Despedaçado, bato em uma parede. Agora eu preciso de um milagre. Apresse-se agora. Eu preciso de um milagre. Parado. Alcançando. Eu chamo seu nome, mas você não está por perto.

Bonnie POV.

Estávamos na mansão Salvatore armando um plano para acabar de vez com Klaus no baile hoje a noite. Eu estava mais distraída com meus próprios pensamentos. Era ou não o mesmo Klaus que aparece em meus sonhos?

— Vamos para o baile e acabamos com ele. – Damon falou como se fosse simples.

— Como fazemos isso se não sabemos a aparência dele? – Sfetan perguntou.

— Ele não vai ser um adolescente de dezesseis anos. – Retrucou.

Suspirei sabendo que isso iria demorar e me sentei no sofá, já que Alaric ainda não havia aparecido para nossa mini reunião. Stefan e Damon continuaram a discutir até que Ric bateu na porta logo entrando, eles continuaram a montar um plano, qual eu não prestava atenção.

Eu precisa saber se era o Klaus dos meus sonhos e se eu estava ligada com ele. Se estiver, por que? De qualquer forma eu teria que proteger a Elena, minha amiga.

— Bonnie? – Damon chamou estalando os dedos, fazendo com que eu o encarasse irritada. – Plano de ataque...

— Eu. – Afirmei o cortando. – Ele não sabe o quanto de poder eu posso canalizar, mas... Eu não sei, podemos confiar em Rose? Klaus é mesmo um inimigo?

— Claro que sim, por mais que eu não confie até o Elijah falou sobre isso. – Damon respondeu. – O cara jogou os irmãos no oceano.

— É só que... Deixa para lá. – Suspirei.

— Bonnie quer contar alguma coisa? – Elena perguntou se aproximando.

— Foi só um pressentimento, eu não o conheço... Deixa quieto. – Suspirei dando de ombros e então reparei que Alaric me encarava. – Se ele for atacar, vamos impedi-lo. Se encontrarem ele, eu o mato.

— Não vai ser tão fácil assim. – Alaric discordou depois de uma risada. – Quero dizer ele é o maior e o pior vampiro que existe.

— É o Ric tem razão e se ele... – Damon parou no meio da frase.

Correu na minha direção, pela segunda vez no dia e como antes eu levantei a mão o jogando longe, antes que se aproximasse de mim. Dessa vez o joguei mais longe ainda, fazendo com que caísse me cima de uma mesa.

Todos me encararam e esperamos Damon levantar fazendo uma careta.

— Estou impressionado. – Stefan falou tirando sarro do irmão.

— Não importa que ele seja um original. – Respondi dando alguns passos para frente. – Posso derrubar quem ficar no meu caminho. Posso matar ele, Elena. Sei que posso.

Elena sorriu para mim concordando, em parte por estar feliz que logo isso acabará e todos nós possamos ser adolescentes normais, na medida do possível. Conversamos por mais um tempo e quando eu vi que já estava ficando tarde resolvi ir embora, já que agora Elena morava ali, não precisaria de carona.

Cheguei em casa e mais uma vez suspirei ao lembrar que estava sozinha, já estava quase na hora do baile e fiquei feliz por ter comprado um vestido outro dia com Caroline.

Tomei um banho demorado e comecei me arrumar, vestido, salto, cabelo, maquiagem. Tudo pronto, passei um perfume que minha avó tinha me dado e fiquei assistindo Tv até dar a hora. Antes que eu me atrasasse sai de casa com meu carro, já que encontraria Jeremy na escola, ele seria meu par. Antes de entrar na rua podia ouvir a musica de discoteca e quando estacionei o carro pude ver a decoração do lado de fora. Se lá dentro estiver mais que isso, Caroline se superou.

— Jeremy! – O chamei saindo do carro. – Gostei da roupa.

— E eu gostei da sua. Está Sexy. – Falou me fazendo rir o puxei para entrarmos, mas ele parou me segurando. – Espera. Toma, quero que fique com isso.

Ele tirou o anel magico, que o protegia da morte, do seu dedo me fazendo sorrir, Jeremy era tão fofo.

— Se está me pedindo em namoro firme, acho que era assim nos anos cinquenta. – Falei rindo.

— É sério, Bonnie. – Estendeu o anel.

— Não vai funcionar em mim. – Respondi.

— Mas foi feito por uma bruxa.

— Para proteger do sobrenatural, não quem é dele. – Falei dando de ombros, eu não estava preocupada se iria morrer, eu tinha outros planos.

