Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene escrita por Rosalie Fleur Bryce


Capítulo 16
O furo de Rita Skeeter


Notas iniciais do capítulo

Lumos.
Oieeeeee. Gente, chegamos aos nossos 15 leitores. Tô muito feliz, temos mais de 700 vizualizações e 11 comentários. Realmente estou feliz!!!!!! Escrevi esse capítulo na intenção de deixar as coisas mais leves, sei que tem muita coisa acontecendo e pode ficara até um pouco confuso. Mas prometo que a partir dessa capítulo é tiro atrás de tiro, e talvez beijo atrás de beijo. Não sabemos.
Aproveitem a leitura...



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Harry e Rony foram, então, até à estufa de Herbologia e se surpreenderam novamente com as ensurdecedoras Mandrágoras. Dois alunos desmaiaram e um começou a gritar contra uma mandrágora bebê. A Profª Sprout acabou tendo que terminar a aula mais cedo e levar os desmaiados à ala hospitalar. Harry e Rony aproveitaram a chance e acompanharam a professora, lá encontraram Hermione

— Oi – Harry disse, olhando para os lados procurando a maca em que a amiga estava de leito.

— Oi, Harry – disse Hermione, que estava sentada na cama com as mãos estendidas enquanto Madame Pomfrey as enfaixava. A garota tinha uma horrível expressão de sofrimento no rosto, às vezes murmurava uma pequena exclamação indicando dor quando fazia um movimento muito brusco com as mãos.

— Tudo bem? E as mãos? – perguntou, fez uma careta ao ver a mão direita da amiga, parecia ter sido mutilada e estava cheia de feridas que com certeza eram bem dolorosas.

— É... pelo menos ainda estão grudadas no meu braço – ela suspirou. – O que tiveram na aula de Herbologia?

— Mandrágoras.

— Buff... – bufou ela. – Então não foi tão ruim eu faltar, não é mesmo? – riu, Harry retribuiu com um leve sorriso.

— Oi... – Rony murmurou entrando na ala hospitalar de cabeça baixa, Hermione não respondeu. – Como vão as mãos?

— Ainda doloridas – Harry respondeu para Rony ao ver que a amiga não se manifestaria.

— Então... Hermione... – Rony começou. – Hoje de manhã eu recebi uma carta... da minha mãe – ele tirou a carta do bolso. – E assim, a minha família tem uma tradição, e todo ano nós comemoramos o aniversário da minha avó com uma festa um tanto diferente, é uma festa onde os filhos levam um par... Enfim, ano passado Fred e Jorge levaram duas meninas da Lufa-Lufa e Percy levou Penelope... bom...

“A partir dos treze anos nós temos que levar um par, geralmente mamãe escolhe os pares, mas ela deixou Fred, Jorge e Percy levarem alguém da escolha deles esse ano. E eu fui com Gina nos dois últimos anos” À cada vez que Rony falava parecia mais difícil para ele pronunciar as palavras.

— Minha mãe disse que escolheria meu par...

À medida que Rony ia falando, Harry mexia seus olhos mais freneticamente, revezando seu olhar entre Rony e Hermione, que parecia estar surda e não perceber a presença do garoto.

— Harry, pegue aquele chá pra mim. – ela pediu ao amigo, interrompendo a fala de Rony e assustando um pouco os dois.

Apressado, Harry foi até a maca do lado e pôs chá em uma xícara para Hermione, que recebeu a bebida sem dizer nada. Levou a xícara até a boca e olhou fixamente para o líquido.

— Bom... então minha mãe escolheu meu par – prosseguiu Rony. –, ela escolheu você.

Hermione pareceu fraquejar, deixou umas gotas de chá derramarem no seu colo mas não disse nada.

— Hermione? – Rony aumentou seu tom de voz. – Her-mi-o-ne? – sibilou. – Ah... O que você quer, Hermione? Estou aqui, tentando conversar com você e você só sabe me ignorar? Quer que eu peça desculpas? O.k.! Desculpas, Hermione, por dizer a verdade.

