Descendentes escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Cassie visita a vovó




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P.O.V. Elijah.

Eu comecei á segui-la e a rotina dela era monótona. Ela acordava ás cinco da manhã, se arrumava ia á escola, voltava pra casa, trocava de roupa, comprava flores e ia ao cemitério.

O porteiro já a conhecia. E a deixava entrar e dava a chave na mão dela.

—Oi Cassie. (Seu João)

—Oi Seu João. (Cassie)

—Passa a chave pra mim?(Seu João)

—Claro. Como sempre.(Cassie)

—Tchau Cassie, até amanhã.(Seu João)

—Até amanhã.(Cassie)

No dia anterior compeli o porteiro a convidar-me á entrar. Segui-a e ela se sentou em frente á uma das lápides. Fiquei observando o que ela faria á seguir.

—Oi vó. Eu trouxe lírios, os seus preferidos. O vovô Charlie tá ficando pior, ele já perdeu a visão do olho esquerdo e anda de bengala. Mas, a vó Sue cuida dele. Ela tá de vento em poupa. Vovó? Porque todos me odeiam? É porque eu sou filha do meu pai?(Cassie)

Ela ficou um tempo em silêncio como se estivesse ouvindo alguma coisa.

—Porque ele é um homem mal. É um traidor, mentiroso, inescrupuloso. É um monstro.(Cassie)

E silêncio outra vez.

—Porque eu vi o que ela viu, eu sei o que ela sabe, bom quase tudo. Ela disse que esconde coisas de mim pra me proteger me mandou ficar longe de todo mundo que eles possam usar contra mim, porque eles vão usar. Aquela mulher, a minha tia Rebekah jogou o carro onde estava a prima da minha mãe  da ponte, o carro caiu dentro do rio e ela quase morreu afogada. E o que é mais chocante é que o homem que dirigia o carro era o mesmo homem que ela dizia amar. Ela o mandou para a morte só pra se vingar da prima da mamãe.(Cassie)

Ela esperou mais um pouco e disse:

—Sinto seu cheiro. Sei que passou as últimas duas semanas atrás de mim.(Cassie)

—Sente meu cheiro?(Elijah)

—Á quilômetros. O que você quer?(Cassie)

—Você é minha filha.(Elijah)

—E daí? Eu não sei se percebeu, mas eu te odeio e odeio toda a sua maldita família.(Cassie)

—Você disse: Eu vi o que ela viu. O que isso quer dizer?(Elijah)

—Que te interessa? Oh! É claro, ele busca uma fraqueza. (Cassie)

—Uma fraqueza?(Elijah)

—Por favor, para. Eu não caiu nessa de pai amoroso e se não percebeu eu estou conversando com a minha avó.(Cassie)

—Conversando com a sua avó morta?(Elijah)

—Ela era uma bruxa. Foi pro outro lado.(Cassie)

—Consegue ver as pessoas do outro lado?(Elijah)

—Consigo. Eu consigo ver tudo.(Cassie)

—Como assim consegue ver tudo?(Elijah)

—Tia Bonnie?(Cassie)

—Cassie por favor...(Elijah)

—Eu não to falando com você.(Cassie)

—Você pode me ver?(Bonnie)

—Claro que posso tia Bonnie, eu não sou cega eu tenho olhos. Ou você tá morta? Fico tão confusa, não percebo a diferença entre vivos ou mortos. Como foi que você morreu tia Bonnie?(Cassie)

—Um dos híbridos do seu tio matou a mim. Seu tio morreu primeiro tentando nos defender, eu dei cada gota de poder que eu tinha em mim para a Eva.(Bonnie)

—Ai Meu Deus! Eu sinto muito tia Bonnie. Mas, e a Eva?(Cassie)

—Ela está bem. Bom, triste e com raiva, mas bem.(Bonnie)

—E ai está. Bem diante dos meus olhos mais uma prova de que a minha mãe tava certa sobre vocês.(Cassie)

Dessa vez ela se dirigia a mim.

—O que houve?(Elijah)

—Minha mãe disse: Fique longe de qualquer um que eles possam usar contra você, porque eles vão usar e ela tava certa. Um dos híbridos do seu irmão matou o marido da minha tia, tentou matar a filha dela e teria conseguido se a tia Bonnie não tivesse dado cada gota de poder que ela tinha dentro dela pra salvar a Eva.(Cassie)

—E como estou envolvido nisso?(Elijah)

—Você foi fraco. Não teve coragem o suficiente para matá-lo e agora ele espalha o mal por onde passa e você também. Imagino como você ficaria, o que pensaria de si mesmo se pudesse se ver como eu te vejo.(Cassie)

—O que isso quer dizer?(Elijah)

