The Garden of Everything escrita por Yuui C


Capítulo 2
O espelho


Notas iniciais do capítulo

Estava fazendo umas continhas e... o período de atualizações vai mudar para a cada 2 dias. Mais explicações ao final! Enjoy mes amours ♥



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II.

O espelho definha

Em algum lugar

Dentro da Eternidade

 

            — Você não pode mais me controlar! Eu já tenho vinte e dois anos! — Gritou, cerrando os punhos; era a melhor forma de esvair sua raiva sem que fizesse algo do qual pudesse se arrepender.

            De novo.

            — Você é meu filho, Adrien! Não importa a sua idade, você deve obediência a mim! — A outra voz era firme, mas seu tom de frieza se perdera durante a discussão.

            No fundo, Gabriel sabia que ele estava certo, mas nunca admitiria.

            — Eu estou praticamente formado! Você não pode mais me tratar como uma criança. Eu sou um adulto!

            — Enquanto você estiver na minha casa e eu estiver bancando os seus estudos ou o que quer que você esteja fazendo, é a mim que você vai obedecer!

            — Mas–!

            — MAS NADA, ADRIEN! — O som da mão sobre a mesa de madeira talhada foi tão alto quanto um trovão. Só não foi mais alto do que o som da porta do escritório batendo, praticamente sendo arrancada das dobradiças. — ADRIEN!

            Os passos eram fundos, capazes até mesmo de mercarem o chão. Esbarrou em Nathalie, mas sequer a encarou — estava irritado, muito irritado.

            Estava ao ponto de fazer uma besteira.

            Entrou em seu quarto e, da mesma forma que fez no escritório, repetiu ali: bateu a porta com força o suficiente para quebrá-la. Plagg saiu de dentro de sua blusa, aflito.

            — Ei, garoto, acalme-se!

            — NÃO SOU GAROTO! — Trovejou, bufando, as pupilas dilatadas. Não sustentou o olhar do kwami; não conseguia.

            — Tudo bem, você não é– você entendeu o que eu quis dizer, Adrien. Só, por favor, por favor— — Plagg tentava, seguindo-o até o banheiro. Seu holder respirava tão pesado que o ar parecia faltar; ele tinha medo. Medo de um real ataque de fúria, de loucura ou o que quer que fosse.

            Seus outros gatos fizeram coisas das quais se arrependeram muito depois.

            — Adrien, não! — Ele pediu, mas era tarde. O murro fora forte o suficiente para quebrar o espelho em milhares de pedacinhos.

            Eles entraram por seus dedos, por seus pulsos, seus braços — até mesmo seu rosto não fora poupado, ganhando cortes suaves pelos estilhaços que voaram.

            Finalmente, sua respiração pareceu se acalmar. Abriu a mão ensanguentada, amortecido. Não sentia dor, não sentia nada — só alívio. Muito, muito alívio.

            E um vazio enorme no peito.

            — Plagg... — Chamou em uma voz baixa e marejada. O kwami nada disse, apenas sentou-se em seu ombro e começou a ronronar, bem pertinho para que ele pudesse escutar.

            Dessa forma, ele desabou.

Cada átomo

Canta a mim

“Liberte-me

Das correntes do físico”


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Notas finais do capítulo

Motivos da mudança nas datas de atualização: iria demorar um tempo demasiado para postar todos os capítulos se fossem de 3 em 3 dias. O meu primeiro cálculo era aproximado; hoje foi mais preciso. E eu acho que eu consigo terminar o próximo projeto até a conclusão desse. Caso não consiga... paciência, né? Eu posso retardar as postagens mais adiante, mas até a história engatar demora e... bom, acho que não compensa para vocês leitores esperarem tanto.

O que acharam? Ainda não tem muita coisa resolvida, mas aos poucos as peças se encaixam... Estão esperando algo? Já tem ideia de onde isso vai terminar? Não? Eu mereço biscoito? :P