Anteriormente nessa história: Louis brigou feio com o ex, Adam. Foi socorrido por Max, uma garota trouxa. E eles se tornaram grandes amigos.

L (...)

—Então? Você quer ir ou não? - Louis estava parado de frente para a garota que era uma cabeça e meia mais baixa.

— Eu não sei, Louis. - Ela respondeu inserta procurando o cochão da cama dele para se sentar.

— Mas é Natal! Você vai ficar sozinha? - O rapaz se sentou ao lado dela.

Aquela data havia chegado. Grande parte da família de Max eram canadense, alguns ingleses, mas o núcleo principal de seu sangue morava em Ottawa. Ela partiu para a Europa apenas para estudar e quando terminasse a faculdade pretendia regressar ao Canadá, assim como a irmã mais velha que foi para Hogwarts e ao terminar regressou ao país.

A moça não tinha para onde ir aquele natal, pois a família passava por uma complicada situação financeira não podendo pagar a passagem de avião naquele ano. Havia os tios britânicos da sua mãe, mas não eram uma boa opção. Então Louis convidou a amiga para festejar na Toca, a casa dos avós Weasleys. Max estava morrendo de vergonha antecipada só de se imaginar no meio de uma família bruxa, sobrando como escória.

— Ninguém vai te tratar assim. Minha família é gente boa. - Louis insistiu e ela acabou por aceitar fazer essa loucura de desconforto. - Venha vou te mostrar meus parentes adoráveis, para que você não se perca lá.

Louis chamou a garota para saírem do quarto e desceram até a sala da cozinha onde Fleur preparava o almoço.

— Mãe, onde está o álbum de foto?

— Na estante. - A linda mulher loura respondeu sem olha-lo.

O rapaz foi até a estante e a vasculhou até encontrar o álbum. Em seguida ele puxou a amiga para sentarem juntos no sofá. Abriu o santuário fotográfico da mãe exibindo uma foto do casamento de Gui e Fleur. Na foto eles dançavam, jovens e felizes.

— Caramba! Está se movendo! - Max olhou fascinado o pedaço de papel.

— Sim, você não sabia que nossas fotos se movem? - Geralmente a garota sabia muita coisa sobre o mundo bruxo, tudo graças a irmã que lhe contava sobre ele, mas ela nunca ouviu nada sobre fotografias mágicas.

— É como gifs impressos em papel!

— É... quase isso. - Louis virou a próxima página exibindo um grupo de pessoas.

Na foto, todas as pessoas eram ruivas e de maioria olhos azuis. Havia uma mulher mais velha e uma garota, o resto eram todos homens. Um deles Max reconheceu como o pai de Louis, muito mais novo e sem a cicatriz no rosto.

— Esses é meu pai. - Ele apontou justo o rapaz que a garota olhava.

— Eu percebi. - Ela deu de ombros. - São todos ruivos, caramba que genética!

— Pois é... esses mais velhos são meus avós. - Ele apontou para a mulher e o homem pousando atrás dos filhos.

Louis continuou a mostrar seus tios. Carlos, ou Carlinhos como o chamavam, era o mais "bombado" do grupo e segundo o amigo ele não iria a festa, pois estava na Romênia. "Ele quase nunca aparece" disse Louis. O próximo se chamava Percy, usava óculos e mantinha uma postura pomposa que desagradou Max de cara. Depois vinha os gêmeos Fred e jorge, mas o primeiro havia morrido " Mas o tio Jorge ainda é a alegria das festas". O que vinha a seguir era o mais bonito na opinião de Max; Tio Rony, ele tinha os olhos azuis claros, o cabelo mais alaranjado de todos e os traços do rosto bonitos e comuns. A última era a Gina, Max a achou muito fofa, com os cabelos ruivos compridos e os olhos castanhos bem contornados.

Louis virou a página e começou a tentar mostrar os cônjuges de cada tios. Nesse ponto a garota se perdeu, era muita gente. Tudo que pegou foi que Rony era casado com Angelina e Jorge com Hermione... Espera! Ou seria contrário? Max escutou o amigo falar das tias, mas não conseguiu guardar quem era casada com quem no final.

Por fim, Louis mostrou os primos. Ele tinha nove primos e no total eles eram em treze... quatorze se contassem o adotivo Teddy. Nesse ponto Max desistiu de tentar. Guardou alguns nomes como; James, Lucy, Roxanne... mas não conseguiu encontrar o seus donos na imensa foto de família que estava no final do álbum.

— Pronto! - Louis fechou o álbum com força causando um barulho abafado. - Agora que você conhece todos os Weasleys pode comemorar o Natal na Toca.

— Na verdade eu não guardei nem metade dos nomes...

— Guardou o dos meus avós?

— Arthur e Molly. - Esses ela sabia.

— Então está perfeito! E esquece os outros.