— Rony! – repreendeu-o Harry.

Um momento de silêncio dominou a enfermaria, Rony continuava com os olhos raivosos, e Harry preocupado. Hermione, por sua vez, tinha uma expressão calma.      

— Já fiz o convite. Se não quiser ir me avise até hoje à noite.

— Rony! – uma vozinha aguda que Harry sabia de quem era gritou.

— Oi, Lilá... – Rony murmurou com um sorriso fraco.

— Ah, olá, Lilá – Hermione disse irônica. A loira lhe deu um olhar feio. – Sabe quem acabou de me convidar para ser seu par em uma festa?

Hermione tinha um olhar maldoso. Harry olhou para Rony e viu que ele suplicava para que a amiga não contasse nada. Harry mirou Hermione e indicou Rony com os olhos, fez um gesto com os lábios e esperou que Hermione entendesse. A garota ficou quieta por alguns segundos, até que Lilá disse:

— Quem?

Hermione abriu a boca, mas então a fechou. Ficou mais um tempo calada, até que falou:

— Foi o... quem me convidou para a festa foi o... Foi o Harry.

Harry pôde ouvir Rony suspirar de alívio, e Lilá deu uma gargalhada estridente.

— Hahaha, eu sabia que vocês estavam juntos. Por isso contei aquilo para a Rita Skeeter, mulher simpática, não?

Os olhos de Hermione faiscaram, ela olhou para Lilá e Harry teve a impressão de que Hermione podia matar pelos olhos, então se perguntou se Hermione poderia fazer feitiços sem a varinha.

— O que você contou para Rita? – Hermione disse, claramente tentando se controlar ao máximo.

— Ah, que você e Harry estão juntos. Cheguei à essa conclusão quando vi os dois sozinhos na sala comunal, no meio da noite. Eu e Rony tínhamos combinado de nos encontrar, mas eu vi que o lugar já estava ocupado. – ela deu outra risada. – O Roniquinho esqueceu, não é mesmo, Uon-Uon? – Lilá apertou as bochechas de Rony.

— Acho que sim – Rony gaguejou, enquanto observava seus joelhos com muito interesse.

Lilá não se importou que Harry e Hermione estavam presentes, simplesmente se jogou no pescoço de Rony e encheu seu rosto de beijos.

— Lilá – Rony tentou falar. – Lilá... LILÁ! – ele berrou. A loira deu um gritinho de susto de largou o menino. – Agora não. Licença.

A menina simplesmente ficou emburrada no mesmo milésimo. Olhou para Harry, depois para Hermione e então disse:

— O.k. Já entendi. Fique aqui curando essa menina – ela encarou Hermione. – Nos falamos depois. – e saiu batendo o pé pela ala hospitalar.

— Pense bem – Rony sussurrou para Hermione pela última vez, então saiu da sala, provavelmente indo atrás de Lilá.

— Então... o que vai dizer? – Harry perguntou depois de um tempo mergulhados no silêncio.

Hermione não disse nada, simplesmente fechou os olhos com força e uma relutante lágrima escorreu pelo seu rosto, deixando um rastro até seu queixo, então caiu na sua blusa. Harry entendeu o recado e assentiu com a cabeça.

— Se precisar de alguma coisa me chame. – disse.

— Harry... – ela murmurou com a voz roca.

— O quê?

— Eu sei porque me mandaram aquelas cartas.

Ele se aproximou novamente da amiga. Hermione, com dificuldade de lidar com as mãos, tirou seu livro de poções da mochila, o abriu e folheou-o até encontrar a página desejada, quando a encontrou, tirou dela um pedaço de papel.

— O que é isso? – Harry perguntou enquanto pegava os papeis.

— Uma página do Profeta Diário, foi publicada hoje de manhã. Não sei se ele teria um bom motivo para isso, mas acho que Snape colocou isto no meu livro antes de me entregar no final da aula. – ao abrir o rolo, Harry leu-o em voz alta.

