Classe dos Guerreiros - O Ressurgimento escrita por Milady Sara


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas!!! Como estão?
Caso alguém se interesse, eu voltei a usar emu twitter AND criei um canal no youtube e uma página no Facebook, os links estão no meu perfil ~
Boa leitura!!



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Depois da luta, dois grupos acabaram sendo divididos, Marin foi para dentro da Mansão com Li, Melanie, Carter e Mia. Enquanto os outros cuidavam dos animais e de si mesmos, foi uma espécie de alívio, já que a maioria ainda estava assustada com tudo que tinha acontecido.

Na verdade, Marin apenas cuidou de seu próprio ferimento e foi preparar um chá, deixando Li trancada em seu quarto com os ressuscitados. Algum tempo depois Seth apareceu na cozinha, e a abraçou.

— Onde estão os jovens? – perguntou ela com o rosto enterrado no ombro dele.

— Eu disse para irem para seus quartos, tomarem um banho e tudo mais... E os outros jovens?

— Com Li. Ela vai tentar entender um pouco do que aconteceu.

— Eu... Queria pedir desculpas. – a mulher de cabelos brancos se afastou dele para voltar a beber seu chá.

— Pelo quê?

— Eu... Simplesmente travei ali, fui um completo inútil... Me desculpe. – e baixou a cabeça, envergonhado.

— Tudo bem. – falou tranquilizando o amigo. – Foi demais pra qualquer um de nós.

— Obrigado. – ele tentou acariciar a mão dela que descansava na bancada. Nos últimos meses vinha tentando diversas aproximações delicadas e gestos de carinho, nada muito invasivo, mas mesmo assim, tentava.

— Bom, acho melhor nós prepararmos o almoço. – falou se afastando dele. – Li não deve acabar tão cedo.

Um silêncio constrangedor se estabeleceu na cozinha enquanto os mestres cozinhavam. Com sua magia conseguiam fazer algumas coisas ao mesmo tempo, mas não eram muito habilidosos naquilo. O almoço teria pratos simples e chá. Nenhum dos jovens reclamou da refeição, mesmo que Drica tivesse curado a todos, ainda sentiam um pouco de dor.

— Então... – falou Hunter levando uma garfada de arroz até a boca. – Por que os mortos estão voltando à vida?

— Deve ter sido o troço que a mestra viu o Capitão jogar na Parede. – chutou Derek.

— Mas pra que trazer Guerreiros de volta a vida?

— Não sabemos. – disse Marin. – Mas com certeza não foi para um bom propósito.

~*~

Mais tarde, depois de Lena ter consertado a porta e todos estarem mais calmos, Li os chamou para uma sala de aula, onde Carter, Mia e Melanie os esperavam.

— Cara... – disse Carter segurando uma das almofadas da sala. – Isso parece mais macio do que nunca! – ao perceber que os amigos estavam entrando, ele largou o objeto e foi para frente com as duas garotas.

Os Guerreiros não sentaram nas almofadas, apenas ficaram de pé encarando os três mortos e a estrela.

— Isso é bem estranho. – disse Melanie quebrando o silêncio. – Podem encarar menos, por favor?  – todos pareceram um pouco constrangidos com aquilo.

— Bem, - começou Li segurando uma lâmina de orbe. – Eu fiz todo tipo de teste e exame com eles... E o que houve é bem como descrito em “Trazendo os mortos de volta – A ressurreição de verdade”. – levantou o livro proibido, que havia deixado ali na escrivaninha que tinha na sala. – Mas com um pouco do “Tudo sobre almas”, - e mostrou o respectivo livro. – já que eles voltaram não como cascas vazias, mas junto com as almas.

— Eu li o livro, - disse Drica. – ele não fala nada sobre olhos prateados ou violetas.

— Aí é que está. – continuou a estrela. – O livro descreve uma espécie de zumbi, mas nossos mortos voltaram... De um modo diferente, provavelmente uma técnica especial dos Noctem. Melanie, por favor. – com o pedido, Mel levantou sua espada e abriu um grande corte em seu braço, de onde jorrou aquele fogo dourado, e depois o ferimento se fechou. – Eles não têm sangue e na verdade a própria pele está diferente... – ela exibiu mostrou imagens de raios-x que havia tirado com a lâmina. – Ao invés de sangue estão completamente repletos de magia, por conta disso... Bom, o corpo passa a funcionar diferente, eles não têm basicamente nenhuma necessidade humana, perderam os poderes mágicos e suas habilidades naturais foram fortalecidas, eles podem pular muito alto, correr mais rápido...

— Super-soldados... –murmurou Seth. – Super-soldados com mentes de Guerreiros... Que conhecem técnicas, lugares...

