Oposto Complementar escrita por Tai Barreto


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olar, pessoas.
Resolvi aparecer para disponibilizar mais um capitulo.
Eu espero que estejam gostando.

Sem mais, boa leitura.



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Uma semana depois...

 

A chuva torrencial me assusta. Depois de passar a madrugada em claro, sequer consegui pregar um olho durante o dia inteiro. Infelizmente, Bruno se mudou, indo morar com a Skye, uma mulher incrível, me deixando sozinha naquele galpão imenso e quase vazio, mas não sem antes passá-lo para o meu nome. Eles haviam combinado que levariam algumas coisas para a nova casa, e quem era eu para reclamar por isso? Então, passei o dia procurando emprego, já que tinha que começar a andar com minhas próprias pernas por aqui. Eu caminho devidamente agasalhada, com direito a luvas, echarpe e touca, além de um sobretudo, porém, ainda sinto frio. Se bem que eu amo, só que estou tão cansada, que eu só quero uma caneca de chocolate quente e ficar deitada na minha cama.

Próximo ao prédio onde moro, uma rajada de vento joga meus cabelos para todos os lados e arrasta meu guarda-chuvas vermelho. Eu corro atrás, entretanto, o vento o levou para longe demais.

— Volta aqui! — exclamo, parando e suspirando. — Volta!

Cerro os dentes e dou um gritinho de frustração, batendo o pé em seguida. Passo a mão no rosto, querendo diminuir o excesso de água e volto o caminho, cabisbaixa e fitando meus pés, frustrada. E então, de repente, para de chover sobre mim. Olho para cima e encontro um guarda-chuvas preto. Harry usa sobretudo de mesma cor e os cabelos presos num coque.

— Tratando um objeto inanimado como se tivesse vida... — Ele balança a cabeça, em negativa e me olha. — As pessoas no seu antigo país fazem isso?

— Eu quem sou a louca. — Suspiro outra vez. — Que maravilha. Lá se foi meu lindo guarda-chuvas. — Faço beicinho.

— Eu estou indo para casa. Vamos. Você precisa tirar essa roupa.

Eu caminho ao lado dele, voltando o que passei correndo, tomando cuidado para não molhá-lo; impressionante como alguns minutinhos me deixaram completamente encharcada. Nunca houve chuva desse tipo onde moro; pelo menos não que eu lembre. Harry desliza o portão e gesticula para que eu entre. Felizmente, no momento em que cruzo o portão, a chuva ficar para trás e eu espero o homem fechar o guarda-chuvas.

— E-eu... — Hesito e só então percebo que estou com os lábios tremendo.

— Você está com os lábios roxos. — Ele me puxa pelo pulso. — Vamos apressar os passos.

Harry abre o elevador e eu entro ao seu lado. Aperta o botão para o último andar. Solto-me dele e me abraço, tremendo. Saímos e para a minha surpresa, ele me segue.

— Va-vai entrar co-comigo? — questiono, pegando as chaves.

— Alguém tem que cuidar de você. — Ele pega as chaves da minha mão, enfia na fechadura e abre. — Entra e vai direto ao banheiro, tira isso tudo, toma um banho quente. Vou preparar algo para te aquecer. Gosta de chá?

— Não.

— Vai tomar banho.

Eu me apresso escada acima, querendo evitar manchar o piso de madeira, irrompo no banheiro e fecho a porta, despindo-me de imediato. Certo. Você deixou um estranho no seu apartamento e está sozinha com ele. Sem paranoias. Seu amigo confia nele e aposto que Bruno pediu que ele ficasse de olho em você.

Tomo um banho morno e espirro.

— Maravilha!

Saio do box, enrolo-me na toalha e saio dali, parando no closet. Pego um conjunto de moletom cinza mescla, visto-me rapidamente e penteio os cabelos. Uso o secador para adiantar o processo, pois ainda estou com frio e diante do espelho, vejo meus lábios roxos. Os olhos castanhos estão com olheiras sob.

Espirro outra vez, bagunçando meus cabelos castanhos e prendo-os num coque, usando o elástico que costumo deixar na mesinha de cabeceira. Calço minhas pantufas e saio dali, descendo a escada. Poderia ter migrado para o antigo quarto do Bruno, mas estou tão familiarizada com o meu...

Percebo que estou com nariz entupido, o que muito me irrita e na cozinha, eu vejo o vizinho servir um líquido marrom numa caneca grande.

— Como se sente?

— Gripada. — Meu tom de voz soa fanho.

— Toma um pouco de chocolate quente para aquecer. Gosta de canja?

Eu concordo e espirro outra vez. Apresso-me a pegar um pedaço de papel toalha e seco o muco que escorreu.