“UM PENTÁGONO AMOROSO?”

NOTA DA AUTORA: essa vai ser uma longa notícia, meus caros.

Quatro garotos, cada um com sua peculiaridade. Entretanto, cada um com a sua visão de como a única Hermione Granger é diferente, e, talvez, encantadora. Seriam só os hormônios que abaixaram os cachos da garota e deixaram mais visível seu rosto jovial, que aparenta impressionar a todos os meninos? E até, neste caso, provocar uma briga ou competição pelo coração da garota?

O mais velho, Vítor Krum. O apanhador búlgaro, herói da última Copa Mundial de Quadribol e participante do Torneio Tribruxo do ano passado, representando o Instituto Durmstrang. Krum, que está visivelmente apaixonado pela dissimulada Srta. Granger, já a convidou para visitá-lo na Bulgária nas férias de verão e insiste que "nunca se sentiu assim com nenhuma outra garota”. Ao entrevista-lo, essa autora pode afirmar que Krum é um garoto muito gentil, mesmo sendo um tanto temido por conta de seu físico. Também chegou aos ouvidos dessa autora que Vitor está apaixonado pela Srta. Granger desde o ano passado, os dois teriam ido ao Baile de Inverno juntos e se divertido muito. Será que o interesse de Vítor Krum, um jogador internacionalmente conhecido, foi o que despertou nos outros garotos um olhar diferente sob Hermione?

O mais intrigante para essa autora, meu leitores, é que um dos visíveis pretendentes de Hermione Granger é Draco Malfoy. Quando recebi tais informações, posso lhes assegurar de que pedi para que o informante repetisse a fala. Estava correto. Draco Malfoy é membro de uma família de sangue-puros, mas sangue-puros que não toleram nascidos de pais trouxas, o que, no caso, Hermione Granger é. A fonte dessas informações me disse que Draco Malfoy teria invadido o quarto da Senhorita Granger no meio da noite e colocado uma pequena porção de Poção do Amor na boca da garota. Isso mesmo, meus queridos. E o efeito teria sido instantâneo “Disseram que ela começou a chamar por Draco Malfoy, o amor da vida dela” disse um aluno da Sonserina que preferiu não se revelar. Não obstante, quando contei a Pansy Parkinson (a atual namorada de Draco Malfoy) sobre o acontecido, ela simplesmente saiu correndo. Esta autora não tem nada a declarar sobre a situação.

A outra ponta desse pentágono, meu caros, é Ronald Weasley. Um menino do quinto ano de Hogwarts, da casa Grifinória, que essa autora não conhecia. Ronald é o segundo irmão mais novo de sete irmãos. A família Weasley é um tanto conhecida por sua falta de renda para sustentar nove bruxos, mas parece que dinheiro não é uma barreira quando se trata de Hermione Jean Granger. Fontes afirmaram que Ronald e Hermione teriam tido uma briga feia na sala comunal da Grifinória, as mesmas fontes disseram que a briga teria sido fruto do ciúmes de Hermione em relação ao mais recente namoro entre Lilá Brown e Ronald Weasley.

Já que mencionei Lilá Brown, meus fiéis leitores, esta autora pode afirmar que a mesma aluna me deu uma entrevista falando de como teria visto Hermione e ninguém mais, ninguém menos, que Harry Potter juntos. Um garoto excepcional, talvez, mas um garoto que sofre todas as dores comuns da adolescência. Se você mora num buraco ou caverna, meu leitor, não deve conhecer Harry Potter (o que eu acho um tanto difícil). O garoto foi a razão para a queda D’aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Seus pais morreram no mesmo dia da destruição do terrível bruxo. Só restou ao bebê uma cicatriz na testa e a admiração de todos por ele. Harry Potter também foi escolhido pelo Cálice de Fogo e representou Hogwarts no Torneio Tribruxo, que teve um final trágico se poso dizer, se não se recordam, a última tarefa terminou com a triste morte de Cedrico Diggory. Mas voltando ao relato de Lilá: “Eu os vi sozinhos na sala comunal, eram quase duas ou três horas da manhã. Harry e Hermione estavam sentados no sofá em frente à lareira. Muito romântico.” Disse Lilá Brown, uma menina muito bonita e extremamente dedicada.

