Deadly Love escrita por Tay Costa


Capítulo 1
Capítulo 1




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O container estava escuro, a única luz que entrava era por uma pequena fresta existente entre a porta e a parede metálica. Estava com os olhos fechados e tentando pensar em alguma solução, mas minha mente vagava para outros lugares e com isso não conseguia me concentrar em nada. Bufei e Maggie que estava sentada ao meu lado me olhou com curiosidade.

— Não consigo pensar em nada! - expliquei e ela assentiu.

— Vamos dar um jeito, a gente sempre da.

Não respondi, apenas concordei e voltei a fitar o pequeno pingente da minha pulseira. Foi quando tiros foram disparados e nos levantamos assustados. Abraham tentava enxergar algo entre a fresta, mas não obteve resultado. Os tiros pararam depois de alguns minutos e não demorou para a porta do container ser aberta e três pessoas passaram por ali, quando pensei que a porta seria fechada, um garoto entrou e logo a escuridão retornou.

No começo eu não consegui ver nada, mas quando meus olhos se adaptaram ao escuro, pude ver que eram dois homens e uma mulher.

— Rick?

Ouvi Glenn falando com os estranhos e percebi que eles eram do grupo da prisão, assunto que a Maggie sempre comentava comigo. Abraham, Rosita, Eugene e Tara ficaram em um canto assim como eu, já que não conhecíamos essas pessoas. 

— São nossos amigos, nos salvaram! - a Maggie respondeu a pergunta do tal Rick e percebi que falavam da gente. Logo tomamos o controle da situação e começamos a nos virar com o que tínhamos para fazer armas.

Estávamos para atacar quando soltaram uma bomba de gás dentro do container e quando nos estabilizamos, vimos que haviam levado Rick, Bob, Glenn e um tal de Daryl.

— Meu pai vai voltar e nos tirar daqui, confiem. - o garoto, que descobri que se chamava Carl, comentou com tanta convicção que foi impossível não acreditar.

Um explosão foi ouvida, Terminus estava sendo atacado e Rick realmente voltou para nos tirar dali. Fomos em direção as grades, em meio de tiros e zumbis, mas conseguimos chegar do outro lado. Olhei para trás por um momentos e vi a fumaça subindo, com certeza isso chamaria muito deles.

Rick queria voltar lá e terminar de uma vez com isso, péssima ideia, e eles começaram a discutir qual a melhor opção.

— É loucura, a explosão só convidou mais deles, o lugar esta tomado. Voltar lá é assinar nossa morte na certa. - comentei e os olhares se voltaram pra mim, mas apenas um me olhava com firmeza e acabei corando, desviando o olhar em seguida.

— Tudo bem, temos que sair daqui! - ele pegou a bolsa com armas e acabei notando uma movimentação, olhei e vi o Daryl correndo para abraçar uma mulher de cabelos curtos que carregava mais algumas armas.

Descobri que seu nome era Carol, e agora seguiamos com ela para algum lugar, foi quando Rick e Carl sairam correndo ao ver um homem com uma bebê no colo, os dois a agarraram e Sasha abraçou o homem negro.

— Judith é a filha de Rick, pensávamos que ela estava morta, e Tyresse e Sasha são irmãos. - Bob nos explicou e eu abri um pequeno sorriso.

— É um belo reencontro! - eles concordaram e seguimos em direção aquela família. Abraham estava com a missão de levar Eugene para Washington, já que o ultimo dizia que lá havia a cura, coisa que eu duvidava muito.

Depois de um tempo de caminhada, paramos para descansar e comer algo, eu estava sentada em um canto quando senti alguém se aproximando e quando olhei me surpreendi ao ver que era Rick.

— Já comeu?

— Não, deixei minha parte para as crianças, eles precisam mais do que eu.

— Todos devem estar bem alimentados, temos uma longa caminhada pela frente. - suspirei e o olhei, ele tinha os olhos azuis claros e apesar da barba grande, podia perceber o quão bonito ele é.

— Ava! - ele me olhou confuso e eu sorri, completando. - Me chamo Ava, Ava Miller.

— Rick Grimes! - assenti e ele se levantou. - Coma alguma coisa Ava, e eu não estou pedindo! - riu e eu sorri, pegando um pedaço de barra de cereal que havia ali.

Me aproximei de Carl que estava com a pequena Judith no colo e ele me olhou com curiosidade, os olhos tão claros quanto do pai.

— Acho que ainda não fomos apresentados né?

— Seu nome é Ava não é?

— E o seu é Carl? - ele assentiu e acabamos soltando um riso fraco. - Apesar das circunstâncias, é um prazer te conhecer Carl.

— Digo o mesmo Ava!

— Posso pega-la um pouco? - apontei para a bebê em seu colo e ele concordou. A pequena se acomodou em meus braços e começou a brincar com uma mecha do meu cabelo que estava solta do coque. - Que coisinha mais linda que você é.

Fiquei ali com ela enquanto o pessoal terminava de comer e quando alguns zumbis se aproximaram, pegamos nossas coisas e voltamos a caminhar. Agora quem carregava a Judith era o Rick, e eu seguia atrás com Maggie e Tara.

Estava perdida em pensamentos quando ouvimos gritos de socorro e Carl saiu correndo floresta a dentro, por extinto acabei correndo atrás dele e ouvi o restante do grupo vindo atrás.

A cena que encontramos foi cômica, um homem vestido de padre gritava em cima de uma pedra, enquanto meia duzia de zumbis tentavam alcança-lo. Eles acabaram com os zumbis rapidamente e ajudamos o padre a descer da pedra, ele estava meio verde.

— Você esta bem?

Rick não obteve reposta, já que no segundo seguinte o tal padre vomitava desesperadamente. Segurei o riso junto com Glenn, enquanto Carl oferecia algumas nozes ao homem.

— Você tem um lugar?

— Eu tenho uma igreja. - O padre estava meio resistente, mas acabou concordando em nos levar a tal igreja onde ele ficava. Ele tentou fazer algumas piadas para Rick, o que imaginei ser péssima ideia, já que não estávamos em clima para piadas.

A igreja estava segura, não sei por quanto tempo, mas por enquanto ela estava segura. Depois de revistar o lugar por inteiro, nos acomodamos no salão principal e Gabriel acabou nos entregando algumas garrafas de vinho que estavam guardadas na sacristia.

Eu estava com um copo ainda cheio na mão, não era muito fã de bebidas alcoólicas, por isso dava pequenos goles, na verdade só molhava os lábios e fazia careta.

— Não gosta? - olhei para Maggie e neguei.

— Nenhum um pouco. - fiz careta e acabamos rindo.

— O que fazia antes de tudo acabar?

— Estudava, estava no ultimo semestre da faculdade de publicidade. - dei mais um pequeno gole na bebida e fitei a Judy, que dormia abraçada ao irmão.

— Eu morava em uma fazenda, ajudava meu pai com tudo, eu e a minha irmã, Beth. Você iria gostar dela.

— Tenho certeza que sim. - apertei sua mão e ela sorriu, ficamos conversando mais um pouco até o cansaço bater e eu nem percebi quando adormeci, mas senti um par de olhos azuis me fitando intensamente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do primeiro capítulo??

Deixem suas opiniões do que querem que aconteçam ou o que posso melhorar.

Um beijo!