Classe dos Guerreiros - O Ressurgimento escrita por Milady Sara


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente demorei pra ficar satisfeita com esse capítulo, mas acho que no fim das contas ele ficou bom ~



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Marin e Caleb correram até o hall, onde encontraram os outros descendo as escadas.

— Mestra, o que tá acontecendo? – indagou Drica.

— O tremor parou. – observou Seth.

— PRA FORA! AGORA! – disse a mulher de cabelos brancos enquanto ela e seu aprendiz empurravam todos porta afora. – Lena, sele a porta. – ordenou ela quando saíram.

— O que? Por quê? – estranhou a garota.

— AGORA, LENA! – assustada, a jovem fez com que a porta da mansão e a parede se tornassem um só.

— Senhora? – disse Li se aproximando ao ver a agitação. – Algum problema?

— Estão todos aqui? – perguntou a mestra andando rapidamente até onde os animais estavam sendo alimentados, as três corujas gigantes e os animais mágicos. – Jane, Ruby, Athos, Damon... Oh, céus não trouxemos nenhuma arma... – todos a seguiam se perguntando que tipo de loucura tomado conta dela, exceto Caleb que tinha uma breve noção do que poderia estar havendo.

— Senhora, qual o problema? – perguntou novamente a estrela.

— Rápido, montem nos animais, não temos muito tempo. – disse Marin sem escutar a pálida.

— Tempo para quê? – perguntou Seth, confuso.

— De fugir.

— Ela tem razão. – apoiou Caleb.

— Esperem ai! – disse ele abrindo os braços. – Eu não vou fazer nada enquanto não souber o que está acontecendo!

— Eu explico no caminho, mas temos que ir! – implorou a mestra. – Precisamos ser mais rápidos do que eles!

— ELES QUEM, MARIN? – perguntou o mestre sacudindo os ombros da amiga.

Então, a porta da mansão foi arremessada para longe. Apenas um grande buraco dava acesso a Casa Principal agora.

— Tarde demais... – murmurou a mulher de cabelos brancos.

Os animais rosnaram, piaram e relincharam, seus pelos e penas ficaram eriçados. Da poeira que se dissipava, surgiram Jed, Cassandra e Charles, movendo-se firmemente eles desceram as escadas da entrada e comtemplaram os sete Guerreiros e a estrela, os olhos prateados os estudando rapidamente enquanto o restante da face sequer tremia.

— Impossível... – sussurrou Li observando os falecidos ali, de pé à sua frente. Aqueles corpos que há pouquíssimo tempo ela tinha costurado, limpado e restaurado vindo em sua direção, como se pudessem destroça-la apenas por diversão.

~*~

— Máxima. – disse Médio, chegando ao pátio de pedra com Mínima. Máxima estava virada para uma figura esquelética acorrentada á parede, e virou-se para olhar os irmãos. – Começou. – ele tinha uma orbe em sua mão, onde seis pontos brilhavam prateados e oito dourados.

— Maravilhoso. – disse ela abrindo um largo e branco sorriso. – Os seis?

— Sim, como eu havia lhe dito.

— Ótimo! – ela bateu palmas. – Faço-os matar os restantes e depois que venham até nós para iniciarmos a parte final do plano!

— Com prazer. – falou ele se divertindo, e passou os dedos pela orbe, delicadamente, e enquanto seu rosto parecia abismado, três dos pontos prateados se tornaram lilases. – Inferno...

— O que foi? – perguntou Mínima olhando os pontos brilhantes.

— Os seis voltaram, mas só consigo controlar três...

— Como é? – a mais velha, pegou seu cajado do cinto, fazendo a mais nova se esconder atrás do homem.

— O Capitão fez um trabalho mais falho do que eu pensava.

— Certo... Então temos três ressuscitados que não podemos controlar. Que ótimo não? E agora, o que faremos?

— Não é tão ruim... – sussurrou Mínima.

— Como? – perguntou a outra mulher.

— Controlamos os mestres... Os mais novos não saberiam o que queremos saber... – conforme ela falava sua voz diminuía.

— Pra mim faz sentido. - falou Médio.

— Certo. – bufou Máxima. – Mas eu ainda quero alguém morto antes de você trazê-los pra cá.

— Não se preocupe, cara irmã. – assegurou ele voltando a tocar na orbe.

~*~

O Salão dos Genus estava calmo. Desde que todos tinham deixado o cômodo, ele havia voltado a ser silencioso como era quando não havia ninguém ali. Sem o som de um coração batendo sequer, a quietude era completa, até que mais três corpos começaram a ser expelidos, mais devagar do que os primeiros, mas logo, todos caíram no chão com um ruído que ecoou pelo Salão.

Por um instante nada aconteceu, mas sincronizadamente, os três voltaram a respirar, como se há pouco tempo estivessem se afogando. Era estranho ter ar nos pulmões novamente, era bizarro, ardia. Mas... Não deveriam estar respirando... Lembravam-se de seus últimos segundos de vida, tinham morrido, por que voltaram? Não eram demônios, isso sabiam, então o que estava acontecendo?

— Argh! Meus braços! – gemeu o rapaz ao tentar se levantar.

— O que tá acontecendo? – perguntou a de cabelos curtos, girando para ficar de barriga para cima.