Esta autora, porém, sente em mostrar ao mundo que, talvez, Lilá esteja sendo traída por Ronald Billius Weasley, o namorado de Lilá. Vale lembrar que Harry Potter e Ronald Weasley são mais do que melhores amigos, praticamente irmãos. Estranho e talvez intrigante é essa competição de dois irmãos pela mesma dama.

Não deixo de ressaltar que, ano passado, esta autora fez uma reportagem sobre a possível tentativa da Srta. Granger de fazer poções do amor para encantar todos os alunos. Volto a dizer que as poções do amor são naturalmente proibidas em Hogwarts, e sem dúvida Alvo Dumbledore irá querer apurar essas afirmações. Entrementes, é claro perceber um olhar diferente da maioria das meninas sob Hermione Granger. Estaria ela usando poções para encantar os garotos, ou foi o gênero masculino que só veio a perceber agora o quanto Hermione Jean Granger é misticamente encantadora?

Deixo essa pergunta a vocês, meus leitores. Me mandem cartas a respeito, se algo bombástico estiver escrito em uma delas, pode ser que esta autora venha a publicar tal fofoca.

— Como ela consegue escrever? Ela não é um besouro? Não a trancamos num pote?

— Não sei como ela fez isto, Harry. Mas agora já foi. O que eu faço? – ela perguntou com um quê de desespero na voz.

— Você está preocupada? Agora a Hogwarts acha que eu estou apaixonado por você!

— E você chama isso de problema, Harry? Isso não é grande coisa comparada a Hogwarts achar que eu amo você, Rony, Krum e pior, o Malfoy. E quando ler isso, Rony vai achar que eu estou apaixonada por você e mais três caras! – ela gritou.

— Rony?

— Krum, eu disse Krum. – ela se corrigiu.

— Não, você disse Rony

— Vai mesmo me corrigir, Potter? – Harry não disse nada, quando ela o chamava de Potter, era porque a conversa já estava encerrada. Entrementes, Harry não pôde deixar de achar que a amiga soara muito igual a Profª McGonagall.

— Mas enfim... vai dizer o que a Rony? Sobre a festa...

— Pela primeira vez eu não sei – ela suspirou limpando as lágrimas de seu rosto com a manga do seu moletom. Antes que os dois pudessem se levantar e sair da ala hospitalar, um borrão cinza mergulhou velozmente no salão.

— Uma coruja – Harry disse tentando ver se era uma coruja conhecida, que, depois de alguns minutos, pousou em frente a Harry com um envelope amarrado na sua perninha. – É pra mim? – perguntou. E sua dúvida foi confirmada ao ver que o destinatário da carta era Harry Potter.

— É um envelope muito bonito – Hermione concluiu, observando o envelope que era dourado, com detalhes em vermelho e um brasão, também vermelho, com um W. – De quem será?

— É da Gina, um convite..? Ah... deve ser para essa tal festa. Vê... a Gina me chamou, então eu vou.

— E o que eu tenho a ver com isso? – Hermione perguntou com frieza.

— Você não vai estar sozinha com os Weasleys e o Rony, você vai estar comigo e com a Gina.

— Eu não disse que vou – ele disse, fria.

— Não disse que não vai, vamos lá, Mione... você fala como se você e o Rony nunca brigassem. – Harry insistiu, se sentou na cama com a amiga.

— Eu sei que a gente sempre briga, Harry. Mas hoje foi diferente, ele disse...

— Eu sei o que ele disse, mas aquele não era o Rony falando.