— Preciso fazer alguma coisa, não posso deixar que se mate. – Falou ainda estendendo o anel.

— Só porque bruxas mortas me deram um aviso, não significa que eu vou morrer Jeremy – Respondi impaciente.

— Está me dizendo que tem cinquenta por cento de chance de sobreviver? – Perguntou. – Olha Bonnie, me desculpe, mas você sabe que não tenho sorte com namoradas.

O abracei mesmo estando incomodada por ele falar nas ex-namoradas dele, que morreram. Por cima do seu ombro vi Damon levantando a sobrancelha enquanto me encarava, logo se aproximando de nós.

— Damon. – Cumprimentei, esperando que ele não tivesse ouvido a minha conversa com Jeremy.

— Boa noite.

Ele entrou e Elena e Stefan se aproximaram de nós sem terem visto nada, sorri para eles.

— Oi gente. Bonnie você está linda! – Exclamou Elena me abraçando.

— Você também. – Respondi retribuindo seu abraço.

— Estão todos prontos? – Stefan perguntou e nós assentimos e entramos no salão.

Meu Deus, Caroline com certeza se superou, estava tudo magnifico. Cenas dos anos sessenta apareciam nas paredes em preto e branco, um grande globo de luz girava no teto, bexigas e vários enfeites em todos os lugares e muitas pessoas dançando. Por um segundo fiquei sem ar, como eu queria aproveitar tudo isso.

Até aquelas vans antigas pintadas com desenhos e símbolos em tinta neon tinha, tocava musicas agitadas, sorri e fui beber alguma coisa. Depois de alguns minutos começou uma musica lenta e eu puxei Jeremy para a pista.

Quando passei os braços por seu pescoço me senti sendo observada de novo, mas não localizei quem me encarava.

— Obrigada a todo por virem. – A mesma menina que havia nos dado o recado de Klaus falava no microfone. Todos aplaudiram. – Temos uma mensagem muito especial está noite, essa é para você Bonnie do Klaus.

Olhei para Elena que me encarava confusa juntamente com Stefan, logo eles se aproximaram.

— Porque a musica foi para mim? – Perguntei confusa.

— Klaus está nos observando, talvez tenha visto que você é uma bruxa e poderosa. – Stefan falou, mas acho que não era por isso. – Não se preocupe estaremos próximos, qualquer coisa.

A musica que Klaus escolheu começou o tocar e todos voltaram a dançar com seus pares lentamente, enquanto ficávamos parados ali, procurando por alguém. Pelo menos ele tinha bom gosto para musica. Damon falou alguma coisa sobre ele querer apenas nos assustar, mesmo eu não tendo certeza disso.

— É uma festa gente circulem. – Damon mandou.

— Boa ideia. – Falei voltando a puxar Jeremy para dançar.

Deitei minha cabeça no ombro do Jeremy assim que me senti observada de novo, eu estava ansiosa para ver quem era esse Klaus, quero entender porque venho sonhando com ele desde a morte de minha vó, talvez que ao quebrar selo da tumba desencadeei alguma cosa, só precisava saber o que era. Continuei dançando com Jeremy até Damon nos interromper.

— Posso? – Perguntou fazendo Jeremy me olhar.

— Tudo bem. – Jeremy saiu e Damon estendeu as mãos, fazendo eu pega-las. – Você ouviu minha conversa com o Jeremy, não foi?

— É verdade?

— Sim. – Respondi, ele girou fazendo eu ficar de costas para ele.

— A parte de ter só cinquenta por cento de chande de sobreviver. É verdade? – Sussurrou no meu ouvido.

— Ele ficou chateado, não quis que se preocupasse. – Respondi suspirando.

— Então você arriscaria tudo para salvar a Elena, não importa o preço? – Perguntou confuso, me girando novamente.

— Não importa o preço. – Afirmei.

— Ótimo.

— Não conta para ela. – Pedi.

— Seu segredo está seguro comigo. Mas e quanto Klaus estar ameaçando você e não Elena?

Suspirei olhando em volta novamente, ninguém que não seria alunos ou professores da escola, talvez ele nem estivesse aqui. Ou talvez eu esteja procurando demais por um loiro de olhos azuis esverdeados.

— Cuidado Damon, posso começar a pensar que você se preocupa de verdade. – Zombei, mesmo tendo dado um pequeno sorriso.

— Não queremos isso. – Arregalou os olhos fingindo estar assustado me fazendo rir.

Uma musica agitada começou a tocar e eu logo sai da pista enquanto Damon dançava com umas três garotas parecendo se divertir de verdade. Me encontrei em uma mesa e dei risada vendo Damon rebolar.