—É um dos meus dons. Eu não vejo a casca das pessoas, vejo a alma delas. Por isso consigo diferenciar a minha mãe de todas as outras três, por isso sei quem é mal e quem é bom. Sei que você tem um lado bom todo mundo tem, mas o seu lado dominante é o seu lado mal.(Cassie)

—O meu lado dominante?(Elijah)

—Todos temos um lado dominante. E nós escolhemos qual deles vai ser, nossas decisões nos definem, as decisões que tomou, as escolhas que fez o trouxeram até esse lugar onde está hoje. Te transformaram no que você é hoje, você pode escolher o seu caminho e por tanto não pode culpar ninguém além de si mesmo por tudo o que fez até hoje. Com licença. Tchau vovó, eu volto amanhã.(Cassie)

Eu fiquei lá, pensando. Aquelas palavras foram as palavras mais verdadeiras que já me foram ditas por alguém em séculos.

—Ela falou com você não falou?(Renesmee)

—Qual delas é você?(Elijah)

—A mãe da sua filha. Ela é mais sábia do que você jamais será, ela é um espírito muito iluminado, um espírito muito puro. Por onde ela passa, ela ajuda as pessoas, cura elas. Percebe a gritante diferença entre nós e vocês? Podemos ser vampiros, mas não somos monstros. Não somos assassinos. Vocês Mikaelson não podem dizer o mesmo, podem?(Renesmee)

De repente, me vi sozinho num cemitério com a cabeça cheia de dúvidas e conclusões. 

Assim que coloquei meus pés em casa Niklaus estava conversando com alguém que eu não podia ver.

—Niklaus, você está bem?

—Novidade, sua namoradinha a duplicata misteriosa me transformou na âncora para o outro lado.

—Consegue descobrir o nome dela?

—Estou tentando. Porque aparentemente, ela é a única que consegue reverter esse feitiço.

—Renesmee Carlie Cullen ao seu dispor.

—Desfaça.

—Porque? Porque eu faria isso?

—Desfaça!

Niklaus avançou sob ela e agarrou seu pescoço apertando-o, mas ela não parecia incomodada.

—Eu to morta Klaus. Não preciso mais respirar.

—Eu escuto o seu coração.

—Eu sei. E ele bate, mas eu não preciso respirar.

Ela pegou no braço de Niklaus e ele começou a se contorcer.

—A eletricidade passando pelo seu corpo são quase quinze mega joules o suficiente pra matar um elefante. Mas, como eu quero você consciente vou diminuir a voltagem.

—O que você quer?

—Eu quero que você saiba a verdade sobre o que aconteceu com a Caroline. Ela morreu dando á luz aos seus bebês híbridos altamente venenosos.

—O que?

—É. Ela passou três dias agonizando e alucinando antes de morrer.

—Mentirosa!

—Duvida? Pergunta pra ela da próxima vez que a vir por ai. 

—Meu sangue é a cura pra mordida de lobisomem. Eu poderia tê-la...

—Salvo? Sério? Não salvou nem a si mesmo! Você é a doença encarnada, é um vírus que infecta todos que se aproximam demais. Todos vocês são. Por tanto acho bom vocês ficarem longe da minha filha ou farei vocês ansiarem por algo doce como a dor!

De repente sinto uma dor terrível e o meu irmão também.

—Vocês não vão querer brigar comigo. Vai por mim.

Quando ela saiu a dor foi junto com ela.

—Sentiu aquilo?

—Senti.

—O que foi aquilo?

—Eu não sei, mas com certeza ela foi a responsável.

—Como é possível?

—Parece que até mesmo vampiros podem evoluir.

P.O.V. Jane.

O meu irmão tá muito esquisito desde que voltamos da cidade onde vive o clã Cullen.

—Irmão.

—Irmã.

Fechei a porta, passei a tranca e comecei a falar:

—O que que te deu Alec?

—Eu sinto.

—O que?

—Tudo. Principalmente culpa, remorso, eu me odeio.

—Porque? Porque está tendo uma crise existencial agora depois de novecentos anos?

—Foi ela. Aqueles olhos azuis, aquele ar de inocência e pureza me afetou.

—Então faça te desafetar.

—Não dá. Não é como apertar um interruptor.

—E o que pensa em fazer a respeito?

—Mudar. Recomeçar. Pedir socorro.

—Pra quem? A gente não tem ninguém, nossa família está aqui.

—Chama isso de família? Não. Isso é escravidão, eu to cansado de ser o vilão, to cansado de ser temido eu quero ser amado.

—Mas, você é amado irmão.

—Estou dizendo que quero ser amado por ela. Quando eu olhei nos olhos dela, senti uma coisa Jane, uma coisa que não tem como explicar foi como um cego que vê a luz pela primeira vez. Eu não quero mais viver nas trevas, eu quero ver a luz.

Ele se levantou e saiu.

—Alec! Alec! Alec volte aqui! Volte aqui agora!


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