M.M - Minha Magia. escrita por Tyke


Capítulo 20
R.S - O que ela tem


Notas iniciais do capítulo

Parte 5



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Anteriormente nessa história: Rose vem agindo de forma estranha e ofendendo as pessoas sem motivo

 

R.S

Scorpius acordou no sofá, a algum tempo não dormia mais no mesmo quarto que Rose. Já que ela o expulsou. Quem mais era atingido pelos surtos de humilhação da moça, não era a família e sim ele. O noivo que tentava de tudo por não desistir dela, em parte por que amava e em outra por não achar normal como ela vinha agindo. Mas ele a arrastou para o hospital, fizeram exames e não havia nada de errado...

O rapaz jogou as cobertas para o lado e levantou do sofá, indo em direção a cozinha onde encontrou seus amados cabelos ruivos . Rose sentada em uma cadeira, cobria o rosto com as mãos.

— Tudo bem? — Perguntou Scorpius.

— Não é da sua conta — Ela bufou e ele suspirou triste indo até a geladeira — Vem cá, o que você ainda está fazendo aqui mesmo?

— Como assim, Rose? — Ela nunca tinha questionado isso antes, nem mesmo durante quando apontava todos os defeitos dele.

— Eu não sei... você é tão... imbecil. Por que ainda está aqui?

— Porque eu te amo — Ele respondeu sério.

— Sério, mesmo depois de eu dizer que você é como sua família arrogante e metida a importante? Porque se quer saber ainda não mudei de ideia.

— Sim, mesmo depois.

— Uau! Você é patético — Ela saiu da mesa e subiu as escadas para o quarto deixando um Scorpius muito deprimido para trás.

Eles sentou na mesa e começou a bebericar seu copo de água gelada. Estava cada vez mais difícil aguenta-la. Na semana passada Rose foi demitida do Ministério por desacato e ainda insultou a própria mãe de forma horrível.

Alguns minutos se passaram e ela estava de volta segurando uma mala.

— A onde vai? — Scorpius perguntou preocupado.

— Eu não. Você — Jogou a bagagem nele que acertou no braço e doeu — Estou dando uma ajuda, anda vá.

— Não está falando sério, certo? — Scorpius levantou com uma mão segurando o local dolorido atingido pela mala.

— O que você acha? Nós não damos certo, Scorpius. Vai me dizer que nunca percebeu isso? — Rose começou a chorar... pelo menos as lágrimas pareciam sinceras.

— Da onde tirou uma coisa dessas?! — Ele não podia acreditar que este momento chegou. Sabia que era questão de tempo se Rose não melhorasse, mas mesmo assim não estava preparado para quando acontecia.

— Sai — Ela soluçava e quase se sufocava de tantas lágrimas.

— Mas... — Scorpius tentou toca-la, mas a garota saiu correndo para o quarto. Ele não a seguiu e decidiu fazer o que ela queria.

Mas não iria desistir, não ainda. Conhecia sua Rose. Aquele bicho de pelúcia fez alguma coisa com ela muito além de amaldiçoar ou então... alguém ainda fazia. Scorpius largou a mala no chão da cozinha e foi para os fundos da casa onde desaparatou.

Quando se materializou novamente estava em frente a casa dos Potters precisava conversar com seu melhor amigo e rápido. Ele caminhou até a porta da frente e quando estendeu a mão para bater, ela se abriu. Lilian não ficou surpresa por vê-lo, mas ficou impressionada pela expressão de tristeza que ele carregava no rosto.

— Oi, você está bem? — Perguntou gentil e Scorpius viu que ela carregava uma bolsa de viagem.

— Sim, seu irmão está? — Ele não esperava que sua frase saísse com desespero, mas foi inevitável.

— Não. Você tem certeza que está bem? — Lilian insistiu se aproximando mais dele.

— Aconteceu alguma coisa com a minha irmã? — Hugo vinha logo atrás da prima e também carregava uma mala de mão.

— Não, não. Ela está bem, eu só queria falar com o Alvo — Scorpius começou a dar as costas para os dois ruivos, mas uma mão pousou em seu ombro o impedindo.

— Espera, eu gostaria de falar uma coisa com você — Hugo disse e fez sinal para Lily que era a sós. A moça, um pouco contrariada, largou a sua mala no chão e entrou para dentro da casa fechando a porta. — Acho que eu sei o que ela tem.

— Como assim? — Scorpius encarou Hugo surpreso.

— Se chama poção do mal caráter. Eu vi em um livro. Funciona mais ou menos a sim; quando entra em contato com a pele da vítima provoca um certo libertanismo, entende? Ela passa a deixar de ter receio de dizer as coisas mais horríveis e profundas que já pensou na vida.

— Coisas que já pensou na vida? — Ele arqueou uma sobrancelha.

— Sim, são aqueles pensamentos que temos as vezes e sabemos que é errado por isso não dizemos. Essa poção faz a vítima dizer. Eu acho que podem ter colocado isso no ursinho de pelúcia, então entrou em contato com a pele dela e, bem, é uma contaminação difícil de identificar com exames comuns.

— Então tudo que ela disse é verdade? — Scorpius se lembrou do dia que ela o chamou de Comensal da Morte. Sentiu o coração doer e machucar.

— Eu sinto muito, mas é. — Hugo abaixou os olhos se sentindo triste — Mesmo assim não é culpa dela... Falei para o meu pai ontem, mas ele não quer ir até Rose depois que ela chamou minha mãe de sangue-ruim, entende?... Eles estão muito magoados, principalmente pelo fato de ser "verdadeiras" as ofensas. Então pensei que você poderia ajuda-la, eu ia passar na casa de você antes de ir para a Irlanda.

— Ela me mandou embora.

— Sério? — Hugo arregalou os olhos.

— Sim, disse que eu e ela não damos certo.

— É efeito da poção... isso que ela disse deve ser algum pensamento de insegurança. — O ruivo tentou conforta-lo.

— É, deve ser. Eu vou tentar ajuda-la... Vai para a Irlanda? — Scorpius mudou de assunto.

— Sim, a F.E.tv marcou nossa reunião. Se você não conseguir levá-la ao hospital, assim que eu voltar eu tento ajudar — Hugo puxou o cunhado para um abraço, que ele retribuiu desconfortável. Scorpius não costumava tocar em ninguém além de Rose, mas entendeu o gesto de carinho de Hugo.

— Ok, boa sorte lá! — Ele despediu e deu as costas aparatando nos fundos da casa branca onde morava — Rose! — Chamou quando entrou na casa, ela não respondeu — Rose!

Finalmente a encontrou onde costumava encontra-la sempre que a casa estava silenciosa daquele jeito, deitada na cama chorando. Assim que Rose o viu correu e o abraçou.

— Eu pensei que você tinha ido mesmo.

— Vem, quero te levar a um lugar que vai te fazer melhorar — Scorpius segurou gentil uma de suas mãos e puxou suavemente para fora do quarto.

— Tudo bem — Rose sussurrou e foi com ele sem relutância.


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