— Então era quem, Harry? Me poupe... eu não mereço tudo isso que tá acontecendo, sério mesmo...

— Ótimo, vamos falar com o Rony – Harry levantou-se num pulo, puxando a amiga pelo braço.

— Ai... – resmungou ela quando ele tocou na sua mão.

— Ah... desculpa, vamos!

— Não!

— Vai ter que falar com ele uma hora ou outra, vamos logo, Hermione. – Harry falou com tanta certeza que Hermione até sentiu um pouco de medo.

Depois de muita insistência ele conseguiu convencê-la, então os dois foram a sala comunal em busca do amigo. O mais estranho era que por onde os dois passavam olhos bisbilhoteiros os encaravam. Uma menina até gritou “Existe gente melhor, Potter!”. Harry revoltou-se e quase soltou a língua para a menina, mas Hermione o impedira de realizar tal ato, xingar uma menina não era a melhor coisa a se fazer quando era frequentemente notícia no Profeta Diário. Até mesmo a Mulher Gorda vez um comentário desnecessário quando os dois chegaram à frente do quadro.

— Não digo a senha, assim os dois pombinhos podem ficar aqui fora, sozinhos. – ela disse com uma taça de vinho na mão. Ou não estava em si para raciocinar um 4-2, ou só queria provoca-los.

— A senha é hálito de goblin – Hermione disse impaciente. A Mulher Gorda soltou um olhar aborrecido para a garota e abriu o quadro de malgrado.

A sala estava estranhamente quieta, e quando Harry e Hermione entraram, ambos puderam sentir algumas várias cabeças mirando-os. Até Simas e Neville os encaravam, e quando Harry soltou um “Não tem nada melhor para olharem? Ou perderam alguma coisa na nossa cara?” vários alunos se levantaram para sair da sala comunal, a maioria murmurando xingamentos a respeito do comentário de Harry.

— Oi – disse ele, finalmente sentando-se junto ao amigo, que estava jogando xadrez sozinho.

— Oi – Rony disse, muito concentrado no jogo.

— Sabia que a Gina me convidou pra festa? Essa da sua avó. – Harry tentou puxar assunto.

— Legal – articulou Rony, displicente.

— Posso jogar? – disse Harry, referindo-se ao jogo de xadrez.

— Claro – ele respondeu, indiferente.

— Olá – Hermione apareceu de supetão e sentou-se em uma poltrona próxima. Não disse nada.

‘Vai logo’ ‘Fala’ ‘Vou te matar’ ‘Não quero’ cochichavam Harry e Hermione, sem fazer barulho.

— Se querem falar alguma coisa que eu não posso ouvir, é só se levantarem e irem para um canto – Rony bufou, ainda olhando para o tabuleiro.

— Não precisa, a Hermione quer falar uma coisa – falou Harry, que foi repreendido por um olhar ameaçador da garota.

— Bem, só quero dizer que sim, eu vou com você na festa. Mas que fique bem claro que eu só estou fazendo isso por causa da sua família, sua mãe, seus pais e sua avó. – ela disse formalmente, olhando fixamente para Rony, que não tirou os olhos do jogo.

— O.k. – ele murmurou, mexendo o Bispo da casa F1 para a F4, que, com um golpe com seu mastro, derrubou a Torre das peças pretas.

— O.k., então – ela concordou na mesma hora, então se levantou e subiu as escadas em direção ao dormitório feminino.

O resto do dia foi assim, Harry no meio de Rony e Hermione. Os dois se tratando de um modo totalmente formal, o que acabou ficando chato para Harry, todas as risadas e piadas simplesmente cessaram. Às 19h00 Harry e Rony foram juntos para a aula, Hermione apareceu na sala alguns minutos depois que eles haviam chegado, nem olhou para eles.

— Boa-noite – o Professor Binns disse. – Hoje aprenderemos sobre o Quarto Ataque Gigante que houve na Escócia, em 1765. Alguém pode me dizer alguma coisa sobre o ataque?