— Preciso falar com você. – Elena apareceu do meu lado, fazendo eu a encara-la e logo olhar para Damon buscando ajuda.

Eu e Damon não eramos amigos, bem longe disso, mas nós tínhamos um propósito. Salvar Elena, não importa o preço. Damon me encarou, enquanto Stefan andava em sua direção e Elena me puxava para longe.

Saímos da escola e começamos a andar pelo estacionamento.

— Por que você não me contou? – Elena perguntou parando na minha frente.

— Porque eu sabia que você reagiria assim. – Respondi dando de ombros.

— Não é uma opção Bonnie. – Falou.

— É nossa única opção Elena. – Rebati.

— Então vamos ter que achar outro jeito, entendeu? – Perguntou me encarando. Desviei o olhar, não tinha como mudar meus planos com Damon agora, essa era a única opção. – Bonnie você não vai morrer para me salvar.

— Eu tenho poder para salvar você, se alguma coisa acontece e eu não intervir, isso me mataria. – Respondi, Elena não poderia morrer, ela era minha melhor amiga desde que me entendo por gente.

— Não vou permitir. – Negou balançando a cabeça.

— Só me responde uma coisa. Se a situação fosse inversa... Você faria por mim? – Perguntei a deixando calada, ela faria, mas não queria que os outros a sua volta se machucassem. – Então sabe porque eu tenho que fazer.

— Não. Não! – Exclamou segurando as lagrimas.

Antes que eu pudesse responder, Ric apareceu chamando por nós.

— Klaus pegou o Jeremy. – Falou respirando fundo.

— O que? – Perguntamos juntas.

— Ele pegou o Jeremy, vamos. – Indagou se virando e indo em direção a parte vazia da escola enquanto eu e Elena o seguíamos.

Continuamos a seguir ele que virava os corredores rapidamente, mas comecei a ir mais devagar quando sentir meu corpo formigar.

— Para onde está nos levando? – Perguntei já parando de andar e segurando o braço da Elena.

— Só mais um pouquinho. – Respondeu levantando o dedo.

— Tem alguma coisa errada. – Elena falou.

— Onde está o Jeremy? – Perguntei já sabendo a resposta.

Alaric começou a rir e então se virou, nos encarando. Então eu entendi porque meu corpo estava formigando desde manhã na aula dele e o porque ele estar tão estranho.

Aquele não era o Alaric, aquele era Klaus.

— Eu tinha que afastar vocês duas do baile. Anos sessenta? – Perguntou com sarcasmo. – Não foram minha década favorita. De quem foi essa ideia? Eu prefiro os anos vinte.

— Ric? Ta usando verbena? – Elena perguntou confusa.

— Por que a pergunta? – Perguntou se aproximando de nós duas.

Fiquei na frente de Elena a empurrando um pouco para trás.

— Ele está hipnotizado. – Elena sussurrou para mim, mas não era isso.

— Não, tente de novo. – Falou dando mais um passo para frente me fazendo colocar um braço na frente da Elena e estender o outro, pronta para ataca-lo. – Vou dar uma dica. Eu não sou o Alaric.

— Klaus. – Afirmei.

— Surpresa? – Perguntou para mim.

Empurrei mais uma vez Elena para trás e mandei ela correr. A morena me olhou exitando, mas eu apenas afirmei que estava tudo bem.

— Calma Elena, eu não vim machucar você. – Deu de ombros. – Eu vim ter uma conversa com minha querida Bonnie.

Ele deu mais um passo para frente o que fez com que eu jogasse ele longe, atingindo os armários da escola. Ele se levantou de novo dando uma risada e voltou a me encarar, Ric ou Klaus voltou a se aproximar e por mais que eu quisesse conversar com ele, não podia deixar Elena em perigo.

Senti-me ficando mais cansada, por usar tando poder não estando preparada, mas mesmo assim o joguei mais longe fazendo com que ele atingisse a parede de vidro onde fica os troféus.

— É assim que trata um velho amigo? – Perguntou se levantando, me fazendo exitar. – Você me conhece, lembra Bon Bon?

— Bonnie você conhece ele? – Elena perguntou assustada, mas não respondi.

Sai correndo para longe dali, puxando Elena junto comigo, fechei as portas atrás de mim e olhei para frente vendo Damon aparecer.

— O que houve? – Damon perguntou.

— Klaus está no corpo de Ric. – Elena respondeu rapidamente.

