se esquivarem quando elas cuspiam fogo, mas eu, com minha adaga, estava muito perto e fui atingida por uma rajada de fogo da boca fedorenta do basilisco.

— Boa noticia pra mim, pra você nem tanto - disse - sou a prova de fogo, mas você queimou minha blusa que eu acabei de trocar, então não posso desculpar - eu sei que era inútil ficar falando com as cobras, afinal não somos ofidioglotas, mas elas tinham estragado a nossa noite tranquila.

Continuei atacando a cobra que ficava mostrando a sua enorme língua bifurcada e sibilando. Quando eu tentava acerta-la ela rapidamente rastejava pro outro lado, mas meus reflexos me ajudaram. Eu golpeei contra o basilisco e como em câmera lenta vi a cobra rastejante tentando se esquivar pro outro lado, fui mais rápida que ela e golpeei bem no meio o seu corpo magrelo cortando em dois e logo suas duas metades explodiram em dois montes de poeira amarela.

Quando voltei a atenção pros outros vi Poppy dando seu último golpe na pobre cara de privada. Anthony lutava com o último basilisco, imaginei que se ele fosse forte e corpulento como seus irmãos seria mais difícil acompanhar os movimentos da cobra, mas como era magro ele também era um tanto rápido. Poppy queria ir ajuda-lo, mas pedi que ela o deixasse fazer, acho que era o que ele queria, por fim Poppy concordou, mas um pouco emburrada.

Quando dei por mim o último basilisco também já tinha virado pó com um ataque de Anthony.

— O que fazemos agora? - perguntou Anthony ofegante.

— Não podemos mais ficar aqui - disse Poppy - Vamos embora, não tô mais com sono mesmo.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? desculpem se eu fiz muita menção a Harry Potter, mas eu estava lendo os livros do nosso querido bruxinho no tempo que escrevi a fic e não consegui resistir. Se possível, eu gostaria que as pessoas que acompanham a fanfic não publicamente mudassem pra público pra eu saber quem são, quem fizer isso será mencionado nas notas iniciais do próximo cap, ok? Gente, favoritem, acompanhem, comentem (não precisa ser um um grande texto, só umas palavrinhas me deixam feliz. Não custa nada não é? ) Quem comentar também será mencionado nas notas do próximo cap. Ah e recomendem, eu não tenho nenhuma recomendação ainda, e, eu vou dedicar um cap. ao primeiro que recomendar a fic. Amo vocês, bjs!



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