— Exatamente. – falou Mia. – Nos trouxeram de volta pra usar como arma.

— Mas por que só seis e não a Parede inteira? – perguntou Lena.

— Deviam querer todos nós, mas não conseguiram. – esclareceu Carter. – A Li disse que vocês atrapalharam eles.

— A mestra impediu que o Capitão fizesse o encanto direito. – disse Caleb. – Então não saiu como esperavam.

— Só voltaram os seis últimos a morrer. – completou Marin.

— E três preservaram a consciência. – continuou Li. – Mesmo que eles só tenham metade do que iriam conseguir... Bom, eles têm três mestres.

— Precisamos achar a fênix mais rápido. – falou Seth para Marin.

— Fênix? – disse Melanie.

— Você está certo... – disse Marin ignorando a de cabelos curtos. - Precisamos chamar Osíris e tentar rastrear a tal bruxa.

— Bruxa? – perguntou Li.

— Sim, ele falou sobre uma bruxa. – disse Seth. – Podemos mandar um recado para que ele venha amanhã, Cas, Charles e o mestre Jed ainda podem estar por perto.

— Por que o gato não está aqui? – indagou Mia.

— Ele acha que está mais seguro em Andrômeda. –respondeu Caleb. Naquele segundo, os dois se olharam por breves instantes, antes de desviarem os olhares, constrangidos.

— Então vamos mandar esse recado. – disse Marin saindo da sala com Seth e Li, carregando a lâmina e os livros.

— Mas... O que a gente faz? – perguntou Hunter.

— Bem... – disse a mulher de cabelos brancos no pé da porta. – Três amigos seus estão de volta por tempo indeterminado e não sabem muito bem o que está acontecendo. Eu aproveitaria e colocaria eles a par de tudo o que está acontecendo.

Bastou a mestra fechar a porta para que Derek se teletransportasse até Melanie e a abraçasse forte. Logo ela retribuiu o abraço e deixou escapar algumas lágrimas. Lena foi até Carter e Hunter até Mia. Seguiram-se vários abraços, risos e não demorou para que a Sexta Geração se entrosasse novamente, como se tudo estivesse bem, como se não tivessem visto uns aos outros morrerem.

~*~

Era tarde da noite, Hunter havia levantado apenas para beber um pouco d’água, mas enquanto voltava para o quarto, ouviu um som vindo do Salão dos Genus. Sabia que se fosse algo perigoso não deveria ir sozinho, mas tinha ideia do que poderia ser. Então andou calmamente até o cômodo, e ao abrir a porta, viu Melanie ali dentro contemplando a Parede. Ela havia se livrado das vestes brancas e usava suas roupas normais.

— Oi. – disse ele, assustando-a. – Tá meio tarde, sabia? – completou andando até estar do seu lado.

— Não durmo mais, lembra?

— Ah, é mesmo. – Hunter estava visivelmente envergonhado, mas a garota não parecia notar, apenas contemplava a Parede. – Você lembra como é estar morta? – era uma pergunta estúpida! Ridícula! Por que tinha dito aquilo?

 - Não... Não me lembro de nada... Só ainda me sinto muito ligada a esse lugar então quis ficar aqui. Mia foi até o lago e Carter foi dar uma volta.

— Entendi.

— É estranho, parece que a gente tá meio conectado mentalmente...

— É, estranho mesmo, mas... Eu queria falar uma coisa pra você.

— Fala. – Melanie o observou, curiosa.

— Pra falar a verdade, eu... Vinha aqui a noite ficar te olhando.

— Você... Vinha?- a garota se sentiu enrubescer, o que era estranho já que tecnicamente ela não tinha mais sangue correndo pelo seu corpo. – Mas... Por quê?

— Sei lá... – ele olhou para baixo enrubescendo também. – Tinha tanta coisa que eu queria ter dito pra você, mas você tinha partido...

— Pode dizer agora.

— Eu sei, mas... É como se eu não conseguisse, de novo... – condenou-se mentalmente.

— Então...? No fim das contas não vai me contar?

Hunter respirou fundo, e antes que pensasse mais no que ia fazer, ele puxou Melanie pela cintura, e a beijou. Os dois se surpreenderam no início, mas logo foram se soltando. Melanie tinha os lábios gelados, não que fosse ruim, Hunter apenas imaginava como seriam seus lábios se ela não estivesse naquela situação. Ela, por sua vez, com as terminações nervosas mais sensíveis, sentia aquele beijo muito mais intensamente do que os poucos que já tinham dado antes.

Viu-se então pensando que, aquilo poderia acabar a qualquer instante. Sem aviso prévio ela poderia estar morta novamente, então decidiu aproveitar cada segundo daquele momento.


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Notas finais do capítulo

E entããããããão? O que acharam?????



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