— Como se estivesse possuído. – Continuei.

— Vai atrás do Stefan, agora. – Ele falou para Elena que olhou para mim e depois saiu correndo.

Esperamos Elena sair do local para que Damon se aproximasse de mim. Meu corpo estava um pouco cansado e o formigamento tinha aumentado, como se me repreendesse por atacar Klaus.

— Pode mata-lo? – Damon perguntou.

— Ele tem um feitiço de proteção. – Respondi. – E parece que ele me conhece, se referiu a nós como velhos amigos.

— Você tem o poder de cem bruxas. Quebre o feitiço. – Me interrompeu. – Como você conhece ele?

— Eu não sei, não lembro dele. – Respondi. – Se eu matar o Ric, ele vai possuir outra pessoa. Ele sabe que tenho meu poder Damon e quer conversar comigo.

— Não. Klaus não vai ganhar hoje. – Afirmou Damon. – Ainda está disposta a fazer qualquer coisa para matá-lo? – Balancei a cabeça incerta, enquanto Damon montava um plano.

Damon terminou de contar o plano e saiu me deixando sozinha. Suspirei tentando ignorar os sonhos que vinham em minha mente e segui de volta para onde tinha deixando Klaus, mas o lugar estava vazio. Segui o corredor vendo uma porta aberta.

Klaus estava sentado em uma mesa, provavelmente me esperando.

— Agora quer conversar? – Perguntou me olhando.

Me aproximei de vagar e quando ele fez menção de levantar eu dei um passo para trás, fazendo com que ele voltasse para a cadeira.

— Vamos tentar fazer isso do jeito fácil, Bon Bon. – Falou me encarando. – Como você está viva? Porque não voltou para mim e meu irmãos?

— Não nos conhecemos. – Respondi rudemente.

— Você é Bonnie Bennett, me conhece sim. – Respondeu se levantando.

Usei magia e quebrei sua mão fazendo com que ele caísse no chão, mas ele apenas se levantou rindo e colocando a mão de volta no lugar.

— Você não mudou nada. – Afirmou.

— Eu não te conheço! – Exclamei irritada agora quebrando uma perna sua.

Desloquei seu ombro fazendo dar alguns passos para trás, meu corpo formiga ainda mais como se vários insetos andasse por ele, um vento forte começou a passar por nós fazendo várias folhas voarem. Tentei normalizar minha respiração acelerada.

— Vamos fazer do jeito difícil então. – Falou. – Vai matar seu professor de história favorito?

— O Ric iria querer isso. – Falei fingindo ter certeza e mais uma vez o joguei longe. – E ele iria querer que você sofresse primeiro.

— Olha só para você. – Falou me encarando, só então percebi alguma coisa escorrendo do meu nariz. Passei a mão pelo rosto vendo o liquido vermelho, sangue. – Pare com isso, não pode me matar.

— Vamos descobrir. – Respondi.

Senti a magia passando por todo meu corpo e virei minha mão o fazendo cair quando escutamos os ossos da sua perna quebrando, as luzes do local explodiram pela magia forte e descontrolada. Mais sangue escorria do meu nariz e os papeis que estavam no chão voltaram a voar pelo local.

Ele tentou levantar, mas eu quebrei sua outra perna o fazendo gritar, meu corpo já estava exausto com tanta magia e logo eu cederia, mas não tinha como parar agora. Mesmo com todos os meus instintos mandando eu parar, eu não o faria, tinha que proteger Elena.

— Bonnie, não! – Stefan e Elena apareceram, mas eu tranquei as portas com magia antes que eles entrassem, fazendo com que eles batessem na porta completamente desesperados. – Não! Bonnie por favor!

Voltei meu olhar para Klaus que ainda estava no chão e no corpo de Ric, quando iria o atacar de novo ele me parou.

— Bonnie pare! Vai morrer de novo! – Gritou me fazendo hesitar. De novo? – Isso é inútil.

Ele tentou correr em minha direção, mas quebrei uma costela sua o fazendo parar, quebrei os ossos do seu braço um por um. E mais uma vez as luzes restantes explodiram, fazendo o lugar balançar um pouco.

— Morra! – Gritei jogando um ultimo poder nele. Me virei olhando para Elena que chorava ainda tentando abrir a porta.

— Bonnie? Não! – Pediu chorando.

Sorri para ela e voltei a me virar para frente vendo Klaus se levantando, entre os feixes de luz que saiam das lampadas. O encarei mais uma vez, sentindo meu corpo entrar em convulsão enquanto eu caia no chão perdendo a consciência.