— Eca. — Descarto e lavo as mãos.

Harry ri.

— Vai para o sofá. — Ele retira o cachecol, luvas, e o sobretudo e coloca no banco da ilha. — Vou preparar algo para que coma. — O blazer, a gravata, deixa sobre seus pertences e abre o colarinho e as mangas da camisa.

— Não precisa.

— Sua voz está cômica.

— Rá. Rá. Muito engraçado.

— Bebe logo esse chocolate. — Ele empurra a caneca em minha direção e eu a pego e tento sentir o delicioso cheiro, porém, nada entra.

— Que saco. — Assopro e beberico. — Está divino.

— Vai sentar. Veja algo na televisão.

Eu me acomodo à ilha e espirro.

— Vou ficar aqui, se não se importa.

— Tudo bem. — Harry se concentra em dobrar as mangas cautelosamente.

— Já vamos jantar?

Ele me olha e eu espirro outra vez.

— Eu vou fazer para você comer.

— Mas, eu me sinto tão sozinha. Por que não me faz companhia como fazia ao Bruno?

— Porque Bruno é meu amigo há mais tempo.

— E é meu há muito mais. — Outro espirro.

— Bebe seu chocolate.

— Está muito quente. — Resmungo e ele suspira.

— Posso verificar seus armários?

— Sim. Fizemos compras no sábado. Porém, eu não sei fazer nenhum prato típico daqui e o modo que eu preparo as coisas, são diferentes.

— Eu entendo. De onde veio? — Ele vai até os armários.

— Bruno não te disse? — Mais um espirro.

— Não falamos de você esses dias, desculpe.

— Eu posso saber o motivo?

— Você não estava presente. Não sou o tipo de pessoa que procura saber de outra, através de terceiros.

— Que bom. — Mordo o lábio inferior. — Eu vim do Rio de Janeiro.

— E por que veio para cá?

Fito as veias da pedra de mármore da ilha e espirro.

— Porque eu quero algo melhor para mim. Eu sou a filha do meio, então, mal tinha atenção dos meus pais, sabe? Era como uma formiga naquela casa. Só lembravam da minha existência quando eu queria comer uma sobremesa antes da hora. Ou quando meus irmãos me culpavam por algo que tinham feito. No mais, era como se eu não existisse.

— Tem quantos irmãos?

— Dois mais velhos e dois mais novos. A preocupação é com os gêmeos, pois além de serem os mais novos, meus pais temem que eles se juntem com amigos que não prestam. Tipo, são dependentes químicos ou alcóolicos. E os mais velhos dividem as despesas da casa com meus pais. Eu tinha que tomar conta deles, enquanto estudava e trabalhava para ter o que eu queria. — Beberico mais do chocolate.

— E o que seus pais acharam de sua vinda?

— Pensaram que era brincadeira. Que eu jamais teria coragem, porém, eu estava cansada. — Olho-o e ele concorda.

— O que veio fazer aqui?

— Uma graduação que jamais conseguiria lá. As universidades daqui estão entre as cinco melhores do mundo. A colocação da do Rio, ou qualquer uma do Brasil, sequer é entre as 100 primeiras. Eu quero mais. Eu preciso de mais. — Espirro pela centésima vez.

— Isso é bom. — Harry sorri. — Qual vai ser o curso?

— Eu planejava negócios. — Olho a caneca e bufo. — Mas, as coisas por aqui devem passar de pai para filho e talvez eu nunca tenha oportunidade por isso. — Beberico.

— Espero que goste de batatas. — Ele coloca um prato à minha frente com duas. — O recheio é de queijo e a salada, simples.

— Eu gostaria de sentir o cheiro. — Faço uma careta e ele ri.

— Depois eu preparo um descongestionante natural para você. Bom apetite.

— Para nós dois. — Espeto umas folhas e como. E depois, meio tomate cereja. — Hm. Pelo menos a salada está boa — digo, depois de engolir.

— Eu não sou nenhum chefe, mas sei fazer uma coisa ou outra. O tempo que estou morando sozinho me incentivou a aprender. Não espere pratos sofisticados.

— Sem problemas. — Como mais um pouco da salada. — Se sai bem melhor que eu.

— Eu pago para ver.

— Eu cuidava dos meus irmãos. Tinha que saber preparar algo. Você tem irmãos?

— Sou filho único.

— E como é? — Corto um pedaço da batata, retiro a casca e como.

— Solitário. Não tinha em quem colocar a culpa.

— Sei bem o quanto é ruim levar a culpa por algo que não fez. — Dou de ombros. — Vivia sendo culpada por absolutamente tudo, de todos os lados... Talvez fosse divertido para eles.