— Vocês tão vivos... Eu tô viva... Mas... – balbuciava a de cabelos longos.

— Vocês também morreram? ! – indagou a de cabelos curtos movendo devagar seus dedos, como todos estavam fazendo, voltando a sentir as articulações e músculos.

— Que dor de cabeça... – reclamou o rapaz. – Mas que merda...

— Uau... Vocês abriram os olhos? – falou a de cabelos longos piscando os seus, outrora castanhos e agora violetas. – Eu consigo ver grãos de poeira...

— O corpo de mais alguém tá formigando como se tivesse fogo nas veias? – suspirou o rapaz.

— Eu consigo ver que não foi só a gente que voltou... Tem mais gente faltando na parede... – comentou a de cabelos curtos.

— O que isso significa? – perguntou o rapaz.

— Tô com um mau pressentimento. – declarou a de cabelos longos, fazendo força para se erguer, com seus braços duros, como se de tanto tempo sem serem usados, não soubessem mais como funcionar.

~*~

Cassandra foi quem se adiantou indo na direção dos pasmos Guerreiros, o chicote em suas mãos.

Seth estava em choque, caíra sentado no chão e dali não conseguia se mover mais. O resto apenas encarava os mortos e os animais emitindo todo tipo de ruído de medo.

Quando a morta brandiu o chicote, Li agiu, colocou-se na frente de Marin, que era o alvo, e o chicote enrolou-se em seu braço. Com um puxão, ela trouxe Cassandra para mais perto, e as duas começaram a lutar.

Li flutuava a alguns centímetros do chão e desequilibrava a morta, ainda segurando o chicote. Não era realmente uma lutadora, então apenas jogava a outra contra o chão e a empurrava, até que num rápido movimento, Cassandra puxou o chicote de volta, Li girou e caiu no chão com o braço ferido em espiral, a carne fortemente arrancada.

Aquilo bastou para que todos, menos Seth saíssem do transe. Drica, Hunter e Derek ficaram ao lado do mestre, tentando acordá-lo e Marin, Caleb e Lena foram até os mortos. Tentaram na verdade, pois estes eram muito rápidos e coordenados.

Quando Marin se pôs na frente de Cassandra para usar seus poderes de gelo, recebeu uma flechada na mão direita, vindo da besta de Jed e berrou de dor ficando de joelhos enquanto o sangue começava a escorrer. Ao tentar encarar Charles, Caleb teve o pé agarrado pelo chicote de Cassandra e arremessado contra as árvores, tentando protege-lo, Hunter se colocou no meio do trajeto, mas sofreu com o impacto do amigo e ambos caíram no chão, feridos.

Enquanto avançava para Jed, Lena se distraiu ao ver Caleb ser arremessado, e foi fácil para Charles chegar perto o bastante para derrubá-la no chão e prendê-la em seus braços, pronto para enforca-la. Na confusão, os animais se agitaram e alçaram voo, Athos pousou na frente de Marin, abrindo suas asas para protegê-la de Cassandra.

— Lembra-se dele? – disse Marin puxando a flecha de sua mão. – Ele era sua coruja. – Athos abriu mais as asas e encarou Cassandra com seus enormes olhos. Por um segundo uma espécie de compreensão passou por sua feição, mas não durando muito, ela brandiu o chicote em uma grande diagonal, cortando a coruja naquele sentido. Quase o partiu ao meio, sangue jorrou e Marin arregalou os olhos.

Jane e Ruby desceram piando, lamentando a morte do companheiro. Mas Charles, segurando Lena com uma mão e fazendo com que seu mangual mágico ganhasse uma longa corrente, acertou as patas das corujas quando estas ainda estavam no ar, as jogando no chão. Damon, Luna e Apolo desciam um pouco atrás das aves, no mesmo momento em que Derek e Drica tentaram se aproximar, mas Jed atingiu os três animais com flechas certeiras, permitindo que Charles conseguisse arremessar Damon contra Derek, Cassandra arremessasse Luna contra Drica e com mais uma flecha, desviou a trajetória da queda de Apolo para que não o atingisse.

Os Guerreiros rolaram junto com os animais, e Seth continuava paralisado, um alvo extremamente fácil. Jed apontou sua besta para ele enquanto Charles apertava cada vez mais o pescoço de Lena, e Cassandra levantava o chicote contra Marin, que ainda olhava para Athos, que não passava de um monte de penas e sangue.

Porém... A flecha de Jed foi partida por uma espada a centímetros do rosto de Seth, Charles foi jogado contra o chão, largando Lena e uma flecha perfurou Cassandra em seu pescoço.

— A gente tá bem rápido, não tanto como eu era antes, mas mesmo assim mais rápidos do que o normal. – comentou Melanie observando a lâmina de sua espada.

— É, mas não conseguimos mais usar magia. – acrescentou Carter ajudando Lena a sentar para voltar a respirar normalmente.

— Acho que também, não sangramos mais, sei lá, eu não sei há quanto tempo eu morri, mas era pra sair esse troço dourado de uma ferida mesmo? – indagou Mia baixando o arco e observando a ferida de Cassandra.

Os Guerreiros que ainda estavam conscientes puderam sentir seus corações baterem mais rápido ao ouvir a voz daqueles três.


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Notas finais do capítulo

Até semana que veeem ~



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