Todos ficaram calados. Binns passou os olhos pela sala, tentando encontrar alguém que parecesse querer dar um palpite.

— Srta. Granger? Tem alguma resposta? – essa foi a primeira vez que um professor chamara Hermione sem que ela tivesse levantado a mão. A garota, por sua vez, estava bem concentrada em seu pergaminho, anotando o que estava no quadro-negro. Ela olhou para Binns e disse:

— Sobre o Quarto Ataque Gigante? – interpelou, gaguejando. O Prof. Binns afirmou com a cabeça. – Ah... – ela arrumou sua postura ao sentar-se. – Bom, a principal razão foi bem tola, na minha opinião, um bebê gigante estava brincando na floresta e ultrapassou a fronteira do vilarejo que foi atacado. Então as autoridades bruxas capturaram a criança e a usaram como chantagem para poder expandir seu território bruxo, o que implicaria a diminuição do território gigante, caso contrário, os bruxos matariam o bebê. Os gigantes achavam que os bruxos estavam blefando, então não se manifestaram. Mas a verdade é que os bruxos não estavam mentindo. Na noite de vinte e sete de setembro de 1765, o bebê gigante foi morto em praça pública. Diante disso, os gigantes invadiram o vilarejo e destruíram absolutamente tudo.

O Prof. Binns ficou boquiaberto por alguns segundos, então se recompôs e disse:

— Muito bem, Srta. Granger, dez pontos para a Grifinória. Bom – ele deu um gritinho. –, vocês podem achar as informações sobre esse ataque na página setenta e nove. Quero um resumo de trinta centímetros para ser entregue hoje mesmo. Quero que destaquem as causas e consequências, além do contexto histórico-mundial bruxo daquela época. Qualquer dúvida venham até a minha mesa.

Harry realmente tentou fazer a tarefa com qualidade, mas ele tinha tantas coisas na cabeça. Ainda não tinha conseguido falar com Dumbledore desde aquela prova de DCAT, e o pior: a escola estava agindo como se tudo aquilo que aconteceu não tivesse sido simplesmente nada.

Por que Malfoy o atacara? Por que Gina foi atacada? Por que Rony vinha passando mal e por que Hermione teve aquele sonho? E a pior de todas, o sonho que Harry já tivera duas vezes não o acalmava. Harry não tinha respostas, à cada vez que ele tentava falar com Dumbledore, este parecia mais ausente, era impossível falar com o diretor. Harry tivera aquele sonho na floresta e nem pôde contar ao professor. Sua cicatriz doía nas horas mais inesperadas, e agora ia ficando mais constante.

Diante disso, em três dias, Harry teria o Baile de Outono. Seus trajes a rigor deviam estar no mínimo cinco centímetros menores; não se dera ao trabalho de comprar trajes novos. Ele iria com Cho e nem tinha a visto nesses últimos dias. E se ela chorasse? E se quisesse falar sobre Cedrico? Harry definitivamente não estava disposto a listar as muitas qualidades que Cedrico tinha.

O pior era a briga entre Rony e Hermione. Seus dois melhores amigos estavam brigados desde o café da manhã, e ambos estavam sem se falar há pouco menos de um mês. E quando dirigiam a fala um ao outro, era porque os dois estavam de muito bom humor.

Durante a aula, Harry ouviu o Prof. Binns perguntar mais algumas coisas e Hermione responde-las, então o professor dispensou a sala e Harry foi para seu quarto sem falar com Rony ou Hermione.


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Notas finais do capítulo

E aíiiii? O próximo capítulo é lacrador, então já fiquem atentos a notificação. Espero do fundo do meu heart que vocês estejam gostando. Amo vocês! Um beijo com cheiro de testrálios (se tiver cheiro bom. Se tiver cheiro de morte então lhes mando um beijo com cheiro de unicórnios.) e até o próximo capítulo!
Nox.



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