— Desculpe pelo que falei.

— Fica tranquilo. Acredito que minha ausência nem faça diferença na vida deles.

— Sinto muito.

— Sério, não se importa. Como conheceu o Bruno?

— Ele trabalha na empresa da minha família. Nos conhecemos lá. Falava tanto sobre você. Trazer para cá. Acredito que ele te tenha como uma irmã.

— Bruno só tem irmãos e vivia dizendo que eu sou a irmãzinha que ele nunca teve. — Sorrio. — É um amor.

Passamos o restante da refeição conversando, nos conhecendo. Harry me aparenta ser reservado, por isso, pouco fala sobre si.

— De onde estava vindo mais cedo? — questiona, afastando um pouco o prato.

— De uma tentativa de conseguir emprego. Ofereci-me até como babá, todavia, não obtive sucesso.

— Bem, já que você pretende cursar negócios, vou te fazer uma proposta.

Eu aprumo a postura e estreito os olhos.

— Vai em frente.

— Que tal estagiar na empresa da minha família? Como minha assistente. Você aprende um pouco comigo, analisa se realmente vale a pena e, se dentro de três meses, você ver que não é o que queria, veremos outros setores por lá.

— Está falando sério? — Franzo o cenho, cautelosa.

— Sim. Começa amanhã.

— Caramba! Caramba! Caramba! — Salto da ilha e o abraço. — Muito obrigada pela oportunidade.

— Não precisa agradecer.

— Mas, e se o seu pai reclamar? — Afasto-me. — Porque ele pode fazer isso. Se ele não me quiser lá?

— Eu sou o vice-presidente dele. Tenho direito de contratar alguém ali. — Harry dá de ombros com uma tranquilidade invejável.

— Sendo assim, eu vou fazer o possível para te agradar, certo? Não vou te deixar na mão em momento algum. Darei o meu melhor.

— Eu não tenho dúvidas, Laila.

— Agora, eu vou fazer algo que presta essa noite e vou lavar os pratos.

— Nada disso, senhorita. Trate de ir para o sofá e se agasalhar ainda mais. Precisa ficar boa dessa gripe se quiser ir trabalhar amanhã.

— Assim não é justo. — Resmungo e cruzo os braços.

— A vida não é justa, meu doce. Agora, pegue a sua caneca de chocolate frio e vá para o sofá.

Eu bufo, pego a caneca e vou ao sofá, colocando as pernas sobre a mesinha de centro e jogando a manta sobre. Bebo um pouco do chocolate e sorrio ao perceber que ele realmente está frio.

— Eu não acho que tenho roupa para ir a uma empresa. — Confesso. — Comprei mais roupas para passeio ou qualquer outro tipo de trabalho.

— Podemos falar com Bruno sobre isso.

— Acho melhor não. Bruno tem as preocupações dele com o casamento, que é daqui há um mês. Não quero que ele se preocupe ainda mais comigo.

— Eu posso resolver isso, se quiser, e quando receber seu salário, pode me pagar.

— Você é daqueles que aceita mesmo ou dos que fala isso da boca para fora? — Coloco-me de joelho sobre o sofá e o olho.

— O que me diz?

— Segunda opção.

Harry ri e eu sorrio.

— Vou aceitar para não te ofender. Porém, amanhã vemos isso. Pode ir de camisa de mangas compridas e jeans.

— Certo. Eu mal posso esperar por isso. — Volto a me sentar.

— Podemos ver o filme agora?

— E qual é? — questiono, intrigada. — Desculpa, mas não é todo o filme de ação que me atrai.

— Que tal algo de super-heróis? — Ele senta ao meu lado, mantendo os olhos escuros nos meus. — Foram os que eu trouxe. — Harry olha para frente. — O que houve com a televisão?

Eu rio.

— Só percebeu agora?

— Sim. Estava preocupado com você e depois fiquei focado no preparo do jantar.

— A Skye fez o Bruno levar.

— Quê? E o que tem te distraído?

— Meus livros. — Indico o que está sobre a mesinha.

Um estrondo lá fora me faz dar um gritinho.

— Ei, calma. Foi apenas um trovão.

— Eu sei. — Faço uma careta.

— Vou em casa pegar os ingredientes para o descongestionante. Volto logo.

— Certo.

Harry levanta e vai até a cozinha. Levanto, vejo-o juntar seus pertences, vou até a porta e quando ele se aproxima, abro-a.

— Não demoro.

Eu concordo e ele sai. Fecho a porta e volto ao sofá, me acomodando e tomando o restante do chocolate. Então a campainha ecoa e eu me apresso a abrir. Harry entra e vai diretamente à cozinha.

— O que tem aí? — Sigo-o.