Max sorriu, gostava desse jeito do Louis. Tanto blábláblá para nada.

~~~

A Toca, não era nem um pouco como Max esperava. Louis havia descrito um lugar confortável e aconchegante, mas aquela casa parecia prestes a desabar.

— Magia sustenta ela, não se preocupe — Louis falou no pé de seu ouvido.

A garota ainda estava tonta. O amigo havia aparatado com ela alguns segundos atrás na frente da casa. Ela nunca tinha sentido a sensação e era bem estranha.

Louis agarrou uma de suas mãos e a puxou em direção a casa desmoronando. Assim que entraram, Max sentiu o rosto arder e pegar fogo. Todos da fotografia estavam ali e eles olharam para ela.

— Hey, Louis! — Um rapaz ruivo se aproximou do louro e o puxou para um abraço. — Essa é a Max?

— Sim. Max esse o Hugo, eu te mostrei ele na foto.

— Olá — A garota estendeu a mão tremendo de vergonha.

Hugo. Ela não se lembrava dele, mas olhando para o rosto dele e os olhos zuis logo deduziu que deveria ser filho do tio Rony... aquele que ela achou bonito. Inclusive, esse tio de Louis estava sentado ao lado de um outro homem conversando, ele já não era tão bonito como na fotografia antiga.

— Quem é essa garota linda, Louis? — Aquela era a Molly, a avó. Ela se aproximou com um brilho no olhar.

— Não se iluda vovó, ainda gosto de macho. Essa é minha amiga Max. — Muitos riram do comentário e os olhos da senhora perderam o brilho.

Max recebeu um abraço gentil da mulher e depois correu atrás de Louis que se afastava. Ela não ficaria longe dele de jeito nenhum.

A festa de Natal não era nada tão fora do esperado. Havia uma árvore decorada, uma ceia farta, e presentes para serem trocados... Mas horas mais tarde, Max estava sentada no sofá ao lado de Louis e encaranva abismada o Teddy, já tinha visto ele antes no Chalé das Conchas antes, fazendo sair luzes da varinha para alegrar Dora - a garotinha de cabelos louros e olhos azuis, a sobrinha de Louis.

De repente Max olhou para o lado e Louis não estava ali. Olhou envolta e não o encontrou, mas acabou por encontrar algo... Lindos olhos verdes a encarando. E os donos dos olhos não ficava para trás em quesito de beleza. Max ficou vermelha e desviou a atenção para Hugo e Lily que conversavam ao seu lado.

— ...Tommy conhecer Napoleão é uma ideia meio louca. — A garota disse.

— Mas pode ser legal, ainda não pensei na história... Vamos ver. — Ele respondeu.

"Eu em, que papo estranho" Max decidiu voltar encarar as esmeraldas brilhantes, mas elas haviam desaparecido junto com seu dono.

— Falei com minha avó, você pode dormir aqui. — Louis falou atrás do sofá e Max quase pulou de susto.

— O que? Dormir aqui?

— Sim, está tarde. Quase todo mundo vai ficar, amanhã cedo a vovó prepara um super café da manhã e depois nós patinamos no rio congelado.

— Ah! Não sei não, Louis. — Max olhou em volta para as pessoas. Dormir ali podia ser arriscado, não conhecia aquela família além de Louis, as irmãs dele e os pais dele.

— Você pode dormir comigo, a Roxy e a Rose. Nós trancamos o quarto, não se preocupe. — Lily interveio na coversa do primo com a garota.

— Acho que a Rose não. — Hugo falou olhando distante. — Ela já foi embora.

— Ah é... Vocês viram a cara do Scorpius? — Lily perguntou.

— Eu vi, O que será que está acontecendo com eles? — Louis perguntou virando para os dois primos da mesma idade.

— É complicado, ela está meio estranha desde que voltou do hospital...

Max nem se lembrava quem era Rose ou Scorpius, por isso ela tomou coragem e se levantou indo para o lado de fora da casa. Nevava e fazia frio, mas a anti-socialidade dela precisava de um tempo de solidão.

— Não está com frio? — Ela se sobressaltou e olhou para trás.

Os olhos esmeralda estavam bem ali na porta, encolhidos dentro de uma capa de bruxo escura.

— Não... quer dizer; Sim eu estou, por isso vou voltar para dentro — Max passou por ele correndo e voltou para dentro da casa retornando ao seu lugar no sofá ao lado de Louis e seus primos que ainda falavam da tal da Rose.

— Onde foi? — Louis perguntou.

— Lá fora tomar um ar.

O rapaz olhou por sobre os ombros e viu o primo Alvo entrando por onde viera Max. Depois ele lançou um sorriso malicioso para a amiga.

— O que foi? — Ela perguntou estranhando o sorriso no rosto branco de Louis.

— Nada não. — Falou e voltou a atenção para a conversa dos primos ruivos.