— Folhas de eucalipto. Acabou o chocolate?

— Sim.

Ele coloca uma panela com água no fogo.

— Sabe, pensei que a Skye deixaria apenas o galpão — diz e eu rio.

— Ela disse que não tinha problema algum comigo e levou quase tudo. Não sei como não levou o sofá.

— Ela disse que não queria nada azul marinho no apartamento deles.

— Eu a achei linda.

— E ela é, porém, quase te deixou sem nada. — Ele olha ao redor. — Somente um sofá nessa sala imensa. Que absurdo.

— Harry. Eles levaram o que compraram juntos. Eu quem sou a invasora da história.

Ele balança a cabeça em negativa.

— Nem mesmo uma mesinha deixou. Deve ter esvaziado o antigo quarto dele também.

— Levaram umas coisas sim... — Prendo os lábios, contendo o sorriso.

— Não vamos pensar o que seria se ela não tivesse gostado de você.

— Por favor. — Vou pegar a caneca e volto para a cozinha, deixando-a sobre a pia. — Sabe que não precisa disso tudo, não é?

— Do que está falando?

— Chocolate quente, jantar, descongestionante, cuidar de louça... — Gesticulo.

— Eu sei. — Ele despeja a água fervente dentro de uma tigela, deixa a panela sobre a pia e coloca cinco folhas. — Pronto. Basta inalar. — Empurra-a em minha direção.

Sento à ilha, coloco a tigela diante de mim e inclino meu rosto em direção.

— Espero que não caia muco dentro.

Harry ri alto.

— Cinco minutinhos e poderá sair daí sentindo os odores outra vez.

— Estou torcendo para que funcione. — Cruzo os dedos.

— Eu vou tomar banho e depois venho te ver.

— Certo. Pode usar as suas chaves.

— Tem certeza?

— Absoluta. — Fecho os olhos.

— Volto logo.

Eu concordo e não demoro a ouvir a porta ser aberta e fechada em seguida. Se o Bruno confia nele, quem sou eu para não? Até porque, tenho certeza de que Bruno jamais deixaria as antigas chaves com Harry se não fosse de confiança. O calor aquece meu rosto e eu me desligo completamente da chuva lá fora.

Inspiro fundo e finalmente sinto o cheiro do eucalipto.

— Delícia de cheiro.

— Que bom que já está sentindo o cheiro — diz Harry. — Como se sente?

Eu gesticulo com o polegar para cima.

— Bem melhor.

— Que tal um chá para dormir?

Levanto a cabeça e o encontro com uma camisa cinza, de mangas compridas, jeans preta e os cabelos compridos molhados, jogados para o lado.

— Eu não sou muito fã de chás. — Faço uma careta. — Acho que a água esfriou.

— Pode descartar.

Saio da ilha, pego as folhas, largando no lixo e despejo a água na pia.

— Obrigada.

— Não precisa agradecer. Nunca tomou chá?

— Somente os medicinais.

— Eu entendo. Tudo bem, então, melhor você ir dormir. — Ele me estende a mão. — Vou colocá-la lá para garantir.

— Depois que eu escovar os dentes. — Sigo-o. — E você me trata melhor do que qualquer um dos meus irmãos. E pensar que você nem é um deles.

— Não vamos pensar nisso. Onde é o seu quarto?

Eu abro a porta e gesticulo.

— Mil vezes melhor que o anterior.

— Mesmo? Aqui é bonito.

— Só acrescentei uns objetos pessoais. — Indico-os.

— Posso ver as fotos enquanto escova os dentes?

— Fique à vontade. — Vou ao banheiro e pego a escova e o creme dental.

— Família grande, hein?

— Sim. — Suspiro, feliz por poder fazer isso. — Grande demais para mim. — Escovo os dentes e solto os cabelos, arrumando as ondas.

— Falou com seus pais desde que veio?

— Semana passada. — Saio dali. — Eles ficaram surpresos com minha atitude.

— E o que mais?

— Nada.

— Não pediram para você voltar?

— Não. — Arrumo a cama. — Minha presença não fazia diferença ali. — Deito-me. — Pronto, senhor? Qual é o seu sobrenome? — Franzo o cenho.

— Carter e o seu?

— Vidal.

— Boa noite, senhorita Vidal. — Ele se inclina em minha direção e beija minha testa.

— Boa, senhor Carter. Feche as portas quando sair e não esqueça de apagar as luzes, por favor.

— Pode deixar. Durma bem.

— Você também quando for.

Harry vai em direção à porta, apaga a luz, sai e fecha. Eu me viro na cama e fecho os olhos, me rendendo ao cansaço do dia.


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor. Eu preciso saber o que estão achando.
Até mais.



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